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Quando viu Angela cambalear para trás e cair no chão com a arma, Laurie avançou e lançou-se para ela. Tarde de mais. Viu a arma escorregar para o poço do elevador e a seguir ouviu o ruído no primeiro andar, quando bateu na cabina de metal, dois andares abaixo.

Charlotte estava dobrada para a frente, com as mãos ainda atadas atrás de si. Angela estava novamente de pé e avançava sobre Charlotte. Laurie viu uma pequena lâmina prateada brilhar.

— Afasta-te! — gritou Laurie, correndo na direção dela. — Ela tem uma faca.

Charlotte cambaleou para a frente e enrolou-se. Tentou proteger o rosto, encostando-o ao chão.

Laurie correu na direção de Angela e, a seguir, saltou para cima das costas dela com toda a força que conseguiu reunir. Caíram as duas no chão. Angela estava de gatas, mas ainda tinha a mão direita fechada em torno da faca. Laurie só conseguia pensar na lâmina do x-ato. Não podia deixar que Angela voltasse a levantar-se, não enquanto ela tivesse a lâmina.

Agarrou no bíceps direito de Angela e puxou-o, procurando sacudi-lo para ela deixar cair a faca.

Charlotte já não estava em posição fetal, mas ainda estava no chão, a pontapear os braços de Angela. Laurie conseguiu voltar a levantar-se. Pisou o pulso de Angela com força, mas com cuidado para não aproximar a sua pele exposta da lâmina reluzente. Forçou o seu peso contra os ossos de Angela até a ver aliviar a pressão.

— Pega na faca! — gritou Laurie. — Pega nela.

Charlotte afastou a faca da mão de Angela com um pontapé e Laurie lançou-se no chão para apanhá-la.

— Apanhei-a! — gritou.

Correu para Charlotte e libertou-lhe os punhos.

Angela tinha-se levantado e corria na direção delas. Parou quando Laurie empunhou o x-ato.

— Não me obrigues a fazer isto, Angela!

Os ombros de Angela descaíram, quando a realidade do que se estava a passar se apoderou dela. Tinha ficado sem opções. Laurie ouviu o ruído das sirenes que se aproximavam. Quando se virou para a janela, Angela começou a descer as escadas a correr. Estava a meio da sala quando Leo, de arma em riste, saiu das escadas a correr.

— Parada! Deite-se no chão. Ponha as mãos atrás da cabeça — gritou ele, ao mesmo tempo que avançava para Angela.

Minutos depois, ouviu-se um ruído nas escadas, quando vários agentes da polícia correram para o interior da divisão. Leo ergueu o distintivo.

— Sou o comissário-adjunto Farley. — Apontou para Angela. — Algemem-na.