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Capítulo Trinta E Cinco

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Várias semanas se passaram e a agência continuou a crescer. Connie e Andrew se instalaram em seu apartamento novo e deram uma festa em comemoração, convidando o maior número possível de amigos deles. Sadie continuou falando sobre seu casamento, embora nenhuma data tivesse sido definida, enquanto Jenny e Lucy ainda estavam se estabelecendo em seus novos relacionamentos.

Lucy estava extremamente feliz com Paul. Ele era tão prestativo. O que mais ela poderia querer?

Depois de sentir um pouco estranha nos últimos dias, Paul insistiu que ela fizesse uma consulta com seu médico. — Todo cuidado é pouco hoje em dia, — ele disse a ela.

— Eu acho que Paul está fazendo uma tempestade num copo d’água, então eu só estou aqui para fazê-lo feliz, — ela disse a Dra Wright quando ela chegou no consultório. — Provavelmente comi algo que não caiu bem.

— Pode ser verdade, — respondeu a doutora. Ela sorriu. — Mas, como você está aqui agora, posso dar uma olhadinha.

A doutora foi muito minuciosa nos exames e Lucy começou a se ficar um pouco alarmada, especialmente quando recebeu um frasco e o pedido para ir até o banheiro. Poderia haver algo de errado com ela depois de tudo? Ela rezou para que não fosse esse o caso. — Eu não posso estar doente, — ela murmurou no caminho de volta para o consultório do médico. — Não vou permitir isso! Não agora estou tão feliz. — Ela olhou para o frasco na mão. Parecia bom para ela. Cor certa, bem, ela supôs que era. Ela não tinha o hábito de verificar a cor da sua urina. Alguém fazia isso? As pessoas geralmente verificaram a cor da sua urina todas as manhãs?

De volta ao consultório, Lucy observou ansiosamente enquanto a doutora testou a amostra com o que parecia ser um pauzinho de gelo.

— Bem, — disse o Dra Wright, virando-se para encarar Lucy, — parece que você vai ter um bebê.

Lucy não podia falar. Um bebê! Meu Deus, ela ia ter um bebê. Ela nem pensou nisso. Por que ela não pensou nisso?

— Você está bem? — A doutora se inclinou para frente e pegou a mão dela. — Você ouviu o que eu disse?

— Sim! — Lucy engoliu. — Você tem certeza? Poderia haver algum erro?

— Estou absolutamente seguro. Não há erros. — A Dra Wright sorriu. — Você tem cerca de dois meses, então você pode esperar o seu bebê para o início do ano que vem. — Ela rabiscou os detalhes para Lucy.

No lado de fora da calçada, Lucy olhou para o pedaço de papel na mão. Ela ainda não conseguia digerir. — Oh, meu Deus! Eu vou ter um bebê. — Ela não tinha percebido que ela tinha falado em voz alta até que alguém passando lhe deu um polegar para cima. Ela sorriu para ele antes de cavar em sua bolsa para pegar o celular.

Seus dedos tremiam enquanto começava a esfaquear os números do escritório de Paul. Mas em seguida pressionou cancelar. Talvez ela devesse esperar até esta noite, quando estivessem juntos. Ela estremeceu. Isso significaria que ela tinha que manter a notícia em segredo o dia inteiro. Ela não poderia dizer a suas amigas até que ela tivesse falado com Paul. Ele deve ser o primeiro a saber.

Naquele momento, viu um táxi vindo em sua direção. Naquele instante, ela decidiu ir ao escritório de Paul e contar para ele já. Ela acenou para o táxi e deu ao motorista o endereço. Ela respirou fundo enquanto se sentava. Como Paul tomaria a notícia? Ele estava pronto para se tornar pai? Bem, seja qual for a resposta dele, não havia volta agora.

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Está tudo bem? — Paul estava preocupado porque Lucy tinha vindo para o escritório dele. Ele sabia que sua consulta com o médico era para aquela manhã. Havia algo errado? Por que outro motivo Lucy atravessaria metade de Londres só para vê-lo?

— Fui ao médico hoje e a Dra. Wright fez um exame minucioso. — Ela passou a língua pelo lábio inferior.

— E? — Perguntou Paul. Agora ele já estava temendo pelo pior.

— E... Vou ter um bebê! Nós vamos ter um bebê! — Paul não disse nada por um bom momento. Ele só ficou olhando para ela.

Lucy estava começando a entrar em pânico. Tinha assumido que Paul ficaria tão feliz quanto ela. Mas talvez ele não quisesse uma família.

— Nós vamos ter um bebê, — disse Paul finalmente. A notícia estava apenas caindo. — Uau! — Ele soltou um grito e bateu no ar. — Eu vou ser pai. — Ele agarrou Lucy e a abraçou. — Essa é absolutamente a notícia mais maravilhosa. — Ele virou a cabeça e olhou para as outras pessoas no escritório. — Vocês ouviram, pessoal? Eu vou ser pai!

Lágrimas brotaram nos olhos de Lucy e derramaram sobre suas bochechas. — Paul, estou tão feliz. — Ela tirou um lenço do bolso e enxugou os olhos. — Por um momento pensei que você pudesse ter ficado...

— Lucy! Estou extremamente feliz! Você não pode acreditar o quão feliz eu estou. — Ele teve que gritar para se fazer ouvir sobre o barulho atrás dele. Agora, todos no escritório estavam acumulando perto deles para parabenizá-los.

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Lucy subiu as escadas do escritório para contar a novidade para suas amigas. Ela nem sequer mencionou que iria ver um médico, ela simplesmente disse que ia dar um passeio nas lojas.

— Eu tenho a mais maravilhosa... — Ela parou no meio da frase quando viu o que Sadie estava vestindo. — Meu Deus do céu, Sadie. Que diabos você usando?

Sadie foi enfeitada com a roupa mais ultrajante que ela já havia visto. Lucy a olhou de cima para baixo da saia curta saia rosa luminosa, do top de lantejoulas de prata, complementado com um bolero de ouro que descia até as calcinhas de renda preta e botas vermelhas. Uma pena vermelha brilhante anexada a uma faixa verde em torno de sua testa completou a cena. Lucy ficou ali, mortificada, incapaz de dizer uma palavra.

— Você gosta? — Sadie fez um pequeno giro. Ela teria caminhado para cima e para baixo como se estivesse em uma passarela se houvesse espaço suficiente. — Eu comprei essas coisas hoje naquela loja nova, logo na saída da Piccadilly. O que você acha? — Ela deu uma olhada para as outras.  —Connie diz que é demais e Jenny acha que é um pouco exagerado. — Ela abriu bem os olhos. — Bem, diga alguma coisa, Lucy, pelo amor de Deus. Não está tão ruim assim, está?

— Eu acho que as duas estão certas, mas mais. — Lucy engoliu.  — Muito mais e bem exagerado. Sadie, quase preciso de óculos de sol para olhar para você.

— Merda! — Sadie pronunciou. — Sabia que você concordaria com elas. Eu não sei por que eu ainda pergunto.  — Ela soltou um suspiro e girou novamente.  — Dê uma olhada. Você pode decidir diferente desta vez.

Lucy piscou os olhos três vezes. — Não. Desculpa. Não funcionou. Mas, — ela acrescentou, tentando parecer mais positiva, — talvez seja porque você está usando todas essas cores juntas. E se você usasse a saia com algo não tão... brilhante? Você sabe, algo para diminuir um pouco as cores. Você pode usar top prata com... digamos, uma saia preta. — Ela olhou para as outras para obter algum apoio.

— Exatamente! — Disse Connie. Ela bateu a mão sobre a mesa triunfante. — Era isso o que eu estava tentando dizer quando você entrou. Mas você conhece nossa Sadie, ela quer usar tudo de uma vez. Enfim, — continuou percebendo que Lucy parou no meio da frase quando ela entrou, — quais são suas novidades?

— Oh, não é nada na verdade. — Lucy colocou a bolsa numa cadeira e tirou o casaco. De alguma forma, depois de ver Sadie girando na sua roupa nova roupa, o momento se perdeu.

— Não. Vamos, fale, — disse Jenny. — Você parecia tão animada quando você entrou.

Sadie sentou-se, a cabeça pendendo para um lado. Ela tinha uma ideia sobre o que Lucy estava prestes a dizer, mas este era o grande momento de Lucy. Ela mesma quem tinha que dizer.

Lucy encolheu os ombros. — Bem, eu queria que vocês estivessem entre os primeiros a saber, — ela respirou fundo. — Eu vou ter um bebê.

— O que! —

Connie gritou. Ela se pôs de pé e apertou-se entre as mesas para chegar até Lucy. — Meu Deus. Essa é a notícia mais maravilhosa. Você já contou a Paul sobre o bebê, eu quero dizer? Sim, é claro, você contou ao Paul. Que boba eu. Ele deve ter sido o primeiro a saber.

Nesse momento, Sadie e Jenny estavam ao lado de Lucy. — Vocês devem estar tão felizes, — disse Jenny. As lágrimas escorreram pelo rosto dela enquanto falava. Até Sadie estava piscando os olhos rapidamente em um esforço para reter as lágrimas.

— Sim, estamos, — disse Lucy, pegando um lenço. — Eu ia ligar para o Paul do lado de fora do consultório médico, mas depois eu mudei de ideia e peguei um táxi para o escritório dele. Ele ficou emocionado. Ele ficou gritando: “Eu vou ser pai” para o escritório todo ouvir.

— Todas essas notícias brilhantes, e eu falando sobre essa roupa estúpida, — disse Sadie, jogando os braços em torno de Lucy. — Você deveria ter me dito para calar a boca. — Ela se afastou e deu um passo para trás. — Eu vou me trocar e depois vou procurar uma garrafa de espumante. Acho que precisamos de uma geladeira pequena para manter uma bebida gelada aqui. — Ela estava a caminho do banheiro quando girou. Você pode beber? Quero dizer, agora que está grávida, você deveria estar bebendo?

— Não. Acredito que não, — disse Lucy. — Mas eu vou tomar um pequeno gole para comemorar e depois chega de bebida para mim até o nascimento do bebê.

A atenção de todos foi atraída para o computador quando elas ouviram o som. — Vou ver o que é, — disse Connie, atravessando a sala para abrir a mensagem. Na pressa, ela tropeçou numa cadeira. — Lá se vai outra meia-calça, — ela lamentou, passando a mão para cima e para baixo em sua perna. — Essa é a segunda em dois dias. — Ela jogou a cadeira para um lado. — Nós não temos espaço nos mexer sem cair sobre alguma coisa aqui. — Ela olhou para Lucy, que estava apertando os lábios, tentando não rir, enquanto Jenny estava calmamente recolocando a cadeira ofendida em seu legítimo lugar. — Ok. — Connie estendeu as mãos. — Eu sei ter este armário no nosso escritório foi ideia minha, mas como eu ia sabia o quanto ficaria menor assim que colocássemos nas mesas e... — Ela parou de falar quando olhou para a tela do computador. — Eca! — Ela apontou o dedo para a tela. — Olhe para todos esses e-mails.

Parecia que enquanto estavam parabenizando Lucy pela gravidez, o resto do mundo seguia girando. Havia pelo menos vinte e-mails esperando para serem lidos, se não mais.

Connie afundou na cadeira na frente do computador. — Vinte e quatro. Não tenho certeza se posso lidar com tudo isso. Algumas dessas pessoas são novas. Elas querem se juntar à agência.

— Eu tomo conta, — disse Lucy. Ela tirou Connie da cadeira. — Você vai e prepare as taças para o espumante. — Depois de alguns minutos, ela olhou para cima do computador. — Ei pessoal, há vinte e quatro e-mails e — ela juntou as mãos, — todos querem se juntar. Uau!

Jenny já estava fazendo as somas. — São seis. Mil. Libras! — Ela disse devagar. — Como você diz, Lucy, essa é definitivamente um grande uau.

— Concordo, — disse Connie, colocando as taças na mesa. — E quando essas vinte e quatro pessoas começarem a pedir que os encontros sejam arranjados, haverá ainda mais dinheiro voando para o banco.

— Você estava certa, Connie, — Jenny olhou para cima da sua calculadora. — Todas as pessoas divorciadas lá fora estavam esperando que uma agência para divorciados fosse criada. Mas o quão incrível que nos foi a gente quem realmente foi em frente e fez isso. Poderia tão facilmente ter sido outra pessoa.

— Bom, graças a Deus que não foi! — Connie disse rapidamente. — A coisa toda poderia ter virado uma coisa sem graça nas mãos de outra pessoa. Nós fomos por um caminho diferente. — Ela manteve a cabeça erguida. — Criamos algo com classe.

— Sim, bem, — disse Lucy. Ela tossiu. — Parece que temos outro e-mail. Este não está pedindo um encontro, bem, suponho que seja, mas não no sentido...

— Por amor de Deus, fala logo, Lucy. — Sadie, tendo retornado a tempo de ouvir a última parte da conversa, estava esperando com impaciência para abrir a garrafa.

— Parece que alguém quer comprar nossa agência. — Lucy olhou de volta para a tela.

— Algum imoralista solteirão, suponho, — disse Connie. — Eu não permitirei que a nossa agência vá para ninguém cuja intenção seja transformá-la numa...

— Eh... Não. — Lucy interrompeu. Ela ainda estava lendo a mensagem. — Ele está oferecendo para nos pagar generosamente se nossas contas estiverem do gosto dele.

Sadie afundou em uma cadeira. A garrafa escorregou de seus dedos e teria caído no chão se Jenny não tivesse pegado a tempo.

— Você tem certeza de que ele está falando sério? — Perguntou Connie.

Ele explicou que ele é muito sério. Ele mencionou oferecer até duzentos mil libras para a empresa se ela for o que ele estiver procurando, — explicou Lucy.

— Quem é? — Jenny sussurrou. — Quem está nos oferecendo essa quantia? Deve ser uma piada.

— Por que você está sussurrando? — Sadie perguntou. — Você acha que alguém está nos ouvindo?

— Eu não sei. — Jenny lançou um olhar para a porta, como se esperasse que alguém a abrisse e gritasse, “enganei vocês”, enquanto eles se debruçavam.

— A mensagem é do proprietário de uma grande empresa, que conduz a maior parte de seus negócios on-line, — disse Lucy. Ela ainda estava lendo o e-mail. — Parece que eles estavam planejando criar uma agência de encontros na internet para pessoas divorciadas, mas descobriram que já havia uma concorrência, a gente. — Ela olhou para as meninas e levantou as sobrancelhas. — Bem, isso certamente nos dá algo para pensar.

— De fato, — disse Connie. Seu cérebro estava trabalhando horas extras. Ela ainda estava interessada em vender a agência, embora entendesse por que as outras estivessem hesitantes. No entanto, uma quantia de cinquenta mil libras era de se ser pensado. Certamente elas concordariam em vender agora que lhes foram oferecidos tanto dinheiro. — Então, o que vocês estão pensando?