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Com a cabeça enfiada no brejo cheio de ervas oscilantes, muitas coisas rastejaram diante dos olhos de Ijeong. Eram todas trechos da paisagem de Jemulpo, que ele acreditava ter havia tempos esquecido. Nada havia desaparecido: o eunuco flautista, o padre fugitivo, o xamã com dentes para dentro e possuído por um espírito, a garota que cheirava a sangue de corça, os pobres membros da família real, os soldados dispensados famintos, até mesmo o barbeiro revolucionário... Todos eles aguardavam por Ijeong com rostos sorridentes na frente do edifício de estilo japonês no alto do monte em Jemulpo.
Como era possível que essas coisas fossem tão vívidas de olhos fechados? Ijeong estava pasmado. Abriu os olhos e tudo sumiu. Uma bota empurrou sua nuca, enfiando sua cabeça mais para o fundo do brejo. Água imunda e plâncton inundaram seus pulmões.