1
Esse que andando planta
os rebolos de cana
nada e do Semeador
que se sonetizou.
É o seu menos um gesto
de amor que de comércio;
e a cana, como a joga,
não planta: joga fora.
2
Leva o eito o compasso,
na limpa, contra o mato,
bronco e alheadamente
de quem faz e não entende.
De quem não entendesse
porque só é mato este;
porque limpar do mato,
não, da cana, limpá-lo.
3
Num cortador de cana
o que se vê é a sanha
de quem derruba um bosque:
não o amor de quem colhe.
Sanha fúria, inimiga,
feroz, de quem mutila,
de quem sem mais cuidado.
abre trilha no mato.