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Vítima de um homem que não se limitara a enganá-la e a mentir-lhe, mas que depois tentara também ligá-la ao seu crime. Pobre Celia, pensou Lady Em, enquanto se preparava para se deitar. Ainda bem que lhe entreguei o colar. Vai ficar mais seguro no cofre do comandante.

De súbito, foi invadida por uma sensação esmagadora de exaustão. Acho que vou poder dormir um pouco, pensou, quando começou a deixar-se apagar. Cerca de três horas mais tarde, foi despertada pela sensação de que não se encontrava sozinha no quarto. Com o auxílio do luar e da luz da noite, viu alguém caminhar na sua direção.

— Quem é você? Saia! — exclamou, ao mesmo tempo que alguma coisa desceu rapidamente pelo seu rosto, tapando-o.

— Não consigo respirar, não consigo respirar — tentou dizer. Tentou desesperadamente afastar o obstáculo que a sufocava, mas não tinha força suficiente.

À medida que começou a perder a consciência, o seu último pensamento foi que a maldição do colar de Cleópatra se tinha cumprido.