Capítulo 30
Molly ainda estava no pronto socorro do hospital esperando para ser admitida na ala de traumas para uma avaliação feita por um cirurgião especializado em reconstrução da face, quando a policial Williams e suas companhias chegaram ao Hospital Geral de South Wales. Havia, no entanto, um atraso inevitável já que o cirurgião teve que ser contatado em casa, onde ele estava desfrutando do almoço de domingo com sua família.
Tanto a policial quanto Siân estavam motivadas a falar com Molly por causa de motivos diferentes. Elas tentaram repetidamente começar uma conversa, mas a combinação de suas fraturas e a morfina inserida em seu sistema corporal limitavam suas respostas a meros barulhos incompreensíveis. Elas finalmente desistiram de tentar se comunicar e esperaram em silêncio contemplativo.
Dentro de quinze minutos um carregador jovem e magro, coberto por múltiplas tatuagens malfeitas que pareciam feitas por ele mesmo, chegou para transferir a Molly para a outra ala, com a policial Williams e Siân seguindo-a bem de perto. Siân estava desesperada para entrar em contato com seu pai, e estava achando as explicações da policial do porquê aquilo não seria possível difíceis de compreender… Ela mesma não estava convencida de seus próprios argumentos.
Ao chegar à ala, Molly foi transferida da cama móvel para a cama por duas enfermeiras do hospital em seus uniformes azuis, enquanto o carregador permanecia de pé e assistia. A enfermeira da ala fez um pedido urgente para uma avaliação feita pelo cirurgião responsável e assegurou que Molly estivesse confortável diante das circunstâncias. O cirurgião chegou surpreendentemente rápido e concluiu, como já era esperado, que uma cirurgia urgente era realmente necessária. A complexa operação foi agendada para aquela tarde. Tudo o que a policial e Siân poderiam fazer era esperar, olhar os minutos passarem no relógio da parede oposta à cama de Molly e esperar pelo melhor.