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Quando Alex saiu com Mark Templeton, Laurie telefonou para o gabinete de Ryan e pediu-lhes que voltassem. Quando eles chegaram, disse-lhes:

— Foi um dia longo. Vamos ficar por aqui.

— Não quero passar das marcas — disse Ryan —, mas não devíamos falar do motivo pelo qual o Mark Templeton esteve aqui?

Claro que deviam. Mas ela sabia que Alex tinha razão. Naquele momento, já não havia motivos para desconfiar de Mark Templeton em relação ao assassínio do seu amigo Hunter. Ele só tinha sentido a necessidade de violar o seu acordo de confidencialidade porque Laurie ameaçara tratá-lo como um suspeito. Ela já tinha visto o tipo de influência que o general Raleigh estava disposto a exercer para proteger o nome da sua família. Quanto menos pessoas conhecessem o segredo de Templeton, melhor.

— Neste momento, não posso falar do assunto.

— Como assim, não pode falar? — insistiu Ryan. — Amanhã é o nosso último dia de filmagens. Quando acabarmos de entrevistar a Casey e a família dela, devemos concluir.

Jerry ergueu a mão, impaciente.

— Se a Laurie diz que não pode falar disto agora é porque não pode. É assim que nós fazemos as coisas por aqui. Confiamos uns nos outros.

As palavras de Jerry foram como um soco no estômago. Ele estava a mostrar-lhe o tipo de fé que ela não tinha tido em Alex, quando ele lho pedira.

— Vão para casa. Logo vemos como as coisas estão amanhã de manhã.