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Capítulo Quatro

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“Os dias de discriminação contra as minorias em Nova Iorque chegaram ao fim!” O prefeito Mohammed Lincoln fumegou enquanto a sala de conferências lotada da prefeitura aplaudia. “Esta administração jamais tolerará crimes de ódio contra os cidadãos desta cidade, e não nos curvaremos perante atos de discriminação de gênero ou racial! Pedimos que este criminoso auto-denominado Rastejador da Noite se entregue para que possamos o dar o tipo de ajuda e aconselhamento que necessita para viver uma vida produtiva e se reintegrar em nossa comunidade. O tipo de ódio racial que ele representa deve parar a todo custo, e nós pedimos que qualquer um que tenha qualquer informação sobre o odioso ataque a Hijo Sabazz ligue para 1-800-CRAWLER imediatamente.”

“Cara, o que aconteceu com você, irmão, se entregando daquele jeito,” o campeão de UFC e ex-jogador de futebol americano Loreno Jefferson sibilou sobre a ordem significativa do prefeito, Mohammed Lincoln. Mohammed também era um veterano da NFL que supostamente havia saído do armário no ano passado.                  “Irmão, se tudo o que eu preciso é dar jeito em um cara qualquer por todo esse dinheiro e poder, então eu posso simplesmente fechar meus olhos quando as luzes se apagarem e fingir que estou cuidando de outra pessoa, entende?” ele disse e dividiram uma gargalhadam.

No andar superior, um cara fortemente constituído e alto em um terno azul-escuro entrou no escritório do prefeito, sorrindo educadamente para o secretário.            “Posso te ajudar?” ele perguntou.                “Talvez você possa,” o homem belo e alto sorriu. “Eu sou repórter da revista Novo Socialista e eu tinha esse passe total do ano passado. Você pode verificar se ainda é válido?”

“Com certeza, docinho,” ele sorriu agradavelmente para o homem. “Só um segundo.”

O homem tirou um envelope legal em branco de dentro do paletó e colocou na pilha de cartas na caixa de entrada na mesa, então virou e saiu do prédio piscando para o secretário.    “Acho que te dei um cartão expirado. Desculpe.”              “Sem problemas. Tenha um bom dia,” o secretário sorriu, então suspirou e retomou sua papelada.                      Dalibor Branko saiu do escritório, sorrindo e balançando a cabeça com nojo. Ele tinha sido um virulento homofóbico desde sua adolescência como voluntário no Exército da Liberação Sérvio. Ele esteve em uma cruzada pessoal contra muçulmanos, homossexuais e comunistas, e rapidamente subiu as patentes do Exército da República Sérvia durante a progressão da Guerra Sérvia nos anos 90. Depois de fugir da Sérvia para evitar a condenação por crimes de guerra, ele migrou para os Estados Unidos e fez conexões com a Máfia Russa no Brooklin. Ele decidiu fundar sua própria gangue e pensou que seria uma jogada de mestre recrutar exclusivamente a comunidade homossexual.

Ele era conhecido como o Ceifador Sinistro na Bósnia e Kosovo por seu desejo em executar muçulmanos capturados, aniquilando aldeias inteiras sem exitação. Ao chegar na América, ele ficou conhecido apenas como Ceifador. Ele e sua bem escolhida equipe LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e travestis) tornaram-se especialistas em assassinatos, extorsão, agiotagem e incêndios para os russos. Eles viram tanto dinheiro passar por suas mãos que Branko considerou idiotice continuar trabalhando sob sanção de ordens.            O prefeito Mohammed fez uma coletiva de imprensa às dez da manhã daquele sábado, e a carta com envelope em branco foi aberta por seu secretário e levada a sua atenção menos de uma hora depois. O prefeito imediartamene contatou o comissário de polícia John Martin, que por sua vez ligou para o chefe Joel Madden e o capitão Ty Willard para uma sessão de emergência. A Segurança Nacional e o FBI também foram notificados quanto aos detalhes da carta misteriosa.    “Cavalheiros, parece que temos um doido à solta,” o comissário levou a reunião ao One Police Plaza para pedir. “Apenas há algumas horas, uma carta não-identificada foi descoberta no escritório do prefeito exigindo a transferência de um milhão de dólares para uma conta bancária a ser especificada por um grupo dizendo ter conexões com a Al Qaeda. Esse doido varrido se auto-denomina Ceifador, dizendo ser líder de um grupo chamado Octógono.”        “Parece um bando de rejeitados do UFC, se quer minha opinião,” um policial falou, fazendo a sala ecoar em riso.                      “Esse doido diz ter acesso à uma bomba de antraz que ele vai detonar em um ponto não identificado ao longo do East River,” Chefe Madden falou. ”A Casa Branca foi notificada, mas como vocês sabem, a Administração se recusa a negociar com terroristas. A este ponto, nós estamos olhando cada simpatizante da Al Qaeda, conhecido ou suspeito, e militantes de grupos ativistas muçulmanos registrados. Queremos que todos busquem em suas bases de dados, apertem cada informante que temos lá fora e sigam cada pista que aparecer para darmos fim nisso antes mesmo de começar. Não precisamos de outro Massacre de Boston por aqui, pessoal. Ainda não deixamos vazar nada nos jornais, então resolver isso antes que saia de controle.”

Na noite anterior, Hoyt Wexford e Sabrina Brooks socializaram com um grupo de oficiais que haviam sido convocados para a reunião. Eles se encontraram na Bowery 310, onde algumas franquias tentaram e falharam entrar na economia volátil de Nova Iorque. Sabrina conhecia  a maioria dos policiais das aulas da academia com os quais Hoyt se formou. Eles estavam felizes em a rever e ver que ela estava indo tão bem.

“Hey, Bree,” um dos policiais chamou e ela se virou para as mesas postas juntas perto do banheiro. “Acabamos de te eleger como a pessoa com os pés mais bonitos deste lugar.”      “Por que? Obrigada, caras,” ela sorriu, segurando suas pernas e dobrando os dedos dos pés para dentro de suas sandálias douradas.                  “Íamos te eleger para o melhor bumbum, mas algumas fadinhas aqui insistiram que o prêmio deveria ir para o Hoyt,” outro policial brincou. “Nós definitivamente não queríamos ser acusados de discriminação, então deixamos passar.”                “No que este mundo se transformou?” um terceiro policial exalou enquanto uma mesa próxima de homens gays os encaravam com raiva. “Como alguém pode não apreciar a perfeição das costas da Bree? Moça, eu acho que você e eu deveríamos encontrar uma ilha deserta pra nós. Este mundo está definitivamente ferrado.”                  “Nada disso, eu já peguei o primeiro prêmio,” Hoyt o tirou. “Você vai montar uma fada da Ilha dos Frutinhas.”                      “Definitivamente ferrado,” outro policial bebeu de um case de garrafas de Bud sobre as mesas. “Como vocês imaginam esse tal Rastreadorejador da Noi? Eu conversei com alguns caras que investigaram o caso naquele aprtamento outro dia. Eles disseram que a nota foi escrita com batom na geladeira do espancador-de-mulher. Todos disseram que ele teve o que merecia por colocar aquela garota no hospital. O namorado do prefeito era um dos que jogou a carta racial.”                 

Como acabou, o investigador que foi até a igreja após o incidente pego só o nome de Rita Hunt no seu relatório. Sabrina foi mencionada como um ‘personagem secundário’ na cena. O policial estava mais interessado em descobrir a identidade do homem mascarado que Hijo e Bobby descreveram, e Rita fielmente declarou que ela viu um homem lá. Hijo quis acabar com tudo por causa do que ele fez com Emma, mas quando seu tio descobriu o que havia ocorrido, ele não deixou passar.

“Eu não conseguiria ver por esse ângulo de armas químicas,” um policial adimitiu. “Se ele tivesse o tipo de coisa que dizem que ele tem, então por quê ele não está por aí cometendo atos de terrorismo? Eles dizem que viram o mesmo padrão com aquele ataque em East Harlem umas semanas atrás. Aposto que ele é um cara do bem socando uns vagabundos com spray de pimenta batizado.”

“O país todo ficou paranóico depois do 11 de setembro, e o Massacre de Boston tornou tudo pior,” um policial desabafou. “A próxima coisa que vão ver, vão banir o Quatro de Julho por causa das pessoas carregando explosivos.                “Ao Rastejador da Noite,” outro policial levantou sua garrafa. “Que todos os animais espancadores-de-mulher desta cidade tomem o que merecem!”            “ÀA Dedihos reconlhidos!” o primeiro policial brindou. “Que eu tenha as férias na ilha deserta que eu mereço!”

“Ah, é? Então, à Ilha dos Frutinhas,” ela respondeu enquanto todos caiam na risada.

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Sabrina ligou para Hoyt na tarde seguinte e estava profundamente desapontado quando ele a disse que não poderia ir com ela à igreja no dmonigo de manhã.  

“Hey, o que foi?” ela perguntou suavemente. “Foi algo que eu disse outro dia?”      “Claro que não,” ele respondeu. “Todos se divertiram. Os caras ficaram felizes em te rever. Alguns deles estavam com um pouco de inveja porque eu ainda treino com você. É só algo que apareceu no trabalho. Estão colocando alguns de nós em alerta. ”

“Por que? O que houve?”            “Bem, é aquele tipo de coisa das Forças Especiais e suas missões altamente sigilosas. Eu estaria te dando informações confidenciais. Se você divulgasse qualquer uma dessas informações eu teria que te bater.”

“Acho que terei que correr esse risco, Hoyt,” ela ficou muito quieta e soou muito séria. “Agora diga-me!”

“Havia uma nota que apareceu no escritório do prefeito avisando sobre um ataque terrorista,” ele relutou. “Deixou todos paranóicos depois do Massacre de Boston. Acho que estamos para enviar uma mensagem de alta repercussão. Provavelmente nos colocarão para fazer hora-extra nas próximas semanas, eu acho. Ficaria feliz se pudesse te levar pra jantar para recompensar.”

“Promete não me bater?”            “Palavra de escoteiro.”                    “Me diga onde e quando.”                  Ela o havia ligado do escritório e imediatamente parou o que estava fazendo para considerar a situação. Essa deveria ser a gangue que tentou chantagear Ryan Hoffman. Ela estava muito perto de enterrar o projeto Rastejador da Noite inteiro, mas seu senso de responsabilidade o estava pondo de volta na mesa. Sem sombra de dúvidas eles entrariam em contato com ele logo, e ela percebeu que teria que trabalhar com ele para fazer uma conexão com os terroristas.  

“Não, não ouvi nada deles ainda,” Ryan adimitiu depois que Sabrina o chamou em seu escritório. Era um sábado, mas todo o pessoal da alta gerência estava colocando algumas horas em um esforço para acelerar alguns dos seus projetos para estimular o fluxo de caixa. “Você descobriu algo sobre as duas pessoas que me encontraram?”            “Ainda não. Ryan, Estava pensando se você conheceu alguém que trabalha na alta gerência na Companhia Telefônia de Nova Iorque. Estou pensando que podemos rastrear os números que te ligam e fazer contato com o botão que controla as transações eletrônicas para o Fundo.”

“Bom,” ele pensou, “tinha um cara que eu namorei há alguns anos antes de Rick e eu começarmos nosso caso. Ele tinha o acesso de nível máximo, mas eu não falo com ele há um bom tempo. Ele é como eu, ainda está no armário, tem mulher e dois filhos.”        “Talvez seja a forma com a qual você vai chegar nele,” ela apontou. “Se você contar que está sendo chantageado, ele vai ver como pessoas como essas podem fazer qualquer um como vítima a menos que os gays se unam para se defender.”              “Tudo bem, vou falar com ele,” Ryan disse desconfortável. “É como disse, não o vejo faz uns anos. Além disso, eu não sei se ele ficará preocupado que a gangue possa tentar se vingar dele caso descubram que ele está me ajudando.”              “Você tem que fazê-lo ver que chantagear gays é apenas mais um tipo de terrorismo,” ela insistiu. “Se você se entregar a eles, vai apenas os inspirar a fazer exigências ainda maiores. Se você não tivesse vindo até mim, eles provavelmente teriam tentado te fazer parte permanente de sua rede de lavagem de dinheiro. Além disso, se seu esquema fosse descoberto, eles o abandonariam e lhe deixariam com toda a culpa.”

“Tudo bem,  eu ligo para ele,” a voz de Ryan estava cheia de medo.

“Vou estar aqui a maioria das tardes,” ela o assegurou. “Estarei mais que feliz em o encontrar. Na verdade, você poderia arranjar um encontro para nós no Starbucks mais tarde.”    “Vou ver o que posso fazer.”

Ela voltou a rever seus relatórios, tentando ficar focada apesar de todas as distrações em sua cabeça. De repente ela estava preocupada com Hoyt e esperava que ele nao fosse colocado em um lugar quente. Ela sabia que os chantagistas que contataram Ryan estavam provavelmente planejando fazer sua jogada em breve. Ela estava certa de que isso tinha a ver com o ataque terrorista que Hoyt a disse. Ela sabia que isso estava se tornando algo muito grande para ela, e provavelmente teria que envolver Jon caso ela fosse descuidada e fizesse estratégias que chamassem muita atenção e que jamais poderiam ser desfeitas.            O telefone tocou de novo, e ela estava meio confusa com a identificação da pessoa que ligava, mas se recompôs.

“Bree? Oi, é a Rita.”

“Oi, querida, como vai?”

“Oh, bem. Viu, o Pastor me pediu para ligar e ver se você estaria livre essa noite por mais ou menos uma hora. Nós tivemos problemas com o Programa de Alcance. Sei que é sábado à noite, então se tiver outros planos...”                  “Não, não, está tudo bem. O que houve?”                “Tem essa mocinha que está sob alerta de suicídio. Ela está na vigéèsim semana e tentou abortar mas sua família a pressionou a não fazê-lo. Eles são cristãos e querem que ela tenha o bebê mas o pai não quer assumir a criança e a está ameaçando. O Pastor estava esperando que pudessemos falar com ela.”

“Claro, estou de saída. A que horas quer me encontrar na igreja?”         “Pode ser às cinco?”                    “Pode ser. Te vejo lá.”                    “Ah, Bree, também tenho um membro da família que gostaria de falar com você. Eu falei para ele um pouco sobre você e ele gostaria de te fazer uma pergunta. Posso lhe dar seu número.”    “Tudo bem,” Bree anotou o número. “Estou no escritório a maior parte da tarde, ligarei para ele. Te vejo às cinco.”

Mais uma vez, ela considerou as obrigações da igreja com emoções mistas. Seu coração e sua alma a asseguravam que essa era a sua maior prioridade. Ainda que sua mente estivesse distraída por seu potencial relacionamento com Hoyt, sua preocupação com a segurança dele, e a crise afetando a sua empresa. Acima disso tudo, o problema de Ryan havia se tornado parte de um maior esquema de extorsão. Talvez Rita fosse ser parte de sua resposta. Sabrina precisava de apoio moral mais que tudo, e ela não tinha verdadeiros amigos próximos. Rita aparecia como um espírito irmão que poderia provê-la com um ombro amigo nas semanas a seguir.

“Alô?”

“Oi, aqui é Sabrina Brooks, amiga da Rita Hunt. Ela me deu seu número. Ela disse que você queria falar comigo.”

“Sim, senhora,” o sotaque do Kentucky do homem era entusiasmático. “Sou James Hunt, um primo distante da Rita. Um amigo meu, Wayne Gladden, abriu uma empresa de paisagismo aqui na Bowling Green depois que saímos da escola e nos demos muito bem lá. Fizemos alguns trabalhos para uns clubes de campo no Kentucky e estamos querendo expandir. Então, eu estou sabendo que você tem uma companhia química.”   

“Sim, senhor. Eu tenho,” ela girou a cadeira e olhou pela janela, tirando seus tênis, já que ela vestia roupas casuais aos fins de semana como todo mundo.

“Estou certo de que você sabe dos problemas que eles tiveram na Jersey Shore recentemente, com o furacão Sandy e os alagamentos. Agora, meu parceiro Wayne e eu estivemos entrando em contato com várias empresas sobre o possível enfrentamento desses perigos, e angariamos algum interesse. Está na fase do ‘se” por enquanto, mas acho que se todos dermos as mãos podemos fazer algo acontecer que possa nos trazer algum dinheiro e revitalizar a comunidade de Jersey Shore.”

“O que você tem em mente?”

“Estamos propondo a realização de obras nas áreas de alto risco. Não apenas transformaria a estética através da costa, mas ajudar caso um novo alagamento ou dano pela água ocorra novamente num futuro próximo. O único problema é a constante erosão que deteriorou o solo pela costa. Estamos pensando que um fertilizante composto especial utilizado num solo quimicamente tratado seria capaz de acelerar o crescimento das plantas e estabilizar o ambiente.”

“Então você quer que eu desenvolva o fertilizante?”          “Senhorita Brooks, se nós conseguirmos uma proposta sólida, estou pensando que sua parte chegará nos cinco milhões de dólares.”

“Humm, entendi,” ela disse indiferente, freneticamente revirando a gaveta de sua mesa procurando papel e caneta. “Eu gostaria de me reunir com meu sócio e minha equipe de pesquisa e dar uma olhada nisso. Acha que consegue montar uma proposta com alguns números para vermos se seria viável para nós?”

“Certamente, Senhorita Brooks. Vou te passar meu e-mail e te enviarei todos os detalhes.”

“Parece ótimo,“ ela disse. “Vou te dar um toque, aí você também pega o meu.”    “Sabe, eu só queria dizer que a Rita me falou sobre os desafios que você está passando como uma mulher CEO. Qualquer um capaz de ir lá e fazer o que fez pela pequena Emma tem muito mais culhões que noventa por cento dos homens que conheço. Eu confiaria em você um projeto multimilionário a qualquer hora.”

“Ela contou sobre o problema que tivemos com o homem e o negócio no jornal?”    “Que homem?” ele riu antes de desligar. “Você chama aquilo de homem?”

Sabrina estava fora de si em exaltação e queria dançar de tanta felicidade. Ela queria ir correndo e contar a Jon, mas ela sabia que a melhor coisa a se fazer era ver tudo e fazer toda a base primeiro. Ela queria firmar tudo e se certificar que todas as conexões eram sólidas. Só então ela chamaria todos para uma reunião, assim como seu pai faria.  

Ela esperaria até encontrar-se com Hoyt, e eles fariam algo legal para comemorar.    Ela também percebeu que ela tinha que parar de pressionar tanto com Hoyt. Ela não queria parecer muito forçosa ou parecer que ela precisava de um ombro para chorar. Ela sabia que poderia ter parecido presunçosa em o convidar para a igreja, mas era algo que deveria ter sido feito. Se ele não a pudesse aceitar como alguém que vai à igreja, então não daria certo independente do quanto ela gostasse dele. Pelo menos eles passaram por isso e tudo o que ela podia fazer era rezar para que Deus o livrasse de todo o perigo nesse fim de semana.      “Sabrina?” Ryan re-apareceu na sua porta. “Nossa, você está de bom humor.”      “Ah, é que é sábado,” ela soltou. “E aí?”

“Eu entrei em contato com meu amigo e contei o que estava acontecendo. Ele disse que vai falar com você,” Ryan se aproximou e pôs um envelope em cima da mesa. “Sabe, estou começando a pensar que eles estão planejando lavar o meu próprio dinheiro através da minha conexão. Suponha que eles estão ajeitando tudo para me fazer aparecer com uma grande quantia, então passá-la pelo Fundo para fazer parecer que eu estava movimentando meu próprio dinheiro? Se eles se afastassem, fariam parecer que eu desapropriei meu próprio dinheiro.”

“Sabe, essa é uma ótima ideia, mas eu acho que eles estão planejando algo um pouco maior,” ela assegurou.  “Vou dar uma ligada para o seu amigo.”

Bree ligou para o amigo de Ryan e concordou em se encontrarem no Starbucks perto da UNI em uma hora. Ela parou no escritório de Jon antes de se preparar para sair.        “Não se esqueça, você tem aquela reunião com Tom Durham na segunda,’ ele a lembrou. “Ainda gostaria de ir no seu lugar, ou ir junto se quiser.” Ele ainda vestia roupas semi-casuais embora todo mundo estava de jeans e tênis. A ideia de Jon de casual era seu blazer de algodão e mocassins.          

“Você está fazendo parecer como se estivéssemos acabados de qualquer jeito, então que diferença isso faz?” ela se inclinou através da porta.

“Bem, é só que ele é um velho construtor, tem aquela mentalidade ‘de macho’,” Jon cruzou os dedos. “A ideia dele de almoço de negócios é ir ao bar nas docas para umas cervejas e uma partida de bilhar. Ele fez algumas entrevistas importantes no estande de tiro e convida muitos de seus parceiros de negócios para ir à academia com ele. Ele gostava do seu pai por causa do tipo de homem que ele era, a maneira como se saía. Não acho que vai ter um problema pessoal com você, ou não querer continuar fazendo negócios com a BCQ. Ele só não vai ficar confortável em fazer negócios com uma mulher. Seu pai não se atrevia em mandar Rick ou Ryan para o encontrar, você pode imaginar como teria sido.”

“Vou te falar uma coisa,” Sabrina se aproximou à mesa de Jon. “Não quero você remoendo isso e estragando seu fim de semana. Posso falar com ele no telefone?”     

Jon deu de ombros, discou um número e a entregou o telefone.

“Tom Durham.”

“Oi, Tom, it’s Sabrina Brooks da BCQ, como vai?”

“Bem, moça. Suponho que está tudo certo para segunda?”     

“Com certeza. Eu estava meio que pensando se você poderia me encontrar na academia McBurney na Rua 14ª.”

“Por quê, ahn, claro.” 

“Tem uma caneta? Posso te explicar onde é.”

“Não, eu sei onde fica. Estive no Clube de Judo lá algumas vezes.”

“Ótimo. Te vejo, então.”

“Sabrina?” Jon exalou depois que ela desligou.

“Sim?”

“Bom fim de semana,” ele disse a dispensando, gesticulando para que ela fosse embora.

“Te vejo segunda,” ela disse feliz, saltitando para fora.

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Nat Osprey era um cara alto de óculos que afavelmente cumprimentou Sabrina quando a viu em sua jaqueta esportiva cinza no Starbucks. Eles se retiraram para uma mesa no fundo onde ele a explicou sua situação.

“Ryan e eu terminamos alguns anos atrás,” Nat explicou. “Ela não conseguia se comprometer porque era casado. Isso foi antes dele começar a ver o Rick. Nós nos vemos por seis meses até vermos que nossa relação não ia virar em nada. Éramos ambos casados, e tínhamos muito a perder tentando nos encontrar escondidos depois do trabalho. Ainda somos bons amigos, apesar de tudo, e quando ele me explicou o que estava aocntecendo, eu disse a ele que tentaria ajudar.”

“Você será nossa melhor chance de achar essas pessoas,” Sabrina assegurou. “O que eu estou esperando é uma tentativa de conexão deles depois que Ryan os der o número e os códigos de acesso. Eles seriam tolos em esperar até o último minuto. Eles provavelmente tentarão fazer isso de um número que não possa ser rastreado, provavelmente de um celular descartável. Eles tentarão de novo de suas linhas de segurança no dia que estão planejando fazer a transferência. Eles esperam que a transferência leve apenas alguns minutos, mas tomara que ela nunca aconteça. Aqui está meu número. Quando conseguir o rastro, apenas me mande uma mensagem com seu nome no número. Ninguém jamais saberá que você me deu ele.”        “Okay,” ele parecia um pouco nervoso. “Se alguém descobrir isso, minha carreira está acabada. Tenho mulher e quatro filhos e pais idosos para cuidar.”   

“Você e sua mulher reataram?” ela não pôde se conter. “Está tudo bem com vocês agora?”

“Tudo sempre esteve bem entre minha esposa e eu,” ele respondeu enigmaticamente. “Nos casamos por pura conveniência. Ambos viemos de boas famílias, ambos tínhamos diplomas e nossos filhos têm um grande futuro à frente. Ela não satisfaz todas as minhas necesidades sexuais, e eu acho que ela aceitou isso. Ela nunca teve muito desejo mesmo, ela é mais uma cuidadora do que uma amante. Acho que é difícil para uma pessoa hétero entender.”

“Acho que não,” Sabrina concordou.

“Tenho que ir, jantar às seis,” ele olhou para o relógio. “Tenho que fazer outras paradas no caminho. Vou colocar um SOS em frente ao meu nome se eu descobrir algo.”

“Beleza,” ela sorriu.

Foram quase seis horas depois quando Nat Osprey, trabalhando de casa à noite, a enviou um SOS com seu número nele. Ela o ligou imediatamente e ele a deu um número que poderia iniciar uma corrente de eventos cataclísmicos em Nova Iorque.

Ela caiu de joelhos e pediu ao Senhor por guia. Quando ela pediu por uma alternativa e nenhuma a apareceu, ela não conseguia pensar em nada além de uma solução.

O Rastejador da Noite voltaria à ação.