BATER PALMAS

É a mais antiga, universal e consagrada forma de aprovação coletiva e pública. Idêntica em Babilônia e numa sessão da ONU. Foi um processo religioso de atrair a presença dos Deuses para proteger aqueles que o praticam. Um vestígio subalterno é ainda servir para chamar a atenção alheia e distante. Ver Bata Palma, Vovô! Palmear, palmejar, origina­-se simplesmente de chocar as palmas das mãos, obtendo rumor inconfundível e característico. Assim faziam os Romanos. Manibus plaudite! Os Gregos batiam com os dedos unidos da mão direita no centro da esquerda. Foi o método para medir a cadência musical, palmas compassadas, vulgarizando­-se como aplauso no teatro, depois de ter sido liturgia no âmbito dos cultos vulgares. Transmitiu­-se a Roma e esta tornou­-o normal nos comícios populares e sobretudo nos anfiteatros, construídos em todas as províncias conquistadas. Os pretos africanos e os brônzeos ameríndios não batiam as palmas antes do europeu aparecer. Os animadores de programas nos clubes noturnos voltaram às funções clássicas do principal personagem, solicitando os aplausos da assistência ao terminar a representação: Spectadores, bene valete, plaudite! plausum date! clare plaudere! Palmas, meu Povo!