Para além do incêndio: a escrita feminina de Cíntia Moscovich
Levando em conta a proposta deste evento, “Identidade e cidadania: como se expressa o judaísmo brasileiro?”, voltei-me para a escrita da gaúcha Cíntia Moscovich, nascida em 1958, escritora, tradutora, jornalista, consultora literária e diretora do Instituto Estadual do Livro do Rio Grande do Sul. Ela é autora premiada de três livros: O reino das cebolas – contos e narrativas, de 1996, Ed. Mercado Aberto, esgotado, segundo me consta; Duas iguais – Manual de amores e equívocos assemelhados, Ed. L& PM, 1998 e Anotações durante o incêndio, Ed. L&PM, primeira edição, 2000 e segunda edição, 2001.
Pode-se dizer que a autora conta com o respeitável background do maior número de escritores judeus de um mesmo estado com livros publicados, ao menos uns quinze. Grande parte destes autores usou como pano de fundo a vida rural das colônias da ICA, única na experiência judaica brasileira. Outros já são autores urbanos. Sem dúvida, um grupo literário nada desprezível. E, provavelmente, poder-se-ia ainda acrescentar os escritos em iídiche. Se esta produção prolífica se deve à gama maior de experiências da comunidade no sul, é algo que deve ser analisado.
Numa entrevista à Revista Vox n. 3 da Imprensa Oficial do Rio Grande do Sul, Moacyr Scliar tece considerações sobre a história da “literatura étnica”; segundo ele, a literatura de imigração tem uma história natural com três momentos. O primeiro é o momento da chegada ao país. Aí não há lugar para a literatura: os imigrantes não dominam o idioma e, além disso, sua prioridade maior é a sobrevivência. Depois vem uma geração (geração num sentido genérico) que já tem uma vida mais folgada, que domina a língua (às vezes à perfeição) e que possui motivos sociais e psicológicos para escrever; a experiência de vida, o conflito com os pais. É gente que, na infância, principalmente, tem uma vida em casa (ouvindo um idioma diferente, comendo alimentos diferentes, participando de festas diferentes) e outra na rua ou no colégio – daí o conflito, que se transforma em fator desencadeante e mesmo em matéria-prima para a literatura, com muitos exemplos de excelente literatura. Depois vêm gerações adaptadas e que, se sentem necessidade de escrever, é por outra razão. De modo que literaturas étnicas seguem um ciclo, o que não impede, claro, um ressurgimento de etapas anteriores nas mais recentes.
De todas as etapas citadas, considero que Moscovich situa-se mais ou menos no terceiro segmento, dos mais jovens, em que o conflito na identidade, fator desencadeante de um certo momento da literatura, é apenas um registro ou um comentário atenuado do passado.
Como disse um jornalista do sul – Fabrício Carpinejar – Moscovich não pode ser reduzida à categoria de autora nova-feminina-gaúcha-judaica, já que com sua voz, uma das mais provocantes da narrativa brasileira, e com a coragem de que dispõe, não limita a sua escrita a temáticas da experiência judaica ou a qualquer outro destes segmentos: feminina, gaúcha. Exemplo disto foi a novela Duas iguais, que abordou com uma ótica expressiva o amor de duas jovens adolescentes, uma delas judia, avaliando o homossexualismo como sequência de uma verdadeira amizade. Como pano de fundo nesse livro, a morte do pai da narradora/personagem judia, um casamento que não pode se sustentar e mais uma vez uma perda, na morte prematura da companheira.
Mas é em dois dos contos do terceiro livro que iremos nos deter. Quase todos os contos do livro têm como personagem central uma mulher. Quatro dos onze contos de Anotações durante o incêndio destacam-se pela temática judaica. O livro divide-se em duas partes: A Fumaça, com cinco, e O Fogo, com seis contos. Esclareça-se que, com uma exceção, não se trata de algum incêndio mas dos registros do estado de explosão das personagens envolvidas, as anotações como que do meio do incêndio.
É ainda Carpinejar quem chama a atenção para o fato de que o “incêndio” começa das mais banais faíscas e conflitos familiares. Lembrando o mencionado título do livro, Anotações durante o incêndio, ocorre um ou outro desses momentos quentes quando uma fagulha ameaça tudo, como no aparente contraste do conto “O homem que voltou ao frio”. O ritmo frenético da narrativa acompanha a sequência vertiginosa dos acontecimentos que beiram uma catástrofe. Catástrofe? Depende do enfoque. Quando do ponto de vista da personagem Ethel, com 17 anos no início da trama, sim. A chegada do telegrama – primeira centelha – que abre de supetão o conto, aterroriza a protagonista. Sente-se completamente perdida sem saber o que fazer. Por outro ângulo, talvez nem seja tão catastrófico: não há nenhum anúncio de guerra, crime ou incêndio que seja. Quem se anuncia é um finlandês, voluntário como Ethel num programa de jovens no kibutz, que não sabe que o brasileiríssimo “apareça lã em casa” não significa o que estas palavras representam em qualquer outra língua. E Edward, que não conseguiu se converter ao judaísmo em Israel, chega com a feiúra, ou melhor, com a cara e a coragem, sem dinheiro, sem emprego, para casar com Ethel, a fim de que, ao menos, os seus filhos sejam judeus. Tratasse disso um escritor de uma etapa anterior da escrita “étnica”, o tom utilizado seria certamente mais trágico. Atitude inadmissível em geração de imigrantes – o casamento com um não judeu, assume em Moscovich um tom mais “light” por vários critérios, alguns dos quais merecem mais destaque: parafraseando apenas aparentemente O espião que saiu do frio, de John Lê Carré, o pretendente que desembarca no sul do Brasil, também é alguém que será colocado de lado como o famoso espião que não conseguiu sair do frio; é branco feito um doente, usa um exagerado casaco de peles, é feio, tem a sensaboria do estrangeiro, os óculos, o jeito de inseto de corpo descomunal e de cabeça minúscula e alva, cabelos lisos e ralos; são traços mais do que suficientes para apresentar uma personagem ridícula que não oferece risco algum de vir a ser um candidato a marido da moça filha única. Conquanto haja alguma demonstração da moça de tentar ser gentil com o rapaz que se encontra meio perdido nos trópicos, não há como escapar ao misto de desdém e repúdio. Enquanto Ethel tem a sensação de náusea no aeroporto, no pai, a quem ela recorrera em busca de socorro, esboça-se um sorriso de escárnio. Nesse ambiente, a jovem protagonista sabe indicar a sua posição em relação aos eventos, que é central na obra de Moscovich (p. 31) “Mas permaneci de pé, retribuindo os sorrisos, dentro de uma felicidade espantada e infame.” A felicidade nunca é integral.
Não há no conto atração da judia (de cujo ponto de vista a narrativa é desenvolvida) pelo não judeu, muito menos amor, como se poderia talvez esperar, se a obra pertencesse a um período anterior. Ao contrário, uma série de elementos intertextuais bastante óbvios, de textos e contextos sobejamente conhecidos, além de servir para descrever sensações, sentimentos, ajuda ainda a tornar esse relacionamento indesejado algo abominável. A par do título mencionado, destaca-se, em ordem crescente de número de manifestações, a kafkiana comparação do rapaz com um inseto, seja pelo corpo descomunal, seja pela semelhança com o inseto devido ao casaco de peles, o fato de o rapaz mal conseguir fincar o pé uma vez no “castelo”, se pode metaforicamente considerar a casa de Ethel e o desejo de casamento como “castelo” e não saber por que não pode fazê-lo, comparação ao protagonista de “O processo”, e outros elementos aos quais voltarei mais adiante.
Nota-se neste conto de Moscovich uma habilidade particular em utilizar recursos na abordagem do tema já quase desgastado do casamento misto. A paródia de que ela faz uso – paródia pós-moderna, conforme a conceituação de Linda Hutcheon – estratégia eficiente para promover um acerto de contas e uma reação, de maneira crítica e criativa com elementos culturais predominantes, permite uma relação dialógica entre a identificação e a distância. A autora identifica-se com o tema do indesejado candidato não judeu a namorado ou marido, presente nos mais diversos escritores daqui ou dos Estados Unidos, e, ao mesmo tempo, distancia-se da abordagem que pode ter sido mais comum no passado, que já tinha um modelo conhecido de rejeição, como o de Sholem Aleichem em O violinista no telhado ou no livro que o originou, Tevie, o leiteiro. A versão gaúcha atual dilui a forte carga que este tema sempre possuiu, ainda que o desconforto causado por ele seja bastante intenso, mantido por sensações humanitárias e não por amorosas. Não existe uma paixão ou desejo por parte da moça. Suas expectativas são outras, típicas dos de sua geração: faculdade e um casamento dentro dos padrões dos de seu grupo. Ao mesmo tempo, Ethel não pode ser acusada de indiferença. Sente e lamenta o desacerto do rapaz com a realidade que é tão distante dele. Num contraponto jocoso com o espião que saiu do frio, Edward, que não possui nenhum atributo que seja da categoria de espiões, não consegue perceber o que está por lhe acontecer, deve voltar para o frio, para a geladeira finlandesa de sua vida. Para acentuar isto, o processo de rejeição e consequente afastamento do rapaz é narrado através de uma série de símiles pertencentes ao contexto do genocídio judaico da II Guerra Mundial, especificamente os que destacam as atrocidades nazistas. Sempre segundo a concepção de Ethel, o pai age como comandante de um campo de extermínio ao assumir o controle do carrinho de bagagem no aeroporto – ato aparentemente pueril, mas que na realidade esconde o fato de quem passará a ser o dono da situação. Ethel, perdida em relação às atitudes a serem tomadas e tendo delegado poderes ao pai, “se sentia debaixo de um chuveiro que, ao invés de liberar água, ameaçava sufocá-la com um gás letal.” (p.32) “A caminhada até o estacionamento, é num silêncio constrangido – o silêncio de um forno crematório.” (p.32) “O Ford Galaxie do pai era um Auschwitz particular” (p. 33) “e mais uma vez ela se sentia má porque fizera com que ele caísse numa emboscada: saía gás do chuveiro.” (p. 33) E, mais adiante, “Sentia-me a maldita que havia encaminhado um homem a um campo de concentração.” (p.38) E ainda: “Fazia já uns quatro meses que Edward fora deportado” (p. 39), algo que, ao pé da letra, é quase verdadeiro.
O contexto ideológico que a autora apresenta, a perspectiva que permite ao artista falar para o discurso a partir de dentro deste discurso, conforme Hutcheon – aqui o terna do casamento com não judeu, dissolvido nas agravantes da feiúra, da pobreza, etc. – entremeado com as breves frases que remetem ao campo de concentração e que expressam a visão como que do outro lado, da vítima maior, indicam como esse conto, um exemplo bem acabado da escrita atual, dá conta de uma antiga temática judaica; antes, uma catástrofe, agora, pouco mais que um incômodo: com um tênue cinismo que se insinua na mente do leitor mais avisado, cinismo que compactua com laivos de galhofa, que quase resvala para o mau gosto.
Salva do incêndio, porém com cicatrizes causadas pelas “faíscas”, Ethel conduziria o contato distante com o candidato preterido pela vida afora, até receber a notícia de seu falecimento, ponto final definitivo do relacionamento, amargo alívio como solução para a complexa temática.
O tom de Moscovich muda diametralmente em um outro texto do livro, pertencente à sessão “O Fogo”, em que há realmente um incêndio. A relação dialógica da paródia pós-moderna entre a identificação e a distância dá lugar a uma identificação incondicional com o legado judaico, sua preservação e papel primordial na sobrevivência judaica. O conto “Aquilo que não principia e nem acaba”, que Scliar qualificou de digno de um I.B. Singer, tem como primeiro incidente um incêndio no shtetl, em plena festa de Purim, o carnaval judaico, em que o menininho Shmil é salvo pela mãe e, na corrida desenfreada para escapar ao fogo, consegue agarrar um gráguer, a matraca usada na celebração toda vez que se pronuncia o nome do mal intencionado ministro Haman, cujo propósito era exterminar o povo judeu. Em cena dantesca ante o extermínio que se esboça, imagens chagallianas que compõem o pano de fundo desse conto se sucedem vertiginosamente, é Haman que o garotinho imagina morto pendurado pelo pescoço com a língua pendendo, são as mulheres com seus ói-ói-Ois, as crianças na fuligem, os homens nos xales de orações, o velho que repete o Shmd Israel, a proclamação do chazan de que foram os demônios que atearam fogo ao gueto. Em meio a isso, o ruído espontâneo do gráguer na corrida, a despedida daquele mundo, ainda com o aceno do gráguer a um homem que meio alheio àquele inferno lhe sorriu com os olhos azuis.
Moscovich não traz aqui uma identificação específica com o mundo atual na vivência de sua personagem. Samuel, – imagina-se que agora no Brasil – em sua vida ascética e presa à tradição, é dono de um antiquário em que a sua própria pessoa parecer ser mais um dos objetos expostos na loja empoeirada. Ele é tão antigo quanto a história de seu povo. Não tem uma característica que o particularize. Nada há que se destaque ali, dono ou objetos, exceto o velho gráguer conservado com cuidado. Elo de vinculação com a tradição, símbolo da própria sobrevivência, a matraca é única em seu significado. Talvez não mais só símbolo da existência judaica, mas fator maior da incompreensível sobrevivência. Shmil e o gráguer compõem uma unidade indissolúvel. Na busca do sentido disto e de uma resposta, Moscovich voltou-se nesse conto ao mago que, pelos seus escritos, tentou colocar um pouco de ordem nos universos que abordou, Jorge Luis Borges. É sabido que, para este fim, Borges se ocupou de diversos temas e subterfúgios: sorte, violência, presença do Outro, natureza da linguagem, mundos imaginários, metaficção, labirintos, sonhos. Das suas muitas obsessões, a nossa autora foi se valer de um complexo texto do autor do país vizinho, “O Livro da Areia”, do livro homônimo, de 1975.
Num dos maiores momentos de sua criação de fantasia, a personagem do conto de Borges vem a possuir o Livro de Areia, um livro sagrado, e trata de vendê-lo. O narrador olha o livro e é incapaz de ver a primeira ou a última página, porque o número de páginas é infinito; o livro não tem começo ou fim e a leitura se altera de uma vez para a outra. Fascinado, o narrador o adquire, torna-se obcecado a ponto de somente pensar nele. Por fim, deixa-o de lado, empilhado com muitos outros em seu porão.
Borges tratou aqui do infinito na forma do misterioso livro, simbolizando a constante busca humana pela existência do mundo. Do texto de Borges depreende-se que esta busca é infindável e, portanto, sem sentido. Creio que se deve mencionar paralelamente, e em contraste, um outro livro que cabe nesta história, ainda que a escritora não o tenha mencionado. Quando o Rei Assuero, do livro de Ester, numa noite de insônia pede que se leia o livro de memórias do reinado, não são os seus feitos ou os dos ministros que se destacam, mas o ato salvador de Mordechai, indicativo da futura sobrevivência do povo.
Pois bem, Moscovich muda um pouco o rumo apontado por Borges. O estranho – de olhos azuis – que entra na loja de Shmil – Shmil que naquela cidade poderia ser chamado de Samuel, mas nunca o desejou, continuará sempre sendo Shmil – propõe-lhe a troca do Livro de Areia pelo gráguer, quase tão velho quanto o seu dono.
Barganha concluída, Shmil é acometido pela mesma obsessão que o narrador borgiano. Discerne no livro, dentre textos incompreensíveis, cenas que pertenciam ao seu passado longínquo, ao seu povo: o relato de Purim, a imagem do Haman pendurado e ainda o Shmd, trechos do Kadish. Teve noção de que o livro era monstruoso e ele também o era, uma vez que percebia, com olhos e as mãos que o apalpavam, a obscenidade que o livro propunha, que infamava e corrompia a humanidade – a tentativa de saber e poder mais do que o Criador. Como em Borges, não pode queimá-lo pelo medo que a combustão também fosse infinita e sufocasse o planeta de fumaça.
O suplício de Shmil tem, porém, um fim. Ao avistar em uma das folhas a imagem de um gráguer igual ao que ele possuíra, – no livro de Ester é o feito de Mordechai que brota do livro de memórias – sente-se salvo, murmura o mesmo Baruch Hashem (Bendito seja o nome – Deus) que a mãe pronunciara em sua infância para apaziguá-lo repetindo que Haman – o mal – a destruição – estava morto.
Shmil recupera o gráguer arrancando com força a folha com o desenho do livro. Seu mundo está salvo, ele não buscará o infinito, a “chave” da continuidade está simbolicamente em suas mãos, está dentro dele, como o “Baruch Hashem” da mãe, como o “Shmá Israel”: a transmissão de geração a geração, a confiança na vitória, a fé inquestionável. Ato contínuo, o livro é lançado na carroça do lixeiro que passa providencialmente. Fá-lo depois de beijar a mezuzd ao passar pela porta da loja.
Este é o último conto do livro que tem uma temática judaica como pano de fundo. A simplicidade de um símbolo, que nem se pode dizer que seja judaico – a matraca – é a chancela do legado recebido de que o mal tinha sido eliminado e a fé nisto é que importava, mesmo que ele nem se lembrasse mais porque conservava o instrumento ou que este agora não passasse de uma folha de papel. A busca de respostas e saídas impossíveis é uma das marcas da escrita de Moscovich.
E ainda umas palavras sobre a escrita feminina, sem que se note uma tendência conhecida de dialogar com tradições literárias eminentemente masculinas para subverter as suas normas. Nesses dois contos, Moscovich transita por um viés curioso: no primeiro texto destaca-se um discurso que trai o espanto da voz feminina narradora ante um tema que em autores anteriores vinha com frequência pela voz autoritária-prevalecente masculina daquele a quem cabia o papel de fazer cumprir a lei. A tal voz não precisou ser dispensada aqui. Continua a cumprir o seu papel. Mas a posição feminina é destacada pelo fato de a narrativa ser transmitida pela voz feminina da protagonista-narradora, perplexa ante uma situação indesejada. Não ocorre um embate entre ela e o lado/papel masculino, pois não se trata aqui de uma possibilidade de um casamento misto e, sim, justamente do oposto.
E, quanto ao segundo conto, é fato notório que o livro de Ester no qual se relata o Purim, é essencialmente feminista, em particular no que se refere à atitude da rainha Vashti. Ester, em várias das cenas em que é figura central, não lhe fica atrás. Ao escolher um protagonista masculino para o seu conto, parece-me que a autora não precisou dispensar os antecedentes de gênero subjacentes. E, se quiser, pode-se vê-los reforçados por duas brevíssimas menções à mãe, uma iídiche mame, apaziguadora e salvadora no passado distante de Shmil e, quando de posse do Livro de Areia, ele a funde no seu sonho com o barulho impreciso que parece conduzir à memória-festa destruidora/salvadora de Purim e o livro extraordinário que ele tem em mãos representando passado e futuro.
A voz feminina forte de Moscovich é segurança de enfrentamento e continuidade; não desconstrói modelos culturais: indica uma linha própria.
Referências Bibliográficas:
CARPINEJAR, Fabrício, in Bonde n. 16, agosto de 2001, Porto Alegre, www.bonde.com.br/
MOSCOVICH, Cíntia, Anotações durante o incêndio. Porto Alegre, L&PM, 2001 – 2°. ed.
SCLIAR, Moacyr, Entrevista, in Revista Vox n. 3, Porto Alegre, www.corag.rs.gov.br/revistas/