Quem percorre revistas e jornais brasileiros da década de 1910 até 1945 encontra-se com muitos poemas de Mário de Andrade (1893-1945). Aqueles que pesquisam em seu arquivo, leem sua correspondência ou examinam livros que pertencem a sua biblioteca, muitas vezes descobrem poemas inéditos ou primeiras versões de textos publicados. O intuito de recompor caminhos do poeta em seus esparsos, de apresentar a vertente da tradução e incluir análises inéditas do escritor sobre sua criação poética, orienta a organização deste 2º volume anotado de Poesias completas. O poema composto pelo menino e transcrito pelo adulto, versos rabiscados na margem de leituras ou remanescentes de uma fase de tonalidade parnasiana, outros vinculados a circunstâncias, ao “claro riso dos modernos”, a músicas da lavra do próprio poeta, ou excluídos dos livros publicados, aqueles que provêm do período da angústia extremada ou que convalidam o compromisso político, tudo enfim, que uma pesquisa de fôlego desencavou, mostra-se neste segundo volume de Poesias completas, ao lado de reproduções fac-similadas de documentos esclarecedores.