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LIVRO DA VIDA

SANTA TERESA nasceu em Ávila em 1515. De boa família, ela entrou para o convento carmelita da Encarnação, em Ávila, quando tinha 21 anos. Após ter sido separada de sua família, se tornou freira.

Na meia-idade, resolveu fundar um convento sob regra carmelita. Depois de muitas dificuldades, o convento de São José de Ávila foi aberto em 1562, a primeira casa das carmelitas reformadas ou “descalças”. Durante os vinte anos seguintes ela viajou por toda a Espanha fundando dezessete conventos no total, frequentemente em condições muito duras.

Santa Teresa combinou a vida religiosa contemplativa com uma vida de grande atividade e registrou ambos os aspectos em livro. O mais importante de seus escritos é o Livro da Vida, sua autobiografia até os 52 anos, escrito a pedido de seus confessores; Caminho da perfeição, para educar suas próprias monjas; o Livro das fundações, relato elevado do estabelecimento de seus conventos, e O castelo interior. Ela morreu em Alba de Tormes em 1582.

MARCELO MUSA CAVALLARI nasceu em São Paulo em 1960. É formado em Letras (latim e grego) pela Universidade de São Paulo. Autodidata, aprendeu espanhol, francês e italiano por conta própria. Trabalha como jornalista desde o final da década de 1980. Foi redator e subeditor na Folha de S.Paulo e editor de Internacional na revista Época. Sua primeira tradução foi publicada na Folha em 1984: um documento da Congregação para a Doutrina da Fé sobre a Teologia da Libertação. O texto, traduzido do italiano, era assinado pelo então prefeito da congregação, o cardeal Joseph Ratzinger, que viria a se tornar o papa Bento XVI.

Católico praticante, travou contato desde cedo com autores espanhóis do século XVI, como Santa Teresa, São João da Cruz e frei Luís de León. A leitura das obras desses religiosos permitiu que se familiarizasse com o espanhol da Contrarreforma.

J. M. COHEN traduziu nove livros para a Penguin Classics; obras de Cervantes, Díaz, Galdós, Montaigne, Pascal, Rabelais e Rousseau. Também editou as antologias Latin American Writing Today (Literatura Latino-Americana Atual), Writers in New Cuba (Escritores da Nova Cuba), o Penguin Book of Spanish Verse (Livro Penguin de Poesia Espanhola) e o livro Penguin de Comic and Curious Verse (Poesia Cômica e Curiosa). Compilou o Penguin Dictionary of Quotations (Dicionário Penguin de Citações), o Penguin Book of Modern Quotations (Dicionário Penguin de Citações Modernas) e publicou A History of Western Literature (Penguin, 1956) (História da Literatura Ocidental). J. M. Cohen morreu em 1989. O obituário do Times descreveu-o como “um dos últimos grandes homens de letras ingleses”, e o Independent escreveu que “sua influência será sentida por gerações”.

FREI BETTO (Carlos Alberto Libânio Christo) nasceu em 1944, em Belo Horizonte (MG). Filho de pai e mãe escritores, estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia. É frade dominicano e escritor, autor de mais de cinquenta livros, publicados no Brasil e no exterior.

Militante de esquerda desde a juventude e adepto da Teologia da Libertação, foi perseguido pelo regime militar e preso duas vezes: a primeira por quinze dias, em 1964, e a segunda por quatro anos, entre 1969 e 1973. A memória da experiência na cadeia durante os tempos mais duros da ditadura, a participação na resistência contra o regime e a luta contra a tortura inspiraram um de seus livros mais importantes, Batismo de fogo (1982, Prêmio Jabuti), que ganhou adaptação cinematográfica em 2006, com direção de Helvécio Ratton.

Recebeu inúmeros prêmios, nacionais e internacionais, por sua atuação como ativista social e por suas obras literárias: Juca Pato de Intelectual do Ano pela União Brasileira de Escritores (1986), APCA de Melhor Obra Infantojuvenil por A noite em que Jesus nasceu (1998), a medalha Chico Mendes de Resistência (1998), concedida pelo grupo Tortura Nunca Mais por sua luta em prol dos direitos humanos, o troféu Paulo Freire de Compromisso Social (2000), prêmio da Unesco como uma das 13 Personalidades da Cidadania (2005), e o Jabuti de Crônicas e Contos por Típicos tipos — perfis literários (2005).