No final da tarde um cirurgião se aproximou de Valérie e de Simon na sala de espera.
Eles escutaram as notícias sobre a operação com a respiração suspensa.
Meia hora havia se passado desde o momento em que Andrew fora apunhalado até sua chegada ao hospital. Durante a transferência, seu coração havia parado diversas vezes; Andrew havia voltado à vida, mas estava em algum lugar muito distante.
A operação havia se dado da melhor forma possível. A arma tinha causado lesões profundas e graves, e ele havia perdido muito sangue, sangue demais. O prognóstico continuava incerto e assim permaneceria nas próximas 48 horas.
O cirurgião não podia dizer nada além disso.
Despediu-se de Valérie e de Simon dizendo ainda que nutria grandes esperanças... Na vida, tudo era possível.
Na terça-feira, dia 10 de julho, o artigo de Andrew Stilman foi publicado na primeira página do New York Times.
Valérie leu-o para Andrew, em seu leito no hospital. Ele ainda não tinha recuperado a consciência.