30.

Apenas dormindo

– Mãe? – perguntou o motorista, incrédulo.

Limpei mais granizo com a mão e descobri o seguinte poema:

Mamãe, mamãe, rezo sem parar

Para que todo dia possa nos guardar

Angela Hoenikker

E embaixo desse poema havia um outro:

Você não está morta,

mas apenas dormindo.

Devíamos parar de chorar,

e viver sorrindo.

Franklin Hoenikker

E embaixo disso, inserido na coluna, havia um quadrado de cimento com a mão de uma criança gravada. Embaixo da gravação, as seguintes palavras:

– Bebê Newt

– Se isso é a mãe – disse o motorista –, que raio de marcador teriam erguido para o pai? – Fez um gesto obsceno sugerindo como deveria ser o marcador adequado.

Encontramos o pai ao lado. O memorial dele – como estava especificado em seu testamento, descobri depois – era um cubo de mármore com quarenta centímetros de cada lado.

PAI, dizia.