13
A PRIMEIRA TRIBO
De volta à rua, Jake encontrava-se por baixo da proa do navio de guerra viquingue. Estava de frente para Marika e Pindor.
— E agora?
Jake pensara que ia precisar do dia todo para tirar Kady de baixo da cama. Mas não fora esse o caso. Como de costume, ela era o centro das atenções. Este facto irritava-o, ao mesmo tempo que o tranquilizava. Encontrava-se parado à beira da estrada, sem saber o que fazer, por onde começar a sua investigação.
— Podemos mostrar-te mais de Calypsos — sugeriu Marika.
— Acho que devíamos ir ao mercado — disse Pindor. Olhou para cima, para o sol, e colocou a palma da mão sobre o estômago. — Estou a morrer de fome.
— Acabaste de comer — repreendeu Marika.
— Isso foi há milénios.
Marika revirou os olhos.
— Primeiro, vamos mostrar o máximo da cidade.
Com Marika a guiá-los, voltaram para as ruas. Por todo o lado, havia entusiasmo no ar, uma eletricidade gerada pela azáfama das pessoas e pelo crepitar dos seus gritos e risos. Do lado de fora de um pagode chinês, crianças muito pequenas praticavam com címbalos e cornetas.
— O equinócio da primavera aproxima-se velozmente — explicou Marika. — É já daqui a dois dias. A cidade inteira celebra-o com um enorme banquete e uma festa.
— E é o dia da Olimpíada! — acrescentou Pindor com um entusiasmo pouco habitual. — A batalha final que irá decidir qual das tribos vai ganhar a Tocha Eterna este ano. Vê aqui!
Pindor estugou o passo. Algumas famílias estavam a fazer piqueniques num pequeno parque do lado de fora das muralhas da cidade. Pindor passou por elas rapidamente em direção a um miradouro, de onde tinham uma vista desafogada. Apontou para o lado norte da cidade.
Um enorme estádio de pedra, semelhante a um coliseu romano, estendia-se até à orla vulcânica do vale, um dos lados esculpido na encosta íngreme.
— Também é ali que fazemos espetáculos de teatro e música — acrescentou Marika. — Não há só músculos e brutamontes por aqui.
Uma movimentação à direita do coliseu chamou a atenção de Jake. Casas que desafiavam o penhasco tinham sido cavadas na escarpa da montanha adjacente ao estádio. Do nível mais alto das casas, um bando de pássaros gigantescos levantou voo e pairou sobre a cidade numa formação em V perfeita.
— O Povo do Vento — disse Marika, contemplando o voo ao lado de Jake. A sua voz estava repleta de admiração. — São os únicos que sabem como domar os enormes Raz alados. Criam-nos desde que eclodem, criam laços entre eles e os seus filhos mais pequenos. Diz-se que crescem mais próximos que irmãos e irmãs.
Enquanto o bando passava por cima deles, Jake imaginou o batedor que aterrara no telhado da torre, todo vestido de couro, com uma coroa de penas. É claro que a sua tribo nunca chamaria aos seus próprios membros índios ou mesmo nativos americanos. Esses nomes tinham-lhes sido dados por terceiros.
Jake olhou fixamente para cima quando os pássaros passaram, subindo cada vez mais alto devido ao ar quente de uma das fendas vulcânicas. Povo do Vento. O nome era, sem dúvida alguma, apropriado.
Os três seguiram com o olhar os pássaros, enquanto estes atravessavam o céu e passavam por cima do castelo. Quando, por fim, desapareceram, Marika disse:
— Está a ficar tarde. Devíamos voltar para casa.
Jake olhou de relance para trás, para os penhascos, mas uma sombra a deslizar pelos arbustos chamou-lhe a atenção. Uma forma escura atravessou lentamente o miradouro de pedra, agarrou um osso deixado para trás por umas das pessoas que ali tinham feito um piquenique e voltou a mergulhar em direção aos arbustos. De repente, estacou à beira destes e olhou para trás, diretamente para Jake.
Enormes olhos felinos brilharam com tons de ouro sob a luz oblíqua do Sol.
A Rhabdofelix! A mesma que Jake libertara. Então, ela conseguira escapar e encontrara um lugar para caçar e apanhar restos de comida.
— Ei, vejam só… — Jake virou-se para mostrar o animal a Marika, mas o felino já desaparecera.
— O quê? — perguntou Pindor.
Jake abanou a cabeça e fez-lhes sinal com a mão para continuarem.
— Não é nada…
Contornaram a muralha do castelo até ao portão principal. Pindor despediu-se, e Marika e Jake atravessaram o pátio e entraram no castelo.
Marika não dizia nada há muito tempo, estava embrenhada nos seus pensamentos, por isso Jake permaneceu calado enquanto subiam a torre. Quando chegaram ao patamar da sua casa, Marika abriu a porta com a chave e, por fim, falou:
— Como será que a caçadora Livia está?
Jake suspirou ruidosamente, silenciando Marika. Assim que entrou, Jake viu que a sala não se encontrava vazia. Um rapaz, talvez um ano mais novo que Jake, estava a colocar uma taça com fruta em cima da mesa. Jake olhou fixamente para o desconhecido. O outro também fitou Jake, mas depois retirou-se rapidamente por uma porta lateral estreita. Desapareceu de vista, fechando a porta atrás dele. Jake conseguiu ver umas escadas pequenas para lá da porta antes de esta se fechar, como se fosse uma escada de serviço secreta.
Marika fez uma careta ao ver o espanto de Jake.
— Aquele era o Bach’uuk. Ele ajuda a cuidar da casa.
Jake ainda conseguia ver o rosto do desconhecido. O rapaz tinha as maçãs do rosto salientes e uma testa proeminente, parcialmente escondida por baixo de um cabelo negro e fino. Os seus olhos azuis tinham-se cruzado com os de Jake, como se o reconhecesse, antes de se retirar à pressa.
No entanto, não havia dúvida de que Jake o reconhecera… ou, pelo menos, sabia a que tribo pertencia o rapaz. Jake tinha a certeza.
Bach’uuk era um neandertal.
— Eles chamam-se a si mesmos Ur — explicou Marika depois de conduzir Jake até à mesa.
Pediu a Jake que se sentasse e mostrou-lhe como descascar um dos frutos que estavam em cima da mesa. Parecia uma banana, mas tinha a forma de um saca-rolhas. Foi preciso algum cuidado para o descascar. Marika chamava-lhe um feijão-kwarma, mas não sabia a banana, nem a feijão, mas sim a um pêssego demasiado maduro.
Marika ainda tinha o sobrolho franzido em relação à reação de surpresa de Jake e interpretou-a de forma errada, dizendo:
— Não tenhas medo, os Ur têm uma aparência estranha, mas são inofensivos e pacíficos.
Jake anuiu com a cabeça, confuso. Então, não tinham sido apenas tribos de humanos — Homo sapiens — a ser arrastadas para este mundo. Tribos anteriores às humanas tinham sido levadas dos seus territórios e ficado encurraladas aqui também.
— São um povo simples — continuou Marika. — Mesmo ajudados pela alquimia que nos permite partilhar uma língua comum, os Ur raramente falam e, quando o fazem, é de forma muito lenta e básica. O papá acredita que os pensamentos deles são mais lentos, mas são um povo forte e obedecem a ordens simples.
Tentando disfarçar a sua reação, Jake descascou mais um feijão-kwarma. Não contradisse Marika, mas lembrou-se de que os arqueólogos, como os seus pais, agora consideravam os neandertais tão inteligentes como os humanos modernos.
Marika continuou, ponderando as suas próprias palavras.
— Contudo, um grupo de escribas sumérios foi às cavernas dos Ur no verão passado e voltaram com descrições de pinturas elaboradas feitas nas paredes.
— Feitas pelos Ur?
Marika anuiu com a cabeça.
— Um dia gostaria de ver essas cavernas. Os escribas relataram pinturas de animais nunca vistos antes. Mas também os Ur foram os primeiros a chegar a este vale e devem ter visto coisas magníficas.
Jake focou a sua atenção em algo que ela dissera.
— Eles foram os primeiros?
Marika esfregou o lábio inferior, pensativa.
— Diz-se que eles já cá estavam muito antes de qualquer uma das Tribos Perdidas. As histórias mais antigas de Calypsos contam que os Ur foram encontrados a viver na sombra do grandioso Templo de Kukulkan e que foram os primeiros a acolher desconhecidos nestas terras inóspitas, lançando as bases da futura cidade de Calypsos. Além disso, eles ajudam-nos, servem em Kalakryss e trabalham nas minas dos penhascos para encontrar os cristais que são usadas na nossa alquimia.
Jake não tirava os olhos da porta estreita, lembrando-se de como a mesa já estava posta na noite passada e de como a sua roupa aparecera limpa e arrumada. Será que os neandertais se tinham tornado meros criados aqui… ou, pior ainda, seriam eles escravos? Este último pensamento fez com que Jake reconsiderasse a imagem que tinha dos habitantes de Calypsos enquanto pessoas pacíficas e harmoniosas.
Marika suspirou.
— Mas, na maior parte do tempo, os Ur estão nas suas cavernas. São muito reservados e tímidos. As suas casas ficam do outro lado das muralhas, de frente para a selva sombria. Não tens nada a temer em relação a Bach’uuk. Ele e o pai dele servem a nossa família há muitos anos. Quando a minha mãe ficou doente… quando ela…
A voz de Marika, de repente, quebrou. Abanou a cabeça e focou-se intensamente no seu feijão-kwarma. Um arranhar na porta da frente fez com fosse salva de continuar a falar.
Uma chave rodou e a porta abriu-se. Ouviram-se vozes, embora as pessoas que estivessem a falar permanecessem do lado de fora da porta.
— Não há mais nada que possamos fazer, Oswin.
Era o pai de Marika e parecia estar exausto e extremamente preocupado.
— Mas nós sabemos que deve haver estilhaços de pedra-de-sangue dentro da ferida que ela tem no ombro ou já teria acordado. Se recolhêssemos algumas lascas e as estudássemos, poderíamos vir a compreender melhor a ameaça que temos em mãos.
— O risco é demasiado elevado. Para Livia e para Calypsos. As pedras-de-sangue corrompem tudo… e todos à sua volta.
— Mas não podemos viver eternamente sem saber, muito menos quando uma escuridão imensa ameaça abater-se sobre o nosso vale. Zahur age com demasiada cautela. Talvez até de forma deliberada.
Fez-se um longo silêncio, depois Balam falou com firmeza:
— Tu não acreditas mesmo nisso, pois não, Oswin?
Seguiu-se um suspiro ruidoso. Marika e Jake trocaram um olhar furtivo. Não deviam estar a ouvir a conversa, mas nenhum deles se mexeu.
— Acho que não. Mas não consigo deixar de pensar que em tempos Zahur foi aprendiz de Kalverum.
— Sim, mas todos nós, a dada altura, estudámos sob as suas ordens.
Jake olhou de relance para Marika.
— Então e as experiências de Zahur? — insistiu o monge inglês, baixando a voz. — Ele usa as caves de Kalverum. Ele trabalha com bestas enjauladas e segue um caminho bastante semelhante ao daquele monstro.
— Isso é porque ele estuda a arte da cura. Uma disciplina importante que requer aquele tipo de trabalho. Tu sabes o quanto foi perdido na área das artes da cura depois de Kalverum ter sido expulso.
— Sim, sim, sim, eu sei que tens razão — admitiu Oswin. — Acho que a privação de sono me está a pregar partidas. Só queria que o mestre Zahur agisse de forma mais rápida. Sinto que o tempo está contra nós. Aquelas palavras que o rapaz ouviu. Ele vem aí. Não podemos ficar aqui sentados eternamente à espera.
— Eu compreendo, Oswin. E honro os teus métodos de estudo. As tuas experiências arrojadas descobriram muitas alquimias práticas que melhoraram as nossas vidas. Mas, neste caso, concordo com Zahur. Ainda que implique a morte da caçadora Livia, devemos agir com cautela no que diz respeito às pedras-de-sangue, até mesmo a meros estilhaços.
— Espero que tenhas razão, meu velho amigo — concluiu Oswin. — Prevejo um futuro sombrio à nossa frente.
— E no meio da escuridão — disse Balam de forma solene — temos de confiar na luz.
Uma ligeira gargalhada cansada quebrou a tensão.
— Isso não foi justo. Citar o meu próprio pai.
— Ele era um homem sábio.
Outro suspiro.
— Mais sábio que o filho, aparentemente.
Seguiram-se despedidas murmuradas, depois a porta abriu-se ainda mais. Marika virou-se na sua cadeira e fingiu estar muito concentrada a escolher um feijão-kwarma da taça.
Balam entrou na sala. As suas sobrancelhas arquearam-se, surpreendido por os ver ali.
— Ah, já voltaram. — Balam olhou para a porta e novamente para a mesa. Passou os dedos pelo cabelo, mas tudo o que conseguiu foi deixá-lo ainda mais despenteado. — Então ouviram tudo.
— Desculpa, papá — disse Marika, e olhou para cima, para o rosto do pai. — Mas é verdade? A caçadora Livia vai mesmo morrer?
Balam acariciou com ternura a face da filha, depois dirigiu-se para a mesa. Jake viu a sua expressão entristecer quando passou atrás dela, sem saber se lhe devia dizer a verdade ou não. Por fim, virou-se e olhou diretamente nos olhos da filha.
— Sim — acabou por dizer. — É apenas uma questão de tempo. Não podemos fazer mais nada por ela.
O rosto de Marika empalideceu, mas anuiu com a cabeça e levantou-se. Abraçou o pai. Ele pôs os braços à volta dela também.
Jake sentiu uma pontada de dor no peito e, de repente, teve saudades da sua mãe e do seu pai, de tal maneira que mal conseguia respirar.
Pai e filha desfizeram o abraço. Marika manteve-se agarrada à manga do pai.
— Papá, não dormiste nada. Precisas de tomar um banho e de descansar.
Balam olhou de relance para a porta do seu escritório.
— Mas eu tenho mais trabalho…
— O trabalho vai continuar lá depois de fazeres uma sesta. — Marika deu-lhe um pequeno encontrão, como uma mãe a um filho indisciplinado. — Deixa-me preparar-te um banho. Acordo-te a horas do jantar.
Balam deixou que a filha o arrastasse em direção às escadas.
Enquanto os dois se afastavam, Jake permaneceu sentado à mesa… mas a sua atenção desviou-se para a porta do escritório. Lembrava-se das pilhas de papéis, pergaminhos e livros no seu interior. O que poderia aprender ali?
Antes que desse por isso, já estava de pé. Não tinha muito tempo. Apressando-se até à porta, tentou a fechadura. Estava destrancada e a porta abriu-se com um chiar que o fez estremecer. Convencendo-se de que não tinha feito muito barulho, esgueirou-se pela abertura e entrou na biblioteca.
O quarto tinha a forma de uma tarte, estendendo-se em direção a um par de janelas com vista sobre a cidade. Por baixo das janelas encontrava-se uma secretária. De ambos os lados, erguiam-se estantes até às vigas de madeira do teto, a abarrotar de tomos e pergaminhos. Uma secção estava repleta de quinquilharia estranha: o esqueleto de uma criatura qualquer presa por fio de cobre, uma fila direitinha de pedras polidas, uma coleção de blocos de madeira gravados com glifos maias. Entrar nesta biblioteca era como entrar num dos Expositores de Curiosidades que havia na sua casa de família no North Hampshire.
No entanto, Jake não tinha tempo para ver tudo aquilo.
Atravessou a sala até à secretária e procurou sem tocar em nada. Havia livros empilhados até à altura dos ombros de Jake, e ele tinha medo de os derrubar. A sua atenção foi captada por um livro aberto no meio da secretária. Tinha uma capa de madeira e as suas páginas eram grossas e ásperas.
O livro era um códex maia raro, um dos grandes livros de conhecimento antigo. Os invasores espanhóis, os conquistadores, tinham queimado a maior parte deles há muitos séculos. Existiam apenas alguns no mundo.
Jake inclinou-se sobre o códex aberto. A página mostrava o mapa do vale. Um círculo irregular demarcava o cone vulcânico e no seu centro fora desenhada uma representação rudimentar da pirâmide. Desde a ponta do templo, uma espiral estilizada ia aumentando e tocava em quatro pontos da orla do vale.
Norte, sul, este e oeste.
Jake aproximou-se mais do mapa.
O ponto oeste tinha um arco desenhado por cima. Apesar de ser um desenho rudimentar, Jake reconheceu o Portão Quebrado, ou melhor, o que seria o seu aspeto se não estivesse quebrado. A imagem no ponto leste parecia-lhe familiar. Era uma serpente de duas cabeças que formava a figura do oito.
Jake ficou tenso ao reconhecê-la, apesar de estar mal desenhada. Enfiou rapidamente a mão no bolso e retirou o diário de campo do pai. Folheou-o e abriu a página que lera no Museu Britânico.
É evidente que, pela ondulação intrincada da serpente numa figura de oito, a relíquia deve representar a crença maia na natureza eterna do cosmo.
Jake ouviu a voz do pai enquanto lia, ao mesmo tempo que conseguia imaginar o artefacto do museu, uma serpente dourada com olhos de rubi, um tesouro maia recuperado da escavação dos seus pais.
Jake engoliu em seco e olhou fixamente para o mapa. Aqui estava um desenho desse mesmo artefacto, demarcando a entrada leste do vale. Como seria isso possível? A mente de Jake andava à roda. Só conseguia arranjar uma única explicação: alguém devia ter visto aquela entrada e voltado ao seu próprio tempo para o contar.
Jake sentiu uma onda de esperança. Olhou fixamente para a pirâmide no centro do mapa rudimentar. Presumiu que a linha em espiral representasse o campo de força que protegia o vale.
Tinha de descobrir mais.
O som de algo a arranhar atrás dele fê-lo saltar. Estava tão concentrado no que descobrira que se esquecera por completo de que estava ali há demasiado tempo. Se Marika o apanhasse ali…
Jake virou-se e viu uma figura de pé junto à porta. Mas não era Marika. O rapaz neandertal, Bach’uuk, encontrava-se à entrada da biblioteca. O seu rosto não exibia qualquer reação de choque ou emoção ao ver Jake ali. Limitava-se a olhar para Jake. Em seguida, o rapaz virou-se e voltou para junto da mesa lá fora. Estava a trazer os pratos para o jantar.
Jake seguiu-o para fora do escritório e fechou a porta.
— Estava só a ver — murmurou ele.
Bach’uuk ignorou-o.
Alguns segundos depois, um grito ecoou vindo lá de cima.
— Papá, eu chamo-te quando o jantar estiver pronto. — Marika vinha a descer. — Ah, Bach’uuk, deixa-me ajudar-te com isso.
Marika levou os últimos pratos para a mesa.
O neandertal fez uma vénia e retirou-se pela porta de serviço. Quando Marika se virou de costas para ele, Bach’uuk olhou para Jake e levou um dedo aos lábios, indicando-lhe num gesto universal que ficasse calado. Em seguida, desapareceu, fechando a porta atrás dele.