NÃO LEIA ESTE LIVRO
Antes de tudo, quero pedir a você que não leia este livro. Não deite simplesmente seus olhos sobre ele, mas sim converse com estas palavras. Quero que você tenha aqui um apoio, um amigo, um parceiro. Alguém que o escute e diga tudo aquilo que você precisa ouvir – ler –, sem a menor pretensão.
Se puder, pegue lápis, caneta, marcador ou algo que o ajude a deixar suas impressões sobre o papel... Qualquer coisa que permita a você interagir comigo, com as palavras, com as frases, com as nossas vidas descritas em forma de texto. Não tenha pena. Risque as páginas se sentir vontade. Vá além de apenas entender o que eu quero dizer. Mostre-me, com suas próprias palavras, que eu estava certo ou perdidamente errado quando escrevi estes parágrafos.
Demonstre amor, paixão, compaixão ou até repulsa, se for o caso, mas não deixe estas páginas saírem da sua vida assim como elas entraram. Cruas. Sem pedaços de você. Sem que sejam marcadas por partes suas. Acredito no poder da leitura como um estímulo para a vida. Como força motriz. Como algo que nos leva, eleva, além de apenas estarmos em qualquer lugar lendo um livro.
Eis que este punhado de papel é a realização de um sonho. Ou vai além disso... Aqui remonto, reconto a minha própria história como pessoa. Como ser humano. Como ser errante, mas um verdadeiro aspirante a ter um bom coração.
Depois desta pequena confissão, depois deste convite para escrever comigo, quero lhe entregar tudo o que tenho de mais precioso no mundo: minhas palavras.
Leia com carinho. Foi de coração para coração. O seu. Antes que eu me esqueça, alguém precisa ser sincero com você. E eu... Ah, eu provavelmente serei.