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Às dez horas da noite do dia 21 de maio de 1911, Díaz finalmente levantou os braços para o alto e se rendeu. O resumo do acordo de paz assinado entre os revolucionários e o exército federal era este: até o fim de maio, Díaz abdicaria do cargo que ocupava. O governo concederia uma compensação pelos danos causados pela revolução. E novas eleições presidenciais seriam realizadas. Em 24 de maio, uma multidão animada rodeou o palácio presidencial. As metralhadoras no telhado cuspiram fogo. Às duas e meia da manhã do dia 26 de maio, o velho, doente e cansado ditador abandonou o palácio onde havia residido por décadas e embarcou em um trem especial com destino a Veracruz. Lá, ele embarcou no navio alemão Ipiranga e conversou com seu servidor dedicado, o general Victoriano Huerta, que viera para se despedir, dizendo as famosas palavras que percorreriam os lábios de todos durante a Revolução Mexicana:

— Madero soltou um tigre. Vejamos como ele lidará com esse tigre. Depois de tanto sofrimento, no final ele perceberá que o único jeito de governar esse país é o meu.