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Leo estava absorto nos seus pensamentos quando saiu do edifício de escritórios situado na baixa de Manhattan. Sentia falta da excitação que acompanhava o seu trabalho na polícia, mas não queria voltar a trabalhar a tempo inteiro. A oportunidade para trabalhar com aquela equipa de intervenção era fantástica. Ia implicar estar ocupado várias noites por mês e havia muito trabalho que podia fazer em casa. Ia continuar a cuidar de Timmy e a estar por perto para ajudar Laurie.
Enquanto percorria os três quarteirões até ao metro, viu um táxi a deixar os seus passageiros e mudou de ideias. Quando as pessoas saíram, subiu para o banco de trás e deu ao taxista a morada da filha. Pegou no telemóvel para verificar as mensagens. Lembrou-se então de que o tinha desligado para evitar interrupções durante a reunião.
Ficou com o coração acelerado quando viu o SMS de Laurie e ouviu a mensagem de voz dela. O edifício onde ela e Charlotte se encontravam ficava a menos de cinco quilómetros dali.
— Mudança de planos — disse para o taxista. — Vá para o cento e um de Fulton Street em Brooklyn e depressa!
Abriu a carteira e mostrou o cartão da polícia, para o motorista o poder ver pelo espelho retrovisor.
— Sou polícia. Não vai apanhar uma multa. Despache-se!
O seu primeiro telefonema foi para o gabinete do comissário da polícia. Prometeram-lhe que iam enviar carros-patrulha imediatamente para a morada que ele dera em Brooklyn.
Enquanto o motorista circulava por ruas estreitas, provocando buzinadelas furiosas da parte dos outros condutores, Leo telefonou para Laurie. Entrou em pânico quando a chamada foi para o correio de voz.