Sobre pupipara ou hipoboscídeos de aves brasileiras*

As notas, que damos em seguida, são baseadas em material de perto de 200 exemplares de dípteros pupíparos, colecionados em aves brasileiras, num período de muitos anos. Esta coleção foi reunida em parte pelo dr. Adolpho Lutz, em parte pelo dr. Arthur Neiva, diretamente, ou por meio de amigos e colecionadores profissionais.

À vista das dificuldades, inerentes à colheita destes dípteros, pode ser considerada a coleção do Instituto como bastante importante. Contém quatorze espécies, algumas ainda não descritas, provenientes de muitas espécies de aves e de muito maior número de indivíduos examinados, sem falar nos exames com resultados negativos, que formam a regra na maioria das aves.

Os pássaros, que geralmente hospedam pupíparos, são pouco numerosos e limitados a pequenos números de famílias. Convém também levar em consideração que os pupíparos colecionados acidentalmente são muito raros, devido à facilidade com que escapam depois da morte do hospedador, e que somente usando de certas precauções se pode formar juízo sobre a sua freqüência nos pássaros caçados.

Assim, coleção maior só poderia ser feita em muito tempo, a menos que alguém se quisesse ocupar unicamente com este assunto. Muitos dos pássaros, que deveriam ser examinados, só dificilmente podem ser obtidos e não em qualquer ocasião.

Quanto aos exemplares, ocasionalmente observados fora dos hospedadores, são tão poucos que nunca se poderia obter idéia correta das espécies existentes na zona, porque mesmo as mais comuns só se encontram raramente.

O estudo das espécies reunidas, que Lutz já tinha principiado em São Paulo, há muitos anos, foi comunicado com a colaboração de Neiva, neste Instituto.

Por causa das dificuldades inerentes ao assunto, os resultados não foram publicados mais cedo. é preciso levar em conta que as espécies brasileiras descritas são poucas e as descrições, além de perdidas em literatura vasta e difícil de obter, são, em geral, completamente insuficientes para a identificação das espécies, tanto mais quanto os hospedadores não são indicados. De outro lado, parece haver espécies quase cosmopolitas ou, pelo menos, de extensão muito vasta, o que se compreende, visto tratar-se de parasitos de hospedadores com hábitos migratórios. Assim, é preciso considerar quase todas as descrições existentes, antes de se poder decidir se uma espécie é nova ou não.

Se existisse uma boa monografia da família, o trabalho tornar-se-ia fácil, mas, até hoje, esperamos debalde o aparecimento de um estudo completo deste grupo.

é verdade que Speiser publicou grande número de trabalhos preliminares, e que Austen fez a enumeração crítica das espécies do British Museum, que facilita a orientação, mesmo sem o estudo dos tipos originais, mas ainda falta um resumo definitivo do assunto.

Julgamos oportuno não demonstrar mais o estudo do material reunido e principiar com o estudo dos pupíparos dos pássaros. Os dos mamíferos são representados, em nossa coleção, apenas por algumas espécies de morcegos e uma de veado.

Principiaremos o estudo com os gêneros que se agrupam em torno de Olfersia. Os desenhos que acompanham o nosso trabalho foram feitos com o uso da câmara clara, tanto de exemplares espetados, como de preparados microscópicos. Costa Lima fez outros desenhos, não publicados, mas aproveitados nos estudos.

Antes de tratarmos da parte sistemática, daremos os resultados das pesquisas de Lutz sobre alguns pontos anatômicos e morfológicos que têm bastante importância para a definição dos gêneros e das espécies. Posto que os pupíparos constituam hoje grupo à parte, devido a grande número de caracteres que desenvolveram, principalmente em conseqüência do parasitismo, não deixam de ter relações de parentesco com os outros dípteros e entre estes, principalmente, com as muscidas. Veremos que em muitos casos em que parecem ter perdido certos órgãos, existem ainda rudimentos deles em diferentes estados de desenvolvimento.

Não queremos discutir a nervação das asas, bem exposta nos desenhos que acompanham este estudo e que, aliás, já é bastante conhecida, mas desejamos dizer alguma coisa sobre os órgãos da base da asa.

O lóbulo da asa, ou álula, parece existir em todas as espécies que nos ocupam, mas o desenvolvimento varia. Geralmente, esta parte é pouco desenvolvida, sendo, todavia, bastante conspícua em uma espécie nossa, do gênero Stilbometopa Coq. Também a escâmula superior ou anterior (que move com a asa e que se poderia chamar também alar) acha-se geralmente presente, embora pouco desenvolvida; não apresenta nada de anormal, tampouco como a membrana conetiva ou postalar, que segue, formando a ligação com o tórax.

Quanto à escâmula inferior ou posterior (que se poderia também chamar torácica por causa de sua inserção), com uma única exceção, não se acha mencionada e, a julgar pela literatura, devia faltar em quase todo o grupo. Isto, porém, não se dá; como mostraremos, ela está apenas bastante transformada. Geralmente se reduz a rudimento, caracterizado, sobretudo, por cílios ou espinhos, grupados em certa posição, mas outras vezes forma um órgão bastante conspícuo.

Speiser descreveu na Stilbometopa impressa e mais tarde na podopostyla, ao lado do escutelo da imagem, um grande processo, que sai da profundidade e se dirige para trás e para cima. Tendo encontrado um representante do mesmo gênero, Lutz estudou a significação deste processo e chegou à conclusão de que se trata de escâmula inferior modificada. Aprofundado mais esta questão, verificou que na literatura antiga já era notada a existência de rudimento escamular no gênero Hippoboscia, considerado, entretanto, como único que possuía este órgão. Estudo comparativo mostrou logo que, deixando de lado os rudimentos mal caracterizados que podem existir em outros, havia vários gêneros, nos quais o processo escamular era bem apreciável. São estes: Ornithoctona, Microlynchia n. g., Pseudolfersia e Stilbometopa, que estão enumerados na ordem em que o desenvolvimento se torna mais apreciável. Na Microlynchia o processo, visto de cima, aparece triangular; na Ornithoctona em segmento de círculo; na Pseudolfersia a forma, observada na Ornithoctona, é adicionada de um processo digitiforme e na Stibometopa tem forma de clava bilobada, como se vê nos desenhos, tirados, ora de preparados microscópicos, ora de exemplares espetados. Para apreçar a morfologia e as relações anatômicas, convém retirar o abdome do exemplar e o último par de pernas; a face posterior do tórax pode, assim, ser examinada em posição um tanto oblíqua. Mostra, então, além do escutelo, os processos escamulares, abaixo e para fora deste, e, debaixo deles, os halteres.

O processo escamular é sempre bastante espesso, com a superfície coberta de pruína quase branca e ciliado na extremidade livre. A sua posição, bastante escondida e a sua forma, muito modificada, explicam por que tem geralmente escapado à atenção dos observadores. De outro lado, não há absolutamente nada de estranho na existência de rudimento escamular, porque os dípteros mais próximos são cobertos por escâmula simples ou dupla.

O grau de desenvolvimento e a forma do processo escamular podem ser aproveitados na sistemática dos pupíparos e prestam-se mesmo para distinguir as espécies.

Diremos também algumas palavras a respeito das antenas, as quais nos pupíparos são modificadas, e que a sua morfologia é difícil de ser apreçada e compreendida. Pelas analogias deviam-se esperar três artículos; mas, na realidade, estes não aparecem claramente, além de estar o órgão, todo ou em parte, escondido em uma depressão bastante funda. é constituído por um artículo grande, no interior do qual, como se mostravam vários autores, um outro se acha, mais ou menos completamente encaixado. Examinando este em pupíparos, com ou sem asas, encontramse freqüentemente uma cerda mais forte e mais longa ou um verdadeiro estilo; o que caracteriza este artículo como análogo são o terceiro antenal das muscidas. O grande artículo, então, evidentemente, representa o penúltimo ou segundo.

Quando parece faltar um segmento no tronco ou nas extremidades e apêndices do corpo dos insetos, esse raras vezes foi completamente eliminado. Geralmente pode se considerar que foi apenas fundido com um segmento ou órgão vizinho. Pode também estar invaginado ou mais ou menos encoberto por desenvolvimento assimétrico dos segmentos vizinhos. Assim, Wandolleck acha que na Hippoboscidea o artículo grande resulta de fusão lateral dos dois primeiros. Em geral isto não parece ser o caso, porque freqüentemente se encontra um segmento basal bem caracterizado, embora pequeno, seja dentro da cavidade (como se vê no desenho que Mueggenburg deu da antena da Braula coecai), seja na base do segundo segmento, do lado inferior e dentro da cavidade, como aparece claramente no grupo que corresponde ao antigo gênero Olfersia. Muitas vezes é caracterizado por um tufo de cerdas parecidas com as do segundo segmento, outras vezes destaca- se pela superfície pruinosa, como nas Olfersia s. str. Constitui processo em forma de válvula triangular, ligado à base cupuliforme e separado do esqueleto da cabeça; fecha a escavação antenal para dentro e para diante, e pode ser destacado em continuidade com o segundo artículo. Quanto ao terceiro, não é raro mostrar a extremidade cônica, coberta de cerdas, por baixo do segundo; este constitui a maior parte da antena e toma o feitio de válvula, semicilíndrica ou em forma de colher. Foi chamado de processo antenal por Speiser. Por analogia, podemos chamar processo basal a parte que Lutz considera o artículo basal.

A presença ou ausência de ocelos é bom caráter diferencial para separar os gêneros, se bem que, nem sempre, muito claro. Os ocelos, às vezes, são dificilmente visíveis, mais ou menos rudimentares e situados no fundo de pequena cavidade. Isto se dá na Lynchia pusilla de Speiser, para a qual criamos o gênero Microlynchia. Aqui a decisão se torna extraordinariamente difícil; todavia, examinando vários exemplares, chegamos ao resultado que os ocelos, sem dúvida, existem, posto que rudimentares e, às vezes, um pouco deslocados. A cavidade no triângulo do vértice, tão característica em muitas Olfersia, mas ligeiramente variável, é o último vestígio destes órgãos desaparecidos.

O abdome dos pupíparos tornou-se mole e perdeu sua segmentação, principalmente do lado ventral; todavia, a disposição dos estigmas e dos pêlos indica a organização primitiva e, geralmente, encontram-se ainda, no lado dorsal, placas quitinosas menores que indicam o resto dos dois primeiros tergoscieritos e, de cada lado, adiante do ânus, uma menor, geralmente munida de cerdas maiores. Em exemplares de Ornithoica, a segmentação do lado dorsal é ainda muito clara; existem seis anéis completos, os quatro primeiros com grandes placas quitinosas no meio e o sexto com duas laterais; há, pelo menos, mais um anel, mas este é reduzido e pouco distinto.

Em exemplares novos, o abdome é sempre muito pequeno e, nos que acabam de parir, é muito corrugado, o que torna o exame difícil em exemplares conservados. Os machos que, geralmente, são muito mais raros, só se conhecem pelas partes genitais, onde existem dois espículos quitinosos. As nossas descrições se baseiam em fêmeas ou exemplares de sexo duvidoso, mas podem servir também para determinar os machos, Em algumas espécies, ao lado do orifício ano-genital (que já tem sido bem descrito), encontram-se nas fêmeas duas apófises genitais, em forma de papilas. São particularmente distintas na Lynchia lividicolor. Pertencem ao sexto segmento e terminam nos pequenos escleritos laterais, já descritos, que carregam cerdas maiores.

Nos exemplares novos que, além de ter o abdome menor do que o tórax, apresentam, às vezes, vestígios da vesícula frontal, a coloração é pálida e imperfeita. Parece que algumas descrições de espécies, de verificação difícil, se referem a exemplares nestas condições. De outro lado, a absorção copiosa de sangue pode, ainda muito tempo depois, aumentar a pigmentação, como Lutz indicou em vários outros sugadores de sangue. A cor do abdome, nos exemplares secos, é muito influenciada pelo sangue ingerido e, por isso, de pouco valor. Mesmo no resto do corpo, a coloração é sempre um pouco variável.

Depois destas explicações, passamos à parte sistemática. Tratamos, em primeiro lugar, dos gêneros destituídos de ocelos, e, com exceção de Stilbometopa, também de nervura transversal anal, que correspondem ao antigo gênero Olfersia; deixamos para o fim os que correspondem ao antigo gênero Onithomyia. Há três gêneros intermediários, a saber: Stilbometopa Coq. e os novos gêneros Microlynchia e Pseudomithomyia.

Damos, em seguida, uma chave para determinação dos gêneros, observados entre nós:

1.    Asas sem pêlos microscópios, processos de antenas em forma de colher;
       espécies grandes………………………………………………………………2
       Asas com pêlos microscópicos……………………………………………..3

2.    Ocelos presentes………………………………………………Ornithoctona
       Sem ocelos; processo escamular em clava bilobada……………..
       Stilbometopa

3.    Veia transversal anal presente………………………………………………4
       Sem veia transversal anal………………………………………………….5

4.    Ocelos distintos, antenas curtas; espécie pequena………..Ornithoica
       Sem ocelos distintos, processos antenais compridos, divergentes
       …………………………………………………………….Pseudoornithomyia

5.    Veia transversa interna presente, posto que branca em parte………..6
       A veia transversa interna falta completamente…………………………7

6.    Processo anterior do clypeus comprido, processo escamular com
       apêndice em forma de dedo…………………………………Pseudolfersia
       Processo anterior do clypeus curto, processo escamular rudimentar
       …….…………………………………………………………………….Olfersia

7.    Sem ocelos, processo escamular indistinto, escutelo com dentes nos
       ângulos posteriores, por baixo das cerdas………………………Lynchia
       No triângulo vertical uma pequena cavidade com ocelos rudimentares;
       processo escamular distinto; cônico; escutelo sem dentes; espécie
       pequena…………………………………………………………Microlynchia

Segue uma lista das espécies, classificadas segundo hospedadores observados: Lista das espécies observadas, disposta de acordo com os hospedeiros1

I. Galliformes e Timaformes

1. Pseudo meleagridis Lutz. Meleagris gallopavos (Peru); uma vez em Timanus solitarius (Macuco). N. do Brasil.

II. Columbiformes

2. Lynchia lividicolor Bigot. Pombo doméstico. Brasil

3. Microlynchia pusilla Speiser. Pombos selvagens. Brasil.

4. Stilboetopa ? podopostyla Speiser. Pombos selvagens. Brasil.

5. Pseudomithomyia ambígua Lutz. Peristeria rufaxilla (Juriti). Brasil.

III. Ardeiformes

6. Olfersia palustris Lutz. Espécies de Ardea e Tigrisoma (Garças e socós).Harpipiron cayennesnis (Craúna). Brasil.

IV. Pelicaniformes

7. Pseudolfersia snifera Leach. Fregata aquila.

V. Aciptriformes e Cathartiformes

8. Pseudolfersia vulturis (Wulp. Diversas espécies de vulturinos, incluindo o urubu-rei e o urubu comum. Do México até Santa Catarina.

9. Olfersia rattatorum Lutz. Diversas espécies de gavião; urubu de cabeça vermelha (Cathartes aura). Brasil.

VI. Strigiformes

10. Olfersia nigra Perty. Coruja e mochos. Brasil.

VII. Passeriformes-Hirunidae

Pseudornithomia ambigua Lutz. Andorinhas de Santa Catarina. Brasil.

VIII. Espécies sem hospedeiro determinado:

11. Ornithoctona erythrocephala Leach. Brasil.

12. Olfersia holoptera Lutz. Brasil.

13. Olfersia fusca MacQuart. Brasil.

14. Olfersia confuens Say. Brasil.

A Pseudornithomia ambigua talvez deva entrar neste grupo.Tratemos, em primeiro lugar, dos caracteres de dois gêneros recentes.

Gênero Pseudolfersia e Stilbometopa

Os gêneros Stilbometopa e Pseudolfersia foram separados por Coquillett, que se baseou em duas espécies sem ocelos, que ambas têm o clípeo muito saliente e alongado, alcançando quase a metade do comprimento da cabeça inteira. Além disso, o vértice faz saliência para trás. O escutelo é largo e curto, com a margem posterior provida de uma fileira simples de cílios. Infelizmente, não dispomos do artigo original de Coquillett; assim, dependemos das observações de Speiser e do estudo das nossas espécies, em parte já descritas. O caráter mais importante (não citado por Coquillett e observado somente em Stilbometopa por Speiser) é o processo escamular, bem desenvolvido, porém bastante diferente, nos dois gêneros. Pela comparação das nossas espécies, achamos as diferenças seguintes, além da presença da nervura transversal anal em Stilbometopa e da ausência em Pseudolfersia.

Stilbometopa

Lobos anteriores do processo do clípeo não divergentes.

Processo antenal em forma de colher ou folha larga, como em Ornithoctona.

Saliência posterior do vértice chanfrada no meio, correspondendo a uma protuberância mediana do tórax.

Estigma anterior francamente dorsal, na base do processo umeral.

Cílios do escutelo compridos e grossos.

Processos escamulares em forma de clava, chanfrada na extremidade.

Asas amareladas, mas sem pelos microscópicos. álula grande e larga.

Pseudolfersia

Lobos anteriores do processo do clípeo divergentes.

Processo antenal diferente do de Ornithoctona.

Saliência posterior do vértice sem chanfradura no meio.

Estigma anterior não francamente dorsal e pouco visível décima.

Cílios do escutelo curtos e finos.

Processos escamulares, vistos de cima, em forma de segmento de círculo, com processo digiforme interior.

Asas, na maior parte, enfumaçadas por pelos microscópicos escuros. álula estreita e assaz pequena.

I. Gênero Stilbometopa Coq. (estampa 27, Fig. 1; 28, Fig. 1.)

Do gênero Stilbometopa há as seguintes espécies descritas:

St. fuviforms (Walker). (Tipo do gênero.) 2 l. Jamaica, Ortyxvirginiana.

St. impressa (Bigot). 2 l. Califórnia. (Reescrita por Speiser).

St. podopostyla Speiser. Comp. 6, 5 (4, 5)mm. Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

1. St. podopostyla (?) descrita por Speiser nos Ann. Mus. Hungr. II, 1904, p. 304.

Temos maior número de exemplares de uma espécie bem caracterizada, que exclusivamente parasita pombos selvagens. Não pode ser identificada com as primeiras acima mencionadas, por ser maior que fuviforms e diferir em minúcias da impressa. Nenhuma das espécies é mencionada como parasito de pombos, mas a podopostyla foi encontrada no Brasil. Comparando esta espécie com a nossa, chegamos ao resultado de que as pequenas diferenças observadas não permitem excluir a identidade. Estas consistem principalmente na falta das estrias de cor pardacento-amarelada, submedianas e longitudinais na metade anterior do escudo. Há outras diferenças na coloração, mas estas são de menor importância, porque variam nos nossos exemplares. Assim, a nervatura das asas mostra pequenas diferenças, o peito em alguns exemplares é cor de tartaruga, a margem anterior do escudo pode ser amarelo-claro e, finalmente, as asas têm a cor de mel diluído, um tanto enfuscada, sendo num exemplar apenas, amarela.

No caso de se tratar de espécie diferente de podopostyla, deverá chamar-se St. columbarum. Encontramo-la em Minas, Espírito Santo e Piauí em Scardapella squamosa Temm. (pomba cascavel ou fogo-apagou) e Columba rufina (Temm.), vulgo pomba verdadeira.

II. Gênero Pseudolfersia

Este gênero, cujos caracteres já indicamos, segundo Speiser (1908), tinha uma espécie holártica e dez tropicais, pela maior parte americanas.

Em nossas coleções temos três espécies, bem definidas e representadas por vários exemplares. Duas foram de fácil determinação, tendo sido de grande auxílio para isso o conhecimento do hospedeiro. A terceira, não conseguimos identificar com as descrições bastante superficiais dos autores, mesmo aproveitando as adições feitas por Speiser, que viu os originais. A falta dos hospedeiros e de procedência idêntica constitui obstáculo sério; por isso, preferimos descrever a espécie, dando-lhe novo nome e ignorando as sinonímias muito duvidosas. Passamos à enumeração delas:

2. Pseudolfersia spinifera Leach (Estampa 27, Fig. 2).

Trata-se de espécie grande, com as asas bastante infuscadas, corpo preto, ombros e face inferior pardo-ocráceo escuro. é parasito comum da fragata (Fregata aquila L.), ave bastante freqüente na baía do Rio de Janeiro, onde é conhecida pelo nome de João Grande. Os nossos exemplares foram colhidos em indivíduos, caçados em Manguinhos, encontrando-se várias moscas na mesma ave. Damos alguns desenhos, para mostrar a forma da cabeça e do processo escamular, mas julgamos inútil descrever esta espécie, já há muito tempo conhecida. Parece-se um tanto com a seguinte, à qual referimos o exemplar de Austen (existente no British Museum e apanhado no Pará, em urubu), que ele considera Ps. spinifera. Ornithomyia unicolor Walk. (ex. parte) deve ser sinônimo, porque o tipo foi achado na fragata.

3. Pseudolfersia vulturis V. D. Wulp (Estampa 27, Fig. 4).

Esta espécie foi descrita (ignoramos se pela primeira vez) por Van Der Wulp, na “Biologia Centrali-americana”, com o nome de Pseudolfersia vulturis, mas, como concordam Speiser e Austen, trata-se de uma Pseudolfersia. Os exemplares provinham do México e, como indica o nome, foram apanhados em abutres americanos, semelhantes aos nossos. Entre nós, observamos uma espécie, sem dúvida idêntica, em vários estados, desde Bahia até Santa Catarina.

Ocorre freqüentemente nas três espécies de urubu (Cathartes aura L., urubutinga V. Pelz. e Cathartes atratua var. brasiliensis Bonap.) e no urubu-rei (Gypagys papa L.) onde Neiva os achou no estado de Goiás. Lutz observou a mesma espécie nos exemplares de urubu-rei, conservados vivos no jardim zoológico da capital. Geralmente encontram-se vários exemplares desta espécie, que é fácil de obter em todo o país. Com um comprimento de 8 (4½)mm., é uma das espécies maiores. Conhecese facilmente pelas asas e ombros, muito escuros, e o corpo chocolate em cima e pardo-avermelhado por baixo. Distingue-se da Ps. sordida (Bigot) por ter os palpos escuros. Reproduzimos minúcias da cabeça e do escutelo com os processos escamulares, o que dispensa nova descrição.

4. Pseudolfersia meleagridis n. sp. (?) (Estampa 27, Fig. 3).

Cor geral de café com pouco leite; parecida com a Lynchia do pombo doméstico, mas com os caracteres do gênero Pseudolfersia. Compr. 5 (3)mm,2 parasito do peru doméstico, no norte do Brasil.

Cabeça bastante alargada. Palpos enegrecidos, pouco mais curtos do que metade da cabeça. Processo de clypeus comprido, terminado em duas pontas, pouco compridas e muito divergentes. Antenas com tufos de pêlos escuros. Triângulos da fronte arredondados, em forma de meia-lua ou semicírculo; o anterior cor de mogno claro, com depressão central mais escura e bastante funda, o posterior mais escuro, principalmente na metade anterior, e sem incisura anterior; as bordas laterais da fronte convexas para dentro, com fileiras de cerdas menores e uma grande por trás. Todas estas partes polidas e brilhantes; o resto da fronte com o fundo finamente granuloso, quase tão longo quanto largo.

Olhos pequenos, escuros, mas com brilho lustroso, ligeiramente convergentes para diante. Occipício lateralmente com espinhos curtos e pretos, no meio com cerdas finas e louras.

Face inferior da cabeça de pardo-ocráceo claro, um tanto granulosa, com algumas cerdas escuras e compridas.

Escudo com brilho metálico esverdeado, bastante liso, mas com muitos sulcos microscópicos que, com pequeno aumento lembram as linhas finas da mão e correm, obliquamente, dos ângulos para o centro. O sulco longitudinal, largo e pouco fundo, consiste em uma estria polida, limitada lateralmente por duas linhas mais deprimidas, e mostra, às vezes, uma linha mediana de cor vermelha. Estende-se sobre todo o escudo, mas não passa ao escudelo. O sulco transversal forma um ângulo muito obtuso, aberto para diante; os lados profundos, o centro superficial ou obliterado. Os processos umerais subcônicos, de ocráceo, mais ou menos, pardacento, com espinhos subterminais curtos e pretos e, perto do meio, uma cerda dorsal comprida, de cor preta. O estigma forma uma fenda pouco acentuada, por baixo e para fora do processo. As margens laterais do praescutum, em forma de sarrafo, mostram algumas cerdas pretas; o calo pós-umeral forma, na parte posterior, uma elevação subcônica, com espinhos e uma cerda preta; logo para trás, o calo antealar forma outra elevação sem espinhos ou cerdas; na borda posterior do escudo há, de cada lado, uma cerda longa.

Escutelo, ora com fundo da mesma cor que o escudo, ora ocráceo-claro, inteiramente ou só nas margens; a borda anterior um pouco convexa, a posterior, truncada ou ligeiramente chanfrada no meio, deixa aparecer o metatórax em baixo e lateralmente os processos escamulares (V. a figura). A borda do escutelo mostra uma fileira de cerdas curtas e finas.

Face interior do tórax ocrácea, com reflexos claros.

Abdome geralmente de cor escura, semeado de pêlos finos e com algumas cerdas maiores póstero-laterais, habitualmente quatro de cada lado.

Pernas claras, pardo-ocráceas, os joelhos e as extremidades dos tarsos mais escuros. As ancas anteriores formam um grande tubérculo vesicular com fundo granuloso, que mostra pêlos pretos, esparsos e curtos, tornando-se mais longos na parte ventral.

Empódio do meio, curvado e plumoso, os laterais (pulvillae) em forma de meialua escavada. Unhas pretas, com dente longo preto e tubérculo basal alongado, amarelo.

Asas de forma típica: o fundo amarelo aparece apenas na célula axilar e, na anal, em zona que acompanha os 2/3 distais da nervura anal; o resto é infuscado por pêlos microscópicos, densamente agrupados; cor das nervuras grossas castanhoclaro.

Temos muitos exemplares, apanhados em perus do interior de Pernambuco, um colhido em São Luís do Maranhão, quando picava uma pessoa e outro de Minas ou Espírito Santo, encontrado pelo Dr. Soledade em um macuco (Tinamus solitarius Viell.). O homem é hospedeiro casual, provavelmente também o macuco.

Macquart descreveu duas espécies de Pseudolfersia (segundo Speiser), uma (O. mexina) descrita do México em 1843 e a outra (O. bisulcata) do Chile em 1846. Speiser indica como diferenças principais: a cor do escutelo e a forma dos processos umerais, caracteres variáveis da nossa espécie. Tratando-se de parasito de ave doméstica, é possível que a nossa e as duas espécies de MacQuart sejam idênticas, porque as descrições, pouco minuciosas, não são absolutamente incompatíveis; mas, a proveniência das espécies de Macquart e a incerteza a respeito dos seus hospedadores e da sua identidade nos impede de usar um dos nomes de Macquart. Há mais uma O. cariacea, descrita por Van Der Wulp de Mirandilla (Guatemala), que segundo Austen é uma Pseudolfersia. Mede 4 a 5mm de comprimento. é possível que seja a nossa espécie. O mesmo não se dá com a O. sordida de Bigot (Pseudolfersia segundo Speiser), que difere das três espécies nossas.

III. Gênero Olfersia Leach s. str.

O gênero Olfersia, restrito pela separação de Stilbometopa, Ortholfersia, Pseudolfersia e Lynchia, é assim definido por Speiser:

Escudo não truncado, largo, arredondado, em forma de meia-lua, no máximo três vezes tão largo quanto longo. Célula basal posterior fechada por uma veia transversal posterior, que, na sua metade anterior, é branca ou transparente, de modo que a célula parece semiaberta; mas sempre existe na postical um coto que corresponde a esta veia transversal.

Em relação às espécies observadas por nós, podemos acrescentar o seguinte: em certas partes da cabeça e do escudo há brilho metálico muito acentuado e nos outros como o processo basal das antenas, o estigma anterior e a face inferior da cabeça, há pruína branca. Os palpos podem ser compridos ou curtos; os processos antenais são cilindro-cônicos, muito escuros e têm um tufo terminal de cerdas escuras; o processo basal é muito distinto. As asas são sempre revestidas de pelos microscópicos, com exceção da zona perto da base, que muitas vezes é glabra. A álula é pouco grande, mas distinta. O processo escamular é muito reduzido.

Damos, em seguida, uma chave para a determinação das cinco espécies observadas:

1.    Asas com zona glabra………………………………………………………..2
       Asas sem zona glabra; espécie pequena de palpos curtos … holoptera

2.    A zona glabra não se limita à célula axilar. Palpos compridos …….3
       A zona glabra não excede a célula axilar. Esp. média, com asas
       claras e palpos assaz curtos ……………………………………… palustris

3.    Espécies grandes………………………………………………………………4
       Esp. pequena clara……………………………………………………….fusca

4.    Asas e tubérculos umerais escuros. Parte anterior da fronte muito es-cura.
       Em corujas………………………………………………………….nigra
       Asas e tubérculos umerais mais claros. Parte anterior da fronte amarela.
       Em aves de rapina………………………………………………..raptatorum

De espécies anteriormente descritas só conseguimos identificar a O. nigra de Perty e a fusca de Macquart. Quanto às outras, tivemos de dar nomes novos, porque nos faltavam os meios de decidir se entre o grande número e descrições incompletas há algumas que se referem à nossas espécies. Isto só poderia ser feito com os tipos à disposição completa. Daremos, no fim deste estudo, uma cópia das descrições que talvez se refiram a espécies nossas, e passamos à enumeração das que observamos.

5. Olfersia nigra Perty

A descrição um tanto sumaria de Perty foi ampliada por Speiser, de modo a permitir identificação certa. Distingue-se facilmente da seguinte pelo tom mais escuro das asas, dos tubérculos umerais e de parte da fronte, sendo, quanto ao mais, bastante semelhante.

A O. nigra é parasito comum e exclusivo das corujas, como a Perla flammea (L), conhecida por suindara, e mochos, como o Otus clamator Vieill. e outras espécies. Foi encontrada em vários estados.

Consideramos sinônimos O. fossulata MacQ. e (Orinothomyia) rufiventris Bigot, ambos do Brasil, por causa do tamanho das asas escuras; também o exemplar de Ornithomyia unicolor Walker, colhido em Ephialtes grammicus, na Jamaica.

6. Olfersia raptatorum n. sp. (Estampa 28, Fig. 3).

Palpos e antenas amarelos, cerdas em parte escuras; fronte chocolate, mas os triângulos, anterior e posterior e as margens laterais pardo-ocráceos, com brilho metálico esverdeado; pequenos sulcos no ápice dos dois triângulos; face ventral da cabeça ocrácea. Escudo chocolate, com brilho esverdeado e pêlos dourados; processos umerais pardo-ocráceos, na base externa com mancha estigmática esbranquiçada. Escudo com sulco longitudinal vermelho, continuado na metade posterior do escutelo; este arredondado, com linha submarginal deprimida, e os dois com cílios terminais de brilho branco. Sulcos transversais do escudo profundos e sinuosos, unidos ao sulco mediano. Face superior do abdome e das pernas choco610 late, a interior mais clara, misturada com ocráceo. Asas com os caracteres já mencionados; álula pequena, nervuras castanhas, a quarta acompanhada de praga muito visível; há outra, que corre do ápice da costal em direção ao ápice da quarta e forma na metade anterior do trajeto uma estria escura.

Comprimento do corpo 6½ (4)mm, da asa 7½-8mm.

A espécie foi encontrada em Polyborus tharus (Mol.), Milvagro chimachima (Vieill.), Leucopternis palliata Pelz. e outras espécies de gaviões, procedentes de vários estados. Foi também achada por Neiva em Cathartes aura do Piauí. Trata-se de espécie comum e espalhada, mas não conseguimos identificá-la com alguma das descritas anteriormente.

Possivelmente O. intertropia Walker dos Galápagos, com a qual Austen identifica duas fêmeas de Olfersia da Bahia e uma de Orizaba (México), poderia ser sinônima; mas Austen identifica também a acarta Speiser do Havaí com a mesma espécie, que então seria também sinônima da nossa, no que há pouca probabilidade, visto ter sido encontrada em coruja. Em consideração ao hábitat muito diverso do tipo da espécie de Walker, a sinonímia tende a ficar duvidosa, se bem que a descrição combine com alguns dos nossos exemplares. Quanto à acarta Speiser, pouco se distingue dos nossos exemplares; apenas a cor dos palpos não combina e as asas, além de paradas, são flavescentes. Todavia, a maior parte dos caracteres enumerados não se especifica para uma espécie e faltam vários, que talvez pudessem sê-lo. Assim, continuamos na dúvida.

Rondani descreveu do México uma pallibilabris com hospedeiro desconhecido que, segundo Speiser, se parece bastante com a sua acarta. A diferença principal está no fato de que o revestimento dos pêlos, observado em diferentes partes do corpo, não é mencionado. Não damos grande importância a isto porque os pêlos facilmente se perdem e, mesmo quando presentes, não parecem de grande valor como caráter de espécie. Não repugna muito a idéia de se encontrar no México o mesmo parasito dos raptores que achamos no Brasil, visto a analogia que há com a Pseudolfersia vulturis, mas então temos também de levar em conta a possível identidade com a Olfersia americana Leach, que não parece completamente excluída. Se os autores tivessem sempre procurado conhecer os hospedeiros, a questão se tornaria assaz fácil, porque geralmente as Olfersia são bastante especializadas e devem acompanhar os hospedeiros; na falta destas indicações e da confrontação com os tipos, adotamos provisoriamente o nome de raptatorum para a forma encontrada no Brasil, nas aves de rapina.

7. Olfersia fusca MacQ. (Speiser)

Sin. macquartii Rond. e talvez angustifrons V. D. Wulp.

A O. fusca foi descrita tão superficialmente pelo autor, que quase se pode considerar nomen nudum; todavia Speiser forneceu uma minuciosa. Um outro exemplar, remetido por MacQuart a Rondani com o mesmo nome, foi por este descrito como macquartii, porque, como diz, ele acreditava num engano de MacQuart, que não podia ter deixado de notar as particularidades valiosas da espécie. Mas, uma vez que M. deixou de mencionar as particularidades, que existem em qualquer espécie nova, o argumento não procede e acreditamos na identidade, aceita por MacQuart. Speiser baseia a distinção na forma do triângulo vertical que, segundo ele, tem na margem anterior: “einen seichten grubenfoermig tiefen Einschnitt” o que é tão pouco claro, que se deve supor erro de impressão. Rondani diz: “Area verticale antice in medio incisa”. Nossos exemplares têm uma pequena cavidade circular antes da margem arredondada, ligada com esta por meio de uma depressão bastante funda, linear no fundo e mais larga em cima. Conforme a posição, percebe-se ou cavidade separada ou incisão posterior. Assim, esta formação, que, aliás, se observa em outras espécies, sendo também um pouco variável, não serve para diferenciar as descrições, que ambas se adaptam perfeitamente à nossa espécie. Esta é bastante errática, tendo sido encontrada em aves assaz diferentes, o que deve facilitar a extensão do hábitat. O exemplar de Macquart era de Nova Granada e não representaria a primeira espécie, encontrada tão longe de nossos pontos de observação.

Quanto ao desenho e a descrição, que V. D. Wulp deu de sua Olfersia angustifrons, não permite identificá-la com certeza, mesmo com as anotações de Austen. O primeiro autor diz que, na sua espécie, a veia auxiliar termina antes da veia transversal inferior, sem alcançar a costa. Isto se dá geralmente nos nossos exemplares, mas não é constante, podendo as duas asas da mesma mosca diferir neste sentido; de outro lado, é observado também uma outra Olfersia. Todavia a sinonímia é bastante provável.

Os nossos exemplares foram colhidos nas seguintes aves e lugares:

Pitylus fulginosus (Daud.), vulgo bico-de-pimenta. Noroeste de São Paulo. 1 ex.

Dendrobates vuficeps (Spix.), espécie de pica-pau. Da mesma região 4 ex.

Glaucidium brasilianum (Gm.), pequena coruja, vulgo canindé. Um exemplar da mesma região e outro do estado do Rio de Janeiro.

Momotus rufescens Scl., vulgo geruva. Noroeste de S. Paulo.

8. Olfersia palustris n. sp. (Estampa 28, Fig. 4.)

Comprimento do corpo: 5 (3 para 3 e ½) mm.

Comprimento da asa: 7mm.

Cor geral chocolate, em parte com brilho metálico.

Asa com a parte glabra limitada à célula axilar.

Cabeça muito larga, o comprimento muito menor do que a largura. Palpos com fundo cor de mel, densamente cobertos de pêlos pretos; processo do clípeo curto, em ângulo obtuso, ferruginoso na frente, tornando-se preto por trás. Antenas: processo preto brilhante e com pêlos; ápice e processo basal cor de mel, finamente granulosos; triângulo frontal, no meio com uma depressão linear, com fundo amarelo um tanto enegrecido e muito brilhante; as outras margens da fronte escuras, com brilho bronzeado e esverdeado; triângulo vertical, truncado na frente e geralmente arredondado, com pequena depressão superficial no meio da margem anterior; bordas laterais da fronte com fileira de cílios amarelos e algumas cerdas maiores; duas na frente, uma no meio de cada lado, cruzando-se sobre o triângulo occipital e outra na margem occipital; a parte mate da fronte, larga, porém mais compridas e estreita na larga, porém mais comprida e estreita na metade anterior. Parte inferior da cabeça de amarelo-enfuscado brilhante; a membrana embaixo da tromba com cor de pergaminho.

Escudo com brilho verde-bronzeado, alguns pêlos dourados e estrias finas periféricas, convergentes para o centro; processos umerais pardo-ocráceos, com estigmas formando uma mancha branca por trás; sulco mediano quase linear, acompanhado de duas linhas vermelho-minio, mais apagadas na frente; sulco transversal profundo, obliterado em pequena extensão no meio; as partes laterais do escudo, antes do escutelo, um pouco deprimidas e menos brilhantes.

Escutelo dividido no meio; o sulco pouco alargado para diante e mais para trás; a cor chocolate, com margem anterior avermelhada; o brilho como no escudo; na margem posterior há duas fileiras de cílios dourados, uma pré-marginal pouco visível e outra marginal mais forte. O processo escamular com outros mais compridos; além disso, há várias macroquetas escuras, distribuídas sobre a zona exterior do dorso do tórax.

Abdome cor de chocolate, com cílios finos dourados e algumas cerdas escuras póstero-laterais; perto do ânus e na face inferior, há manchas amareladas.

Pernas chocolate, variando para pardo-oliváceo nas partes distais e no lado inferior.

Esterno pardo-avermelhado brilhante.

Asas de fundo amarelado, ligeiramente enfuscado por pêlos microscópicos; nervuras mais grossas castanhas, as outras amareladas; auxiliar variável que, nem sempre, alcança a costa; entre a base da 4a e 5a nervuras há uma crista amarela dourada; álula pequena, a escama de cima bem desenvolvida, a de baixo rudimentar.

Esta espécie parece exclusiva de pássaros palustres.

Temos muitos exemplares, apanhados no Piauí por Neiva, em garças, socós, arapapá e craúnas (Herodias egretta Gm.), Tigrisoma brasiliense (BODD), Cancroma cochlearia, l., Harpiprion cayennensis (G.M), e de garça branca do Rio São Francisco.

Há mais um exemplar de Ardea socoi L., apanhado em Lassance (Minas).

Não achamos descrição que pudéssemos referir a esta espécie, que não é rara. é possível que seja idêntica à Olfersia ardenae de Macq, procedente da Sicília, mas a descrição e o tamanho não falam muito em favor disso.

9. Olfersia holoptera n. sp.

Comprimento: 5mm.

Comprimento da asa: 5mm.

Cor geral chocolate; asas sem porção glabra. Palpos ocráceos, cobertos de induto pruinoso e com pêlos pretos. Antenas castanhas, a parte terminal com pó branco-amarelado e pêlos negros; processo basal com pó e cerdas amareladas; o processo do clípeo forma um ângulo pouco agudo, quase reto; a face anterior com pó branco-amarelado, a superior castanho-claro brilhante; margens oculares largas, castanho-escuro, brilhantes, com grande depressão, de fundo mate, no terço médio da margem interna; triângulo vertical arredondado, castanho-claro, mais enegrecido no meio; a margem occipital convexa para trás, a anterior com pequena cavidade submarginal por dentro de uma depressão mediana, bastante larga; parte média da fronte preta, finamente estriada, um tanto brilhante, as cerdas como na O. palustris; espaço atrás dos olhos mate e esbranquiçado, parte inferior

Escudo preto, com brilho bronzeado e alguns pêlos dourados; tubérculos umerais grandes, cor de tartaruga, com mancha estigmática branca; as regiões vizinhas pardo-ocráceo; a margem posterior, desde a raiz das asas, sem brilho, alargada antes do escutelo em manchas laterais semilunares com fundo cinzento, granuloso, a porção média entre essas manchas brilhante; no meio das manchas há uma cerda escura e contam-se mais 5 maiores de cada lado da margem torácica dorsal; sulco longitudinal estreito, mais profundo, obliterado perto do centro. Escutelo semilunar, com sulco mediano bastante largo, de fundo mate, o resto como no escudo, apenas a margem anterior avermelhada e os cílios mais escuros.

Abdome pardo, mais ou menos enegrecido, com cílios abundantes, escuros, e cerdas maiores na porção póstero-lateral.

Pernas pardo-ocráceo, como também a face inferior do tórax; o fundo finamente granuloso e brilhante.

Asas bastante claras, mas sem parte glabra; as nervuras castanhas ou enegrecidas; a auxiliar desemboca na costal, pouco adiante da transversal interna.

Desta espécie, bem caracterizada pelas asas sem parte glabra, existem em nossa coleção 3 exemplares, sendo 2 de perdiz (Rhynchotus rufescens Temm.) e 1 saracura (Aramides saracura Spix). Ambas estas aves foram caçadas no Estado do Rio de Janeiro. Não encontramos descrição que se aplicasse a esta espécie.

IV. Gênero Lynchia Weyenbergh

Este gênero é definido do modo seguinte por Speiser:

Cabeça sem ocelos, com processos antenais curtos, munidos freqüentemente de cerdas características. Escutelo sempre fortemente truncado em direção transversal, quase quatro vezes mais largo do que longo. Pernas sem particularidades, unhas com dente acessório e tubérculo basal bastante grande. Asas terminando em ápice fino; a nervação notável é caracterizada pela ausência de veia transversal posterior, ficando a célula basal posterior completamente aberta. As nervuras ainda mais aproximadas e reunidas perto da margem anterior do que em Olfersia. Espécie típica: L. penelopes Weyenb.

Speiser (1908) menciona 10 espécies de Lynchia e, entre estas, três da América do Sul, das quais observamos duas. São estas a L. lividicolor Bigot e a L. pusilla Speiser.

10. Lynchia lividicolor Bigot (Estampa 27, Fig. 10; 28, Fig. 5.)

Esta espécie foi descrita de um exemplar do Brasil. Verificamos que é parasito comum dos pombos domésticos e transmissora de um hematozoário dos pombos, como outra espécie, muito vizinha, porém mais escura, a L. maura, que é do Velho Mundo. Nunca foi encontrada em outra ave, nem mesmo em pombos selvagens.

A L. lividicolor e a maura, da qual possuímos um exemplar, não mostram processo escamular bem evidente; há, apenas, em situação muito escondida, uma protuberância em forma de crista subvertical, com alguns cílios grossos, que não se distinguem pela cor. Os halteres são pequenos e muito escondidos, para dentro e abaixo da protuberância. Nas duas extremidades da margem posterior truncada do escutelo há espinhos claros. Para bem apreciar a situação o abdome deve ser removido.

V. Gênero Microlynchia

11. Microlynchia pussila Speiser. (Estampa 27, Fig. 6; 28, Fig. 6)

A outra espécie de Lynchia de Speiser é a pusilla do mesmo autor. (Columbigallina talpacoti (Temm. Knip)., Leptotila rufoaxilla (Rich. e Bern.).Encontramo-la tanto no Rio, como em Minas e Espírito Santo em rolinha, juriti e pomba cascavel (Scardapella squamosa Temm.).

Examinando bem esta espécie que, sem dúvida, corresponde à pusilla de Speiser, vimos que não pode permanecer no gênero Lynchia e criamos para ela o gênero Microlynchia em virtude de ser seu comprimento muito menor que o das outras espécies, sendo apenas 3-4mm.

De Lynchia se distingue pela presença de ocelos, embora pouco visíveis, no fundo da pequena cavidade descrita por Speiser; pelo desenvolvimento do processo escamular; por ser muito pequena e sem espinhos e por outros caracteres secundários. A espécie se presta a confusões com Ornithoica (Ornithomyia) e algumas olfersias.

VI. Pseudornithomyia n. gen.

Gênero intermediário entre os antigos gêneros Olfersia e Ornithomyia, por ter as veias das asas dispostas como no último gênero, faltando, todavia, os ocelos. Não se confunde com Silbometopa por faltarem os grandes processos escamulares em forma de clava e pelas asas, na maior parte, finalmente pilosas; a forma das antenas também é diferente e o clípeo muito mais curto. Ornithoica tem os processos antenais semelhantes, porém muito mais longos, e devia também ter ocelos. Ornithoctona tem as asas e antenas diferentes, além de ter ocelos distintos. As espécies Ornithopertha são muito maiores e as antenas mais longas. Damos uma definição do novo gênero:

Clípeo curto, chanfrado no meio, quase coberto pelos processos antenais pilosos, em forma de língua, aproximadas na base e afastadas no ápice. Fronte larga; vértice sem ocelos. Processos escamulares subcônicos. Asas com as veias como em Ornithoctona, mas com pêlos microscópicos, afora na zona basal glabra.

Temos dois exemplares de juriti, mandados Minas e dois de andorinhas, recebidos de Santa Catarina que não parecem diferir. Descrevemos a espécie com o nome:

12. Pseudornithomyia ambigua n. sp. (Estampa 27, Fig. 5; 28, Fig. 7)

Comprimento do corpo 5 (2,5), da asa 5mm. Cor geral chocolate, um pouco avermelhada na parte posterior da cabeça e ocrácea nos processos umerais.

Cabeça com fundo ocráceo, na maior parte enfuscado ou enegrecido. Processos antenais bastante compridos, com cerdas ainda mais longas, tudo chocolate, como também os palpos. Clípeo curto, profundamente inciso no meio, com pruína e cílios esbranquiçados; triângulo frontal no meio com pequena cavidade ligada por um sulco à margem posterior (estas depressões parecem variar um pouco); o vértice sem ocelos, mas com uma cavidade pequena perto do meio das margens laterais. Ambos os triângulos um tanto arredondados, brilhantes, como as margens oculares que são largas e munidas de uma fileira de cílios na metade anterior. Fronte larga, a parte mate um tanto mais comprida do que larga, os quatro lados bastante côncavos. Occipício oblíquo, cobrindo a parte anterior do tórax.

Tórax com processos umerais cônicos, ocráceos no ápice, muito compridos, com a base apoiada em chanfradura profunda do escudo; o estigma marcado por uma mancha branca, pruinosa. Sulco longitudinal profundo, com as margens avermelhadas, o transversal obliterado no meio; as margens do escudo formam calosidades.

Escutelo em forma de elipse transversal, de cada lado com quatro cerdas longas entre as margens anterior e posterior, que são munidas de pêlos compridos. Processo escamular escuro, subcônico.

Abdome chocolate com muitos pêlos da mesma cor.

Pernas chocolate ou pardo-ocráceo, com muitos pêlos disseminados; o fêmur anterior muito grosso.

Asas glabras, da base até o fim da veia costal e das nervuras transversais, como também na célula axilar e na maior parte da célula, situada entre a veia transversal, as veias IV e V e a margem posterior (v. figura). Nervuras castanhas ou enegrecidas, a segunda transversal branca na maior, a terceira na menor parte.

Um dos exemplares de juriti é mais claro e mostra não ter sido ainda completamente endurecido.

A observação de dois hospedadores tão diferentes parece indicar parasitismo errático.

VII. Gênero Ornithoctona Speiser

13. Ornithoctona erythrocephala Leach (?). (Estampa 28, Fig. 8)

Em 1901, Speiser separou o novo gênero Ornithoctona com a espécie típica: O. erythrocephala Leach. Outras espécies americanas são: O. bellardiana Rond. e hatiensis Bigot. Speiser dá uma chave para estas três espécies.

Temos três exemplares de Ornithoctona em nossa coleção. O primeiro, muito novo, como se conhece pela exigüidade do abdome, foi apanhado por Lutz em São Paulo no corrimão de uma ponte; os outros dois, recebidos de Florianópolis, pelas informações, foram achados em Catharista atrata, o urubu comum. À primeira vista, parece tratar-se das três espécies, tantas são as diferenças na cor; levando em conta a variabilidade, de regra neste gênero, um estudo minucioso nos deu a convicção de que se trata da mesma espécie, representada por um indivíduo pouco colorido, outro normal e o terceiro muito escuro. São três fêmeas: a primeira virgem, a segunda grávida e a terceira já tendo parido. As partes cefálicas na primeira são cor de mel, na segunda e terceira um pouco mais escuras, tirando em parte sobre o ferrugíneo. O escutelo é escuro ou apenas um pouco amarelo na base. Pela chave de Speiser deviam ser consideradas como O. erythrocephala, distinguindo-se de haitiensis Bigot, porque as cerdas do processo antenal são douradas, embora por baixo haja outras pretas. O nome erythrocephala não parece justificado, mas o mesmo se dá com o Anthrax erythrocephalus cuja cabeça é cor de mel. Não conhecemos pupiparos de cabeça ou apêndices vermelhos e possivelmente tratava-se de alteração artificial. Por isso, adotamos provisoriamente o nome, embora com algumas dúvidas, porque, no resto, aproxima-se muito de haitiensis Bigot, da qual Ornithomyia robusta V. D. Wulp é claramente sinônimo (v. Biol. C.-A.).

No primeiro exemplar as nervuras são castanhas e não pretas, como nos outros, e as pernas (que no terceiro são completamente pretas) são muito claras. Todos mostram a álula pequena, a escâmula de cima rudimentar; a de baixo, pouco transformada, aparece como membrana, não completamente semilunar, branca acinzentada, com espessa margem castanha e uma franja de cílios marginais. As asas não são enfumaçadas, mas de cor de mel diluída.

VIII. Gênero Ornithoica Rondani

14. Ornithoica confuenta Say. (Estampa 28, Fig. 9.)

Do gênero Ornithoica que Rondani estabeleceu para a O. beccariina de Amboina, Speiser reconhece apenas uma espécie americana, a confuenta Say. Existe uma espécie, que combina com a descrição de Speiser, que não podemos comparar com a original. Temos vários exemplares e perdemos alguns outros, que, com mais ou menos probabilidade, deviam pertencer a esta espécie. Os hospedadores observados são Rhamphatus Ariel Vig. (tucano de papo amarelo), Cyanocorax chrysops Vieill. (gralha) e Troglodytes musculus Wiedi Berl. (cambaxirra); quase com certeza pertencem também a esta espécie um exemplar de Pitangus sulphuratus Maximiliani (Cab. e Heine), o bem-te-vi comum, sobre o qual temos notas. Foram também observadas moscas parasitárias nas aves seguintes: Ara ararauma L. (arara azul, amarela e Canindé) e Momotus subrufescens Scl.; mas estas moscas não foram apanhadas ou perderam-se depois. Se não eram da espécie Olfersia fusca, deveriam pertencer a O. confluens (nome emendado).

A O. confluens tem várias particularidades que não se acham mencionadas nas descrições e que, talvez, sirvam para caracterizar o gênero, por exemplo: as asas são enfuscadas, mas têm uma zona glabra, ocupando toda a base e há restos de esclerites em quase todos os anéis abdominais.

Segundo Austen, Ornithomyia vicina Wlk. e o O. beccariina Rond. não se distinguem de O. confluens Say.

Apêndice

Descrições copiadas dos autores.

Genus Olfersia LEACH

(Feronia LEACH.)

“Antennae tuberculiformes, hirsutae in foveolis receptae. – Labium breve semicirculare. – Haustellum cylindricum, subincurvum valvulis paulo brevius. – Ocelli nulli. – Oculi valde distincti ovati. – Tarsi unguibus bidentatis. – Alae subaeque fere latae apice rotundatae.” – LEACH, Gen. a Spec. of Enr. Ins. Edinb. 1817.

“Fuehler hoeckerformig, behaart, in Gruebchen stehend. Lippe kurz halbkreisfoermig. Ruessel walzenfoermig, kaum gekruemmt, etwas kuerzer als die Klappen. Augen sehr deutlich, eifoermig. Punktaugen keine. Fuesse mit zweizaehnigen Klauen. Fluegel fast gleich breit, an der Spitze gerundet”...

“In LEACH's Abhandlung hat die Gattung den Namen Feronia; da diese aber von LATREILLE fuer eine Gattung der Laufkaeferfamilie gebraucht ist, so wurde spaeter der Name Olfersia gewaehlt.” WIED. Auss.zweifl.Ins., II, pg. 605-606. 1830.

Genus Ornithoctona SPEISER

“Meist grosse, dabei breite und plumpe Formen. Kopf breit. Antennenfortsaetze breit, blattfoermig, parallel, so dass die inneren Raender ueber den Maxillarpalpen, die die Ruesselscheide bilden und nur ebenso kurz sind, wie die Antennenfortsaetze, fast zusammenstossen. Thorax mit sehr deutlich dornartig ausgezogenen Schulterecken, Scutellum mit eigenthuemlicher Sculptur [ob bei allen Arten?] ... vor dem Hinterrande eine Furche, in der ... Makrochaeten stehen. Die Tibien zeigen bei vielen [allen?] Arten eine sehr huebsche zierliche Zeichnung... An den Fluegeln und dem Abdomen keine Besonderheiten.” – SPEISER, Bespr. ... Termész. Fuez XXV, pg. 328, 1902.

Genus Ornithoica RONDANI

“Antennae tuberculiformes, setis paucis apicalibus incurvis. – Palpi ut proboscia brevissimi. – Scutellum margine multisetoso. – Alae satis longiores abdomine, apici rotundatae, margine antico basi villosulo, et extra setulis brevibus, rigidis ciliato: ad radicem areola axillare distinctissima: vena tertia longitudinale a transversa exteriore sursum flexa et costalem attingente satis longe ab ejusdem apice, at ipsae connexa longe in margine decurrente. – Aliis notis proxima Ornithomys partim, et Olfersiis partim.” ROND., Hippob. exot...., Estr. d. Ann. d. Mus. Civ.... di Genova, Vol. XII, pg. 159. 1878.-

LEACH: On the genera and species of Eproboscideous Insects... Memoirs of the Wernerian natural History Society. 1817:

“II. FERONIA

1. Feronia spinifera. – Tab. XXVI, fig. 1–3.

F. piceo-atra, alis obscuris; angulo anali subhyalino nitente, thorace angulis antice utrinque spina acuta armato. – Habitat. – - – Mus. Dom. Mac Leay.

Caput nigrum: oculi rufi; labium albidum: vagina picea. Thorax piceo-ater antice spina acuta utrinque armatus: pectus piceum: alae obscurae angulo anali subhyalino nitente: pterigostea picea; limbalibus basi pallidis: pedes supra picei, subtus testaceopicei: ungues atri.

2. Feronia americana. – Tab. XXVII, fig. 1-3.

F. lutescens, thorace angulis anticis in tubercula obtusa productis, alis subiricoloribus. – Habitat in America [Georgia]. – Mus. Dom. Francillon.

Caput lutenscens: oculi atro-nigri: antennae nigricantes: labium album: haustellum luteum: vagina picea pilis nigris obtecta: clypeus subquadratus luteus anice late emarginatus; laciniis divaricatis acuminatis: frons brunneo-lutea; marginibus elevatis glaberrimis: vertex elevatus glaberrimus luteus. – Thoraxsubrunneo luteos obscurius irregulariter strigosus, depressione cruciformi notatus: scutellum subbrunneo-luteum medio impressum: pectus pallidum glabrum medio sulcatum, lateribus subcrenulatis, antice bifurcatum; laciniis rotundatis: alae subiricolores: pterigostea picea et lutea: pedes lutei: tarsi obscuriores: ungues nigri. – Abdomen flavo-luteum punctulis nigris sparsum, basi medioque supra obscurius.

Ornithomya erythrocephala LEACH

Corpore perfusco, capitre rubro, pedibus fuscentibus. – Habitat in Brasiliis.

Caput rubrum, infra sordide viridescente-testaceum; labium albidum. – Thorax perfuscus, antice sordide testaceus; scutellum perfuscum, pectus sordide viridescente-testaceum; alae pallide fuscescentes; pterigostea marginalia fusca limbalia albida; pedes fuscescentes infra sordide viridescente-testacei: tarsi 4 anteriores sordide testacei, nigro-marginati, postici nigri, ungues atri. – Abdomen luteum nigricante hirsutum: dorso saturatius.”

WIEDEMANN, Auss. zweifl. Ins. II Hamm., 1830. pg. 610:

Olfersia americana LEACH

... Die Farbe der Fuehler scheint von den vielen langen schwarzen Borsten, womit sie besetzt sind, schwaerzlich, sonst ist die Farbe des Kopfes und Rueckenschildes obenauf zwischen lehm und rostgelb, was ein wenig in´s Brauenliche faellt, am Hinterleibe und an allen unteren Theilen, wie auch an den Beinen, etwas lichter gelb. Augenhoelenraender und Scheitel sehr glatt und glaenzend braungelb. Die vorderen Ecken des Rueckenschildes oder die Schultern ragen neben dem Kopfe wie dreieckige, etwas nach aussen gerichtete Laeppchen vor und haben eine etwas gerundete Spitze. Die vertiefte Laengslinie des Rueckenschildes bildet mit der gewoehnlichen Queernaht ein Kreuz und theilt auch das Schildchen deutlich in zwei Haelften. Fluegel und Fluegeladern gelb.

Ornithomya confluens SAY

[O. confluenta ist Schreib- oder Druckfehler.]

“Roethlichbraun, mit vor ihrer Spitze zusammenfliessenden Rippenadern. Laenge wohl mehr als 1/10 Zoll.” – Aus Pennsylvanien. – Journ. Acad. Philad. III. 103. 3.

Scheitel mit tiefer braunem Flecke; Hinterkopf bleich gelblich; Schultern mit einem bleichen Flecke, mit gar nicht vorgezogenen, sondern stumpfen Ecken. Rippenadern brauenlichschwarz (fuscous), Beine gelblichbraun; Schienen mit einer duesterbraunen Linie; Klauen schwarz. Das auffallende Kennzeichen der Rippenadern unterscheidet diese Art hinlaenglich von anderen: diese Adern sind naemlich etwa an der Haelfte der Laenge von der Endigung der ersten Zelle bis zu ihrer Spitze zusammenfliessend. Lebt auf Ardea candidissima.”

Ibidem, pg. 607 & 611.

MacQuart, Histoire nat. des insectes diptères, II, p. 640. – Paris 1835:

Olfersia ardeae NOB.

Long. 2 lig. D´un noir luisant. Face et palpes testacés. Thorax à ligne dorsale enfoncée. Pieds d´un testacé brunâtre. Ailes fuligineuses.

M. Al. Lefebvre l´a trouvée en Sicile sur un héron.

Olfersia fuscipennis NOB.

Long. 2 ½ lig. D´un noir de poix un peu luisant. Palpes assez larges, peu allongés, garnis de soies. Front à deux petits enfoncemens; l´un plus grand, au delà de la suture; l´autre petit, plus près du bord antérieur. Côtés de la cavité buccale avancés et bordés de longues soies; une petite tache de duvet blanc à la base des antennes. Abdomen à duvet gris. Pieds d´un noir brunâtre. Ailes noirâtres; côté intérieur, depuis la base jusques vers le milieu, d´un jaunâtre clair.

Du Brésil; Muséum de Paris.”

Macquart, J.: Diptères exotiques nouveaux ou peu connus, Suite, T. II, p. 434:

Olfersia fossulata NOB.

Nigra virescens. Facie fossulata. Pedibus alisque fuscis.

Long. 2 ¾. lig. Suçoir non saillant. Face noire, luisante; une petite cavité près de la suture avec le front; une petite tache de duvet blanchâtre à l´insertion des antennes. Front d´un noir luisant, à reflets verts; côtés d´un noit mât. Dessous de la tête brunâtre. Thorax à reflets verts; poitrine brunâtre. Abdomen brun. Pieds noirs en-dessus, d´un fauve verdâtre en-dessous. Ailes noirâtres; côté intérieur d´un jaune pâle.

Du Brésil. Muséum.

Olfersia mexicana NOB.

Nigra. Thorace linea dorsali testacea. Alis nigricantibus.

Long. 2 ¾. Noire. Suçoir alongé, jaune. Face brunâtre, à ligne transversale et deux points enfoncés. Front à côtés et tache occipitale d´un vert cuivreux brillant; bande frontale d´un noirâtre presque mât. Dessous de la tête testacé. Thorax à reflets verts; une ligne dorsale testacée: épaules brunâtres, garnies d´un rang de petites pointes; poitrine fauve. Abdomen brun. Pieds noirs en-dessus, d´un fauve verdâtre en-dessous. Ailes noirâtres; côté intérieur, depuis la base jusque vers le milieu, d´un jaune clair.

Olfersia bisulcata NOB.

Fusca. Facie fossulata. Thorace bissulcata. Pedibus rufis. Alis fuscis (Tab. 6, fig. 12). Long. 3 lig. Palpes dépassant peu les antennes. Face brune, à petite cavité près de la suture. Front à léger reflet. Thorax à reflet violet. Les deux sillons longitudinaux peu distants. Cuisses d´un fauvre pâle un peu verdâtre.

Du Chili. M. Bigot.

Olfersia fusca NOB.

Fusca. Alis fuscanis. – Long. 2 ling. – Corps entièrement brun. – De la Nouvelle- Grenade. Collection de M. Bigot.” –

WALKER, List of Dipt. Ins. of Brit. Mus., P.IV, 1849:

Ornithomyia intertropica n. sp.

Picea, ferrugineo varia, margine verticis albido, pedibus fulvis, alis fuscis.

Body pitchy, smooth, shining, thinly clothed with short tawny hairs: crown of the head ferruginous, with whitish borders; mouth and appendages tawny: chest ferruginous on each side and behind and adorned with a ferruginous stripe: abdomen dull, its tip beset with a few stout black bristles: legs dark tawny, clothed with short black hairs and bristles: claws black: wings brown: wing-ribs and fore border veins pitchy; the other veins dark tawny. Lenght of the body 3 lines; of wings 1 lines.

a. Galapagos. Presented by C. Darwin, Esq.

Ornithomyia unicolor n. sp.

Nigro-picea, pedibus piceis, alis fuscis.

Body, including the mouth and the appendages, pitchy-black: head and chest shining: head smooth: eyes pitchy: the facets rather large: chest finely punctured: abdomen dull: legs pitchy, clothed with short black hairs and bristles: claws black: wings brown: wing-ribs and fore border veins pitchy; the other veins dark tawny. Lenght of the body 3 ½ lines; lenght of the wings 9 lines.

a. On Ephialtes grammicus. b. On Fregata aquilus. Jamaica. From Mr. Gosses collection.

Ornithomya vicina n. sp.

Picea, capite humeris abdominis basi et segmentorum marginibus posticis apice fulvis, pedibus fulvis, femoribus basi coxisque pallidioribus, tarsis piceis, alis subfulvis.

Body pitchy, smooth, shining: head, shoulders and base of the abdomen dark tawny: tip of the abdomen beset with black bristles: hind of borders of its latter segments pale: legs tawny, clothed with black hairs: thighs at the base and hips pale tawny: feet pitchy, claws black: wings pale brown; veins pitchy; fore border veins at intervals, and wing-ribs pale tawny: second longitudinal vein united to the costal vein long before the end of the latter. Length of the body 1 line; of the wings 4 lines.

a. Jamaica. On Ephialtes grammicus. From Mr. Gosses collection.

Ornithomya fulvifrons n. sp.

Picea, capite antice fulvo, thoracis spinis apice flavis, pedibus fusco-fulvis, tarsis piceis, alis limpidis.

Body pitchy, smooth, shining: fore part of the head, mouth and all the appendages bright tawny, beset with tawny bristles; crown dull in the middle, where one longitudinal and two diagonal furrows meet: a large spine, pale yellow towards the tip, projecting on each side of the fore border of the chest, whose two furrows are obsolete at the point of intersection: hind border of the scutcheon armed with a row of short black bristles: abdomen dull, clothed with short black hairs: legs brownish tawny, beset with black bristles: feet pitchy: knees and claws black; foot-cushions yellow: wings colourless: wing-ribs and veins pitchy; fore border veins black. Lenght of the body 2 lines: of the wings 6 lines. a. Jamaica. On Ortyx virginiana. From Mr. Gosses collection.” –

Rondani, Camillo: Muscaria exotica Musei Civici Januensis Fragmentum IV. (Hippob.). 29-30 Marzo 1878:

“Gen. Olfersia WDM.

O. macquartii mihi. – Long. mill. 5. – fusca Macq. (olim in scheda).

Nigricante–picea: proboscide lutescente, basi crassiuscula et in linguam filiformem elongata. – Palpi elongati, sub-erecti, nigricantes, sub-conici. – Frons non distincte foveolata, nec punctis impressis signata, labio supra os sub-lutescente: orbis angustis et areola verticis levibus nitentibus; area verticale antice in medio incisa, et in specimine nostro paulo ferruginante. – Thorax in dorso cum scutello nitens. – Abdomen nigricans, opacum, nigro-setigerum, lateribus et basi pallidis. – Alae fuscae, venis obscure sub-luteis, abdomine duplo et ultra longiores: vena prima longitudinale contra transversam interiorem desinente; secunda costalem attingente sic longe a transversa exteriore circiter ut ab interiore: tertia in costale satis remota a secunda et proxima quartae: transversa interiore dimidiata non obliqua. – Pedes fusci, femoribus basi paulo luride glaucis. – Unicum exemplar possideo, olim a Cel. Macquartio missum, O. fuscae nomine [in scheda] distinctum, ex regione Novae Grenatae proveniens.

(Obs.). Nomen fuscae non servavi exemplari observato, non solum quia diagnosis qua Cl. Auct. eam distinxit “fusca alis fuscanis” non consideranda, pluribus congeneribus conveniens; sed etiam quia specimen missum erronee O. fuscae relatum fuisse cogito, nam characteres tanti praetii quibus nostra distincta est, si in fusca typica extarent, in diagnosi Cl. Auctoris non obliti essent.

O. pallidilabris n. sp.

Long. mill. 6-7. Corpus nigrum; labio sordide albicante; fronte nec foveolata nec punctis impressis signata, orbitis angustis et areola verticis pumicatis, ista antice rotundata non in medio incisa. – Proboscis nigricans in linguam filiformem non elongata. – Palpi nigricantes, proboscide paulo longiores, et ad latera eam tegentes, non erecti. – Thorax in dorso, cum scutello nitidissimus. – Abdomen opacum, pilosulum, apici plus minusve luride albicans. – Alae infuscatae, fuscedine postice versus basim dilutiore; venis nigris: secunda longitudinale, parum sed paulo ante transversam exteriorem costalem attingente: tertia in costa magis distante a quarta quam a secunda: transversa exteriore non obliqua, et paulo ante apicem sita primae longitudinalis. – Pedes nigricantes, partim sordide glauci, praesertim antici, ut femora omnia subtus et basi. – Exemplaria duo observavi Collectionis Bellardi in Mexico lecta, sed hospite ignoto.

O. obliquinervis n. sp. Long. mill. 6-7.

Nigro-picea: Frons puncto impresso supero, et minore infero prope os, signata: verticis areola latiuscula, subtrigona, et orbitis angustis nitidissimis. – Palpi et proboscis breves, nigricantes. – Abdomen nigro-opacum, apice plus minusve sordide albido. – Alae infuscatae, angulo interiori axillari fuscedine dilutiore. – Pedes nigricantes, femoribus basi, et paulo etiam inferne luride glaucis...

Sp. nostrae alae ad radicem tuberculum distinctum, elevatum, nitidum praebent: venulam transversam interiorem valde obliquam, sub-integram, et interius longe ab apice longitudinalis primae sitam: secundam longitudinalem costali conjunctam distincte ultra transversam exteriorem, et in costa magis proximam terciae quam primae: tertiam magis proximam quartae quam secundae. Praeterea fuscipennis brasiliana, et obliquinervis

mexicana.

Specimina dua observata in Coll. Prof. Bellardi extant.”

Bigot, Diptères nouveaux ou peu connus, 27e. Partie, pg. 237-244. – Ann. Soc. ent. Fr. Déc. 1885:

O. impressa. Genre Olfersia. Long. 7 mill.

D´un noir brunâtre. Antennes, dessus de la trompe, jaune fauve: des sois longues et noires aux antennes: front brun, triangle du vertex, bord intérieur des orbites, épistome, luisants; yeux rougeâtres; thorax d´un brun noir, luisant, avec un sillon médian ainsi que la suture profondement marqués, l´écusson avec un sillon longitudinal très marqué, saillie des épaules jaunâtres avec une macule noirâtre à la base, un point jaunatre près de la base des ailles; écusson longuement frangé de soies rigides, noires: abdomen d´un noir mat à petits poils noirs; pieds d´un fauve pâle, quelques soies noires sur les cuisses, en dessus, les bords internes et externes des tibias, brunâtres, tarses posterieurs noirs; ailes presque hyalines, nervures, costale et longitudinales de 1 a 4, entièrement, 5e., jusqu´un peu au-delà de la 1e. transversale, 6e. jusqu´à la 2e. transversale (l´interne) et 1e. transversale (l´externe) noires, 2e. transversale et le reste des nervures pâles. Les deux cellules basilaires fort inégales, 2e. nervure longitudinale soudée a la 1e. et, toutes les deux, avec la costale, au niveau de la 1e. transversale.

Californie. – 1 spécim.

O. lividicolor. Long. 5 mill.

Antennes brunâtres, à poils bruns; yeux châtains; épistome d´un jaunâtre obscur assez luisant, ainsi que le vertex et le bord interne des orbites; thorax couleur de poix, peu luisant; côtés, écusson, obscurément roussâtres, ce dernier muni de macrochètes latéraux noirs; abdomen d´un fauve brunâtre obscur; pieds d´un jaunâtre sale avec quelques soies brunes; ailes d´un jaunâtre très pâle, nervures costale, longitudinales 1-4, entièrement, 5e. jusqu´à la 1e. transversale, 6e. à sa base 1e. transversale (externe) brunes, 2e. transversale (interne) fort pâle. Première nervure longitudinale (Rondani) soudée à la costale loin de la 2e., celle-ci s´arrêtant un peu avant d´atteindre le niveau de la 1e. transversale; les deux cellules basilaires extrêmement inégales.

Brésil. – 1 spécim.

O. sordida. Long. 5 mill.

Entièrement d´un brun noirâtre, thorax luisant, excepté; antennes brunes à poils jaunâtres, un disque arrondi, luisant, sis au-dessus de l´épistome et portant au centre une profonde fossette, le haut du front, le vertex, entièrement, recouverts par une large plaque trapézoidale également luisante; yeux noirâtres. écusson dépourvu de soies. Pieds noirâtres, cuisses d´un jaune livide à la base avec quelques courtes soies roussâtres; ailes enfumées, nervures, costale, longitudinales 1, 2, 3 et 4e. (Rondani), ainsi que les deux transversales, entièrement noires, 5e. et 6e. de cette nuance, mais seulement jusqu´aux transversales. Première nervure longitudinale soudée à la costale au neveau de la 1e. transversale, 2e. longitudinale soudée à la dite costale loin de la 1e. longitudinale, les deux cellules basilaires fort inégales.

Guatemala. – 1 spécim.

Genre Ornithomya.

O. nitens. Long. 9 mill.

Très luisante. Antennes testacées, à poils noirs; palpes jaunâtres; yeux noirs; front jaunâtre, macule ocellifère noire; thorax jaunâtre, tergum largement noir avec une ligne médiane, fort étroite, rougeâtre, épaules largement, écusson, testacés, ce dernier avec quelques soies noirâtres en son millieu; poitrine testacée avec deux grandes macules latérales noirâtres; abdomen d´un brun pâle ou jaunâtre, poils noirs clairsemés; pieds d´un jaunâtre clair avec les genoux, les tarses et une marge étroite a la face externe des tibias postérieurs, noirâtres; ailes roussâtres, nervures brunâtres, costale, longitudinales 1-4, entièrement, 5e. e 6e., jusque un peu au delà de la 1e. transversale noire, le tout de couler également noire, la 2e. transversale brune; 1e. longitudinale soudée à la costale à peu près au niveau de la 1e. transversale (l´externe), 2e. au niveau de la seconde transversale, 3e. assez près de l´extremité de la 4e. longitudinale; les deux cellules basilaires assez inégales.

Panama. – 5 spécim.

O. fuscipennis. Long. 5 ½ mill.

Trompe et palpes noirs, antennes de même couleur à poils noirs; épistome luisant, jaunâtre, avec une petite fosste ronde front fauve, vertex et cotés luisants, macule ocellifere noire; thorax, écusson, luisants d´un jaune roussâtre, tergum largement brunâtre avec une étroite ligne médiane rougeâtre; écusson clairsemé de longes soies noires; abdomen d´un pruineux jaunâtre sur fond brun, quelques soies noires; pieds jaunâtres, extremité des tarses brune, cuisses bordées de vert pâle en dessus et en dessous; ailes d´un jaunâtre fort pâle, nervures, costale roussâtre. Longitudinales 1-4, entièrement, 5e. et 6e., jusque un peu au delà des transversales, 1e. transversale, noirâtres, 2e. transversale blanche en son millieu; 1e. e 2e. longitudinales soudées á la costale avant les transversales et très loin de la 3e.; les deux cellules basilaires médiocrement inégales.

Colombie. – 1 spécimen.

O. haitiensis. Long. 7 mill.

Tête et antennes fauves à soies noires; épistome marqué d´une fossette arrondie; vertex, cotés du front, luisants, macule ocelifère noirâtre; thorax, écusson, luisants, le premier d´un fauve pâle avec une grande macule dorsale presque cordiforme, brune, le second brun avec deux macules basilaires latérales, jaunâtres, et muni d´assez nombreuses soies noires et rigides près du bord postérieur; abdomen mat, brunâtre avec la base un peu jaunâtre; pieds d´un jaune fauvea vec d´assez longs macrochètes noirs, extrémité des tarses (les posterieures entièrement), noirâtres, une ligne ténue, longitudinale, brune, sise au côte externe des cuisses médianes et postérieures, tous les tibias bordés de brun en dessus et en dessous; ailes d´un jaunâtre pâle; nervures, costale, 1-4 longitudinales, entièrement, 5e. et 6e., jusqu´aux transversales, noirâtres, 1e. transversale (l´externe) noire, 2e. blanche; 1e. et 2e. nervures longitudinales (Rondani) soudées toutes les deux avec la costale, non loin l´une de l´autre, un peu au-delà de la nervure transversale interne, 3e. soudée avec ladite costale près de la 4e., les deux cellules basillaires assez inégales.

Haiti. – 1 spécim.

O. rufiventris. Long. 7 mill.

Trompe roussâtre; palpes d´un brun foncé; les yeux d´un rougeâtre pâle; front, en son millieu, avec un grand espace mat, quadrangulaire, déprimé sis, entre les saillies étroites et luisantes du bord interne des orbites, celles du vertex échancré en avant, et, de l ´épistome; un sillon longitudinal tracé sur le millieu du tergum et se continuant sur l´écusson; abdomen d´un roux pruineux, avec une petite macule saillante près de la base et deux autres plus grandes, arrondies, sises prés de son extrémité, noires et luisantes; pieds entièrement d´un noir luisant; ailes noirâtres, les deux cellules basilaires extrêmement inegales, la 2e. nervure transversale (l´interne) peu distincte et sise tout près de la base de l´aile; la 1e. nervure longitudinale (Rondani) soudée à la costale avant la 1e. transversale (l´externe), les 2e. et 3e. tout auprès l´une de l´autre, mais très loin de la 1e. longitudinale.

Je dois ces insectes à la générosité de mon ami L. FAIRMAIRE.

Brèsil (Port Alègre). – 4 spécim.” –

SPEISER P., Studien ueber Diptera pupipara. Zeitschr. f. Hymen. u. Dipt. 1902, pg. 163:

Stilbametopa impressa BIGOT

Laenge 7 mm., Mundrand-Hinterrand des Scutellum 4,5 mm., Laenge der Fluegel 8mm. Sehr dunkel olivenbraun mit helleren Beinen, Mundteilen und Teilen des Thorax. Sehr robust gebaut, die Schenkel nicht so schmal, wie gewoehnlich bei Hippobosciden. Kopf breiter als lang, mit breiten Antennenfortsaetzen, wie Ornithoctona m. Zwischen diesen ragt jedoch noch als aus zwei durch eine tiefe Furche getrennte Haelften bestehender schmaler Zapfen der Clypeus oris nach vorne. Dieser ist ganz horngelb wie auch die schwarz beborsteten Antennenfortsaetze, so lang als etwa 2 Drittel der uebrigen Stirn und traegt am obern ende ein rundes Gruebchen. Scheiteldreieck entspricht in der Form etwa einem vorn stumpf verrundeten gleichseitigen Dreieck, der Vorderrand bleibt um etwa die Laenge des Scheiteldreiecks von der Stirnspalte entfernt. Stirn durchaus gleichbreit. Die Maxilarpalpen (Ruesselscheide) ueberragen nur ein klein wenig den Clypeus. Der Thorax hat nicht nur vorn, zu beiden Seiten des Kopfes ein Paar dornartiger Vorspruenge, sondern auch seitlich, vor dem Fluegelgelenk ist die Pleura jederseits in einen kraeftigen auf der Spitze gelben Dorn ausgezogen. Das Scutellum ist eigenthuemlich lang, wie kissenfoermig und setz sich seitlich noch in ein Paar kurze Leisten fort, welche durch Furchen von Hinterrande des Scutum mesonoti getrennt sind. Eine ganz auffalende Bildung tritt aber ventralwaerts von diesen Leisten hervor. Da ragen naemlich aus der Tiefe der Halterengrube zwischen Fluegel und Scutellum hinein, zwei maechtige, hammer- oder am besten bezeichnet halterenfoermige solide Gebilde, weissgelb mit mehreren schwarzen Borsten, welche in ihrer Gestalt etwa an die Fortsaetze des Podops inunctus Fabr., einer Hemipterenart erinnern. Diese Gebilde muessen wir ihrer Lage nach dem Metathorax zuzaehlen und dadurch werden sie besonders merkwuerdig. Es ist mir leider nicht moeglich gewesen, ihre Beziehungen zum zweiten Stigmenpaar zu eruiren, die Halteren jedenfalls stehen unter resp. hinter ihnen. Dies Gebilde ist sehr auffallend, auffallender noch als das Scutellum. Hier finden wir am Hinterrande eine Reihe Kerben, wie sie COQUILLET ja angibt, und ein maechtiger Kranz sehr kraeftiger, nach unten concav gekruemmter schwarzer Borsten; welcher sich seitwaerts auch auf die erwaehnten Leisten fortsetzt, wobei natuerlich die Borsten allmaehlich kleiner und kleiner werden. In VERRALs Sammlung steckt noch ein zweites Exemplar dieser Art, welches Lord Walsingham im April 1872, ebenfalls in Californien, fing.

Olfersia lividicolor BIGOT

Hintere Basalzelle offen, die Querader fehlt. Also muss die Art... Lynchia lividicolor Big. genannt werden. Auch sie zeigt Spuren der feinen Behaarung auf den Augenraendern und dem Thorax. Sie ist ebenfalls den anderen Arten der Gattung sehr aehnlich, unterscheidet sich aber am ehesten durch die brauenliche statt weisslich milchige Faerbung der Fluegel.

Olfersia sordida BIGOT

Diese Art... muss demnach Pseudolfersia sordida Bigot heissen... Der Scheitel ist nicht so tief buchtig, wie bei Ps. spinifera Leach, nahezu glattrandig. Der Clypeus oris traegt nahe seinem oberen Rande das gewoehnliche runde tiefe Gruebchen, sein zwischen die Antennen tretender Teil ist sehr schmal, nur etwa halb so breit, wie das Scheiteldreieck. Dieses letztere reicht wie gewoehnlich in dieser Gattung nach vorne fast bis zur Stirnspalte. Ist der Sagittalebene gleichmaessig gewoelbt und nur in der Mitte des vordersten Abschnitts ganz leicht laengsfurchenartig eingedrueckt. Die Antennenfortsaetze sind dunkler schwarzbraun. Wichtig fuer die Unterscheidung der Art... ist es, dass die Maxillarpalpen nur mit der aeussersten Spitze gerade noch ueber den Ausschnitt am Vorderrande des Clypeus hervorragen. Sie sind gelbrot... die Fluegel sind sehr dunkel, graulich umbrabaun mit einem hellen, gelblichen Anallappen, das Analfeld selbst ist aber nicht gelb. Wichtig ist, dass die hintere Basalzelle..., welche durch eine schief stehende Querader geschlossen ist, recht genau halb so lang ist, als die vordere Basalzelle... Bemerkt sei endlich noch, dass das Scutellum recht stark abgestutzt und wohl viermal so breit als lang ist.

Olfersia fusca MACQUART

Laenge 4,5 mm., Mundrand-Scutellerrand 3mm. Gleichmaessig russbraun, etwas glaenzend, die Ruesselwurzel unten und das Untergesicht neben den Antennengruben gelblich braun. Fluegel rauchbraun. Stirn hinten ein wenig breiter als vorne, die Augenraender also nicht ganz parallel. Scheitel gleichmaessig gerundet, Scheiteldreieck breiter, aber nur etwa doppelt so breit als lang, in der Mitte des Vorderrandes mit einem seichten grubenfoermig tiefen Einschnitt. Die erhabenen und glatten Augenraender etwas hinter der Mitte mit einem tieferen Eindruck, vor dem eine gewoehnlich bei Olfersien hier zu findende Borste steht und von dem aus sich nach vorne eine Reihe Punkte hinzieht, die in ihrer Gesammtheit eine Art Furche bilden. Clypeus oris kurz, am Oberrande mit nur schwach angedeuteten Gruebchen, deutlich quer geteilt, das vordere Stueck in zwei kurzen divergierenden Zipfeln endigend. Maxillarpalpen verlaengert, so lang, als die Stirne vorne breit ist und etwas mehr als halb so lang wie der Kopf; leicht abwaerts gebogen, deutlich braungelb mit schwarzbrauner Unterkante. Thorax rundlich, mit nur wenig vorspringenden Schulterecken, feiner Laengs- und durchgehender, mitten nicht verstrichener Quernaht, Scutellum von gewoehnlichem Umriss, durchaus gleichmaessig russbraun gefaerbt; seine Mitte ist leider zerstoert... Beine ohne Besonderheite, Basis der Schenkel nicht heller, wie das uebrige Abdomen. Subcostalis muendet vor der kleinen Querader, Radialis naeher der Cubitalis als der Subcostalis, letzter Abschnitt der Costalis nur halb so lang als der vorletzte, nicht verdickt, hintere Basalzelle weniger als halb so lang als die vordere, am Knie der Discoidalis ploetzlich erweiter und hier weniger breit, als die Entfernung vom Fluegeloberrande betraegt. Discoidalis an ihrem Ursprung nur ein wenig knopffoermig erhaben. Abdomen ohne Besonderheiten, erstes Segment und Seiten dunkelbraun.

Pseudolfersia mexicana (MACQ.)

... Sie ist fahl umbrabraun, die Fluegel haselbraun mit etwas milchiger Truebung und ganz eigenartig gefaerbten, durchscheinenden Analfeld. Kopf mit gleichmaessig gerandetem, nicht buchtigen und hoeckrigen Scheitel, Stirn nach vorne eine Spur breiter werdend, sonst ohne Merkmale. Thorax mit etwas hellerem Scutellum, die Sculptur wie bei P. spinifera Leach. Die Schulterdornen stumpf, kaum so lang, als an der Basis breit, d. h. an der Linie, die ihren Winkel mit dem Vorderrand und den mit dem Seitenrand des Thorax mit einander verbindet. Beine und Abdomen ohne Besonderheiten.

Pseudolfersia bisulcata (MACQ.)

... Faerbung der Fluegel ganz ebenso wie bei der voringen, des Koerpers ebenfalls bis auf das Scutellum, welches nicht heller als die uebrige Flaeche des Thorax ist. Scheitel, sculptur etc. ganz wie bei P. mexicana MCQ., der Unterschied zwischen beiden ist nur in der Form der dornartig vortretenden Schulterecken zu suchen, welche hier, bei P. bisulcata MCQ. spitzer, d. h. deutlich laenger als an der Basis breit sind.

Olfersia rufiventris BIGOT

Laenge 5,5-7,5 mm., Mundrand, Scutellarand 3,5-3,75 mm. Faerbung wie O. fusca MCQ., nur sind die Seitenecken des Scutellum etwas gelblicher braun, als der Rest des Thorax und die roetliche Mittellinie deutlicher. Die Stirn ist durchaus parallelseitig, vorne aber nicht schmaler als hinten, das Stirndreieck auch hier mit einem den Vorderrand mit einkerbenden Gruebchen. – Die Schulterecken treten dadurch etwas spitzer dornartig heraus, dass sie vom Vorderrande des Thorax mit etwas tieferer Bucht abgesetzt sind. Die Sculptur des Scutellum, ... ist dieselbe, wie ich sie bei O. acarta beschrieben habe. Alles uebrige wie bei O. fusca.

Ornithoica confluenta (SAY)

Die Art wurde 1828 von Say aus Pennsylvanien als Ornithomya beschrieben; wo sie auf Ardea candidisima GMEL gefunden wurde, und seitdem ist ueber sie neues nicht bekannt geworden, ausser dass Coquillett sie 1889 endgiltig in die Gattung Ornithoica Rad. (bei Coquillet auch durch Druckfehler Anthoica) versetzte, nachdem schon Say selber und spaeter Osten-Sacken darauf hingewiesen, dass sie nach dem Fluegelgeader sich von den anderen Ornithomya-Arten entfernt.

Wenn nun auch bei den mir vorliegenden Exemplaren nichts ueber den Wirt auf dem sie gefunden wurden, gesagt ist, so moechte ich wenigstens als Rechtfertigung fuer die Bestimmung anfuehren, dass Ardea candidissima GMEL auch in Brasilien “ueberall haeufig” ist, dass also auch seine Parasiten sehr vohl gleichzeitig in Pennsylvanien und Brasilien vorkommen koennen.

Laenge 2-5 mm., der Fluegel 3 mm. Russbraun, mit helleren, umberbraunen Schulterschwielen, Brustseiten und Schenkeln, auch die Stirn und der Vorderrand des Thorax ist heller; Mittel- und Hinterbeine zeigen wie bei den verwandten Arten, je einen hellen Ring am Ende des ersten Drittels der Tibia und an deren Spitze, sowie helle Ringe am Grunde des zweiten und dritten Tarsengliedes. Der Kopf ist hell mit einem dunkleren Stirndreieck, sonst ohne Besonderheiten. Auch der Thorax, die Fluegel und das Abdomen bieten keine Abweichungen von den verwandten Arten, im besondern stimmt das Fluegelgeader genau mit dem von O. beccariina RND. wie ich [ca.] [-]000 abgebildet habe, ueberein, auch die weissen Stellen in den Adern sind dieselben. Abweichend ist jedoch die Gestalt der Vorderschenkel. Diese sind bei unserer Art nicht so verdickt, wie bei O. beccariina RND. und O. distenta m., sondern schlanker, wenn auch kraeftig. Ihre breiteste (d.h. dorsoventral dickste) Stelle liegt ungefaehr auf der Mitte ihrer Laenge und ist hoechstens ein Drittel so breit, als der Schenkel lang ist. Auch bei dieser Art sei darauf hingewiesen dass die Krallen einfach sind und keinen accessorischen Zahn tragen.”

SPEISER, Ann. Mus. Nat. Hung., V. II, pag. 394. 1904:

Stilbometopa podopostyla n. sp.

Ein Exemplar im Berliner Museum fuer Naturkunde, von ROHDE in der Provinz Mattogrosso gesammelt; ein zweites im Ungarischen Nationalmuseum, von Rio Grande do Sul; drei weitere vom gleichen Orte in der Sammlung des Wiener Museums, von STIEGLMAYR gesammelt.

Laenge 5 mm., Mundrand-Scutellum 4,5 mm. – Umbrabraun mit lederbraunen Zeichnungen. Kopf gelbbraun, Clypeus, Augenraender und Scheiteldreieck ein wenig dunkler. Stirn nach hinten ein Stueck ueber den hinteren Angerand ueberstehend und dieses Stueck hinten ausgebuchtet. Scheiteldreieck am Vorderrand in der Mitte mit einer ganz feinen Einkerbung. Innenkanten der breiten glaenzenden Augenraender nach vorne convergierend. Clypeus von gewoehnlicher spitzbogiger Form mit ziemlich tiefer Grube. Antennenfortsaetze breit und flach, ziemlich lang, laenger als die Maxillarpalpen. Diese gerade und schmal. Unterseite des Kopfes gleichmaesig ledergelb. Thorax plastisch ganz von der Form, wie ich ihn bei St. impressa BIG. ausfuehrlich beschrieben habe, nur, dass bei der neuen Art die Dornen vor dem Fluegelgelenk nicht so stark und lang sind, vielmehr kaum als Dornen zu bezeichnende Hoecker darstellen. Nach den eigenthuemlichen hammerfoermigen Fortsaetzen am Metathorax, die an die Fortsaetze am Pronotum der Schildschwanze Podops inuncta FABR. erinnern, habe ich meiner Art den Namen gegeben. Die Grundfarbe des Thorax ist ein bronzegruen schimmerndes Dunkelbraun. In der Mitte des Vorderrandes stehen ein Paar kaum bis zur Quernaht reichende schmale gelbbraune Striemen; gelbbraun sind auch die Schulterecken, an ihren Kanten besonders hell, und von ihrer Aussenkante nach hinten auf die Fluegelwurzeln zu zieht ein fast beinweisses Band. Zu beiden Seiten vor dem Scutellum liegen zwei schwer sichtbare, heller braune Flecken, und ebenso ist deutlich die Mittellinie des Scutellum, weniger deutlich sein Hinter- und Seitenrand heller braeunlich, die erwaehnten Fortsaetze sind weisslich gelb; die Unterseite des Thorax gleichmaessig bronzebraun. Vorderbeine ledergelb mit nur etwas dunkleren Tarsen; die beiden hinteren Beinpaare braungelb, die Tarsen und die Innen- wie Aussenkante der Tibien dunkelbraun. Fluegel brauenlich, durchsichtig. Subcostalis muendet ueber odeer etwas apicalwaerts von der kleinen Querader in den Vorderrand. Radialis naeher der Cubitalis, so dass der letzte Abschnitt der Costalis sich zum vorletzten wie 2:3 verhaelt. Die kleine Querader steht ein klein wenig schief, und zwar von vorne wurzelwaerts nach hinten saumwaerts, die hintere Basalzelle ist mehr als halb so lang als die vordere, die Analzelle weniger als halb so lang als die hintere Basalis. Abdomen ohne Besonderheiten, schwarz, mit ziemlich langen schwarzen Haaren besetzt, ein breites Basalsegment und vor der Analoeffnung jederseits ein warzenfoermiger Hoecker mit langen, schwarzwen Haaren.”

Explicação das figuras.

Estampa 27.

Escutelo e partes vizinhas, tirados de moscas espetadas.

Fig. 1. Stilbometopa podopostyla. Aumento 20 vezes.

Fig. 2. Pseudofersia spinifera. Aumento 20 vezes.

Fig. 3. Pseudofersia meleagridis. Aumento 40 vezes.

Fig. 4. Pseudofersia vulturis. Aumento 20 vezes.

Fig. 5. Pseudofersia ambigua. Aumento 40 vezes.

Fig. 6. Microlynchia pusilla. Aumento 30 vezes.

Fig. 7. Hippobosca capensis. Aumento 40 vezes.

Fig. 8. Hippobosca camelina. Aumento 20 vezes.

Fig. 9. Hippobosca equina. Aumento 20 vezes.

Fig. 10. Lynchia lividicolor. Aumento 40 vezes.

Estampa 28.

Asas, tiradas de preparados microscópicos, sobre fundo branco.

Aumento 9 ½ vezes.

Fig. 1. Stilbometopa podopostyla.

Fig. 2. Pseudofersia vulturis.

Fig. 3. Olfersia raptatorum.

Fig. 4. Olfersia palustris.

Fig. 5. Lynchia lividicolor.

Fig. 6. Microlynchia pusilla.

Fig. 7. Pseudornithomyia ambigua.

Fig. 8. Ornithoctona erythrocephala.

Fig. 9. Ornithoica confluenta.

Foto da arte final que deu origem a página impressa com a estampa 27, com anotações manuscritas de Adolpho Lutz. Optamos por reproduzir esta imagem uma vez que tem legibilidade muito superior ao original impresso nas Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. BR. MN. Fundo Adolpho Lutz, caixa iconográfia,

Bibliografia

                    Literatura werzeichniss.

AUSTEN    Notes on the pupira in the British Museum. Ann. Nat. Hist. V, Ser. XII, London, p.255-66, Aug. 1893.

BIGOT    Diptères nouveaux on peu connus. Ann. Soc. Ent. Fr. 27ième partie, Décembre 1885.

COQUILLETT    New genera and species of Nycteribiidae and Hippoboscidae. Canad. Ent. Vol. XXXI, pg. 333, 1899.

COQUILLETT    Notes and descriptions of Hippoboscidae and Streblidae. Ent. News, Philadelphia, p. 18, p.290-92.

DUFOUR LÉON    Sur les pupipares. Ann. des Sci. Nat., t.III, pg. 49 (I), 1845 – Mém. prés. à I'Acad. de l'Inst.(II).

LEACH.    On the genera and species of Eproboscideous insects. Edinburgh, 1907.

MACQUART    Hist. Nat. des Insectes diptères, Paris. 1835.

MACQUART    Diptères exotiques ou peu connus. Part 3, 1842; supplément 1, 1844; suppl. 2, 1846; suppl. 3, 1847; suppl. 4, 1849; suite du suppl. 4; suppl. 5, 1855.

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