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Capítulo 50

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Meus braços estão em volta da cintura dela

Eu pressionei sua forma adorável,

Seu belo rosto reclinado

Sobre o meu peito viril.

Eu a beijei duas vezes nos lábios,

Eu gostaria de ter beijado três vezes.

Eu sussurrei, oh isso é tão gostoso,

Ela disse, é muito bom.

—Anônimo

––––––––

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Quando Eachann correu para seu quarto, Georgina estava pulandoem um pé, gritando, porque ela tinha uma lagosta pendurada no outro pé.

“Tire isso de mim!" Ela continuava a pular. "Tira isso de mim!"

"Aguenta firme! Eu não vou conseguir tirar se eu não conseguir pegar!"

"Não grite comigo! Isso é tudo culpa sua!" Ela se sentou na cama se balançando para frente e para trás. “Ai-ai-ai-ai! Tira isso. Por favor."

Eachann se ajoelhou na frente dela e tentou soltar a garra da lagosta. "Pequeno bastardo forte," ele murmurou.

Ela gritou novamente.

“Oops. Desculpe por isso, George. Escorregou.“

Ela chutou o pé algumas vezes, mas a lagosta continuou pendurada, balançando-se para frente e para trás.

Eachann agarrou-a pela cintura, chutando e gritando, e deixou-a cair na cama, em seguida, montou-a, sentadode frente para seu pé.

"Tire isso de mim!"

“Fique quieta, caramba!” Ele agarrou seu pé e soltou a lagosta. "Pronto! Consegui."

Ele levantoue saiu de cima dela. Eles se encararam na cama e ele segurou a lagosta. "Está vendo?"

Ela segurou os dedos dos pés em uma mão. "Isso foi muito cruel."

"Como diabos mais eu poderia tirá-lo?"

"Você não! Seus filhos!"

“Oh. Eles são difíceis de lidar.“

"Como você pode saber? Você nunca está por perto!“ Ela balançou a perna, depois agarrou o tornozelo e levantou o pé paraexaminá-lo. Havia pequenos cortes nos dedospor causa das garras da lagosta. Ela franziu a testa, depois murmurou: "Eles me odeiam."

"Não, eles não te odeiam."

"Sim, eles me odeiam. Seus filhos me odeiam!"

“Agora, George. Não chore." Ele deu um tapinha nas costas dela gentilmente.

"Eu não estou chorando." Ela se virou e chorou em seu peito.

"OK... OK. Você não está chorando." Ele deslizou os braços ao redor dela e a abraçou. Ele a segurou assim por muito tempo.

Ela deitou a cabeça contra ele. Seu dedo do pé doía, mas seu orgulho e seus sentimentos doíam mais.

Depois de um minuto ou mais, esfregando suas costas, ele ergueu o queixo dela para que ela tivesse que olhar para ele.

Sua voz era pouco mais que um sussurro. "Eu gosto de você, George."

Ela piscou, tentando acreditar que ele realmente dissera o que ela achava que ele tinha dito.

"Você gosta?" Ela sussurrou.

"Sim. E eu queria fazer isso hoje na ponte." Sua boca desceu sobre a dela. Não foi um beijo gentil, masum beijo apaixonado. Suas mãos deslizaram para sua cabeça e a seguraramenquanto sua língua se enfiava entre seus lábios. Ele encheu a boca dela, então deslizou uma mão pelas costas dela e a puxou contra ele.

Ela o beijou de volta, beijou-o com toda a paixão que estava escondendo por tanto tempo. Suas mãos acariciaram seu cabelo.

As mãos dele deslizaram para seus seios.

Ela parou de repente, assustada com o que estava acontecendo, porque estava acontecendo rápido demais. Ela interrompeu o beijo, sacudindo a cabeça. "Não."

Ele observou-a de perto por um momento e ela teve a sensação de que ele estava tentando avaliar se ela realmente queria que ele parasse.

"Por favor, agora não."

Ele assentiu, sua expressão um pouco frustrada.

"Eu preciso ir para a cama,"ela disse. Era tudo o que ela conseguia pensar no momento. "Eu preciso de cada momento de descanso para acompanhar seus filhos."

Ele caminhou até a porta e, pouco antes de sair, virou-se e disse: "Você é uma boa esportista, George".

Sim, ela era uma boa esportista. Pois duas manhãs mais tarde, ela acordou e descobriu que seus filhos tinham pintado o rosto dela de azul.

Capítulo 51

Se você, sem pensar, tomar o lugar de outro garoto, você nunca deve rir quando ele se sentar - a menos que você possa "permanecer sentado."

—Mark Twain

Georgina marchou pelo prado e desceu a trilha que levava aos estábulos de Eachann. O vento vinha do nordeste e estava forte e frio, do tipo que sopravamrajadas afiadas que espalmavamseu vestido às pernas e faziam voar seus longos fios de cabelo.

Ela empurrou o cabelo de seu rosto azul e continuou a andar. Ela abriu uma das portas do estábulo e ficou ali na entrada enquanto o vento passava por ela e girava a palha ao redor.

Fergus e Will estavam ocupados limpando as baias.

Ela bateu a porta edepois se virou e ficou ali parada, com as mãos penduradas ao longo do corpo.

Os dois homens se viraram ao mesmo tempo.

Os olhos de Will ficaram enormes e ele engoliu em seco.

Mas Fergus ficou ali parado como se tivesse crescido raízes em seus pés. Ele olhou para ela, em seguida, murmurou: "Aqueles malditos pequenos demônios."

A boca de Will estremeceu e começou a se inclinar para o que parecia ser um sorriso.

Georgina levantou o dedo e apontou para eles. "Um riso de vocês, e os dois estão mortos." Ela olhou em volta. "Onde está Eachann?"

"No campo com os cavalos."

Ela se virou e abriu a porta, depois saiu correndo pelo campo gramado.

Alguns potros galopavam em um amplo círculo ao redor da cerca e alguns outros estavam amontoados como faziam os cavalos sempre que o tempo sofria uma mudança repentina. Ela podia ver a cabeça loira de Eachann do outro lado do rebanho.

Ela o chamou, mas o som foi engolido por uma rajada de vento. Ela procurou um portão, não viu nenhum, então se arrastou pela cerca e se dirigiu até ele.

Um cavalo próximo olhou para ela, jogou a cabeça para o alto e revirou os olhos. Um segundo depois, disparou como se tivesse acabado de ver o próprio diabo.

Ela o amaldiçoou em voz baixa e pisou no campo, seus pés afundando em pontos úmidos e moles que estavam escondidos pela grama espessa. Ela tropeçou duas vezes e teve que tentar se equilibrar diversas vezes.

Um dos potros deve ter pensado que ela era uma companheira de brincadeiras, porque passou por ela algumas vezes, com a cauda e a cabeça erguidas, empurrando-a para trás com o focinho e brincando com a mão dela.

Na melhor das hipóteses, ela quase sempre estava com pouca paciência. Agora ela não tinha nenhuma. Ela afugentou o potro.

Quando ela estava no meio do campo, perto do rebanho, um garanhão achatou as orelhas e mordeu outro cavalo ainda maior e mais robusto. O cinza mantinha-se intimidando o outro, beliscando seus flancos.

Ela podia ter um sono pesado. Ela podia estar com o rosto azul por causa disso, mas ela não era estúpida. Ela podia ver que aqueles dois cavalos iam começar a brigar.

Antes que ela soubesse o que aconteceu, Eachann a jogou sobre um ombro como um saco de aveia e quase a jogou através da cerca.

"Fique aí!" Ele ordenou, cruzando o campo em direção aos cavalos. Ele se aproximou do cinza e o fez recuar, depois ele abaixou a cabeça.

Eachann não pareceu nem um pouco intimidado. Ele apenas continuou andando direto em direção a eles. O vento trazia de volta suas palavras suaves, murmúrios e sussurros, conversa fácil que parecia acalmar até o ar que soprava.

Repentinamente o cavalo cinza se aquietou. No momento em que Eachann ficou ao lado dele, o animal começou a cutucar seu focinho em seu peito, agindo como um cão velho e fiel. O outro garanhão estava por perto, completamente contente em apenas comer grama e balançar sua longa cauda.

Eachann acariciou o cavalo e depois se aproximou dela. Ele parou na cerca e a observou com um olhar de alguém que sabe exatamente o que vai ouvir.

"Eu não aguento mais!"

"Calma, George."

"Não diz para eu me acalmar! Olhe isso!" Ela apontou para o rosto.

"Por que eles pintaram seu rosto de azul?"

“Para me fazer parecer um Pict! O que em nome de Deus é um Pict?"

“As antigas tribos da Escócia. Eles pintavam seus rostos de azul quando iam para a batalha." Ele apertou os olhos e procurou seu rosto. "O que eles usaram?"

"Eu não sei. Mas não estou conseguindo limpar!"

Ele desviou o olhar e ficou ali, esfregando a nuca com uma das mãos. Ele olhou para ela. Seus olhos estavam começando a enrugar nas extremidades e ele parecia que estava tentando segurar uma gargalhada.

"Não faça isso!" Ela colocou o dedo no peito dele. “Vou falar para você o que falei para Fergus e Will. Nem um sorriso."

Ele levantou as mãos em uma falsa rendição.

"Isso não é engraçado, Eachann."

Ele conseguiu se recompor e olhou para ela com uma expressão séria. "Entre. Vamos ver se podemos encontrar algo para limpar o seu rosto."

Ela entrou no estábulo, e seguiu-o até uma sala com rédeas, cabrestos, selas, cordas, e outros apetrechos espalhados por toda parte.

"Veja onde você pisa." Ele puxou uma tigela de uma prateleira, em seguida, apontou para um banco com duas selas sobre ele. "Sente-se aqui." Ele saiu por alguns minutos enquanto ela se sentava em uma sela com o queixo azul descansando em uma mão.

Ele voltou e se agachou na frente dela. "Feche seus olhos, George."

Ele começou a limpar o rosto dela. Depois de um tempo, ele disse: "Não é tão ruim quanto você pensa."

"Isso é porque não é seu rosto que está azul."

Ele se levantou e colocou a tigela no chão.

"E então," ela perguntou esperançosa. "Está melhor?"

Ele estava estudando-a silenciosamente.

“Eachann... Como está?"

Ele não respondeu imediatamente. Finalmente ele disse: "Combina com seus olhos."

Ela levantou-se, pegou uma sela no banco e atirou-a nele, depois saiu do estábulo ao som de sua risada.