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— Suponho que a noite com Michael tenha sido maravilhosa, — disse Jenny quando Sadie passou pela porta do escritório. Ela estava usando o mesmo vestido que usara na noite anterior.
— Oh, Jenny, nós nos divertimos bastante, — respondeu Sadie. Ela rodopiou em torno da sala pequena, tropeçando nas cadeiras e mesas. — Suponho que não passou em sua cabeça me trazer outro vestido? — Ela perguntou quando se sentou. — Não tive tempo para passar em casa de manhã.
— Não! Eu não pensei em trazer outro vestido! — Gritou Jenny. Ela levantou-se da mesa do computador. — Eu estava completamente atarefada ontem à noite. Fiquei presa no maldito site a noite toda. Estava tão ocupada que não podia fazer mais nada.
— O que você queria que eu fizesse? — Perguntou Sadie. — Eu não pensei que você iria para algum lugar.
— Eu não ia, mas não é essa a questão.
— Bem, e qual é? — Sadie olhou para ela. — Se você ia sair para lugar nenhum porque está tão nervosa por ter ficado de vigília no site?
— Porque se eu quisesse descansar um pouco, eu não conseguiria, conseguiria? — Jenny fez uma pausa. — Eu quase não tive tempo para falar com David quando ele ligou. O laptop ficava piscando toda hora com mensagens novas.
— Ah, então esse é o problema. David ligou e você está descontando em mim porque não pôde conversar com ele.
— Sim! Não, eu não estou descontando em ninguém. Eu estava só irritada no momento. — Jenny sentou-se volta no computador.
— Por que estava irritada? — Connie entrou no escritório a tempo de ouvir o fim da conversa.
— Nada, — murmurou Jenny. Ela levantou o olhar bruscamente. — Não! Não é nada. Só porque vocês três agora têm homens em suas vidas não significa que eu vou ficar em casa com o laptop como uma Cinderela moderna. Vocês devem retomar seus turnos.
— David ligou ontem à noite e ela estava tão ocupada trabalhando no site que não conseguiu falar com ele, — explicou Sadie a Connie. Ela se virou para Jenny. — Se fosse eu, eu teria desligado o laptop e só ligado novamente quando eu estivesse pronta. Não podemos deixar que isso tome conta das nossas vidas.
— Eu tomo conta hoje, — disse Connie. Ela podia sentir uma discussão chegando e queria pôr fim a ela antes que isso também saísse fora do controle. Estava ansiosa para saber exatamente quanto dinheiro tinham feito na noite anterior, mas não sabia se este era o momento certo para perguntar. — Por sinal, onde está Lucy? Alguém falou com ela hoje?
Sadie balançou a cabeça. — Eu não falei. — Ela procurou em sua bolsa pelo seu celular para ver se havia perdido alguma ligação de Lucy. Mas não tinha.
— Tem alguém subindo as escadas agora. Talvez seja ela, — disse Jenny.
— Desculpa o atrasado. — Lucy entrou pela porta. Depois de passar a noite com Paul, ela correu para casa para trocar de roupa antes de ir para o escritório. No entanto, devido ao trânsito, levou mais tempo do que imaginava. Ela sorriu para Jenny. — Quer que eu tome conta agora?
— Já era hora! — Disse Jenny, afastando-se do computador.
Lucy olhou para ela. O que ela fez para merecer isso? Jenny raramente usava tal linguagem. — Preciso sair e entrar de novo?
Jenny fez uma careta e acenou com as mãos no ar. — Desculpa. Não quis ser desagradável. Estou sentindo pena de mim mesma. — Ela não quis ser desagradável com ninguém esta manhã, mas não podia deixar de sentir um pouco de ciúmes. Todas elas encontraram parceiros e ela não. Ela tentou se tranquilizar sabendo que encontraria David na semana seguinte. Ele parecia ser gente boa quando se conheceram algumas semanas atrás, mas até se encontrarem num encontro de verdade, ela ainda não poderia chama-lo de namorado.
— Tudo bem. — Lucy sentou-se sem dizer mais nenhuma palavra.
Seguiu-se um silêncio inquieto. Connie começou a abrir a correspondência. Ela empurrou dois formulários de inscrição para Sadie e pediu-lhe para adicionar seus nomes e endereços no cadastro. — Quando fizer isso, Lucy pode adicioná-los ao site.
Sadie puxou o registro do arquivador e adicionou os nomes à lista. Ela olhou para Jenny, perguntando-se se deveria pedir-lhe a lista de pessoas que se juntaram à agência na noite anterior ou deixar para mais tarde. Talvez ela tenha se acalmado até lá. Ela se virou, mas voltou a olhar para Jenny. Isso era ridículo. Por que todo mundo estava agindo cautelosamente perto dela? Não era culpa delas que ela não conseguiu falar com David. Ela não precisava ficar o tempo todo de olho no site, pelo amor de Deus. Agora, ela estava sentada lá fazendo-se de mártir, enquanto eles pisavam em cascas de ovo ao redor dela. — Gostaria que eu adicionasse os nomes e endereços de e-mail dos novos clientes ao registro? — Perguntou ela. — Ou você mesma quer fazer isso?
— Vou te passar a lista, — disse Jenny. — Eu já adicionei os perfis. — Ela olhou para Connie e Lucy. — Temos trinta novos membros e tivemos quarenta e cinco e-mails pedindo para encontros serem arranjados.
— Trinta novos membros! — Gritou Connie.
— Sete mil libras e meio, — Jenny informou. "Mais seiscentos para os encontros.
— Isso é brilhante, — disse Connie.
— Não quando você está presa no quarto a noite toda e sozinha.
— Pelo amor de Deus, nós já entendemos, Jenny, dá um tempo. — Sadie jogou a caneta na mesa. — Você está me deixando louca.
Jenny abriu a boca para dizer algo, mas, em vez disso, ela explodiu em lágrimas.
— Jenny, desculpa. Não queria chateá-la. — Sadie olhou para Connie e fez uma careta. — Vamos, Jenny. Você me conhece. Eu sempre abro minha boca e falo sem pensar.
— Não, não é você. — Jenny limpou os olhos. — Nenhuma de vocês. Sou eu. Eu não deveria ter continuado com isso. Mas eu estava sentindo pena de mim mesma ontem à noite. Todas vocês estavam se divertindo e fiquei presa em casa. E então, quando Sadie me enviou uma mensagem dizendo que não voltaria para casa, eu surtei. — Ela levantou-se. — Se ninguém se importar, vou sair. Preciso de um pouco de ar.
Elas ficaram em silêncio quando Jenny juntou suas coisas e saiu do escritório. Connie foi a primeira a falar. — Sugiro que façamos uma lista adequada para a vigília do site. Quando nossa vez chegar, vamos ter que assumir quer a gente goste ou não. — Ela fez uma pausa. — Além do mais, todos nós teremos que passar algum tempo longe do escritório. Nós quatro somos amigas de longa data e nunca discutimos tanto quanto temos discutido desde que iniciamos essa agência, principalmente Jenny. Ela geralmente leva tudo com tanta calma. Devemos estar passando muito tempo juntas nesse escritório apertado.
— Você está certa sobre a criação de uma lista, — disse Sadie. — Na noite passada, quando Jenny e eu estávamos a caminho de casa, ela falou sobre o que você disse sobre vender a agência. Ela ficou pensando e apontou a desvantagem se continuássemos, em como teríamos que fazer nossos arranjos pessoais em torno da vigília noturna. Devo dizer que me fez perceber tudo o que isso envolvia.
— Então, você está dizendo que quer vender? — Perguntou Connie.
— Não, mas nem estou dizendo que não quero vender, — respondeu Sadie. — Na verdade, não sei o que quero. Quando mencionei tudo isso para Michael, ele ressaltou que muitas pessoas têm que encontrar algum tipo de padrão nos turnos, o que é verdade. Não tenho certeza se eu quero fazer isso. — Ela fez uma pausa. — E quanto a sua outra declaração sobre estarmos juntas aqui, eu concordo. Nós somos amigos há anos. Nós rimos e choramos juntas, já saimos de férias juntas, mas Jenny nunca reagiu a nada como ela reagiu agora. Ela sempre foi a mais calma de todas nós. Penso que o quanto antes ela encontrar o David novamente, melhor para todas nós.
Lucy permaneceu em silêncio, embora estivesse ouvindo com atenção.
— Quando começamos esse empreendimento, não tínhamos homens em nossas vidas, — disse ela. — Agora que estamos saindo com eles novamente, estamos vendo a situação toda por uma nova perspectiva. Eu sinto da mesma forma que você, Sadie, no entanto, ainda não tenho certeza se quero vender. Este é um bom negócio. Há muitas agências de encontros por aí. Algumas delas são gratuitas, enquanto outras você paga uma taxa para entrar, mas é livre para todo mundo. As pessoas entram no site, encontram alguém de quem gostam e depois vejam no que vai dar, pois os endereços de e-mail são visíveis para todos os membros. Depois tem a Divorciados.biz. Nossa agência. Não é barata, mas tem classe e a palavra está se espalhando. Então, devemos realmente pensar em vender simplesmente porque não queremos dar revezar em ficar de olho no site? — Ela fez uma pausa. — Eu não quero abafar os nossos relacionamentos novos, mas Sadie, eu acho que devemos ter em mente que ainda é tudo muito cedo. Michael e Paul podem partir a qualquer momento, então talvez precisemos da agência para nos manter em pé. O caso de Jenny é diferente. — Ela hesitou. — Eu não gostaria de dizer isso e é apenas uma sugestão, mas você acha que David meio que apareceu do nada?
Sadie assentiu pensativa. Ela esperava que David ainda estivesse a fim de Jenny. Deus não ia permitir que Michael a deixasse agora. Ele foi a melhor coisa que aconteceu na vida dela há muito tempo. A noite passada foi maravilhosa. Michael tinha sido um amante gentil e excitante. Mas, ao longo dos anos, ela aprendeu que as coisas boas nem sempre duravam, então, sim, ela tinha que concordar que ainda era muito cedo. Ela arrastou seus pensamentos para o problema em questão. — Você quer dizer que Jenny poderia estar inventando tudo?
Lucy assentiu com a cabeça. Ela esperava não estar certa sobre isso. Ela refletiu sobre sua noite com Paul. Ela mal dera a ele tempo para pensar se gostaria de passar a noite com ela. Eles fizeram amor e depois conversaram um pouco antes de fazer amor novamente. Nenhum deles ouviram o despertador tocar de manhã. Não importava para ela, mas estava preocupada com Paul. Ao contrário dela, ele tinha chefe. Ele a beijou e disse que ele iria ligar durante o dia antes de sair pela porta com sua maleta em uma das mãos e uma torrada na outra. Para ele abandoná-la agora seria algo horrível.
Connie entendeu o que Lucy queria dizer. Para os seus relacionamentos ainda era muito cedo. Lucy conhecia Paul há apenas alguns dias, mas Sadie e Michael estivessem juntos há um pouco mais de tempo. Quanto a Jenny... Ela suspirou. Só o tempo iria dizer o que estava acontecendo com ela. — O melhor que pode acontecer para Jenny é que David venha vê-la, e quanto antes melhor para todas nós.
****
Jenny desceu as escadas as pressas e saiu correndo do prédio. Ela encostou contra a parede, pensando o que fazer a seguir. Ela se sentiu tão idiota. Por que ela tinha vindo aqui? Ela teria que voltar e encarar todo mundo mais tarde. Teria sido melhor ficar sentada lá no escritório e resolvido tudo. Sadie estava certa, ela poderia ter desligado o laptop e conversado direito com David. Ela não precisava ficar sentada o tempo inteiro com o laptop no colo como se fossem grudadas. Mas esse não era o problema real, era? No fundo, ela estava com ciúmes de Sadie e Lucy. Embora nunca fosse admitir para nenhuma delas. Ela quase não queria admitir para si mesma. Normalmente ela não era uma pessoa ciumenta. Ela sempre estava feliz por seus amigos quando as coisas estavam indo para eles. E essa não era exceção. Ela estava muito feliz por elas, mas, ao mesmo tempo, algo estava incomodando. Será que David a estava iludindo? Será que ele tinha uma mulher em outro lugar? Ele havia dito que devido ao trabalho, viajava pelo mundo todo. Talvez ele tivesse uma mulher em todas as cidades. Ela não precisava de outro Rob na vida dela. Um casamento ruim já era suficiente.
Ela se afastou do prédio e caminhou em direção a Oxford Street. David em breve estaria aqui. Pelo menos poderiam sair juntos, toda essa espera estava acabando com ela. Ela ainda não sabia muita coisa sobr
e ele. Apenas o que ele havia contado ao telefone, e era muito pouco. Assim que eles se conhecerem melhor, ele poderia decidir que ela não era a mulher ideal para ele, afinal. Ou vice-versa. Talvez fosse melhor se não tivessem se conhecido. Ela poderia ter continuado com sua vida em vez de ficar esperando suas ligações.
Ela entrou em um pequeno café na esquina da Oxford Street e pediu um café. Impulsivamente, ela tirou o celular e pressionou os números do escritório de David. Ela nunca o havia ligado para escritório dele antes, sempre imaginando que ele estivesse atolado com o trabalho. Mas hoje ela sentiu que precisava falar com ele. Alguma coisa precisava ser resolvida. — Alô, David, — ela disse, quando finalmente ouviu sua voz.
— Jenny, que bom ouvir você, — ele respondeu. — Está tudo bem? Você parece um pouco tensa.
— Sim, estou bem. — Ela fez uma pausa. — Eu só queria conversar com você. — Agora que ele estava do outro lado da linha, ela não sabia o que dizer. Ela respirou fundo. — David, você realmente gosta de mim? O que eu estou tentando dizer é que a gente não se vê há algumas semanas e mesmo quando nos conhecemos, foi muito breve. Então, o que eu quero saber é, você está realmente interessado em mim ou você está me enrolando? — Saiu tudo de uma vez. Ele entenderia a pergunta? Pensando nas suas palavras, ela não entendeu a pergunta!
— Jenny, mal posso esperar para te ver de novo. Estou na esperança que a empresa me envie para Londres neste fim de semana. Pode ser que eles precisem de mim na segunda-feira de manhã para assinar alguns contratos. Espero saber a decisão hoje à tarde. Eu não mencionei isso antes, porque não tem nada resolvido. — David pausou por um momento. Um pensamento surgiu em sua mente. — Você encontrou outra pessoa? É isso? Tem uma pessoa nova na sua vida?
— Não. Não, não é nada disso. — Jenny ficou feliz em saber que David falava sério sobre vê-la novamente, mas, ao mesmo tempo, queria não ter ligado. Talvez ela não deveria ter sido tão precipitada. — Estou muito ansiosa para vê-lo novamente. — Agora ela estava começando a parecer desesperada. Ela precisava diminuir a velocidade. — Mas, você consegue entender, eu tive essa sensação horrível de que talvez você não esteja tão interessado. Você poderia estar me iludindo ou que já tivesse uma namorada... Ou uma noiva em algum lugar... e... e... — Agora ela estava tagarelando. Ele iria pensar que ela era uma idiota. Ela deveria desligar o telefone, rápido. — Desculpa, eu não deveria ter ligado. — Ela pressionou o botão e, lentamente, colocou o celular sobre a mesa.
Ela tomou um gole de seu café. Aquilo foi muito idiota. Por que diabos ela ligou? O que ela esperava ganhar? Ela expôs seus sentimentos e agora ele sabia que ela estava ansiosa para vê-lo. Ele sabia que ela estava preocupada no caso de ela não ser a única mulher em sua vida, o que significava que ela estava desesperada por ele e Deus sabe o que mais ele tirou dessa ligação.
Seu celular começou a tocar e vibrar na mesa. Um olhar lhe mostrou que a chamada era de David. Ela não queria atender, mas ele continuou tocando. Ela observou enquanto o telefone deslizava devagar sobre a mesa com cada vibração. A qualquer momento, a chamada cairia na caixa postal. Ela podia ouvir o que quer que fosse que ele dissesse depois.
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David ouviu um clique e depois o telefone ficou mudo. — Jenny! — Ele se levantou e gritou para o telefone. — Jenny, você está aí? — Agora, todos no escritório estavam olhando para ele, mas ele não se importava. Jenny foi embora, ela desligou o telefone na cara dele.
Lentamente, ele se abaixou na cadeira e passou os dedos entre os cabelos. Ele pensou nas últimas semanas e na noite em que ele a viu pela primeira vez no restaurante. Ela parecia tão requintada, tão elegante. Ele foi atraído por ela naquele instante. Quando conversaram durante o jantar, ele achou sua personalidade tão encantadora. Quão decepcionado ele ficou quando ela e sua amiga partiram antes deles. Ele lembrara ter desejado encontra-la na sua primeira noite em Londres. Pelo menos, teriam um pouco mais de tempo para se conhecer. Mas então, pareceu que o destino estava do seu lado porque voltaram a se encontrar no hotel. Desde então, ele esteve contando os dias para quando ele poderia voltar para Londres e vê-la novamente.
Mas talvez ela não tivesse sentido o mesmo que ele. Afinal, uma jovem tão atraente que vive na capital deve encontrar muitos homens todos os dias. Ou poderia ser que ela tenha achado que ele pudesse ser como John, que de repente se afastou de Lucy?
Ele sentiu-se muito mal com tudo isso, principalmente porque sobrara para ele dar a notícia de que John não iria a Londres. Jenny agora achava que ele era o mesmo tipo de pessoa sem escrúpulos que John, que simplesmente a iludiria?
Olhando por esse ponto de vista, ele não podia culpá-la. Ela não sabia muito sobre ele. Apenas o que ele havia dito a ela durante aquelas poucas conversas corriqueiras no telefone, e isso foi muito pouco. Ele preferia falar sobre ela. Ele deveria ter voltado a Londres antes. Ele poderia ter tomado um trem e ido passar um fim de semana. Jenny só tinha a palavra de que ele estava voltando para vê-la. Ele deveria ter previsto que isso aconteceria. Por que não percebeu?
Ele respirou fundo. Ele não podia deixar isso assim. Ele precisava falar com ela novamente. Ele tinha que fazê-la entender que ele realmente queria conhecê-la. Pegando o telefone, ele pensou no que ele iria dizer, depois digitou o número com todas as forças.
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Jenny olhou para o telefone. A qualquer momento agora ele pararia de tocar e David deixaria uma mensagem. Mas, ele deixaria? Ou ele apenas desligaria, pensando que ela não ia mais querer falar com ele? Era assim que ela realmente queria que tudo terminasse? Ela pegou o celular e atendeu.
— Alô, alô. Jenny, você está aí? — A voz de David soou do outro lado da linha. Ele parecia tenso.
— Sim, estou aqui, — respondeu Jenny.
— Eu não sabia se você ia atender. Eu vou a Londres para o fim de semana, independentemente do que a empresa esteja planejando, — disse David. — Eu tenho que te ver. Não consegui parar de pensar em você desde o dia que nos conhecemos. Eu realmente preciso ver você de novo. Eu vou pegar um trem na sexta-feira à noite depois do trabalho e te ligar quando chegar em Kings Cross. — Ele falou tudo depressa, não queria dar a chance dela desligar antes dele dizer tudo o que precisava dizer.
Jenny não sabia se ria ou chorava. — David, — ela gritou. — Estarei lá para pegá-lo. — Ela olhou ao redor do café. De repente, todos os olhos estavam fixos nela. — Eu estarei na estação para pegá-lo, — ela repetiu, baixando a voz. — Não importa a hora que chegar, eu estarei lá.
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— Sentir-se melhor agora? — Perguntou Sadie.
Jenny havia chegado ao escritório. Ela assentiu. — Sim, obrigada. — Ela fez uma pausa. — Desculpe-me pelo ataque histérico mais cedo. Eu... — Ela não sabia o que dizer.
— Esqueça, — Connie respondeu por todas. — Quantos menos falar sobre isso, mas rápido vamos esquecer, era o que minha avó costumava dizer. Tenho certeza que você vai se sentir muito melhor assim que David vier vê-la.
Jenny não pôde deixar de notar o rápido olhar de Connie em direção a Lucy e Sadie. Sobre o que era tudo isso? Certamente elas não achavam que ela estivesse inventando histórias sobre as ligações de David. — Conversei com ele e ele está vindo para Londres na noite de sexta-feira, então espero que todas tenham a chance de conhecê-lo nesse fim de semana, — disse ela.
— Essa é uma ótima notícia, Jenny — disse Sadie.
— Sim. — Jenny cruzou os dedos atrás de suas costas, esperando que nada mudasse os planos de David. — Mal posso esperar para vê-lo.