“Achas que matei minha avó?
O doutor à noite me disse:
ela não passa desta noite;
melhor para ela, tranqüilize-se.
À meia-noite ela acordou;
não de todo, a sede somente;
e pediu: Dáme pronto, hijita,
una poquita de aguardiente.
Eu tinha só dezessais anos;
só, em casa com a irmã pequena:
como poder não atender
a ordem da avó de noventa?
Já vi gente ressuscitar
com simples gole de cachaça
e arrancarse por bulerías
gente da mais encorujada.
E mais: se o doutor já dissera
que da noite não passaria
por que negar uma vontade
que a um condenado se faria?
Fui a esse bar do Pumarejo
quase esquina de San Luís;
comprei de fiado uma garrafa
de aguardente (cazalla e anis)
que the dei cuidadosamente
como uma poção de farmácia,