Sobre Menos que nada
A filosofia ocidental tem se desenvolvido à sombra de Georg Wilhelm Friedrich Hegel, de cuja influência cada novo pensador tenta, em vão, escapar. Seu idealismo absoluto tornou-se, assim, uma espécie de bicho-papão, obscurecendo o fato de ele ser o filósofo dominante da histórica transição à modernidade – período com o qual nosso tempo ainda guarda espantosas semelhanças. Hoje, à medida que o capitalismo global se autodestrói, iniciamos uma nova transição.
Slavoj Žižek, um dos filósofos mais ambiciosos da atualidade, defende neste livro que é imperativo não apenas voltar a Hegel, mas repetir e exceder seus triunfos, superar suas limitações e ser ainda mais hegeliano que o mestre em si. Tal abordagem permite que o autor, sempre à luz da metapsicologia de Jacques Lacan, diagnostique nossa condição atual e trave um diálogo crítico com as principais vertentes do pensamento contemporâneo – Martin Heidegger, Alain Badiou, o realismo especulativo, a física quântica e as ciências cognitivas. Obra-prima de Žižek, Menos que nada retoma o legado hegeliano e apresenta um desenvolvimento sistemático de sua filosofia.
Slavoj Žižek finalmente escreveu a declaração definitiva de sua filosofia. Se alguém está realmente interessado em compreender seu pensamento como um todo, vendo como as diversas partes se encaixam, Menos que nada é a resposta possível. – Adam Kotsko
Žižek consegue tanto solapar os argumentos pós-modernistas em sua dependência de uma recusa a Hegel quanto endossar as objeções à totalidade que são chave nesses argumentos. – Steven Connor
Em Menos que nada, Žižek permanece resoluto em sua posição de que o “capitalismo não pode ser reformado”, de que não há nada passível de redenção ou de salvação no seu presente ou passado. – Matthew Cole
Tudo sobre este livro gira em torno de questões de tamanho – literal e metafórico, possível sublime, fantasmático e mundano. Menos que nada é a ferramenta sarcasticamente intitulada por Žižek para seu “megalivro sobre Hegel”. – Peter Osborne