Estamos em um período em que há pessoas que vivem para o Estado e não o Estado para as pessoas. Num período em que a opinião contrária está sofrendo reações sem precedentes. Nunca antes na história deste país a expressão “patrulha ideológica” foi tão precisa e sombria. Nem mesmo nos anos 1960/1970, quando a inventaram.

Para deixar mais claro o que estou dizendo, vou contar um episódio que me aconteceu para, logo em seguida, entrarmos no assunto propriamente dito. Vocês devem ter ouvido falar na lei Rouanet, não é? Vocês devem também saber que o intuito dessa lei é fomentar a cultura, ajudar artistas em começo de carreira, artistas que transitam em segmentos menos populares, empreendimentos de arrojo artístico, sem muito compromisso com o mercado, podendo ser das áreas de cinema, teatro, dança, música etc.

Pois bem, até aí eu acho lindo e a aplaudo de pé, mesmo preferindo que o Estado não se manifestasse na iniciativa privada, todavia, como não poderia deixar de ser, esse belo empreendimento de auxílio à cultura tornou-se um balcão de negócios dos mais despropositados e picaretas.

Como o nosso showbiz tem graves defeitos de infraestrutura, como a meia-entrada (50% deduzidos do seu valor são uma bomba atômica na sua agenda de trabalho e no seu orçamento) que o governo nos tributa e, por incrível que pareça, não dá a menor bola para os catastróficos resultados. Não estou aqui querendo destituir ninguém da meia-entrada, seja ela de estudante, seja ela falsificada, muito embora o número de carteiras falsificadas seja alarmante. Estou, sim, exigindo uma reparação automática do governo, que nos tira esse percentual monstruoso e não faz nada. Vocês já imaginaram, ao término do mês, chegar uma grana 50% menor do que se esperava receber? Simplesmente metade do seu salário? Vocês já imaginaram um advogado fazer o seu serviço e, de repente, uma criatura apresentar uma carteira que lhe concedesse 50% de desconto? Sem haver nenhum modo de reparo.

Os planos de saúde funcionam mais ou menos assim, né? Sempre com o devido ressarcimento. Mas com artista, não. Não imagino o que passa pela cabeça dos governantes para adotarem essa medida absurda com essa sem-cerimônia toda. Fora os problemas de logística nos aeroportos, estradas em péssimas condições, um Ecad que só nos complica e se nega a ser transparente em sua arrecadação, com o beneplácito do governo, e uma Ordem dos Músicos que só nos obriga a pagar sua taxa anual para nos retribuir com uma inutilidade absoluta.

 

Com tudo isso para resolver, o nosso governo segue com a lei Rouanet e eis que surge a terrível realidade: os artistas mais consagrados são os que mais se beneficiam! São milhões e milhões jogados nas mãos de algumas dezenas de outras centenas que formaram uma panelinha e a todo momento aparecem com projetos mirabolantes no Ministério da Cultura. (Para quem quiser saber como funciona a lei, a quem ela está beneficiando, os pretextos mirabolantes para formular eventos surreais, as quantias astronômicas concedidas a empreendimentos suspeitos, quando não de total desimportância, deem uma clicada no site do Ministério da Cultura e façam uma varredura vocês mesmos. Depois me contem.)

É um tal de comemorar aniversário de carreira, de lançar DVD celebrando seja lá o quê, de produções cinematográficas das mais variadas, peças de teatro, e por aí vai.

E a lei se torna um elemento perverso, pois o ministério (que não tem responsabilidade alguma nesse sentido, pois está simplesmente cumprindo a determinação da lei) apenas aprova a isenção da verba do imposto de renda através de empresas que, uma vez optando por patrocinar o determinado empreendimento, evento ou artista, conseguem isenção fiscal. Ou seja, a verba do imposto da empresa, que o artista captou, já vai descontada direto para o autor da petição. E tem gente negando de pés juntos que isso não é dinheiro público!

O fato é que o artista de mais nome, o empreendimento de maior apelo mercadológico são mais beneficiados, pois as empresas podem ter uma isenção maior com o evento de maior visibilidade e acabam optando pelos peixes grandes.

Ou seja, ao invés de o governo usar esses impostos que as empresas deixam de pagar, e que poderiam viabilizar o showbiz em geral, ressarcindo as meias-entradas e melhorando toda a infraestrutura, fica viabilizando isenções fiscais de empreendimentos de poucos (não tão poucos assim), contudo, os mesmos de sempre.

É só conferir.

Aconteceu comigo uma história jocosa. Como a minha empresa, a Universo Paralelo, se expandiu e ganhou novos funcionários, minha mulher, que também é minha sócia na empresa, formulou uma série de eventos com artistas em início de carreira e exposições de arte de fotografia, encaminhou um pedido de patrocínio através da lei Rouanet. E achou muito natural incluir meu nome nessa lista sem ter me notificado, pois, segundo ela, sou considerado um artista alternativo, que não toca nas rádios mainstream, e tínhamos acabado de produzir um projeto de DVD/CD de forma independente, arcando com todos os seus custos.

Depois de um determinado período de tempo, chega às minhas mãos a aprovação do projeto para uma turnê de quase dois milhões de reais!

Eu fiquei bastante constrangido, envergonhado com a aprovação, pois nunca passou pela minha cabeça captar patrocínio pela lei Rouanet! Sabia que era crescidinho o suficiente para me excluir do rol dos beneficiários e de imediato comecei a redigir uma carta ao Ministério da Cultura agradecendo de coração a aprovação do meu nome, mas de forma alguma poderia aceitar captar aquele montante através daquele dispositivo. Eu ainda me considero um hit maker, que produz música popular e deveria estar tocando nas rádios, e, se não toco, problema meu, não vou ficar pedindo ajuda ao governo pra resolver meus problemas particulares. E acabei devolvendo os documentos de aprovação junto com a carta e fim de papo.

 

Sei que muita gente vai me chamar de otário ou coisa parecida, mas é assim que eu sou, e se todo artista mais ou menos consagrado fizesse isso poderíamos pleitear outras formas de intervenção do Estado (já que ela existe), como, por exemplo, cobrir o valor da meia-entrada para todos os eventos artísticos, pois é imoral nos tirar arbitrariamente o fruto do nosso suor.

Apenas nos deixar arrecadar aquilo que é planejado e orçado. Nem mais nem menos.

Ou arrumar os aeroportos e a sua logística para nos facilitar o transporte, principalmente do nosso equipamento, que, além de correr sérios riscos de dano, demora muito para chegar a seu destino, sem contar o transporte, que custa uma fortuna.

Agora o Ministério da Cultura vem com uma outra medida de intervenção implementando cotas para negros na cultura. É óbvio que isso é fora de propósito. E, me pondo no lugar de um artista negro, eu logo pensaria: ué, mais uma vez estão tentando me tratar como um café com leite?

 

Por que cargas-d’água não fazem o serviço completo e, com a grana astronômica que é arrecadada através de uma das cargas tributárias mais escorchantes do planeta, nos retribuem com serviços corretos e uma infraestrutura no mínimo decente, implementam um sistema de ensino justo e eficiente de verdade para todos?

Na educação, as pessoas são submetidas a bancadas racialistas para analisar e julgar se a criatura é ou não pertencente a um grupo étnico! E o mérito daqueles que estão se esforçando para entrar numa universidade?

E aqueles pais pobres que abdicaram de ter mais conforto para pagar a educação de seus filhos em escolas particulares, uma vez que as escolas públicas estão em estado terminal? E as greves intermináveis nas universidades?

Será que ninguém enxerga que ao tomar essas medidas não haverá a tal reparação histórica aos negros e índios, pois, na verdade, todos temos sangue negro, índio e europeu. O que acontecerá será a formação de grupos de intolerância e ódio racial como a Ku Klux Klan, por um lado, e os Black Panthers, por outro. Haverá um constrangimento tácito nas relações entre os grupos que agora serão definidos por bancadas racialistas nas universidades, incentivos à cultura e cargos do governo. Um grupo de pessoas arregimentado pelo governo irá definir se você é preto, branco, mestiço ou índio e ninguém se envergonha?

E esse constrangimento, esse estranhamento, vem acontecendo há algum tempo.

 

Vou contar uma história que aconteceu comigo lá pelos idos de 2003, quando fui chamado a participar de uma campanha eleitoral do PT em Fortaleza (só para lembrar, eu jamais participei de nenhum evento de cunho político que não fosse de graça, por acreditar estar cumprindo o meu papel de cidadão).

Fomos a Fortaleza (eu e meu produtor, Byra Dorneles) participar de uma série de eventos do PT para as eleições municipais na cidade. Fizemos programas de TV, fomos a comícios, eu acabei realizando uma apresentação só de violão numa praça pública para o partido, entre outras coisas. No meio desses eventos, eis que surge um grande amigo meu, bom e velho companheiro, um rapper de Brasília, muito empolgado, me convidando para fazer uma palestra, um workshop na periferia da cidade sobre como estava produzindo minha recém-lançada revista (a Outracoisa), para trocar umas ideias com a rapaziada, do tipo como furar o bloqueio imposto pelas rádios do mainstream e pelas grandes gravadoras, como vender CDs encartados em revistas para driblar os impostos contidos na venda exclusiva de CDs, e outros assuntos.

É claro que fiquei muito empolgado com a possibilidade de fazer novos contatos, descobrir novos artistas e novos empreendedores por lá. Combinamos de nos encontrar numa tarde ensolarada de meio de semana, e meu amigo rapper chega com um carro concedido pelo PT.

Eu estou todo municiado de vários números da Outracoisa, alguns prospectos e algumas unidades da Lobão Manifesto, revista-protótipo que encartava o CD A vida é doce, por ser o pioneiro nas bancas, o pivô da lei da numeração de CDs e o primeiro CD numerado na história.

Naquela época, estávamos ajudando a redigir uma lei que intimidasse o uso estratosférico do jabá (o jabá acabou com a diversidade musical nas rádios) com o deputado federal Fenando Ferro, do PT de Pernambuco, e havia muitas chances, assim como aconteceu com a lei da numeração, de essa nova lei antijabá ser aprovada, portanto assunto não faltaria àquela reunião na periferia de Fortaleza.

 

E lá fomos nós. Depois de uns quarenta minutos de viagem, chegamos ao local e logo começamos a desembarcar o material que colocaríamos numa mesa no centro do pátio de uma casa. Mas, para meu espanto, a recepção foi fria, para não dizer hostil.

Na hora, eu nem encasquetei muito com qualquer possibilidade de aquela manifestação ser algo pessoal, pois sempre fui muito bem-chegado em todas as comunidades por onde transitei e sempre fui considerado um irmão, um companheiro de fé, historicamente um elemento pertencido e muito bem-vindo.

Pois bem, adentramos a casa, nos dirigimos à mesa, nos sentamos, eu, Byra e meu amigo rapper, que logo em seguida fez uma pequena apresentação da minha pessoa, falou sobre o que eu estava empreendendo, a revista, o jabá. De repente, um cara da audiência se levanta, se encaminha em direção ao meu amigo rapper, estende a mão e, ostensivamente, começa a falar com ele como se eu e o Byra não estivéssemos presentes. De imediato, para tentar quebrar o gelo, eu peço a palavra, me apresento e estendo a mão para o cara. Ele me olha e num gesto brusco retira a mão do meu alcance, dizendo: “Escuta aqui, eu não aperto mão de branquela, tá ligado?” E olhou pro meu amigo rapper, emendando: “Qual é a tua de trazer playboy aqui pra comunidade, mano?” Olha, a partir daí, me foi subindo o sangue pelo corpo, me dando um ódio e, furibundo, dou um tapa de mão espalmada no tampo da mesa devolvendo a delicadeza: “Branquela é o caralho, rapá! Eu estou aqui para somar, com todo amor e respeito por todos vocês, que merda é essa?! É racismo, é? Então vamo todo mundo pra delegacia!”

O carinha não deu a menor pelota para meu irado e peremptório protesto, se virou de costas para a mesa e convocou a audiência, que deveria ser composta de uns noventa a cem manos, proferindo algo como “Quem é matador aí pode se levantar”. Uns oitenta se levantaram devagar, todos de braços cruzados, todos esperando pela próxima palavra de ordem.

Não sei o que me deu, mas, ao invés de me intimidar com aquela manifestação explícita de repúdio e ameaça, dei um segundo tapa mais violento ainda na mesa, sussurrei para o Byra algo como “Vai reunindo as revistas que sujou...” e, com a ira dos rejeitados, comecei a proferir as expressões que fossem, ao meu entender, as mais ofensivas e contundentes possíveis, como “Escuta aqui! É guerra, né? É guerra, né? Pois vocês todos vão se foder, seus otários! Porque eu vou comer o cu da avó de vocês!”. (Não sei de onde havia tirado aquela expressão de profundo mau gosto, mas devo ter achado sonora, eficaz e semanticamente dolorosa.) Ajudando a recolher rápido as revistas da mesa, me levantando aos poucos, sem tirar o olho daqueles “matadores” que já se encaminhavam em nossa direção, continuei a repetir aquela frase horrorosa, de efeito surreal: “Eu vou comer o cu da avó de vocês, seus merdas!” E numa agilidade que só a adrenalina nos concede, pulei para o lado, olhei pro Byra e pro meu amigo rapper e disse: “Sebo nas canelas, rapaziada!”

Adotamos um ritmo cadenciado, de marcha a ré, eu os encarava com o braço direito esticado, o dedo em riste, ameaçador, continuava a xingá-los aos berros. Creio que os mantive paralisados por alguns instantes devido ao meu insólito comportamento, contudo apertávamos o passo exponencialmente (sempre de marcha a ré) e os matadores, quando se deram conta, já estávamos próximos a um portão gradeado. Em um determinado momento, fizemos um giro de corpo e saímos embocetados em direção ao carro. Esse portão seria a nossa salvação, pois por uma fração de segundo que os caras não nos pegaram e nos fizeram picadinho de playboy. Eu tive tempo de empurrar violentamente o portão gradeado na cara da galera, fazendo um estrondoso ruído, e foi esse o tempo para que entrássemos no carro e implorássemos para o motorista sair dali o mais rápido possível. Parecia filme de mafioso! O motorista acelerou o motor e as rodas começaram a derrapar no terreno empoeirado do local para, logo em seguida, sairmos em desabalada fuga pelas vielas da comunidade.

Ainda deu tempo para que eu abrisse a janela do carro e mandasse mais uma vez: “Se ‘fuderam’! Eu vou comer o cu da avó de vocês!”

 

Quando chegamos a salvo no hotel, a adrenalina baixou e meu amigo rapper estava visivelmente constrangido. Me pediu mil desculpas pelo mal-entendido, me prometeu voltar à comunidade para que a rapaziada fizesse uma autocrítica, pois o clima era realmente tenso e eles meio que se precipitaram.

E foi isso que aconteceu, no dia seguinte ele foi à comunidade, mas, por via das dúvidas, disse a ele que, se fosse preciso, daria o meu perdão via e-mail ou coisa parecida. Voltar lá, nunca mais.

É claro que possuo amigos no rap, como o meu amigo de Brasília e alguns outros mais, todavia o clima é sempre tenso.

Depois desse malparado, ainda tentei me aproximar, sempre com alguém do PT do lado, fazendo contato com os Racionais para ver se havia uma possibilidade de união de forças, pra tentar convencê-los de que tinha gente bacana, amiga e companheira, que por acaso poderiam ser brancos, mas de boa vontade. Que deveria reinar entre nós o espírito de irmandade e de combate a qualquer tipo de preconceito ou segregação. Mas, nas duas vezes que tentei me aproximar, recebi uma recepção fria e acabei desistindo de vez.

Moral da história: é muito triste perceber — apesar de toda a minha história, todo o meu amor pela cultura negra e toda a minha imersão nela, com todos os meus amigos, irmãos, colegas de bateria, minhas tias queridas que me “adotaram” na Mangueira — que, de uma hora para outra, me sinto excluído de uma cultura que é parte integrante da minha vida, da minha formação, da minha expressão. De uma hora para outra me sinto impossibilitado de transitar e conviver com tantas pessoas que amo de verdade.

É muito triste perceber um retrocesso nas relações já tão conflituosas entre os brasileiros.

 

Todos nós sabemos do preconceito racial por parte da tal elite branca, de como ele é perpetrado e toda a sua história. Sabemos como é violento e, ao mesmo tempo, velado, como é excludente e cínico.

E eu sempre lutei contra ele desde criança. Todo cidadão com o mínimo de esclarecimento e bom senso irá concordar que temos obrigação de formular e aplicar outras normas de conduta em nossa sociedade.

Agora, é de bom alvitre que todos nós saibamos quem é quem nessa bagunça toda. Dessa maneira, estamos atirando para qualquer lado e eliminando aliados ou criaturas inocentes. Não podemos achar que resolveremos injustiças históricas implementando outras, nem sair por aí taxando de racista qualquer um que tenha alguma objeção razoável às cotas raciais.

Podemos muito bem ter os mesmos anseios de justiça e tolerância sem necessariamente concordarmos com os meios a serem aplicados.

Por isso este capítulo começou abordando o fenômeno desagradável e arbitrário da patrulha ideológica, pois ela, antes de mais nada, impossibilita a aproximação de pessoas que podem ter opiniões diferentes a respeito das coisas, mas podem também ser aliadas em outras tantas ou, no mínimo, oponentes que mereçam respeito e admiração.

Se não, nós perdemos qualquer critério e passamos a agir na base da paixão futebolística: ou você é do meu time ou você é um filho da puta.

E é exatamente isso que se passa em nossa atual conjuntura. As pessoas estão sendo movidas, antes de mais nada, por ódios apaixonados, por sentimentos reativos de vingança. O governo tem ajudado bastante a causar mais distanciamento em nossa sociedade pregando ódio às elites, ao lucro, ao patrão, ao branco, ao heterossexual, ao religioso em geral. Temos obrigação de perceber as pessoas de boa vontade, honestas e companheiras que existem em todas as classes sociais. E que também estão lutando por um país mais civilizado, mais igualitário, com educação de alto nível para todos, com saúde de alto nível para todos.

 

Para terminar, eu gostaria de relembrar que fiz campanha para o PT desde 1989. Voltei a fazer em 2002 e 2004. Existe gente que acha contraditório eu ter sido indexado por 11 anos pela Globo por aquele clássico episódio do Faustão, em 1989 (quem quiser ver, acesse o YouTube...), e de repente, segundo essas pessoas, estou a vociferar contra o PT como se simplesmente eu tivesse surtado, ou pior: como se eu fosse um comprado pela “direita reacionária”. Lamentável.

Pois bem, comecei a me assustar com o PT (e muito tarde) desde que o Lula chamou o Gil para o Ministério da Cultura, porque ele sabia muito bem ser justo o Gil um dos principais aliados das grandes gravadoras (falei sobre o assunto com o Lula várias vezes na época da briga pela numeração de CDs). Ele colocou a raposa no galinheiro e, de fato, para a música independente e para quem não era da sua turma foi um desastre.

Fui me desiludindo com o PT no transcorrer de sua administração aloprada e incompetente, e quando chegamos ao episódio do mensalão eu cansei de vez, pois até então estava sofrendo calado, sem emitir qualquer opinião contrária.

Desde então, minha repulsa e contrariedade ao partido são explícitas e amplamente difundidas. Portanto, para os que tiverem disponibilidade de tempo para me odiar, pelo menos que me odeiem com algum embasamento.