Futurismo

Quando eu penso nas viagens espaciais

E nos amores virtuais

Fico sem saber como fazer pra me convencer

 

O genoma e os neurônios saltitantes

Clones humanos e implantes

O futuro até parece uma brincadeira delirante

 

Mas se você quiser meditar no futurismo

E tudo o que deixamos rimar sem se estressar

Parece que perdemos o senso de humanismo

E agora a água pode acabar

 

“Existem milhões de neurônios em nossos cérebros.

Desses milhões de neurônios, alguns poucos,

só alguns poucos, são neurônios saltitantes.

Conseguem captar as características mais novas

dentro do cérebro da mãe e do pai,

que serão transmitidas aos seus filhos e filhas”

 

Quando penso nos amores virtuais

Nas maquininhas digitais

Fico sem saber como fazer pra me convencer

 

O genoma e os neurônios saltitantes

Ficam alegres e falantes

O futuro até parece com uma patada de elefante

 

E a natureza serve só para combustível

E tudo o que deixamos queimar sem se importar

Parece que perdemos o senso de humanismo

E agora o mundo vai se esquentar

 

 

Letra escrita em parceria com Kassin e gravada por ele no álbum Futurismo (2007)