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Fim dos relacionamentos

CASAMENTO E DIVÓRCIO

Pergunta:

Minha mulher e eu estamos casados há seis anos e juntos há oito. No momento, ela acha que “se desapaixonou por mim” e tem certeza de que não pode ser feliz no casamento comigo. Quero ver se podemos trazer de volta a felicidade que tínhamos no casamento, mas ela não quer, porque acha que há quatro anos vem tentando “fazer a coisa funcionar”, continuando casada e fingindo me amar “daquela maneira”, apesar de não ser verdade, na esperança de reacender em nós os sentimentos românticos.

Nessas circunstâncias, o casamento deve ser encerrado? Não quero continuar numa relação insatisfatória, mas também acredito que, se abrimos os corações e as linhas de comunicação um para o outro, poderemos começar a viagem de volta à estrada do amor. Eu sei que não posso decidir por ela, mas até quando se deve insistir naquilo que o coração e o espírito lhe dizem que é amor de verdade?

Resposta:

É uma situação muito difícil no relacionamento quando um dos cônjuges diz que está apaixonado e quer resolver as diferenças e o outro já não está mais amando e não quer continuar a tentar. Se com uma conversa de coração com a sua esposa você puder encontrar uma semente de amor sob o que hoje é sofrimento e desesperança, talvez tenha uma base sobre a qual reconstruir o relacionamento. Contudo, se sua esposa tiver certeza de que já não o ama e não quiser tentar recuperar o casamento, fica difícil ver um futuro para a parceria de vocês. Você não pode apagar seu sentimento de amor, nem deve tentar fazer isso, mas um casamento viável é uma via de mão dupla de amor e respeito, e se ela prefere não continuar a fazer parte desse relacionamento, você precisará descobrir uma nova forma de manifestar seus sentimentos.

AMOR DESPRENDIDO

Pergunta:

Eu me pergunto se existe uma maneira de amar alguém de forma totalmente desprendida — sem apego. Estou envolvida num relacionamento que me dá uma imensa alegria e percepção. Contudo, o sofrimento quando o relacionamento acabou (ou quando nosso padrão de comportamento mudou porque ele se tornou mais “amigo” que parceiro) foi quase tão grande ou até maior que a alegria que o relacionamento me trouxe (e ainda traz). A ideia de perdê-lo completamente (de que ele deixe de fazer parte de minha vida) é muito dolorosa, o que me mostra o quanto me apeguei a ele. Não tenho certeza se estou apegada a ele, ao próprio relacionamento ou a ambos; estou apenas questionando se você acha possível realmente amar alguém sem o apego que, em minha opinião, é o que causa mais sofrimento quando o relacionamento termina ou muda. Se isso é possível, como fazê-lo? Que parte de nossa atitude em relação ao parceiro e/ou ao relacionamento deve ser alterada?

Resposta:

Às vezes os indivíduos que seguem um caminho espiritual querem usar um estado de desapego como objetivo para superar a dor da perda emocional. No entanto, as coisas não acontecem assim. O processo de sofrer e curar o coração tem que acontecer nos próprios termos. O amor está sempre tentando unificar, portanto, para lidar com a perda, o coração precisa acabar por encontrar no relacionamento um nível mais profundo de unidade para curar a ruptura. O desapego não é uma atitude, é uma visão clara de quem e o que você realmente é ou não é. O processo de não continuar a se identificar equivocadamente com o não ser é chamado de desapego. Ele pode coexistir com o amor, mas não pode ser cultivado por meio de uma atitude mental de indiferença ou de autossuficiência. O desapego deve surgir do fato de alguém conhecer a verdade sobre si mesmo. Esse nível de realidade serve como base tanto para o amor quanto para o desapego, porque nossa essência é igual à essência de todas as outras pessoas, e é aí que somos todos um.

PERDÃO

Pergunta:

De um ponto de vista espiritual, qual é a dinâmica do verdadeiro perdão? Estou com muita raiva de alguém, mas me sinto mal por estar zangado. O objetivo do perdão é eu ser capaz de abrir mão ou é beneficiar a pessoa com quem estou zangado? E perdoar significa esquecer o que aconteceu e receber essa pessoa de volta em minha vida? Existem situações imperdoáveis?

Resposta:

O perdão é mais benéfico a você. Perdoar não significa esquecer o que aconteceu nem necessariamente receber de volta em sua vida aquela pessoa. Manifeste a raiva que você sente, mas não deixe que ela se torne um veneno e se transforme em amargura e ressentimentos, ou culpa por estar zangado. Perdoar a si mesmo exige que nos vejamos como nosso Ser maior, e não como o Ser pequeno e limitado que pode ser ferido ou transformado em vítima. O Ser maior é o valor que testemunha e que não pode ser afetado pelas palavras ou ações alheias, e essa consciência pura é quem você realmente é. A partir desse ponto de vista, tudo pode ser perdoado, porque nada no mundo relativo pode mudar ou ferir essa verdade.

A IDENTIFICAÇÃO NOS RELACIONAMENTOS

Pergunta:

Recentemente eu estava num relacionamento em que assumia toda a responsabilidade por qualquer problema entre nós. Eu partia do princípio de que todo relacionamento é um voo solo realizado com um companheiro com o objetivo de mútua exploração, crescimento e felicidade.

Assumir toda a responsabilidade e nunca mostrar à outra pessoa os problemas parecia uma boa ideia, na época. Eu esperava que minha parceira pegasse o mote e começasse a aceitar a responsabilidade pelas próprias ações e emoções, mas o que aconteceu foi que ela concordava com a ideia de que tudo era minha culpa. E depois disso ela concluiu que eu não estava preocupado com os sentimentos dela, e que eu era o único problema. Adotei a abordagem de que cada um é responsável por si mesmo para sair do comportamento costumeiro e de culpa/vítima ou “você me causa...”. Talvez eu tenha prestado um desserviço a ela e a nosso relacionamento por não ter feito uma concessão e jogado esse jogo, mas acho que esta seria uma concessão doentia. Até onde posso ver, o fracasso de nosso relacionamento foi um erro, mas é claro que as coisas não poderiam ter acontecido de outra maneira. Em nosso relacionamento também acontecia que quando um “se chegava” o outro “recuava”, e em minha opinião isso também não funciona. Apesar disso, sempre achei e continuo a achar que existe um significado mais profundo em nosso relacionamento, e esse é meu infortúnio.

Resposta:

É natural sentir decepção e tristeza com o fim do relacionamento. Encontrar o significado mais profundo do relacionamento, se é que ele existe, não é o mais importante para você agora. Neste momento, é bastante chegar a termo com a perda e conseguir encerrar esse capítulo. Sua carta mostra a indiscutível sinceridade com que você tentou fazer o relacionamento crescer. Também é muito pungente seu sentimento de perplexidade por seus esforços não terem sido suficientes. Não é fácil aprender a aceitar um resultado que contraria o desejo de nosso coração. Acredito que você ganha muito mais por não ter jogado o “jogo da culpa”. Ele não teria ajudado o relacionamento. Seja leniente consigo mesmo e dê-se algum tempo para curar a ferida.

Ser maduro num relacionamento e assumir a responsabilidade também depende de manter as questões em perspectiva. Você disse que assumia a responsabilidade integral por todos os problemas do relacionamento, e como sabemos que em qualquer relacionamento isso não pode ser verdade, você não estava sendo completamente honesto. Você só deveria assumir a responsabilidade por sua contribuição para o problema. Eu entendo que responder por tudo era uma espécie de gesto magnânimo que pretendia mostrar a ela que é seguro admitir o próprio papel numa dificuldade. Não há nada de errado nisso. Mas essa atitude também revela uma forte expectativa de que sua parceira agisse de acordo com seu projeto, o que o deixou numa situação ambígua quando ela não fez o que você esperava.

Outro aspecto de manter a perspectiva é conhecer e aceitar a pessoa com quem está lidando. Todo mundo cresce no momento e no ritmo mais confortável para si. O que para você pode parecer uma abertura genuína para resolver um problema e uma oportunidade de curar e aprofundar o relacionamento, pode parecer para ela um comportamento ameaçador, autocrático e manipulador. Num relacionamento, é importante nos colocarmos, mas, se o outro é incapaz de nos ouvir ou perceber o que dizemos, precisamos reconhecer e aceitar isso. Quer se trate de uma namorada, de um parente idoso ou do chefe, precisamos ser capazes de perceber com quem estamos falando e se nossa expectativa de ser compreendidos é mesmo realista. Se verificarmos que o outro está fazendo o melhor que pode, tendo em vista sua história de medos e sofrimentos, seremos capazes de ficar mais presentes e honestos em nossa comunicação, e sentiremos mais paz.

Perder um relacionamento quando estávamos decididos a fazer de tudo para ter sempre uma atitude amorosa e espiritual pode nos mostrar um nível de expectativa e controle oculto e mais profundo dentro de nós, nível esse que talvez não percebêssemos em outras situações. Eu lhe desejo tudo de bom.

ABRIR MÃO OU AFERRAR-SE AO AMOR

Pergunta:

Recentemente terminei um relacionamento com alguém a quem amo muito. Não tenho a menor dúvida de que meu amor por essa mulher é evidente para nós dois. Durante nosso relacionamento, descobri que ela tem dificuldade para expressar amor e afeto. Ela mesma admitiu essa incapacidade, nós discutimos a questão e foi decidido que eu estava ensinando a ela como amar. Acredito que meu verdadeiro Ser a aceitou como é, e também acredito que o Ser maior dela me amava bastante, embora ela não consiga parecer a pessoa afetuosa que quer ser.

Com o tempo, quando nosso relacionamento estava chegando ao fim, acho que perdi o contato com meu Ser maior. Eu estava aprendendo mais sobre o amor e sobre meus sentimentos e aos poucos fui deixando de ouvir meu ego e passei a ouvir o dela. Ela era uma amante muito exigente. Ela sabia o quanto eu a amava e cobrava de mim esse padrão o tempo todo, esperando que o tempo todo eu fosse um homem amoroso em todos os sentidos. Isso era uma grande pressão. Acabei por me surpreender com medo, temendo decepcioná-la e perdê-la. Perdi meu ego tentando servir ao ego dela. Percebi que antes contava com meu ego para me dar o que, agora sei, era uma coragem falsa para lidar com o fato de estar numa posição vulnerável.

Pouco tempo atrás, um problema entre nós me deixou muito assustado. Deixei o medo superar o amor, e meu ego voltou com força total. Ele me disse que eu não estava recebendo o que merecia, que meu amor por ela era maior do que o amor por mim mesmo. Eu me senti usado, abusado e negligenciado. Sentia que ela estava se aproveitando de minha bondade. Disse tudo isso a ela durante uma discussão e sei que lhe feri os sentimentos. E como sempre teve problema para demonstrar amor, antes e depois dessa discussão, ela já não podia mostrar para mim seu Ser maior, por quem eu me apaixonara. Ela não conseguia me mostrar que ainda me amava e era fiel a nossas expectativas mútuas. Ela foi embora, e nosso relacionamento acabou no dia seguinte a essa discussão.

Desde então, tenho feito um exame de consciência profundo e descobri muita coisa, graças à sua página da internet e a seus livros. Queria muito poder voltar atrás no que disse a ela, mas sei que não posso. Quando conversamos, ela parece muito confusa, triste e perdida. Ela me falou que não sabe se vai voltar para mim ou não, porque teme voltar a ser ferida. Ela sabe que eu experimentava ressentimento contra ela, e não entende por que o deixei crescer. Ela me disse que destruí o que tínhamos, e eu aceitei a responsabilidade por tudo isso. Não acredito que ela tenha me perdoado. Eu a perdoei, bem como a mim mesmo. Gostaria muito de restaurar nosso relacionamento, mas, pelo visto, ela não está pronta para isso.

Portanto, venho tentando afastar o desejo que tenho de amá-la como realmente amo. Como não controlo o que ela pode fazer, penso que esquecer é a única maneira de curar a dor que sinto em meu coração. No íntimo, acho que um dia ela vai voltar, mas sei que não devo esperar por isso, porque esse retorno só me impediria de crescer por meio da experiência de não tê-la de volta.

Portanto, meu problema é que estou tentando esquecer, mas ainda desejo me apegar e expressar meu amor por ela. Mencionei o problema que tenho com o medo e escrevi as lições que aprendi com tudo isso, de modo a fazer o máximo para não repetir os mesmos erros. Espiritualmente, sinto que continuo apegado, porque acredito sinceramente que nossa conexão de amor e a experiência de viver juntos eram espirituais. Além disso, durante meu processo de cura, questionei a validade de meu sentimento de insatisfação com o fato de que ela não conseguia mostrar amor e apreciação por mim na medida da minha expectativa. Ou talvez ela não seja necessária em minha vida neste momento. Já que ela foi capaz de admitir que tem esse problema, será que eu deveria, ou poderia, ter sido ser mais compreensivo e compassivo, como era antes de ter permitido que o medo abalasse meu amor por ela?

No meio dessa separação, ainda procuro por ela e lhe digo que a espero, mas isso não parece ser eficaz porque neste momento ela está muito deprimida, desempregada e sem ter onde morar, já que saiu de nossa casa. Você tem alguma recomendação sobre como ajudar alguém que tem uma grande dificuldade para demonstrar amor e consideração por outra pessoa?

Resposta:

Posso ver que essa situação é emocionalmente difícil para você neste momento. Estou preocupado com a possibilidade de que você esteja deixando a situação mais confusa do que o necessário porque tenta vê-la através de um filtro psicoespiritual. A questão básica é que você terminou o relacionamento com alguém que ama e não sabe se ela vai voltar. Isso deflagrou em você um período produtivo de reflexões, percepções e crescimento. Contudo, em vez de tentar descobrir se você deve ser mais desapegado ou se deve manter a esperança, sugiro que você simplesmente sustente esse espaço de amor dentro de si. Sempre acho que não é uma boa ideia tentar ser desapegado em questões de amor. No entanto, se você apenas puder ser esse amor simples e puro em seu coração, sem uma história específica de como, quando ou por meio de quem o amor precisa ser manifestado, então você crescerá emocional e espiritualmente em função do relacionamento, seja qual for a decisão dela.

Apesar de seu relacionamento com ela ser único graças a seus antecedentes e suas metas, a dificuldade que dois indivíduos têm para equilibrar as necessidades individuais e as necessidades do parceiro é universal. Quanto mais conflito e exclusão mútua houver entre essas duas necessidades, mais doloroso, assustador e confuso será o relacionamento. Quanto mais realização pessoal pudermos auferir da felicidade e da realização do parceiro, mais fácil e mais feliz será o relacionamento.

Sua namorada tem medo de tornar a ser magoada. A verdade é que até ter superado essa suscetibilidade ao sofrimento ela vai ser ferida novamente, seja por você, por outra pessoa ou por si mesma. É perfeitamente razoável passar por períodos dolorosos num relacionamento se isso nos fizer crescer e amadurecer. Uma união bela e sólida de duas almas não é uma coisa trivial e não acontece sozinha. É um grande desafio, e não é para os tímidos. Portanto, guarde em seu coração um espaço de amor por ela que a autorize a escolher o caminho mais adequado para si. Dessa forma, você também poderá continuar a crescer em amor e ao mesmo tempo deixar fluir qualquer expressão de amor que também seja significativa para você.

ESGOTAR FORÇAS

Pergunta:

Meu marido me traiu durante todo o nosso relacionamento, e está apaixonado por uma garota que amava antes de se relacionar comigo. Eu sempre soube disso e o obriguei a ficar comigo, mesmo ciente de que ele amava outra pessoa. Ele foi obrigado a se casar comigo, e isso foi um desastre, mas eu estava desesperada, porque não conseguia encontrar amor, e agora tenho muito medo de ficar sozinha, mas estou presa a um casamento morto que nunca existiu de fato. Como posso encontrar forças para me separar dele e encontrar alguém que me ame?

Resposta:

Para encontrar forças, você precisa mergulhar em seu interior e saber que você é a força do universo, que você é feita de amor divino e é invencível e imortal. Essa é sua verdade e sua essência. Quando conhecemos nossa verdade, podemos ficar ou ir embora. Não precisamos encontrar quem nos ame porque somos amor, e o amor nos encontrará.

DENUNCIAR A ESPOSA PARA O MARIDO

Pergunta:

Estou me separando de minha noiva, a quem amo muito. Nos últimos meses, precisei lutar contra muitas emoções internas que reprimi por muito tempo. Comecei a chorar novamente depois de muitos anos “me comportando como um homem”. Nós tivemos um relacionamento maravilhoso, cheio de alegria, que durou seis anos, mas sofreu de uma falta de comunicação crônica sobre questões complicadas. Nós dois tendemos a nos fechar e suprimir as discussões difíceis, em vez de confrontá-las francamente, criar um conflito saudável e lidar com ele, podendo seguir adiante. Assim, tudo se acumulou até deflagrar um alerta quando descobri muitos torpedos e e-mails de um homem que ela conheceu num congresso. Mesmo depois que a confrontei com essa informação, nos últimos meses eles continuaram a manter uma intensa comunicação em períodos intermitentes.

Comecei a ficar muito preocupado com o que poderia estar acontecendo na vida secreta dela. Essa preocupação era completamente inusitada para mim, já que, até ter descoberto o que descobri, sempre fui uma pessoa muito confiante, que espera o melhor dos outros, em vez de esperar o pior. Recentemente, minha noiva admitiu que terminou aquele relacionamento quatro vezes nos últimos quatro meses, mas a relação tornou a se esgueirar de volta de maneira furtiva. Enfim, nós decidimos que está na hora de dar um tempo e provavelmente planejar o fim de nosso relacionamento.

O homem com quem ela se envolveu vive em outra cidade e tem mulher e dois filhos. Fico admirado por minha noiva não ver que essa relação não é saudável para os dois, por mais forte que seja a atração deles um pelo outro. Eu lhe pergunto: você acha que é minha responsabilidade informar a mulher do outro sobre os atos do marido dela se eu nem a conheço? Sou parte do universo e ela também, e as informações nos vêm das fontes mais inesperadas o tempo todo. Eu não consigo deixar de sentir que, se fosse ela, gostaria de saber o que esse homem está fazendo. Ele diz que está se divorciando, mas acho que só deve dizer isso para minha noiva porque quer parecer disponível, e a esposa dele talvez não faça a menor ideia das aventuras do marido. Quando discuto essa questão com minha noiva, ela parece achar que esse não é meu papel, e me diz para não atrapalhar as vidas dos outros. Mas ela atrapalha inconscientemente a vida alheia, sem reconhecer o impacto direto do carma que está sendo criado. É provável que a mulher nunca venha a descobrir o relacionamento deles por outros meios, já que o marido dela e minha noiva só se encontram umas quatro vezes por ano, em congressos. O relacionamento consiste principalmente de notas e telefonemas.

Eu me perguntei durante a meditação se isso não é apenas a minha necessidade de me vingar desse homem, mas não acredito que se trate disso. Acho que é preocupação com outro ser humano.

Resposta:

Em casos como esse, sempre é arriscado tentar inferir o que é melhor para a outra pessoa. Para mim, faz mais sentido você cuidar de sua vida e ter certeza de que a outra parte afetada vai descobrir o que precisa saber no melhor momento e no melhor lugar para ela nesse processo. Você já tem muito o que fazer por si mesmo; não precisa assumir o trabalho dos outros. Pensando melhor, chego à conclusão de que você vai descobrir que seu desejo de ser o portador de más notícias para essa mulher pode ter um lado de compaixão, mas também pode ter um lado de vingança, no qual você espera influenciar o resultado. Eu o aconselharia seriamente a deixar as coisas como estão e cuidar de seus próprios assuntos.

RECUPERAR A CONFIANÇA

Pergunta:

Aprendi a não confiar em ninguém desde que passei por um divórcio doloroso há alguns anos. Acabei por parar de namorar porque, quando começava a ficar à vontade com alguém, entrava em pânico e começava a duvidar dos sentimentos da pessoa por mim. Sou uma mulher instruída e atraente, e sempre começo a achar que nenhum homem quer ficar comigo por mim mesma, e sim pelo que posso fazer por ele ou por causa da minha aparência. Quero tanto conseguir ser apenas eu mesma com alguém e não me preocupar em ser traída, mas não vejo como isso possa acontecer. Eu sei que nem todo homem vai me trair. Durante o divórcio, só dois ou três amigos permaneceram fiéis a mim, o que inclui minha família. Todos os outros tomaram partido do meu marido porque ele parecia ter mais prestígio. Agora me vejo apaixonada por alguém que tem uma vida muito caótica, e isso me deixa tão ansiosa que me dá vontade de fugir. Realmente amo essa pessoa, que diz me amar e compreende minhas ansiedades. Contudo, a menor coisa que não funcione nesse relacionamento me faz suspeitar, o que não é justo. No fundo, acho que só vou sofrer e que não devia arriscar novamente. É muito mais fácil confiar em Deus/no Universo, mas não sei como racionalizar essa falta de confiança em outro ser humano, mesmo naqueles que não são amigos íntimos, como os colegas de trabalho e associados, porque eles também são sagrados. Isso está me prejudicando, e não consegui progredir bastante na minha carreira por essa razão. Sou uma pessoa confiável, tanto que os outros sentem isso em mim e costumam me contar tudo sobre si mesmos. E isso também é um fardo.

Durante o divórcio, perdi minha casa, meu emprego e grande parte da minha identidade externa. Isso acabou se revelando uma bênção, porque fiquei muito mais ligada a Deus. Como posso usar essa forte conexão para fazer as escolhas certas de parceiro e de emoções? O medo é imenso. Muitas vezes, minhas emoções me controlam, e eu me sinto como uma criança, e não de uma forma positiva. Tentei fazer terapia convencional, mas não consegui encontrar um terapeuta com uma visão espiritual, portanto desisti.

Resposta:

Pode ser necessário algum tempo para recuperarmos a confiança nos relacionamentos depois de um rompimento traumático. Pode não parecer óbvio, mas no fim das contas, para recuperar a confiança nos outros, você precisará confiar em si mesma. Quando a ferida emocional causada pela rejeição e pela traição ainda está muito sensível e quando nos identificamos com esse sofrimento emocional, é muito fácil ficarmos paralisados e não arriscarmos um novo amor, porque parte de nós acredita que não podemos suportar outra separação dolorosa. Não temos suficiente confiança em nossa essência para correr o risco de amar porque não assumimos de fato nossa identidade não local. Você pode usar a profunda conexão com Deus que experimentou depois do divórcio como meio de afirmar sua verdade interior e de se fortalecer no conhecimento de seu Ser inviolável. Quando você conseguir perceber que seu verdadeiro Eu não pode ser ferido, traído ou rejeitado, descobrirá que pode correr o risco de amar novamente; saberá e acreditará que, haja o que houver, você sobreviverá.

O PERDÃO DOS OUTROS

Pergunta:

Se você não recebe nem percebe o menor perdão de alguém, como superar uma situação? Recentemente, causei sofrimento a alguém e perdi contato com essa pessoa. Estou muito triste e perdida por não poder considerar a situação encerrada na certeza de que um dia ele vai me perdoar. Por que estou esperando que essa pessoa diga “Eu te perdoo”? Sei que é algo que eu não deveria esperar, mas estou com muita dificuldade para superar sem isso. Essa situação causou muito sofrimento para nós dois por razões diferentes. Sei que não posso obrigar essa pessoa a nada, portanto só posso tentar seguir adiante pelo meu próprio bem-estar, mas como fazê-lo? Já fiquei mental e fisicamente doente por causa dessa situação.

Resposta:

Você não vai sentir que o caso está encerrado até ter se perdoado por sua ação. Lembre-se de que você não é o que fez; suas ações não a definem. Sua verdadeira essência não pode ser afetada por nenhuma ação no espaço e tempo. Você fez o que pensou ser correto no momento, com o conhecimento de que dispunha. E isso é o melhor que podemos fazer. Agora você só pode pedir desculpas e se dispor a agir melhor da próxima vez.

Você pode pensar que só precisa ouvir as palavras “Eu te perdoo” ditas por essa pessoa, mas outros que carregam um fardo de culpa lhe dirão que não podemos deixar realmente o passado para trás até termos perdoado a nós mesmos.

RAIVA

Pergunta:

Acredito que fui extremamente maltratada e sou incapaz de perdoar ou esquecer. Ao longo do dia, os pensamentos parecem vir de um ponto exterior, portanto, quando recebo esses pensamentos, é como se eles viessem do nada. Mesmo tentando não remoê-los, ainda acabo por me sentir deprimida e amarga, o que afeta o resto da minha existência. Já se passaram dois anos desde que essa pessoa esteve em minha vida, mas a raiva e o sofrimento ainda são muito reais.

Resposta:

Você está certa em pensar que essa raiva é venenosa. Se você está sendo afetada por pensamentos de raiva e ressentimento dois anos depois do fim de um relacionamento, então esses sentimentos decerto persistem porque você se sente injustiçada e com razão para ter raiva. Consequentemente, apega-se ao ressentimento até que o universo responda à altura do seu senso de justiça.

Pode ser útil perceber que a raiva, a amargura e a convicção de que foi maltratada vêm de uma pequena parte de você. É o seu ego que quer ser tratado com respeito e acha que tem o direito de se agarrar a essa raiva perniciosa, mesmo que ela só prejudique você. Seu verdadeiro Ser é ilimitado, infinito e eterno. Sua essência vê a manutenção da raiva como uma forma insensata de autoindulgência. Ela não pode ser ferida nem insultada pelo comportamento de ninguém, e não se importa se foi maltratada ou não. O Ser se conhece pelo que é, e não precisa de coisas externas para se sentir completo e satisfeito. Ele sabe que, para se sentir bem, não precisa que injustiças aparentes sejam corrigidas. Quanto mais você puder se alinhar com essa sabedoria interior e se distanciar de seu apego por sua criança ferida, mais cedo você ficará livre dessa raiva.

SEM APOIO

Pergunta:

Há seis meses fiquei muito sentida com a traição de um amigo que preferiu não me dar apoio ou ajuda num momento em que eu estava sendo acusada de algo que não fiz. Procurei esse meu amigo e lhe disse a verdade sobre a situação. Ele me conhece há 17 anos e, apesar de ter sabido a verdade por mim, preferiu ficar em cima do muro e me ver lutar para limpar meu nome. Eu consegui isso, inclusive com uma carta de pedido de desculpas do culpado para a vítima.

Agora sinto que não quero mais essa amizade. Para mim, ser amigo implica apoiar a amiga nas dificuldades, dando força e respaldo, confiando nela e sendo totalmente leal a ela. Por outro lado, ele me disse que não tinha tempo para se envolver e depois afirmou: “Não vou tomar partido nessa questão.” Ajudei esse amigo em muitas ocasiões em que ele precisou e pediu meu apoio. Só pedi a ajuda dele uma vez, e ele recusou. Na verdade, senti que ele não estava nem um pouco interessado em meu sofrimento, e que minha situação era uma espécie de espetáculo para ele. Ele deixou que alguns meses se passassem e depois me telefonou, sem fazer o menor comentário sobre minha situação e me convidando para ir a uma festa em sua homenagem.

Comuniquei a ele meus sentimentos e depois terminei a amizade. Não quero tornar a ser desprezada por esse amigo (embora essa tenha sido a pior situação, não foi a única). Acho que manter essa amizade é me colocar em posição de ser ferida novamente no futuro.

Meu problema é que os amigos comuns querem que eu releve a situação, supere o problema etc. Acho que agi muito bem ao deixar essas coisas para trás e me colocar em círculos mais positivos, onde posso encontrar a afirmação e o apoio de que necessito. Não penso que esteja meramente sendo inflexível. Só não vou entrar novamente na mesma arena onde poderei ser abatida outra vez. Estou sendo rancorosa ou apenas me afirmando e demonstrando amor por mim ao decidir terminar a amizade?

Resposta:

Parece que você interpreta a falta de apoio do seu amigo no momento de necessidade como uma afirmativa de que ele não acreditou em sua inocência mesmo depois de você explicar a situação. Acho que é por isso que você se sente “traída”. Não é autoafirmação ou amor por si encerrar uma amizade de 17 anos simplesmente porque você teve que passar por uma situação de pesadelo sem o apoio do seu amigo. Veja se você pode falar com ele sobre isso. Explique seus sentimentos e peça esclarecimentos. Ouça com atenção o lado dele dessa experiência. A partir daí você pode decidir se quer retomar a amizade ou não. De qualquer forma, vale a pena lembrar que se você condicionar suas amizades ao apoio dos amigos numa situação de teste, estará se reservando muitas decepções.

SUPERAÇÃO DIFÍCIL

Pergunta:

Estou tendo muita dificuldade para esquecer meu último namorado. Meu coração está pesado e cheio de dor. Muitas vezes me sinto excessivamente emotiva e choro a perda dele, embora já tenha se passado um tempo considerável desde nosso último encontro (mais de seis meses). Nós não passamos muito tempo fisicamente juntos, mas mantivemos comunicação constante ao longo de um ano. Sou uma pessoa muito sensível e fico emocionalmente envolvida com “meus amados”, mesmo que só tenha saído com eles algumas vezes. Fico presa ao que “poderia ter sido” e tento manter uma atitude positiva, mas acho cada vez mais difícil extrair uma lição positiva desse relacionamento, evitando amargar a perda. Permanecer disponível para conhecer outros homens e começar novos relacionamentos parece um grande desafio, já que tenho medo de me ferir e ser rejeitada. O que você me aconselha para superar a situação, permanecer acessível ao amor e me livrar dessa energia negativa?

Resposta:

O que sua carta mostra é que não houve um relacionamento pleno para você lamentar. Seu apego ao passado não se baseia em lembranças, mas em expectativas. Portanto, não se trata de curar o passado, mas de aprender a permanecer no presente. Não pense em extrair uma lição desse relacionamento. Concentre-se em aprender uma lição sobre viver no momento presente. Sempre que pensa no que poderia ter sido ou sente a perda, você está no passado. Quando você se preocupa com a rejeição, está no futuro. Se fixar sua atenção no presente, não terá sofrimento do passado nem medo de sofrer no futuro. É assim que ficamos acessíveis ao amor.

TER AMOR POR SI

Pergunta:

Recentemente terminei um relacionamento com quem eu achava que era o amor da minha vida. A melhor amiga e conselheira dela me disse que eu era o homem por quem ela esperou a vida toda. Mostrei mais amor por ela que qualquer outra pessoa. No entanto, ela tem muitos problemas emocionais porque sofreu abusos da parte do pai e também do segundo marido, que não mostrava amor por ela. Por sua vez, ela também não demonstrou que me amava. Ela ainda está tentando fazer o ex-marido amá-la. Ainda sinto muito amor por ela, mas sei que esse relacionamento não era bom para mim. Ele tinha que acabar. Preciso seguir adiante com a minha vida e me sentir melhor comigo mesmo. Na semana passada, um terapeuta me perguntou se eu tinha amor por mim. Minha resposta foi: não, eu não me amo. Preciso saber como mudar minha vida, seguir adiante e aprender a gostar de mim e ter amor por mim. Sei que é preciso tempo para me livrar da depressão e do sofrimento. Eu gostaria de tornar a sorrir e desfrutar a vida.

Resposta:

Você vai voltar a sorrir e rir, mas, com um fim de relacionamento recente, é difícil imaginar que tornaremos a ser felizes.

Aprender a ter amor próprio é um projeto multidimensional. A meditação é um bom ponto de partida, porque experimentar nosso verdadeiro Ser é a base para se amar. Conhecer o próprio Ser é amá-lo, porque o Ser é amor.

Num nível mais prático, para criar amor próprio é importante dedicar-se a atividades que fortaleçam o sentimento de bem-estar e de mérito do amor. Faça coisas em que você seja excelente e que lhe deem a sensação de merecer amor.

Outra parte essencial de aprender a se amar é procurar ficar totalmente presente e aceitar a experiência atual. Tente ficar mais consciente de suas emoções e da sensação física provocada por essas emoções. Sustente e observe seus sentimentos com uma percepção de que, sejam quais forem, eles são bons. É como se você estivesse se abraçando e se mantendo num abraço amoroso e apoiador. Isso nos ajuda a metabolizar as experiências presentes e curar os velhos traumas emocionais. Isso também elimina a dependência do apoio emocional e da segurança dos outros. Em vez de procurar soluções no exterior ou de culpar seus sentimentos, aprenda a ter o seu Ser como referência. Você reivindica a própria autoria, o próprio amor e a própria sabedoria como seu verdadeiro Ser.

CURA

Pergunta:

Há poucos anos, conheci uma garota maravilhosa e começamos um relacionamento incrível, mas esbarramos numa barreira. Depois disso, fiquei arrasado e comecei a ter medo, ansiedade, dúvida etc. O relacionamento não funcionou. Nos últimos anos tenho me encontrado num atoleiro, lutando contra a ansiedade e a falta de autoestima e de autoconfiança. Não sou nem metade da pessoa que costumava ser. Nenhuma das minhas experiências é o que era.

Agora sou uma ponte que preciso cruzar, que desejo mais que qualquer outra coisa atravessar. Eu entendo as escolhas que me levaram a fracassar no relacionamento e a ter as experiências posteriores. Cheguei a um ponto em que sinto que estou pronto para deixar o passado para trás e recuperar meu Ser. Recuperar a alegria da vida, o amor por mim, a autovalorização e a confiança. Agora, minha luta é sentir que reprimi muitos sentimentos. Sentimentos de tristeza, arrependimento, dor, raiva e amor. Sinto que a intensidade das minhas emoções e experiências me deixou com medo das minhas emoções. Acho que cruzar essa ponte para a liberdade será uma experiência muito emotiva, apesar de liberadora. Passei muito tempo num limbo e perdi muito tempo. Não quero desperdiçar nem mais um dia. Sei que tanta coisa espera por mim do outro lado e sinto que estou tão perto, mas quanto mais perto chego, maior é a ansiedade. É uma experiência assustadora. Ultimamente, de vez em quando saio com uma pessoa amiga para conversar. Nós nos sentamos no parque, e eu falo um pouco sobre minha experiência, e sinto as emoções que vêm com isso. Reconheço meu Ser novamente, e as lágrimas enchem meus olhos. Eu sinto tudo aquilo de que estou falando. Parece maravilhoso, e a ansiedade desaparece por um momento. Minha mente fica mais clara, e o medo se vai. Mas me contenho, e a ansiedade e o medo retornam. Isso aconteceu algumas vezes. Quero encerrar esse processo.

Resposta:

É compreensível que você queira encerrar o processo, mas, por sua própria natureza, a reação da cura não pode ser apressada ou forçada sem que isso interfira com a própria cura. O bom é que você está conscientemente aceitando seus sentimentos, sem reprimi-los. Você está fazendo exatamente o que deve fazer. Seu entusiasmo para avançar na vida é uma grande vantagem ao lidar com o débito emocional que está buscando quitar. Sua experiência de falar sobre os sentimentos com um amigo, de se sentir melhor e de chorar mostra que a cura está se fazendo de uma maneira saudável. Não se censure por ter perdido tempo no passado. O importante é que agora você está assumindo sua vida, e sua história do passado foi o que o trouxe até esse ponto, portanto ela é perfeita.

Não fique desapontado pela volta dos velhos sentimentos. Lembre-se e esteja certo de que você está mais consciente do processo, o que significa que está mais perto de se livrar da ansiedade e do medo.

AVANÇAR NA VIDA

Pergunta:

Estou saindo de um casamento de 25 anos. Meu marido era alcoólatra e maníaco-depressivo. Quero seguir em frente e me tornar independente do ponto de vista financeiro, mas ainda me sinto “atolada”. Como posso superar isso?

Resposta:

Sentir-se atolada geralmente significa que uma parte de você tem medo de avançar. Você pode temer ficar sozinha, não ter sucesso ou até mesmo ter sucesso e não gostar dele. Talvez seja bom conversar com alguém que possa ajudá-la a descobrir quais são esses bloqueios e a resolvê-los. Você já deu um grande passo quando deixou para trás um relacionamento obsoleto e assumiu a própria vida. Agora precisa aplicar a mesma coragem para curar os temores em sua vida interior.

SOBRE A SOLIDÃO

Pergunta:

Há quase dois anos passei por um fim de relacionamento difícil. Agora, meu ex-marido está noivo e feliz. Apesar de ter tentado sair e tomar todas as providências práticas para encontrar alguém especial, o companheiro da minha vida continua ao largo. Quando vejo minhas amigas ficando noivas e se casando, eu me sinto extremamente desanimada, triste, deprimida e solitária. Faço o possível para ter uma vida espiritual. Medito todo dia e tento seguir as leis espirituais que você definiu. Em vez de confiar que o universo vai me dar o que preciso, porém, fico muito incrédula e cada vez mais confusa e frustrada, sem saber por que não encontro a pessoa certa. Estou muito consciente de que a resposta à minha busca pode envolver aceitar que não chegou a hora e que preciso continuar a ter paciência. No entanto, estou num ponto em que esse conselho só vai me deixar mais frustrada, porque sinto que fui muito paciente e confiante durante muito tempo. Mesmo depois de passar por um fim de relacionamento muito doloroso e de ter buscado terapia, continuo a acreditar que tudo isso aconteceu por uma razão. Não quero perder a fé em Deus ou no universo.

Resposta:

Tentar ser confiante, paciente e levar uma vida espiritual não é o mesmo que simplesmente ser confiante, paciente e espiritual. Ninguém consegue enganar a própria natureza. Se no fundo você está frustrada, ressentida, impaciente e avessa à situação presente, essa é a mensagem que você vai irradiar para o universo. Consequentemente, a impaciência, a descrença e a depressão serão refletidas de volta à sua vida. Se o que você precisa agora é aprender a se sentir completa e contente consigo mesma, independente de um relacionamento com um homem, então todos os seus esforços para construir um novo relacionamento continuarão a frustrá-la e desencorajá-la. Vejo fortes indicações de que um novo relacionamento não é o melhor para você neste momento. Pode parecer um clichê dizer que você precisa aprender a ser feliz e completa dentro de si antes de encontrar a verdadeira felicidade e satisfação com outro, mas isso é verdade. Sempre existe uma sabedoria na situação em que você se encontra nesse momento. Quanto mais depressa você descobrir a perfeição desse momento e a direção que ele lhe indica, mais feliz e mais produtiva será sua vida. Por outro lado, se você continuar a resistir a essa sabedoria do presente e a impor seu projeto da necessidade de um relacionamento, provavelmente vai continuar a ter os mesmos resultados que tem tido até agora.