Molly ainda estava no pronto socorro do hospital esperando para ser admitida na ala de traumas para uma avaliação feita por um cirurgião especializado em reconstrução da face, quando a policial Williams e suas companhias chegaram ao Hospital Geral de South Wales. Havia, no entanto, um atraso inevitável já que o cirurgião teve que ser contatado em casa, onde ele estava desfrutando do almoço de domingo com sua família.
Tanto a policial quanto Siân estavam motivadas a falar com Molly por causa de motivos diferentes. Elas tentaram repetidamente começar uma conversa, mas a combinação de suas fraturas e a morfina inserida em seu sistema corporal limitavam suas respostas a meros barulhos incompreensíveis. Elas finalmente desistiram de tentar se comunicar e esperaram em silêncio contemplativo.
Dentro de quinze minutos um carregador jovem e magro, coberto por múltiplas tatuagens malfeitas que pareciam feitas por ele mesmo, chegou para transferir a Molly para a outra ala, com a policial Williams e Siân seguindo-a bem de perto. Siân estava desesperada para entrar em contato com seu pai, e estava achando as explicações da policial do porquê aquilo não seria possível difíceis de compreender… Ela mesma não estava convencida de seus próprios argumentos.
Ao chegar à ala, Molly foi transferida da cama móvel para a cama por duas enfermeiras do hospital em seus uniformes azuis, enquanto o carregador permanecia de pé e assistia. A enfermeira da ala fez um pedido urgente para uma avaliação feita pelo cirurgião responsável e assegurou que Molly estivesse confortável diante das circunstâncias. O cirurgião chegou surpreendentemente rápido e concluiu, como já era esperado, que uma cirurgia urgente era realmente necessária. A complexa operação foi agendada para aquela tarde. Tudo o que a policial e Siân poderiam fazer era esperar, olhar os minutos passarem no relógio da parede oposta à cama de Molly e esperar pelo melhor.