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Como era costume, Willy mergulhou num sono profundo assim que se despiu e se enfiou na cama. Dormia sempre de t-shirt e boxers, apesar de Alvirah lhe oferecer pijamas e robes. Esses presentes eram imediatamente trocados por camisas e calças largas.
A vestimenta noturna de Alvirah era uma camisa de noite confortável de manga comprida. Tinha sempre um robe de algodão aos pés da cama. No bolso estavam sempre os seus óculos e um frasco de Tylenol, caso a artrite não a deixasse descansar.
Tal como Willy, adormeceu depressa. Ao contrário dele, acordou dali a poucas horas. Sobressaltada, percebeu que a sua posição habitual de segurança e conforto, com o ombro encaixado no de Willy, não estava a resultar.
Estava enervada, perturbada, profundamente preocupada com Celia. Porque não veio ela para aqui e ficou comigo?, pensou. E se alguém entra no quarto dela? A Brenda é uma mulher corpulenta e forte e ainda assim foi dominada pela pessoa que lhe invadiu o quarto. Que hipótese teria Celia numa luta?
E assim se passou. O primeiro assobio suave do ressonar de Willy, que era habitualmente uma fonte de conforto, pouco contribuiu para a tranquilizar.