Árvore da vida

Procuro o predileto bem do bem-querer

no obscuro objeto pra ser do prazer

 

Na floresta do som e de zum-zum,

nessa festa de bombom e de bum-bum.

 

Se aqui se nasce, se aqui se morre

então me abrace, mesmo no porre.

 

E no passe do impasse,

quem sabe nada passe

nem se acabe mas renasce,

como se a vida gritasse, ah!

 

A um desejo sempre se sucede um outro desejo,

assim como um beijo

sempre pede outro beijo.

 

(A carne é triste,

e eu já li todos os livros.

Mas ouve, oh! minha alma, como é linda

a canção dos marinheiros!)

 

(Cinza é toda a teoria.

Mas verde, meu amigo,

é a cor da árvore da vida.)

 

 

Musicada por Nelson Jacobina