O nascimento da Sociologia
A Sociologia nasceu como resultado de uma situação histórica evolutiva no auge da época designada, com certa imprecisão, como feudal e do período moderno industrial-capitalista; nasceu como consequência do interesse despertado pela descoberta de que relações tidas até então como naturais fossem de fato mutáveis e históricas.[7]
A Sociologia surgiu num momento de desagregação da sociedade feudal e consolidação da sociedade capitalista. O que propiciou o seu nascimento foram as transformações econômicas, políticas e culturais que ocorreram no século XVIII, como consequência das Revoluções Francesa e Industrial, que iniciaram e possibilitaram a formação de um processo de instalação definitiva da sociedade moderna.
Desde o seu início, a Sociologia tem se preocupado com tudo o que acontece no interior da sociedade, principalmente com os conflitos entre as classes sociais. O seu surgimento aconteceu a partir da necessidade de se realizar uma reflexão sobre as transformações, as crises e os antagonismos de classes, experimentados pela então nascente sociedade industrial. Isso vem possibilitar uma nova forma de pensar, que se caracterizou como positivismo, cuja preocupação básica consistiu na organização e reestruturação da sociedade, buscando a preservação e manutenção da nova ordem capitalista.
Estando a sociedade desorganizada e anárquica, em razão da duas revoluções sofridas, surgiu um conhecimento positivista, iniciado e desenvolvido por Saint-Simon (1760-1825), Augusto Comte (1798-1857) e Émile Durkheim (18581917), cujas principais características examinaremos separadamente, por autor.
Saint-Simon é considerado o iniciador do positivismo e o verdadeiro pai da Sociologia, tendo sido altamente influenciado pelas ideias revolucionárias, principalmente dos filósofos iluministas. Vivenciou a sociedade francesa pós-revolucionária, que se encontrava em estado de desorganização geral, e acreditava que o industrialismo trazia consigo a possibilidade de satisfazer as necessidades da população, e que a ordem e a paz, na nova sociedade, poderiam ser propiciadas pelo progresso econômico.
Para Saint-Simon a elite, formada pelos industriais e cientistas, deveria fornecer melhores condições de vida à classe trabalhadora, elaborar normas de comportamento para atenuação dos conflitos existentes entre as classes sociais e propiciar a “ordem, paz e progresso”, através de um processo de acomodação.
A inexistência de uma ciência da sociedade consistia numa grande falha na área do saber. Saint-Simon apontava a necessidade de uma ciência que, tendo como objetivo a sociedade e que, utilizando-se dos mesmos métodos das ciências naturais, deveria, ao investigar a realidade social, buscar leis sobre o progresso e sobre o desenvolvimento dos homens na sociedade, principalmente da classe trabalhadora, refreando os possíveis “ímpetos revolucionários”.
Augusto Comte (1798-1857) retomou algumas ideias de Saint-Simon, sistematizando-as. Comte foi um grande defensor da moderna sociedade capitalista. A sua obra se fundamentou também no estado de caos em que se encontrava a sociedade europeia após a Revolução Francesa e a Revolução Industrial. Para ele, “para haver coesão e equilíbrio na sociedade, seria necessário restabelecer a ordem nas ideias e nos conhecimentos, criando um conjunto de crenças comuns a todos os homens” (Martins 1982, p. 46). Acreditava que um espírito positivo dentro da sociedade levaria à sua organização. Ligou a nova ciência, Sociologia, com o positivismo, denominando-a inicialmente de “Física Social”.
Tal como Saint-Simon, Comte admitia que a latente sociedade industrial necessitava passar por algumas mudanças, que deveriam ser comandadas pelos industriais e cientistas, para que o progresso pudesse aparecer de uma forma gradual, como consequência da ordem instalada. A Sociologia, ao estudar e explicar os acontecimentos da sociedade, seria o elo que ligaria a “ordem” da sociedade ao “progresso”.
Émile Durkheim (1858-1917), preocupado com a questão social, procurou estabelecer o objeto da Sociologia e elaborar um método de investigação próprio.
Durkheim vivenciou um período de crises econômicas que provocaram conflitos constantes entre as classes trabalhadoras e os proprietários dos meios de produção. No início do século XX, ocorreram progressos econômicos propiciados pela utilização do petróleo e da eletricidade como fontes de energia. Nesse período, as ideias socialistas surgiram, justificando a partir dos fatos econômicos as crises sofridas pelas sociedades europeias. Durkheim discordava dessas ideias, acreditando que os problemas da sociedade eram muito mais “morais” do que econômicos, e que ocorriam devido à fragilidade da época.
Durkheim considerava a sociedade como um sistema formado pela associação de indivíduos e com características próprias e que esta, ao transmitir a cultura aos seus componentes, inculcava crenças e práticas sociais. Via na sociedade “o fim e a fonte da moral”. Encarava a moral como “social”, em inúmeros sentidos. “As regras morais são sociais na origem, são gerais dentro de uma dada sociedade, e pressupõem a associação humana, impõem obrigações sociais aos indivíduos, proporcionando um quadro de referência externo para o indivíduo, vinculam-no fins sociais, e envolve altruísmo.”[8]
Para ele a divisão de trabalho propiciada pela nova formação de produção industrial provocava muito mais solidariedade entre os homens, levando muito mais a uma interdependência do que aos conflitos sociais.
Durkheim acreditava que a ciência poderia, por meio de suas investigações, encontrar soluções para os problemas da época. A Sociologia deveria se ocupar dos fatos sociais. Fato social, em sua opinião, consistia em “toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior, que é geral na extensão uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independentemente das manifestações individuais que possa ter”.[9]
Assim, o modo de vida, a forma de agir dos indivíduos na sociedade, além de serem criados e estabelecidos pelas gerações passadas, possuiriam a qualidade de serem coercitivos. Nessa óptica, a função da Sociologia seria buscar soluções para os problemas sociais, favorecendo assim a normalidade da sociedade, convertendo-se em técnica de controle social e manutenção do poder vigente.
Karl Marx (1818-1883), filósofo social e economista alemão, ao lado de Friedrich Engels (1820-1903), elaborou um pensamento sociológico crítico, mediante estudos sobre as relações sociais e o modo de produção capitalista, ligando esses fatores às mudanças capazes de provocar a transformação da sociedade.
Ao contrário do pensamento positivista que pregava a manutenção da ordem capitalista, o pensamento socialista analisava a nova sociedade como transitória e, ao evidenciar seus antagonismos e suas contradições, realizava uma crítica a esse tipo de sociedade. A partir do pensamento socialista, surgiu, portanto, um pensamento sociológico altamente crítico e negador da sociedade capitalista. Marx e Engels, em suas lutas políticas, buscaram explicar o conjunto da sociedade, colocando em evidência suas dimensões globais.
O pensamento socialista evidenciava a desigualdade social existente na sociedade capitalista, cuja origem se encontrava na dominação exercida sobre a classe trabalhadora. Utilizava-se da teoria sobre materialismo histórico, dialético, a teoria da mais-valia e a luta de classes, para explicar como se processava essa dominação, apontando, a partir daí, uma saída para o proletariado.
A teoria sobre o materialismo histórico constitui um fator fundamental para a análise sociológica, uma vez que não se trata de determinação mecânica do econômico, mas de uma forma específica de tratamento da dominação da sociedade que evidencia a luta de classes como fenômeno político, colocando nas mãos dos homens o poder de condução da sociedade, e apontando o socialismo como fase de transição entre o capitalismo e o comunismo, com o objetivo de se obter uma sociedade sem classes e sem conflitos sociais.
Marx procurou esclarecer os condicionamentos históricos da desigualdade social e da dominação nas sociedades, identificando o capitalismo como marcado pela posse da riqueza econômica, distinguindo os donos dos meios de produção, dos que nada possuem além da sua força de trabalho. O pensamento marxista revelou a historicidade do conhecimento e do ser humano, e da formação socioeconômica, destacando que as sociedades humanas encontram-se em contínua transformação e que os conflitos e as contradições existentes entre as classes sociais constituem o motor da história.
A teoria social que surgiu da inspiração marxista não se limitou a ligar política, filosofia e economia. Tentou estabelecer uma ligação entre teoria e prática, ciência e interesse de classe. O conhecimento da realidade social deve se converter em um instrumento político, capaz de orientar os grupos e as classes sociais para transformação da sociedade. A função da Sociologia, nessa perspectiva, não era a de solucionar os “problemas sociais”, com o propósito de restabelecer o “bom funcionamento” da sociedade, como pensavam os positivistas. Longe disso, ela deveria contribuir para a realização de mudanças radicais na sociedade. Sem dúvida que foi o socialismo marxista que despertou a vocação crítica da Sociologia unindo a explicação e alteração da sociedade, ligando-a aos movimentos de transformação da ordem existente.[10]
A sociologia científica se iniciou a partir da concepção de práxis, por Marx:
a) “A noção de práxis pressupõe a reabilitação do sensível e a restituição do prático-sensível”,[11] ou seja, o mundo humano foi criado e transformado pelos homens. As relações que os seres vivos mantêm entre si fazem parte desse mundo sensível, onde o ser “sujeito” dessa realidade permite-lhe exercer atividade, refletir e ter desejos.
b) “O homem (ser humano) é, antes de mais nada, ser de necessidade”.[12] Em todo ser humano, a necessidade aparece como fundamento. As necessidades apresentam-se como individualizadas, sociais, políticas, imediatas, cultivadas, naturais, artificiais, reais e alienadas. “O estudo das necessidades revela um entrelaçamento de processos dialéticos. O homem difere do animal na medida em que, para conseguir o objeto de suas necessidades, criou instrumentos e inventou o trabalho. A necessidade é, ao mesmo tempo, ato (atividade) e relação, em si mesma complexa, com a natureza, com outros seres humanos, com objetos.”[13] O trabalho se apresenta não somente como produto de objetos e instrumentos, mas também de novas necessidades não somente na produção, como também da produção. A história inteira tem se caracterizado pelo crescimento e desenvolvimento das necessidades.
c) “O trabalho participa do movimento dialético, necessidadetrabalho-gozo”.[14] O trabalho consiste num momento prático e histórico e divide-se biológica, técnica e socialmente. É nele que os homens mantêm relações técnicas e sociais, e é através dele que a desigualdade social se acentua.
Tanto no social como no homem tudo é ato e obra. Mesmo a necessidade histórica supõe a passagem pela ação – a PRÁXIS – do possível ao real e dá lugar à iniciativa. Toda possibilidade abre dois caminhos: o de uma alienação maior e o de uma desalienação. A alienação tende também a “tornar-se mundo”. A desalienação é atingida pela luta consciente, cada vez mais consciente com a entrada em cena da classe operária, contra a alienação. Por toda parte o homem social sempre inventa e cria; por toda parte ele sempre é vítima de suas obras.
A práxis, no seu mais alto grau (criador, revolucionário) inclui a teoria que ela vivifica e verifica. Ela compreende a decisão teórica como a decisão da ação. Supõe tática e estratégia. Não existe atividade sem projeto; ato sem programa, práxis política sem exploração do passível e futuro.[15]
Ao explicar as relações que os homens estabelecem entre si na sociedade, a teoria social elaborada por Marx e Engels vai fornecer à Sociologia subsídios fundamentais para análise das funções do Estado, da ideologia, da alienação e da compreensão das relações que são estabelecidas entre as classes sociais. Dessa forma, a Sociologia assume a função de realizar a crítica da sociedade capitalista, e se compromete com a construção de uma nova ordem, baseada na igualdade social.
Max Weber (1864-1920) procurou dar uma orientação compreensiva, conceituando subjetivamente a ação social, baseando-se critérios internos dos indivíduos participantes e no fato de os seres humanos serem diretamente conscientes de suas ações. Definiu como objeto da sociologia a ação social, atribuindo-lhe um caráter subjetivo.
Weber criou um método de comparações para o estudo da realidade social. Suas análises sociológicas foram realizadas a partir da comparação de coisas humanas; comparou o desenvolvimento das sociedades orientais e ocidentais buscando semelhanças em situações históricas semelhantes. Construiu conceitos que servem de instrumentos metodológicos para medir a realidade, chamando-os de “tipos ideais”.
Weber lutou pela efetiva separação entre conhecimentos empíricos e julgamento valorativo; entre o conhecimento particular e unilateral e todas as modalidades de captação da totalidade; entre realidade empírica e essência do ser.[16]
De acordo com Weber, o conhecimento empírico pode fornecer meios capazes para implementar ou impedir o alcance dos fins propostos, e identificar como a linha de ação é afetada por outros valores. Mas não se pode generalizar o valor ou o fim. O conhecimento empírico, bem como a valoração, repousam sobre uma cuidadosa separação de ambos.
A Sociologia, segundo Weber, é uma ciência que tem por objeto compreender claramente a conduta humana, fornecendo explicações das causas e consequências de sua origem. Para ele são as atitudes que explicam a conduta social; assim, torna-se necessário pesquisar a natureza e a operação desses fatores, levando-se em consideração se essas atitudes são afetadas ou modificadas por motivos e ações de outros indivíduos. A conduta social seria o caminho para a compreensão da situação social e o entendimento das intenções. Dessa maneira, a Sociologia se caracteriza como o estudo das interações significativas de indivíduos em suas relações com os outros na sociedade, sendo seu objetivo a compreensão da conduta social.
Weber considerava que a ação social podia ser:
•racional, visando aos fins: que consiste em agir conforme expectativas em relação à conduta de outros homens ou objetos. Age racionalmente aquele que avalia a sua ação de acordo com os fins, meios e consequências;
•racional, visando aos valores: quando a ação é direcionada pelos valores (ético, estético, religioso etc.), próprios de condutas específicas, sem nenhuma relação com o resultado. O sentido da ação reside na própria ação;
•afetiva, ou conduta emocional: determinada por estados afetivos ou sentimentais. Também se baseia na própria ação, e não no resultado;
•tradicional: determinada pelos costumes, pelas ações cotidianas.
Segundo Weber, dificilmente a ação social orienta-se exclusivamente por um ou outro tipo. Esses são “tipos ideais”, criados para fins de pesquisa. A ação social real é mesclada dos caracteres gerais dos tipos apresentados.
Weber colocou o fenômeno da racionalidade como de fundamental importância para o entendimento do mundo moderno, apresentando-a como o caráter fundamental do estilo de vida ocidental. A racionalização promove um sistema de dependência entre os indivíduos, levando-os à mecanização, não somente na economia, como na ciência. A partir de estudos sobre a racionalização da sociedade moderna, Weber estabeleceu uma ligação entre racionalidade e liberdade e autorresponsabilidade dos indivíduos na sociedade.
Weber realizou estudos sobre a dominação, apresentando os diferentes motivos de existência da obediência, evidenciando que é a natureza dos motivos de aceitação que determina os tipos de dominação existentes, e que cada tipo diferencia-se dos demais em função de sua “legitimidade”.
Como a sua preocupação centrava-se na racionalidade da sociedade capitalista, ele estudou mais profundamente a dominação legal de caráter racional, que é identificada nas organizações burocráticas. Weber estudou a burocracia para combater seu domínio absoluto sobre a sociedade, embora tenha reconhecido sua necessidade funcional, numa sociedade de massa. Colocou a burocracia como fator social dominante, enquanto prevalecer a unidade de produção dominante no capitalismo, que é a indústria organizada burocraticamente.
Os estudos de Weber consistem numa contribuição muito importante à pesquisa sociológica, abordando temas os mais variados como o direito, a economia, a história, a religião, a política, a arte e a música. Procurou conhecer a fundo a essência do capitalismo moderno, ressaltando a eficiência e a precisão das empresas organizadas racionalmente. Ao contrário de Karl Marx, Weber via no capitalismo a expressão da modernização e a forma de racionalização do homem moderno.
Talcott Parsons (1902-1979), sociólogo norte-americano, contribuiu para o desenvolvimento da Sociologia, com seus estudos sobre os sistemas sociais e a sociedade moderna. Sofreu forte influência de Weber, definindo como objeto de estudo da Sociologia a ação social. Os seus estudos se fundamentaram no funcionamento das estruturas sociais.
Para Parsons, a sociedade, ou sistema social mais geral, é formada pelos sistemas culturais, sistemas de personalidade e organismos comportamentais, que são definidos como constituintes primários. Entendeu a estrutura social como resultante do processo de institucionalização da sociedade (ideias, valores, símbolos etc.) que se realiza mediante a formação das instituições sociais: família, escola, direito etc.
Para ele, os sistemas sociais possuem quatro funções específicas:
•Estabilidade normativa – envolve os valores e sua aceitação pelos membros da sociedade;
•Integração – assegura a organização e a coordenação entre diferentes unidades do sistema, visando ao funcionamento do todo;
•Consecução de fins – corresponde à definição de objetivos a serem atingidos pelas unidades e pelo todo social;
•Adaptação – conjunto de meios para atingir os fins desejados.
Segundo Parsons, o sistema social é aberto e está em constante relação com o meio ambiente, quer físico, quer biológico, a personalidade e a cultura de seus componentes. Ocorrendo mudanças, surge a necessidade de modos funcionais de ajustamento.
Outro sociólogo que muito contribuiu para o enriquecimento dos postulados da teoria funcionalista foi Robert Merton (1910-2003), com estudos relacionados a novos conceitos funcionais da sociedade moderna.
A Sociologia na América Latina inicialmente sofreu influências europeia e norte-americana. Na medida em que a sua preocupação se volta para as questões que envolvem as nações subdesenvolvidas, ou em vias de desenvolvimento, ela vai sofrer influências da teoria marxista.
Os estudos sociológicos latino-americanos buscam analisar os problemas concernentes ao subdesenvolvimento, às relações de dependência e suas interferências no sistema cultural, econômico e político da sociedade; abordam as questões agrária, jurídica, de ensino, aspectos de humanização da vida urbana, formas de controle social etc.
Nas décadas de 1920 e 1930, o pensamento social brasileiro estava centrado em análises da formação da sociedade brasileira, abordando questões sobre escravatura, abolição, estudos sobre os índios e negros e sobre o deslocamento do eixo de dominação campo-cidade.
Nos anos 40 e 50, a Sociologia voltou-se para questões relativas aos problemas sociais, girando em torno de análises sobre a classe trabalhadora, padrão de vida, salários e estudos de comunidades rurais.
Na década de 1960, a preocupação da Sociologia dirigiu-se para o período desenvolvimentista, que se iniciou com o processo de industrialização do país, preocupando-se com as questões agrárias e os movimentos sociais na cidade e no campo. Foram efetuados também estudos sobre atividades políticas e as inquietações sociais propiciadas pelas mudanças de governo de Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart, culminando com a instalação do regime militar em 1964.
A partir de 1964, os trabalhos sociológicos voltaram-se para os problemas socioeconômicos e políticos originados pelas crises e tensões da sociedade, em decorrência do regime militar.
Em 1980, passando o país por um processo de redemocratização, ocorreu a profissionalização da Sociologia e sua volta ao ensino médio. Além da preocupação quanto às mudanças econômicas, políticas e sociais, propiciadas pela instalação da “Nova República”, as discussões e os estudos da Sociologia voltam-se para questões relativas à mulher, ao menor, ao trabalhador rural e urbano, à posse da terra, ao ensino etc.
CASTRO, A.M. e DIAS, E.F. Introdução ao pensamento sociológico. 9ª ed. Rio de Janeiro: Eldorado, 1983.
COHN, G. Sociologia: Para ler os clássicos. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1977.
DEMO, P. Sociologia: Uma introdução crítica. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1985.
DURKHEIM, É. As regras do método sociológico. 4ª ed. São Paulo: Cia. Ed. Nacional, 1966.
FERRARI, A. T. Fundamentos de sociologia. São Paulo, McGraw-Hill, 1983.
FORACCHI, I.A. e MARTINS, J.S. (orgs.). Ideologia e sociedade. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1981.
MARTINS, C.B. O que é sociologia. 3ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1982.
PARSONS, T. O sistema das sociedades modernas. São Paulo: Pioneira, 1974.
WEBER, M. Ensaios de sociologia. 5ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.