No ato de comunicação percebemos a existência de alguns elementos, são eles:
a) emissor: é aquele que envia a mensagem (pode ser uma única pessoa ou um grupo de pessoas).
b) receptor: é aquele a quem a mensagem é endereçada (um indivíduo ou um grupo), também conhecido como destinatário.
c) canal de comunicação: é o meio pelo qual a mensagem é transmitida.
d) código: é o conjunto de signos e de regras de combinação desses signos utilizado para elaborar a mensagem – o emissor codifica aquilo que o receptor irá descodificar.
e) contexto: é o objeto ou a situação a que a mensagem se refere.
Partindo desses seis elementos Roman Jakobson, linguista russo, elaborou estudos acerca das funções da linguagem, os quais são muito úteis para a análise e produção de textos. As seis funções são:
Também chamada de denotativa ou informativa, ocorre quando a mensagem é centrada no referente, no assunto, sendo o principal objetivo passar uma informação objetiva e impessoal no texto. Valoriza-se o objeto ou a situação de que se trata a mensagem sem manifestações pessoais ou persuasivas. Como geralmente se fazem presentes em textos científicos ou jornalísticos, a pessoa mais comum é a terceira do singular.
Ex.: Cálculos do economista Renato Fragelli, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), estimam que o setor público brasileiro ficou com dois terços (66,8%) de todo o aumento de produção de 1991 para cá e o setor privado com apenas 33,2%.”.
Também chamada de emotiva, passa para o texto marcas de atitudes pessoais como emoções, opiniões, avaliações. Na função expressiva, o emissor ou destinador é o produtor da mensagem. O produtor mostra que está presente no texto mostrando aos olhos de todos seus pensamentos.
Ex.: “Eu odeio beber cerveja quente!”.
É quando a mensagem do texto busca seduzir, envolver o leitor levando-o a adotar um determinado comportamento. Na função conativa a presença do receptor está marcada sempre por pronomes de tratamento ou da segunda pessoa e pelo uso do imperativo e do vocativo.
Ex.: “Maria, vamos à praia!”.
É o canal por onde a mensagem caminha de quem a escreve para quem a recebe. Também designa algumas formas que se usa para chamar atenção.
Ex.: Psiu, aonde você vai?
Ocorre quando a linguagem fala de si própria. Predominam em análises literárias, explicações morfossintáticas, interpretações e críticas diversas.
Ex.: O que significa abáculo?
É usada para despertar a surpresa e prazer estético. É elaborada de forma imprevista e inovadora.
Ex.:
“Não se perde um segundo
Segundo eu, a vida vem em primeiro
O tempo em segundo
E como só tem um mundo
É bom ir fundo
Senão você não chega nem em terceiro.”
Marthal