AGRADECIMENTOS

Acima de tudo, obrigado a meu amigo, o professor Manuel Lucena, especialista em história da América do século XIX e autor de numerosos e interessantes livros sobre o tema. Sua motivação e sua inestimável ajuda fizeram com que eu embarcasse nesta aventura. Mais tarde, suas correções e seu bom julgamento atribuíram rigor e clareza ao texto.

Em 9 de março de 2013, nosso amigo em comum, o pesquisador Luis Conde-Salazar, chegou a La Coruña em busca de documentação, preferencialmente inédita, sobre a Real Expedição Filantrópica da Vacina. Missão um tanto difícil, pois as fontes primárias já haviam sido percorridas ou escasseavam. Até o diário de Balmis, que se supunha ser uma valiosíssima fonte de informação, desaparecera. Graças a Luis, já havia sido recompilada uma importante quantidade de documentos — livros, revistas, material de vários arquivos espanhóis e americanos... —, mas eu buscava um detonador que me inspirasse a começar a escrever. Há autores que tiram tudo da própria cabeça; eu preciso me apoiar em documentação, são minhas muletas para avançar. O acaso quis que, no mesmo dia da chegada de Luis, o jornal La Opinión A Coruña publicasse uma reportagem com o título Resuelto el enigma de la rectora Isabel [Resolvido o enigma da diretora Isabel].

Uma grande notícia, pois sempre achei que a diretora havia sido o pilar da expedição. O texto era assinado pelo jornalista Antonio López Mariño, que conseguira localizar o registro do livro de confirmações efetuadas pelo bispo em 19 de agosto de 1781, em que constava Isabel Zendal, na igreja paroquial de Santa Mariña de Parada, no município de Ordes. Outro documento — o censo da cidade de La Coruña — registrava-a anos mais tarde como criada na casa de dom Jerónimo Hijosa, no número 36 da rua Real. Era pouco, mas já dava para seguir o fio da meada.

Foi o que fizemos, e graças à generosidade de Antonio López Mariño ao compartilhar suas descobertas, a sua habilidade para decifrar textos antigos, a seu conhecimento dos arquivos e a seu entusiasmo pela Galícia, que acabou me contagiando, pude dar vida a uma personagem que havia esmaecido na noite dos tempos. Portanto, obrigado, Luis, e obrigado, Toño.

Meus agradecimentos se estendem a Tomás Pérez Vejo, professor e pesquisador do Instituto Nacional de Antropologia e História do México, que leu o texto e fez comentários e correções pertinentes.

Claro, como em livros anteriores, todo o meu reconhecimento à minha editora, Elena Ramírez, que sempre me acompanha com tino e bons conselhos na longa caminhada exigida para a escrita de um romance. Obrigado também a Teresa Bailach, da Seix Barral, pelo apurado trabalho de edição.

Em Alicante, cidade natal de Balmis, encontrei a valiosa ajuda de Marina Vicente, que escarafunchou os arquivos da universidade e me forneceu uma documentação essencial, além do contato com especialistas na expedição, como José Tuells, a quem agradeço aqui por seu tempo e seus conselhos, e Emilio Soler Pascual, professor do departamento de história medieval e moderna da Universidade de Alicante e autor do texto “La aventura americana del doctor Balmis” [A aventura americana do doutor Balmis].

Em Caracas, obrigado a Mariana Marzuck e Inés Quintero.

No México, quero expressar meu reconhecimento especial a Joaquina Saldívar, que me contagiou com o amor por seu país e me ajudou a entender aspectos da sociedade local. Também teve a boa ideia de pedir a colaboração do musicólogo Rafael Tovar e de Teresa, presidente do Conselho Nacional de Cultura e das Artes, que me forneceu a trilha sonora que me acompanhou durante a escrita, uma seleção de antigas canções mexicanas que nem eu nem meus filhos nos cansamos de escutar. Obrigado também a José Luis Martínez, diretor de assuntos internacionais do Conaculta. E a meus filhos Sebastián e Olivia, que foram uma fonte de inspiração essencial na hora de escrever sobre as crianças.

Em Quito, obrigado a Gabriela Salinas, por seus esforços.

Por último, last but not least, quero agradecer de coração a Blanca Landázuri, ex-chefe de imprensa e publicações do Jardim Botânico Real de Madri, por ter me colocado na trilha dessa história e das numerosas e desconhecidas expedições científicas espanholas que deram brilho à história do império e por ter me feito descobrir os tesouros guardados nos arquivos da instituição em que trabalha. Obrigado também a Esther García Guillén, vice-diretora do Jardim Botânico Real, que me mostrou as lâminas que Balmis trouxe da China e me abriu as portas do centro.

Meus agradecimentos também a Pilar San Pío, diretora do Museu Naval de Madri, pela recepção calorosa.

E uma lembrança muito especial a Francisco Gómez Bellard, médico e amigo, que nos deixou antes de ler o livro, para o qual contribuiu com comentários tão precisos.