Na manhã seguinte, Jenny e David passearam pelo Hyde Park. David sugeriu que ela lhe mostrava alguns dos pontos turísticos de Londres, então, como o dia estava brilhante e ensolarado, ela achou que o parque seria um lugar ideal para começar.
— Se você olhar para lá, você pode ver a janela do nosso escritório. — Jenny apontou para o outro lado do parque para um dos prédios do outro lado da avenida. — Lá em cima, aquela janelinha no topo. E neste exato momento, algumas das meninas devem estar atualizando as movimentações que a vigília do site deve ter tido durante a noite.
— Vigília do site? — David arqueou as sobrancelhas.
Jenny explicou como alguém precisava estar de serviço na maioria das vezes para organizar os encontros e cadastrar os novos clientes. — É assim que ganhamos dinheiro. Então, chamamos isso de vigília do site. Em seguida, os livros de contabilidade no escritório precisam ser atualizados.
— Entendi, — disse David pensativo. Ele olhou para a pequena janela e riu. — Se a sala é tão pequena quanto a janela, deve ficar muito lotado lá às vezes.
— Sim, fica, — ela respondeu. — Às vezes quando a gente discute, fica muito quente também.
— Não consigo imaginar você discutindo com ninguém, Jenny. Você tem uma natureza tão encantadora. Essa foi a segunda coisa que notei sobre você. Você tem uma atitude afetuosa e positiva com todo mundo.
— Oh, eu fico irritada às vezes, mas não muitas vezes. — Ela lembrou do início da semana quando fora bastante rude com Sadie. — Qual foi a primeira coisa que você notou sobre mim? — Ela perguntou, mudando um pouco de assunto.
— O quanto você era linda, ou, melhor dizendo, é linda, — disse David sem hesitação.
Jenny corou e desviou o olhar. — Oh, — era tudo o que conseguiu dizer.
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— O que você gostaria de fazer hoje? — Perguntou Paul. Ele e Lucy tinham acabado de lavar os pratos do café da manhã e estavam guardando-os.
— Eu não sei. — Lucy franziu a testa. — Faz tanto tempo que não tiro sábado de folga que já nem sei mais o que acontece nos finais de semana. — Ela fez uma pausa. — Você escolhe.
Paul coçou a cabeça. — Bem, tem um jogo de futebol... — Ele parou e riu quando viu a expressão no rosto de Lucy. — Estou brincando. — Ele pensou por um momento. — Não tem uma exposição de arte que você queria ver?
— Deus, sim! Tem. Quase esqueci. Está na Galeria em Trafalgar Square.
— Tudo bem, vamos para lá e depois podemos comer alguma coisa num bistrô em algum lugar. Depois disso, a gente vê.
— Parece ótimo por mim. — Lucy juntou as mãos com alegria. — Mas tudo bem por você com as exposições de arte?
— Arte e eu nunca fomos tão apaixonados um pelo outro, — disse David com um sorriso. — Mas nos viramos nas poucas ocasiões em que nos encontramos.
— Você é louco. — Lucy passou seus braços ao redor de seu pescoço e o beijou. — Você não precisa ir comigo. Eu posso ir sozinha. Você pode fazer outra coisa. Algo sobre o qual você é mais apaixonado, como o futebol.
— Eu sou apaixonado por você, Lucy, — disse Paul. — Eu quero ir com você. Além disso, você pode querer me instruir sobre como a arte e eu podemos nos dar melhor no futuro.
— Tudo bem, — disse Lucy. — Vamos pegar nossos casacos e irmos. Lição número um sobre as maravilhas da arte, a seguir.
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— Então, onde você quer ir depois? — Perguntou Jenny. Eles chegaram a uma saída de Hyde Park.
David olhou para o céu. O céu estava bem azul de manhã, mas agora nuvens escuras começaram a se formar. — Eu acho que talvez agora a gente precise procurar algum lugar para nos proteger da chuva. Alguma ideia?
— Que tipo de coisas te interessa? — Ela perguntou, jogando as mãos desespero. — Se você lembra bem, eu não sei muito sobre o que você gosta ou não gosta.
— Oops. Desculpa. Sim, bem... Eu acho que vou gostar de qualquer coisa que você escolher. Que tal?
— Você é um idiota! — Exclamou Jenny. — Tudo bem, você curte arte?
David fez uma careta. — Não muito. Mas se é o tipo de coisa que você gosta, então, por que não? — Ele encolheu os ombros. — Fico feliz em dar uma chance.
— Tudo bem, então vamos para a galeria de arte. É barato e está calmo, então, cultura, aqui vamos nós.
Começou a chover no momento em que chegaram à galeria. — Bem a tempo, — disse Jenny, quando as primeiras gotas de chuva começaram a cair.
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— Eu me pergunto o que estão fazendo agora, — disse Connie.
— Quem? — Sadie perguntou distraidamente. Ela estava ocupada adicionando um novo cliente no banco de dados.
— Jenny e David, quem mais?
Sadie levantou os olhos e pousou a caneta sobre a mesa. — Provavelmente ainda estão na cama, isso é se eles tem cabeça.
— O que faz você pensar que Jenny apressou em levar David para cama? Ela mal conhece o homem. Eles só se conheceram ontem à noite. Você não pode contar com o encontro no Langley. Jenny não é do tipo que faz algo assim sem pensar. — Connie fez uma pausa. — Na verdade, Jenny não é o tipo de fazer nada sem pensar muito antes.
— Bem, nesse caso, acho que ela deve ter levado um total de dois segundos para pensar sobre isso, e depois correu com ele para a cama. — Sadie riu. — Além disso, ela me mandou uma mensagem na noite passada querendo saber se eu iria voltar para casa. Por qual outro motive ela queria saber se não fosse por que estava desesperada por conseguir levar David para a minha metade da cama?
— Você poderia ter ditto isso com um pouco mais de delicadeza. — Connie fez uma careta.
— Pelo amor de Deus, Connie. Seja como for que eu tivesse ditto, o resultado teria sido o mesmo. Por que fazer rodeios? — Ela pegou a caneta novamente. — Espero que Lucy e Jenny estejam aproveitando o sábado de folga. Suponho que tivemos sorte até agora que elas não se importaram em trabalhar todos os sábados.
Connie estava pensando nessa mesma coisa. Tinha sido muito conveniente. Tanto ela quanto Sadie haviam tirado regularmente o dia de folga. Mas agora Lucy tinha Paul e Jenny o David, isso queria dizer que ela e Sadie teriam que ter suas vezes. Os fins de semana eram os dias mais movimentados da agência. No final da semana passado, eles ganharam sete mil libras. Não, elas não poderiam se dar ao luxo de fechar o site por dois dias.
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A galeria de arte estava cheia. Jenny havia esquecido que havia uma exposição especial neste fim de semana. — Eu deveria ter lembrado. Lucy mencionou na semana passada.
— Não se preocupe, — disse David. Ele sorriu. — Pode não estar calmo, mas pelo menos está seco.
Eles andaram pela galeria, parando ocasionalmente sempre que viam algo que eles particularmente gostavam.
— Poderia ser a gente, — disse David, colocando o braço ao redor de Jenny. — O que você acha?
Ela olhou para onde ele estava apontando e viu uma pequena estátua de um jovem casal. O braço do homem estava ao redor da cintura da mulher e ela estava olhando nos olhos enquanto ele olhava para os dela, o rosto repleto de amor e admiração.
Jenny sorriu. — Sim, poderia, — ela sussurrou.
Eles se afastaram da estátua e continuaram andando pela galeria quando de repente eles se depararam com Lucy e Paul. — Eu deveria ter adivinhado que você estaria aqui, Lucy, — disse Jenny, uma vez que todos se apresentaram. — Nós viemos para nos abrigar da chuva.
— Estávamos pensando ems air para comer alguma coisa, — disse Lucy. — Já terminaram aqui? Que tal irmos todos juntos?
Jenny olhou para David e ele assentiu. — Sim, porque não? Parece divertido.
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— Então, o que você achou do Paul? — Perguntou Lucy. Os olhos dela estavam brilhando com entusiasmo. Elas haviam terminado o almoço e foram ao banheiro para se refrescar. — David é realmente muito doce. Ele é seu tipo, Jenny.
— Sim, ele é, — Jenny sussurrou. Por um segundo, ela permitiu que sua mente voltasse à noite anterior, quando eles fizeram amor. Ele tinha sido tão gentil. — Eu também gosto de Paul. Vocês dois parecem que foram feitos um para o outro, acrescentou, arrastando-se de volta para o presente. — Vamos cruzar os dedos para que nossos futuros sejam melhores à partir de agora.
— Faço suas as minhas palavras, — disse Lucy. Ela olhou para a porta. — Será como eles estão lá for a? Quero dizer, você acha que eles estão conversando um com o outro ou estão sentados em silêncio até voltarmos?
— Ah, acho que eles devem ter encontrado algo em comum para conversar. Homens geralmente pensam em algo para falar. — Jenny pensou por um momento. — Trabalho! Quero dizer, os homens normalmente falam sobre trabalho, seus empregos, suas funções.
— Não, — disse Lucy lentamente. — Paul não fala muito sobre o trabalho quando ele está longe dele. E cerveja?
— Não tenho certeza. Ainda não vi David beber cerveja. Então, o que mais?
Elas se olharam e riram. — Futebol, — elas falaram em coro quando saíram do banheiro.
— Eu ainda acho que deveria ter sido uma penalidade. — A voz de David ecoou até elas enquanto voltavam para a mesa.
— Eu concordo, — disse Paul. — Eu não consegui entender como o árbitro não viu isso.
— A gente estava certa” — Disse Lucy, com uma risadinha.
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— Lucy e Paul são muito legais, — disse David. Ele e Jenny estavam de volta ao hotel Langley. Ele estava um pouco preocupado que o nome de John pudesse surgir durante a conversa durante o almoço. Mas, felizmente, não surgiu. Por outro lado, por que deveria? Lucy estava com outro homem e ambos pareciam muito contentes.
— Conheço a Lucy há muito tempo. Nos conhecemos há anos, quando trabalhamos para a mesma empresa. No entanto, hoje foi a primeira vez que conheci Paul e o achei muito agradável. Estou feliz por ela ter encontrado alguém assim. Seu primeiro marido, Ben, era um bruto. — Ela hesitou. — Então, o que aconteceu com John? Eu achei que ele tivesse gostado dela. Ela ficou bastante machucada, sabe?
David respirou fundo. — John é um mulherengo. Ele troca de mulher toda hora. Mas eu realmente acreditei que ele tivesse gostado da Lucy. Ele falou sobre ela o caminho todo para Peterborough. Achei que talvez ele tivesse encontrado a “sua” mulher, finalmente, mas não era para ser.
— Bem, se ele é assim, acho que Lucy teve sorte. Um Casanova é a última coisa que ela precisa em sua vida. — John lembrou-lhe de Rob. Ele havia ficava com uma mulher após a outra depois que se casaram. Talvez ele estivesse fazendo isso antes mesmo do casamento, como ela poderia saber?
— Você ficou bastante quieta, está tudo bem? — Perguntou David. Ele passou o braço em volta dela.
— Sim, estou bem. — Ela olhou para ele e ele a beijou.
— Jenny, — disse David. — Quais são os seus planos para esta noite?
— Eu não tenho nenhum, — ela respondeu, sorrindo. — O que você tem em mente? — Mas ela já sabia a resposta.