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Capítulo Trinta

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Jenny sentiu-se no topo do mundo quando chegou no escritório na segunda-feira de manhã. Ela flutuou em direção a sua mesa, totalmente indiferente aos olhares de suas amigas. Depois de passar um maravilhoso fim de semana com David, ela quase teve que se arrastar para longe dele naquela manhã, quando ele teve que correr para finalizar o acordo no local dos novos escritórios de sua firma. Ele ficou na cama por muito tempo e foi forçado a vestir-se depressa e sair correndo depois de roubar um beijo rápido de Jenny. — Vejo você aqui mais tarde, — gritou antes de bater a porta.

Ela não precisava ir para o escritório. Ninguém estava esperando vê-la até David voltar para Peterborough. No entanto, quando ele saiu, ela começou a andar em direção a Mayfair e nem sequer notou onde estava até encontrar-se do lado de fora do escritório.

— Olá, tem alguém aí? — Sadie acenou com a mão para cima e para baixo na frente do rosto de Jenny. — Terra chamando, alguém aí?

— O que? — Jenny olhou para Sadie e sorriu. — Desculpa. Eu tive o fim de semana mais maravilhoso e ainda não voltei a terra.

— Sim, podemos ver isso! Lucy nos disse que você estava extremamente feliz quando ela encontrou com você no sábado. — Connie riu. — Não estávamos esperando ver você aqui hoje.

— Eu também não. Mas meus pés parecem ter vida própria, então aqui estou. — Jenny olhou para suas amigas. — Mas, assim que David finalizar o acordo, vou tirar alguns dias para conhecê-lo. Tudo deve estar resolvido até quinta-feira.

— Para mim, parece que você já deve saber praticamente tudo sobre ele, — disse Sadie, sorrindo.

— Sim, bem... — Jenny sentiu suas bochechas aquecendo. Por que ela tinha que ficar vermelha quando sentia vergonha? Certamente ela poderia se sentir-se envergonhada sem que todo mundo soubesse disso.

— Ok! — Connie franziu a testa para Sadie. — Eu acho que deveríamos voltar a olhar o livro de contabilidade, não é? — Ela se virou para Jenny. — O negócio está crescendo! Várias outras pessoas quiseram entrar para a agência durante o fim de semana, então temos muitos novos detalhes para adicionar aos nossos livros. Não só isso, teve um monte de mensagens com solicitações de encontros. — Ela apontou para a pilha de envelopes. — Pode até ser que tenha um par de cheques alí. Mais de uma pessoa disse que não gostava de dar seus detalhes pela internet.

— Tudo bem, vou começar com as correspondências. Se tiver algum cheque, eles precisarão ser depositados, — disse Jenny.

Quando toda a postagem foi aberta, Jenny levantou um pacote de cheques.

— Adivinhem? — Ela gritou. — Temos cinco mil libras em cheques aqui. A maioria deles é de gente pagando a taxa de inscrição, outros são de pagamento de encontros a serem arranjados. Parece que há mais pessoas que preferem pagar por cheque do que imaginávamos.

— Puta merda! — Murmurou Sadie. — Isso é brilhante!

— Sim, é, — concordou Connie. — Cinco mil libras mais o dinheiro que recebemos on-line durante o fim de semana nos dá cerca de oito mil. Deus, as pessoas estão nos notando. — Ela ficou tão animada com a notícia que nem sequer pegou no pé da linguagem de Sadie.

— Quer que eu leve ao banco para você? — Perguntou Sadie. — Não me importaria de dar um passeio pela Oxford Street.

Jenny riu.  — O que você quer dizer é que você quer encontrar seu amável Michael para um café se ele puder dar uma escapadinha do banco por alguns minutos. — Ela pegou o livro de contabilidade. — Tudo bem, eu vou arrumar a papelada e você pode cair fora.

O resto do dia correu bem. Mais algumas pessoas se juntaram à agência, enquanto outras pediram que encontros fossem arranjados Cada uma delas estava bastante entusiasmada com o bom desempenho de negócio. Connie ofereceu para cuidar do site naquela noite. — Não vou sair hoje à noite. Andrew tem um jantar de negócios e voltará tarde.

As outras três ficaram satisfeitas por deixá-la tomar conta. Na verdade, nehuma delas queria ficar em casa naquela noite. A vida de repente ficou excitante.

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De volta ao Condrow, Connie jogou o laptop sobre a cama e o ligou. A última coisa que queria fazer era sentar na frente do computador a toda. Era verdade que ela não ia a lugar algum, mas preferiria tomar um longo banho de banheira, vestir algo confortável e ler um livro ou assistir televisão. Um copo grande gim e tônica encaixaria bem em algum lugar, também. Agora, ela ficaria presa na frente do laptop. Tudo bem, ela ainda podia ter a G & T, mas o resto de sua noite tranquila foi por água abaixo.

Ela caminhou até a varanda e olhou para Hyde Park. Era uma noite tranquila e as pessoas estavam passeando pelo parque a caminho de casa. Ela achava que esta era uma das melhores vistas de Londres. Era uma pena que não pudessem viver aqui para sempre. Bem, eles poderiam se quisessem, mas era caro demais. No entanto, ela gostou do apartamento que eles olharam alguns dias atrás. Era uma cobertura com vista de toda Londres. Andrew entrou com um pedido de hipoteca de sua empresa e eles estavam aguardando a decisão. Enquanto isso, ela não havia contado para suas amigas sobre isso. Ela achou que seria melhor esperar até que tudo estivesse resolvido.

O laptop apitou, o que significava que havia uma mensagem de alguém. Connie suspirou enquanto voltava para a sala. Estava começando. Ela estava prestes a abrir a mensagem quando Andrew apareceu. — Desculpe pelo atraso, mas foi uma correria no escritório hoje e eu não consegui fugir. Como você está esta noite? Alguns dos meus colegas não podem ir ao jantar e eu imaginei que você pudesse ir. Ron vai levar a esposa dele e... — Ele franziu a testa quando ouviu o apito de uma nova mensagem do laptop. — Oh, vejo que você está de plantão novamente, então você não poderá...

Connie fechou o laptop rapidamente. Jantar com Andrew era muito mais preferível que ficar de vigília no site. — Eu adoraria me juntar a você para jantar.

— Mas pense em todas aquelas pessoas solitárias lá fora, esperando desesperadamente ouvir uma palavra sua. — Andrew sorriu.

— Você me faz parecer os samaritanos, — disse Connie, tirando os sapatos. — Quanto tempo eu tenho? Aonde vamos e a que horas é o jantar? Preciso verificar meu guarda-roupas, não tenho nada para usar.

Andrew revirou os olhos. — Aqui vamos nós, — ele murmurou para si mesmo. — Connie querida, você fica ótima em qualquer coisa que usa, apenas escolha algo do guarda-roupa.

— Homens! — Disse Connie, desaparecendo no banheiro. — Você não faz ideia... — o resto de suas palavras foram perdidas quando ela fechou a porta e ligou o chuveiro.

Andrew se serviu uma bebida e abriu o laptop. Ele baixou as mensagens da Divorciados.biz e observou com espanto quando todas elas entraram na caixa de entrada. Ele sabia que cada mensagem valia pelo menos quinze libras e contou até vinte antes de fechar a tampa. — Trezentos libras, — ele murmurou para si mesmo. — O negócio da agência de namoro está crescendo.