Teremos agora uma longa missão, uma missão extensa. Não será uma missão difícil. Mas para terminá-la com sucesso será preciso muita persistência. Uma dica: estude aos poucos. Nós vamos nos deparar com mais de trinta regrinhas de concordância verbal e nominal. É claro que algumas raramente são usadas; outras caem com mais frequência nas provas, porque são bastante usuais na Língua Portuguesa. Logo, procure uma estratégia que lhe seja mais conveniente. E leia! Releia! Leia de novo! Leia novamente! Leia mais uma vez! Observe os exemplos! Será a repetição que fará com que consiga bons resultados. Desejo sucesso para esta missão! Bons estudos!
De fato o assunto “CONCORDÂNCIA” é um dos mais explorados pelas bancas elaboradoras de provas. Portanto, deve sempre ser alvo de nossos estudos.
A “sintaxe de concordância” se preocupa com a perfeita harmonização das palavras dentro de um período. Sendo assim, buscam-se dois tipos de harmonização:
a) A harmonia sintática entre o verbo e o seu sujeito Concordância verbal
b) A harmonia sintática entre o substantivo e os termos os quais a ele se referem Concordância nominal
Nesta primeira etapa, trabalharemos a concordância entre o verbo e o seu sujeito. Antes, porém, convém conhecer os três tipos principais de concordância:
a) Concordância gramatical é aquela feita com o núcleo do termo.
b) Concordância atrativa é aquela efetuada com o núcleo semântico mais próximo.
c) Concordância ideológica é aquela efetuada não com o termo, mas com a ideia passada pelo termo.
Observe:
Perceba que neste caso, o sujeito do verbo “dizer” continua sendo “a multidão”. Concorda-se com a ideia de que a multidão representa “vários indivíduos, várias pessoas”.
À exceção de alguns casos, a concordância autorizada pela norma culta é a “gramatical”. A nossa preocupação sempre será com o núcleo do termo.
Dica: Não estude este capítulo antes de conhecer bem o sujeito de uma oração. Aqui o nosso objetivo é harmonizar em número (singular ou plural) e em pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª) o sujeito com o seu verbo. Logo, se você não consegue identificar com segurança o sujeito de uma oração, ou tem dificuldades para fazê-lo, estude o sujeito da oração.
O verbo concorda em número (singular ou plural) e em pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª) com o seu sujeito simples.
Regra: Quando o sujeito é formado por pessoas gramaticais diferentes, obedece-se à seguinte lei de prevalência:
1.ª pessoa + 2.ª pessoa = 1.ª pessoa do plural (a primeira prevalece sobre a segunda) NÓS
1.ª pessoa + 3.ª pessoa = 1.ª pessoa do plural (a primeira prevalece sobre a terceira) NÓS
2.ª pessoa + 3.ª pessoa = 2.ª pessoa do plural (a segunda prevalece sobre a terceira) VÓS
Resumindo: A primeira pessoa prevalece sobre as demais e a segunda pessoa prevalece sobre a terceira.
Observação importante:
Nos dois últimos exemplos, o verbo também poderia concordar na 3.ª pessoa do plural em virtude da possibilidade de se tratar o “tu” e o “ele” não por “vós”, mas sim por “vocês”. Logo:
Tu e todos os outros professores presentes à cerimônia, após o lanche, comporeis / comporão uma mesa redonda.
O presidente do Diretório Acadêmico e tu, Roberto, líder de nossa turma, poderíeis / poderiam reivindicar melhorias para a Universidade.
1. Quando o sujeito é formado por expressões partitivas (uma parte de, a metade de, o grosso de, um grande número de, uma porção de, a maioria de etc.) o verbo poderá concordar, no singular, com o núcleo dessas expressões ou com o termo da expressão explicativa ou especificativa que as acompanha.
2. Quando o sujeito é formado por numerais percentuais ou fracionários seguidos de uma especificação, o verbo poderá concordar tanto com o numeral quanto com a expressão especificativa.
Dica: Não se esqueça de que os numerais “zero” e “um” levam o verbo para o singular. Quanto aos numerais fracionários, para a concordância verbal, leva-se em conta o numerador.
Neste caso, só o plural para o verbo é possível, pois tanto o núcleo do sujeito quanto o termo da especificação se encontram no plural.
Resumindo:
Número no singular + nome no singular Verbo no singular
Número no singular + nome no plural Verbo no singular ou no plural
Número no plural + nome no singular Verbo no singular ou no plural
Observação importante:
Se o numeral vier precedido de algum determinante, a concordância será feita com este determinante. Observe:
3. Quando o sujeito é formado por expressões que indicam quantidade aproximada (cerca de, perto de, mais de, menos de, coisa de, obra de, passante de etc.) seguidas de um numeral, o verbo concordará com este numeral que acompanha as expressões.
4. Com a expressão “Mais de um” o verbo deverá ficar, portanto, no singular.
Observação:
Caso a expressão “Mais de um” apareça repetida ou venha acompanhada de um verbo que indique reciprocidade, a concordância será feita no plural.
5. Quando o sujeito é um “pronome de tratamento”, o verbo concordará obrigatoriamente na terceira pessoa.
Observe que toda a concordância é feita na terceira pessoa, inclusive os pronomes que se referem ao pronome de tratamento também são utilizados na terceira pessoa.
6. Quando o sujeito é a expressão “um dos que”, o verbo poderá concordar, na maioria dos casos, tanto no singular quanto no plural.
Observação:
Há casos, entretanto, que só o singular ou só o plural é possível. Geralmente, isso se dá em face da exclusão ou da inclusão perceptível no contexto do período. Observe o exemplo abaixo:
Foi um dos filhos de Sr. João que me telefonou hoje pela manhã. (Não há aqui lógica que permita o plural, pois só um dos filhos dele fez a ação de telefonar.)
7. Quando o sujeito é um pronome interrogativo, demonstrativo ou indefinido no plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, quaisquer etc.), seguido de uma das expressões “de nós” ou “de vós”, o verbo poderá concordar tanto com o pronome interrogativo, indefinido ou demonstrativo quanto com os pronomes “nós” ou “vós”.
Observação importante:
Se o pronome interrogativo, demonstrativo ou indefinido estiver no singular (qual, algum, qualquer etc.), o verbo obrigatoriamente ficará no singular.
Quem de nós, na mesma situação, não agiria daquele jeito?
Qual de vós conhece o segredo do cofre?
Algum de nós certamente entregou o colega à direção da empresa.
Cada um dos que ali estavam tinha um forte compromisso com o marxismo.
8. Quando o sujeito é o pronome relativo “QUE”, o verbo concordará com o termo antecedente.
De repente, apareceram muitos companheiros que apoiaram de imediato o protesto.
Perceba que neste caso o pronome relativo retoma a palavra precedente e funciona como sujeito para a oração a qual ele mesmo introduz. Observe: Apareceram muitos companheiros. Companheiros apoiaram de imediato o protesto.
Fomos nós que propiciamos todo aquele contratempo.
Havia muitas indagações que nos deixavam confusos.
Observações:
a) Se houver predicativo na oração, é possível tanto a concordância com o antecedente imediato do relativo “que” quanto com o sujeito da oração antecedente:
b) Quando o relativo “que” exerce a função de sujeito e o termo que o antecede é formado por dois ou mais substantivos, o “que” pode retomar qualquer um desses substantivos, desde que a lógica da oração adjetiva o permita.
c) Quando o pronome relativo “que” se referir a um vocativo, considera-se o pronome relativo como se de 2.ª pessoa fosse. Portanto, a concordância verbal deverá ser feita na 2.ª pessoa. Observe:
“Alma minha gentil, que te partiste
tão cedo desta vida descontente.” (Camões)
“Homem, que me pedes amor, sabe que eu te detesto.” (Epifânio da S. Dias)
d) Quando o pronome relativo “que” vem precedido de “um de, uma de, um dos, uma das”, emprega-se hoje preferencialmente o verbo da oração adjetiva no plural. Entretanto, era comum, em muitas obras clássicas, o emprego do verbo no singular. Por isso, as duas formas de concordância são consideradas corretas.
“Um dos gestos que melhor exprimem a minha essência foi a devoção com que corri no domingo próximo a ouvir missa em S. Antônio dos Pobres.” (Machado de Assis)
“E chegando a uma das portas que davam para a estalagem, gritou: — Vá de rumor! Não quero isto aqui! É safar!” (Aluízio Azevedo)
“Uma das felicidades que se contava entre as do tempo presente era acabarem-se as comédias em Portugal; mas não foi assim.” (Pe. Antonio Vieira)
“Suspendeu-se a uma das palmeiras que servia de esteio à choça, e por um desses movimentos ágeis...” (José de Alencar)
9. Quando o sujeito é o pronome relativo “QUEM”, o verbo concordará na 3.ª pessoa do singular com este pronome ou com o seu antecedente, desde que se trate dos pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele, nós, vós, eles.).
Observação:
Quando o antecedente do pronome “QUEM” não for um pronome do caso reto – repita-se –, só é lícita a concordância na 3.ª pessoa do singular. Veja:
Foram os próprios colegas de trabalho quem compôs a música do aniversário dele.
Porventura, seriam aqueles dois rapazes quem promoveu toda a bagunça?
“Eu, o Silêncio e a Solidão éramos quem estava aí.” (A. Herculano)
10. Quando o sujeito for formado por nomes próprios que só existem no plural (Estados Unidos, Andes, Patos, Minas Gerais, Alagoas, por exemplo), o verbo ficará no singular se estes nomes não vierem precedidos de artigo ou se o artigo estiver no singular. Caso apareça um artigo no plural, a concordância será feita no plural.
Estados Unidos ainda não encontrou uma saída para o Iraque.
Ilhéus sempre foi uma bela cidade para o turismo.
O Marrocos sempre encanta os turistas que por lá passam.
As Filipinas se envolveram numa sangrenta guerra há muitos anos.
Os Emirados Árabes sempre exportaram petróleo.
Observação:
Caso o nome no plural se refira a uma obra artística ou literária, tanto o singular quanto o plural são corretos para o verbo da concordância.
11. Quando o sujeito for formado por um substantivo coletivo seguido de uma especificação, o verbo poderá concordar tanto com o coletivo quanto com a especificação.
Os substantivos “milhão, bilhão, trilhão, quatrilhão” são denominados de “numerais coletivos”. Seguem, portanto, a regra de concordância dos coletivos. Ademais, tais numerais coletivos só se flexionam em número. Não apresentam variação de gênero: são sempre masculinos.
Um milhão de pessoas foi (ou foram) ao show.
Cerca de um milhão de turistas visitará (ou visitarão) a Europa neste ano.
Mais de um milhão de dólares foi gasto(ou foram gastos) para a reconstrução do templo.
Um milhão e meio de chineses já se adaptou (ou adaptaram) às novas regras do mercado capitalista.
Os 15 milhões de crianças brasileiras que se vacinaram hoje ficarão imunes à doença durante um ano.
12. Os verbos “dar, bater e soar”, por serem pessoais, concordam com os seus respectivos sujeitos.
Observações:
1. Não confunda esta regra com a regra dos verbos “estar, fazer, haver, ir” na indicação de tempo transcorrido. Estes verbos são impessoais e ficam na terceira pessoa do singular.
2. Quando o sujeito dos verbos “dar, bater e soar” for a palavra “sino, relógio ou carrilhão”, o verbo concordará com esse sujeito.
13. O pronome apassivador “SE” exige que o verbo (transitivo direto ou transitivo direto e indireto) concorde com o seu sujeito passivo.
Lembre-se de que, neste caso, é possível a transformação da passiva sintética em analítica. Veja: “Novas informações lhe foram transmitidas sobre...”.
Observe abaixo exemplos, que foram extraídos de provas de concursos públicos, em que NÃO se obedeceu à concordância do verbo com o seu sujeito passivo (destacamos o verbo em cor laranja e sublinhamos o núcleo do sujeito passivo):
Ainda não se encontraram, para essas duas tendências contraditórias, qualquer possibilidade de harmonização. ( Corrija-se para “... não se encontrou...”)
A todos esses atos supostamente cruéis, cometidos no reino animal, aplicam-se, acima do bem e do mal, a razão da propagação das espécies. ( Corrija-se para “..., aplica-se,...)
Incluem-se entre os inúmeros efeitos da obsessão pela forma física a busca de produtos de consumo, sobretudo os esportivos e os dietéticos. ( Corrija-se para “Inclui-se...”)
14. Os verbos intransitivos, os transitivos indiretos e os de ligação associados a um pronome “SE” ficam na terceira pessoa do singular. O “SE” funcionará como “índice de indeterminação do sujeito”.
15. Com a expressão “haja vista” – que significa ‘tenha-se em vista, leve-se em conta, considere-se’ – admitem-se as seguintes concordâncias:
Observação:
Nunca se esqueça, porém, de que, com esta expressão, a palavra “vista” é sempre invariável.
Regra geral: O sujeito composto exige o verbo da concordância no plural.
Dica: Deste ponto em diante, estudaremos as regras que, de alguma forma, fogem da regra geral. Não se afobe! Sugiro que, se estiver cansado, pare um pouco. Descanse e volte.
Procure entender o porquê da regra, não se esquecendo de que a regra maior sempre exige o verbo no plural quando o sujeito é composto. Vamos lá!
1. Quando o sujeito composto vier posposto ao verbo, é lícito que se concorde com o núcleo mais próximo desse sujeito ou, como nos orienta a regra geral, com ambos os núcleos.
Observação:
Quando se exprime reciprocidade, o verbo vai sempre para o plural. Observe:
“Eram olhos, onde lutavam amor profundo e cólera violenta.” (A. Herculano)
Falamos com a mulher em cujo coração estavam vida e morte.
2. Quando o sujeito composto é formado por núcleos sinônimos, ou quase sinônimos, ou ainda se tais núcleos constituem uma gradação, o verbo poderá concordar tanto no singular quanto no plural.
Observações:
a) Tenha muito cuidado com esta regra. Não é qualquer tipo de sujeito composto que possibilitará o verbo no singular. A concordância no singular é possível pela unidade semântica que esses sujeitos representam.
b) Quando a gradação do sujeito for resumida por um termo, só com este termo se fará a concordância. Veja:
c) É fundamental também não se esquecer de que a concordância no singular, nesta regra, só é possível, porque há também uma unidade de singular entre os núcleos do sujeito. Basta um dos núcleos vir no plural para que só o plural seja admissível para o verbo da concordância. Veja:
Agora...
O rancor, as mágoas, a cólera, a ira, o ódio sempre fazem mal ao homem.
3. Quando o sujeito composto é resumido por um pronome indefinido (tudo, toda, nada, ninguém, cada um etc.), o verbo concordará com este pronome resumitivo.
4. Quando os núcleos do sujeito forem infinitivos não precedidos de determinante, o verbo concordará na terceira pessoa do singular.
Dica: Para aprofundar este conhecimento, confronte esta regra com a regra do sujeito oracional, estudado no final deste capítulo.
Observação:
Se os infinitivos vierem precedidos de determinantes ou se indicarem ideias contrárias, o verbo irá para o plural:
O comer e o beber exigem de todos nós moderação.
Nascer e morrer constituem os limites de nossa vida.
5. Quando os núcleos do sujeito são ligados por “OU”, devem-se observar as seguintes orientações:
a) Se houver ideia de exclusão ou de sinonímia o verbo concordará com o núcleo do sujeito mais próximo
b) Se houver ideia de inclusão o verbo concordará com ambos os núcleos
c) Se houver ideia de retificação o verbo concordará com o núcleo do sujeito mais próximo
6. Quando o sujeito é formado pela expressão “um ou outro”, o verbo da concordância fica obrigatoriamente no singular.
Você não dá esmolas, mas um ou outro amigo seu dá.
Acredito que uma ou outra camisa lhe fica muito bem.
Para aquele deputado um ou outro ministério lhe conviria.
7. Quando o sujeito é formado pelas expressões “Um e outro” ou “Nem um nem outro”, embora haja uma preferência para o plural, a concordância pode ser feita tanto no singular quanto no plural.
Não adianta correr, pois nem um nem outro escapará / escaparão.
Um e outro participante da maratona alegou / alegaram que houve fraude na competição.
Paula e Joana foram reprovadas nos estudos. Nem uma nem outra quis / quiseram falar sobre o fato.
Quando ele caiu em campo, um e outro jogador tentou / tentaram socorrê-lo, mas foi tarde demais.
Lembrete:
“A esta altura do campeonato”, convém não esquecer: os verbos que indicam reciprocidade concordam no plural – 3.ª pessoa.
8. Quando os núcleos do sujeito são unidos por “Nem... nem...”, o verbo da concordância poderá ficar tanto no singular quanto no plural.
Nem o Sport nem o Náutico ganhará / ganharão o torneio este ano.
Nem honra, nem desonra, nem alegria, nem tristeza o faziam / fazia chorar.
Observação:
Se houver pronomes pessoais indicando pessoais gramaticais diferentes, o verbo da concordância obedecerá à lei da primazia (1.ª pessoa prevalece sobre as demais; 2.ª pessoa prevalece sobre a terceira).
9. Quando os núcleos do sujeito são unidos pela preposição “COM”, o verbo da concordância poderá ficar no singular ou no plural.
O amigo com os seus melhores colegas foi / foram tomar satisfações com o outro grupo em virtude do ocorrido.
Ele ficou sabendo que o bandido com vários de seus comparsas tentariam / tentaria invadir a fábrica à noite.
O empresariado brasileiro com toda a sua assessoria poderá / poderão perceber a qualquer momento que a economia não vai bem.
Observação:
Lembre-se de que se o verbo anteceder ao sujeito, ele só poderá concordar com o núcleo mais próximo.
A nova diretora com todos os seus professores participará / participarão da inauguração do Grêmio acadêmico.
Participará da inauguração do Grêmio acadêmico a nova diretora com todos os seus professores.
10. Quando os núcleos do sujeito vierem unidos pela conjunção “como”, embora haja a preferência para o plural, o verbo da concordância poderá ficar no singular ou no plural.
11. Quando os núcleos do sujeito vierem ligados por conjunções correlatas (Não só... mas também; Não só... bem como; Não só... mas também; Tanto... quanto; Tanto... como etc.), o verbo irá para o plural.
Observação:
Há gramáticos que também admitem, para este caso, a concordância no singular. Para estas correlações aditivas – as quais literalmente indicam soma, adição, acréscimo – parece-nos mais lógica, entretanto, a concordância apenas no plural.
Tanto o leite quanto o pão subiu / ou / subiram de preço
Não só o amigo mais íntimo como também toda a parentela foi / ou / foram visitá-lo na enfermidade.
Ufa!! Quanta regra, hein??!! Sugiro que descanse um pouco antes de iniciar a próxima etapa. Nossa missão será estudar um verbo que, por suas características, possui uma concordância toda especial, toda particular: o verbo SER. O assunto não é difícil e não são muitas as regras. Mantenha a calma! Continue firme!
O verbo “SER” é, como já disse, um verbo especial. Para a gramática normativa ele é considerado, quando empregado na função de verbo de ligação, um verbo desprovido de significado, não nocional. Em virtude desse esvaziamento semântico e da busca por uma melhor eufonia, em muitos casos o verbo SER deixará de concordar com o seu sujeito e passará a concordar com o seu predicativo. Observe agora as regras mais comuns para o emprego correto desse verbo:
1. Quando o sujeito é representado pelos pronomes neutros “tudo, isto, aquilo, o”, o verbo SER pode concordar tanto com o seu sujeito quanto com o seu predicativo:
Como se sabe, nem tudo na vida é / são flores.
O que ele mais admira em você é / são seus belos olhos verdes.
2. Quando o sujeito é formado por um substantivo e o predicativo também é um substantivo, ambos indicando coisas, o verbo SER poderá concordar tanto com o sujeito quanto com o predicativo:
A maior parte de todo o problema era / eram fricotes da moça.
A cama dele sempre foi / foram restos de jornais velhos.
20% dos alunos foi / foram o número escolhido para representar a escola nos jogos municipais.
3. Quando o sujeito for representado por uma pessoa – sujeito personativo –, o verbo SER deverá obrigatoriamente concordar com este sujeito.
Milena era as alegrias de toda a família.
A criancinha doente é as preocupações de seus pais.
O deputado foi só alegrias quando soube que não ia ser cassado.
4. Quando o verbo SER fizer parte de uma expressão que indica quantidade (peso, medida, preço), ele sempre ficará no singular.
Duzentos gramas de presunto é pouco para a lasanha.
Dez mil reais fora o bastante para ele comprar um bom automóvel.
As quarenta árvores plantadas foi muito para quem só dispõe de dois hectares de terras inférteis.
5. Quando o sujeito ou o predicativo é representado por um pronome do caso reto, o verbo SER obrigatoriamente concorda com esse pronome.
Ele sempre foi os olhos da família.
Nesta terra, o chefe sois vós.
Neste setor da empresa, os responsáveis somos nós.
Eles sabem que eu serei os pilares da organização.
Observação:
Se tanto o sujeito quanto o predicativo forem representados por pronomes do caso reto, o verbo SER concordará obrigatoriamente com o sujeito. Veja:
Já falei que eu não sou ele.
Nós, meu senhor, não somos eles.
6. Quando o verbo SER fizer parte de locuções que indiquem tempo ou distância, ele obrigatoriamente concordará, embora seja impessoal, com a expressão numérica que acompanhar tais locuções:
Entre 1964 e 1985 foram vinte e um anos de muita repressão.
Já devem ser, pela posição do sol, umas cinco horas da tarde.
É meio-dia e meia na cidade de São Paulo e o sol ainda não apareceu.
Hoje são dezesseis de abril.
Observação:
Neste último exemplo também é lícita a concordância “Hoje é dezesseis de abril”, fazendo o verbo concordar com a palavra implícita “dia”. É óbvio que, se a palavra “dia” vier expressa na frase, o verbo obrigatoriamente concordará com ela. Veja:
Hoje é dia dezesseis de abril.
7. Quando o verbo SER fizer parte da locução expletiva ou de realce “É QUE”, ele permanecerá invariável.
É nas horas difíceis que se conhecem os verdadeiros amigos.
Na realidade os homens é que deveriam se amar mais uns aos outros.
8. Quando o sujeito é formado por um pronome interrogativo QUE ou QUEM, o verbo SER concorda obrigatoriamente com o seu predicativo.
Quem foram os culpados por esta desordem?
Que horas são agora, por favor?
Que poderiam ser aquelas luzes ao longe?
Puxa!!! Você conseguiu chegar até aqui!! Parabéns!! Só faltam mais algumas regras para terminar o assunto “concordância verbal”. Não desista!! Nossa próxima incumbência será entender a concordância com o sujeito oracional.
Um dos pontos bastante explorados pelas bancas examinadoras é a concordância com o sujeito oracional. Acompanhe o desenvolvimento a seguir:
Regra geral: O verbo sempre concordará na terceira pessoa do singular com o sujeito oracional.
Observe outros exemplos em que foi feito esse tipo de desdobramento (transformação do período simples em período composto com a formação de um sujeito oracional):
Observação:
Lembre-se de que, em português, os infinitivos e as orações representam o número singular e o gênero masculino. Por isso, o sujeito oracional – que não passa de uma oração que exerce a função sintática de sujeito – exige o verbo da concordância no singular. Ademais, se houver algum adjetivo, este irá para o masculino. Observe, no exemplo abaixo, que o adjetivo participial “considerada” não está concordando com o sujeito oracional.
“Vencer a sujeição ao acaso pode ser considerada uma das errôneas preocupações do pensamento filosófico inaugurado na Grécia.” (ESAF)
Corrija-se para...
“Vencer a sujeição ao acaso pode ser considerado uma das errôneas...”
Como você já está mais familiarizado com o sujeito oracional, vamos abaixo listar as formas como o sujeito oracional se apresenta.
1.ª FORMA
O sujeito oracional é a oração subordinada substantiva subjetiva, desenvolvida e introduzida, geralmente, pelas conjunções integrantes “que” e “se”. Observe os exemplos:
É muito difícil que se cumpram os propósitos que, invariavelmente, se formulam a cada início de ano.
Não se admite que hajam nascido, em quaisquer outras espécies, seres capazes de compor sinfonias.
É imprescindível que se cumpram os acordos firmados em relação à oferta de energia e aos preços adequados, e que se atenda ao aumento da demanda.
Urge que sejam definidas as metas de oferta de energia em quantidade suficiente e preço adequado, para impulsionar o desenvolvimento do país.
Observação:
O importante não é apenas identificar o sujeito oracional. Acima de tudo, é essencial perceber que o verbo (destacado em cor laranja) concorda na 3.ª pessoa do singular com o sujeito oracional.
2.ª FORMA
O sujeito oracional manifesta-se por meio de uma estrutura proverbial ou de uma assertiva categórica, introduzidas pelo pronome relativo condensado “QUEM”, que equivalerá a “AQUELE QUE”. Observe os exemplos abaixo:
Observação:
Mais uma vez fique atento à concordância dos verbos “espantar, comer, ferir, obter e estudar”, usados nos exemplos acima. Veja que todos estão flexionados na 3.ª pessoa do singular para concordar com seus respectivos sujeitos oracionais.
Conselho de amigo: Fique muito atento!! O próximo caso é um dos mais explorados nos concursos públicos.
3.ª FORMA
O sujeito oracional é a oração subordinada substantiva subjetiva, reduzida de infinitivo. Observe os exemplos abaixo (destacamos o verbo – que concorda na 3.ª pessoa do singular – e o sujeito oracional):
Aviso aos navegantes: O próximo caso será um pouco complicado. Sugiro que pare um pouco e descanse a mente (5 minutos é o bastante!). Estude mais de uma vez o caso abaixo; se não entender, consulte o seu professor, o seu orientador.
4.ª FORMA
O sujeito oracional é a oração subordinada substantiva subjetiva, reduzida de infinitivo, e que se encontra posposta e apresenta transitividade incompleta (geralmente o infinitivo é transitivo direto com objeto direto no plural). Observe o exemplo abaixo (destacamos o sujeito oracional em cor laranja):
Os documentos que era preciso encontrar resolveriam o problema.
Observe a construção...
1.ª oração: Os documentos resolveriam o problema.
2.ª oração: que (os documentos) encontrar sujeito oracional para a 3.ª oração
3.ª oração: era preciso
Algumas considerações sobre o exemplo acima:
a) Observe que o pronome relativo “que” é o objeto direto do verbo “encontrar”. Como o relativo se refere a “Os documentos”, teremos, então: “encontrar os documentos”.
b) O verbo “ser” em “era preciso” concorda com o seu sujeito oracional “encontrar os documentos”. Logo, teremos: “Encontrar os documentos era preciso”. Ocorre que o termo “os documentos”, no exemplo, está representado pelo pronome relativo “que”.
Vejamos outros exemplos:
Observações sobre esse último caso:
a) Perceba que, em todos os exemplos, a função sintática do pronome relativo “que” é definida pelo infinitivo, o qual representa o núcleo do sujeito oracional.
b) Nos grandes concursos, algumas bancas exploram este tipo de sujeito oracional. É preciso ter muito cuidado para não se fazerem confusões. Veja abaixo uma análise errada de um período que apresenta sujeito oracional posposto com verbo transitivo direto e objeto direto no plural:
Logo, é preciso corrigir o período acima para...
As subvenções que é lícito obter do governo atrapalham as importações.
Outro caso bastante interessante diz respeito à concordância do verbo “parecer”. Isto porque este verbo tem o condão de tanto poder funcionar como verbo auxiliar em uma locução verbal quanto de aparecer como verbo independente, geralmente empregado como intransitivo. Vejamos:
A partir desses primeiros exemplos, chegamos a uma regra:
Outros exemplos:
a)
As estrelas parecem brilhar. (Período simples. Locução verbal. Sujeito simples: “As estrelas”.)
OU
As estrelas parece brilharem. (Período composto. Verbos independentes. Sujeito do verbo parecer é oracional: “Brilharem as estrelas”.)
b)
Alguns animais parecem andar como os pássaros, saltitando.
OU
Alguns animais parece andarem como os pássaros, saltitando.
c)
As lágrimas pareciam não a deixar viver a vida.
OU
As lágrimas parecia não a deixarem viver a vida.
Observação:
A essa mesma regra obedecem os verbos “ver-se” e “ouvir-se” quando são seguidos de um infinitivo.
Nunca mais se ouviu os acordes do hino de Pernambuco tocarem.
OU
Nunca mais se ouviram os acordes do hino de Pernambuco tocar.
Observação:
Não se esqueça de que o sujeito oracional nada mais é do que uma oração subordinada substantiva subjetiva.
Um último caso bastante intrigante de concordância se dá com os verbos “costumar, poder, dever, precisar” em construções passivas seguidas de um infinitivo transitivo direto. Tais verbos poderão tanto formar uma locução verbal com o infinitivo como poderão concordar na 3.ª pessoa do singular com o sujeito oracional formado a partir do infinitivo. Observe o diagrama:
VERBOS |
PARTÍCULA |
INFINITIVO |
NOME NO PLURAL |
COSTUMAR PODER DEVER PRECISAR |
SE |
||
Estes verbos poderão se flexionar, formando uma locução verbal com o infinitivo, ou ficar na 3.ª pessoa do singular para concordar com o sujeito oracional. |
Funcionará como partícula apassivadora |
Exemplos:
“Concluo que não se devem abolir as loterias.” (Machado de Assis)
“Mas a V. Ex.ª pode-se dizer estas cousas, porque pertence à elite: a desgraça de Portugal é a falta de gente.” (Eça de Queiroz)
Chegamos ao final!! Agora é o momento de praticar. Procure resolver todos os exercícios abaixo.
Concordância Verbal
1. (UM-SP) Já ... muitos anos que se alteraram algumas regras de acentuação, mas ... muitas pessoas que ainda ... ao grafar certas palavras.
a) deve fazer, há, hesitam.
b) devem fazer, tem, excitam.
c) deve fazerem, há, hesita.
d) deve fazer, tem, hesitam.
e) fazem, há, excitam.
2. (FCMSC-SP) Aponte a concordância menos aceitável.
a) Isto são sintomas menos sérios.
b) Aquilo são lembranças de um triste passado.
c) Paula foi os sonhos de toda a família.
d) Aquela jovem tinha duas personalidades.
e) Pedrinho eram as preocupações da família.
3. (TRF 5ª Região – Analista Judiciário – Judiciária) As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:
a) O que há de mais terrível nas cenas de violência transmitidas pela TV estão nas reações de indiferença de alguns espectadores.
b) Não se devem responder aos sacrifícios humanos com o cinismo de quem se julga superior.
c) Não se levante contra o pessimista as acusações de imobilismo moral e inconsequência política.
d) Ainda que não houvessem outras razões, o surdo idealismo dos pessimistas bastaria para os aceitarmos.
e) Os otimistas não julguem os pessimistas, nem estes àqueles, pois ambos convergem para alguma forma de idealismo.
4. (PUC-SP) Assinale a alternativa correspondente à frase em que a concordância verbal esteja correta.
a) Discutiu-se a semana toda os acordos que têm de ser assinados nos próximos dias.
b) Poderá haver novas reuniões, mas eles discutem agora sobre que produtos recairão, a partir de janeiro, a taxa de exportação.
c) Entre os dois diretores deveria existir sérias divergências, pois a maior parte dos funcionários nunca os tinha visto juntos.
d) Faltava ainda dez votos, e já se comemoravam os resultados.
e) Eles hão de decidir ainda hoje, pois faz mais de dez horas que estão reunidos naquela sala.
5. (UEL-PR) Já ... uns doze anos que ele não voltava à terra natal, por isso não sabia que lá ... ocorrido mudanças.
a) deviam fazerem, havia.
b) devia fazer, haviam.
c) devia fazer, havia.
d) deviam fazer, haviam.
e) deviam fazer, havia.
6. (FCC – TRT 23ª Região – Analista Judiciário) Quanto às normas de concordância verbal, a frase inteiramente correta é:
a) Mais gente, assim como o fez a juíza brasileira, deveriam ponderar as sábias palavras que escolheu Disraeli para convocar a ação dos justos.
b) A muitas pessoas incomodam reconhecer que sua omissão diante da barbárie as torna cúmplices silenciosas dos contraventores e criminosos.
c) É comum calarmos diante dos descalabros a que costumam dar destaque o noticiário da imprensa, e acabamos, assim, por consenti-los.
d) Quando não se opõem à ação do homem acanalhado, quando ocorre essa grave omissão, os homens justos deixam de fazer valer seu peso político.
e) Se tivessem havido firmes reações aos descalabros dos canalhas, estes não desfrutariam, com sua falta de escrúpulo, de um caminho já aplainado.
7. (UM-SP) Assinale a oração em que o verbo não concorda em número e pessoa com o sujeito, ferindo os princípios da concordância.
a) Faltam ainda alguns passos seguros para a aquisição de uma vida pacífica.
b) Existem criações sensatas capazes de superar até as mais espantosas maldades.
c) As desilusões que a perturbam hoje já passaram alguns dias comigo.
d) De sinceras intenções, as pessoas estão saturadas.
e) Exatamente irreais, suas palavras só contem valores supérfluos.
8. (ESAF – AFT) Assinale a opção que corresponde a palavra ou expressão destacada no texto abaixo que foi empregada de acordo com as regras de concordância.
Como nunca antes, a ordem e a cultura do capital mostram inequivocamente o seu rosto inumano, revelam a lógica perversa que as(1) dominam(2) internamente e que, antes, podiam ser escamoteadas(3) a pretexto do confronto com o socialismo: criam, por um lado, grande riqueza e concentração de poder à custa da devastação da natureza, da exaustão da força de trabalho e de uma estarrecedora pobreza. A utilização crescente da informatização e da robotização criam(4), ao dispensar o trabalho humano, os desempregados estruturais, hoje, totalmente descartáveis. E soma-se(5) aos milhões só nos países do Primeiro Mundo.
(Adaptado de Leonardo Boff. Depois de 500 anos: que Brasil queremos? Petrópolis, RJ: Vozes, 2000, p. 41.)
a) (1)
b) (2)
c) (3)
d) (4)
e) (5)
9. (FCC – TRT 23ª Região – Analista Judiciário) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher de modo correto a lacuna da frase:
a) Se a cada um de nós efetivamente ............. (perturbar) os que agem mal, a impunidade seria impossível.
b) ..........................-se (dever) aos homens de ação o aperfeiçoamento estrutural de uma sociedade.
c) Nas palavras dos piores contraventores ............... (costumar) haver insolentes alusões à moralidade.
d) Aos bons cidadãos não ................... (ocorrer) que os maus contam com o silêncio da sociedade para seguirem sendo o que são.
e) Aqueles de quem não .................... (advir) qualquer reação contra os desonestos acabam estimulando a corrupção.
10. (UEL-PR) Acredito que ... muitas enchentes, pois ... fatos que ... afirmá-lo.
a) haverão – ocorre – permitem.
b) haverá – ocorre – permitem.
c) haverá – ocorrem – permitem.
d) haverão – ocorre – permite.
e) haverão – ocorrem – permite.
11. (FCC – TRF 3ª Região – Analista Judiciário) As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase:
a) Não se imputem aos adolescentes de hoje a exclusiva responsabilidade pelo fato, lastimável, de aspirarem a tão pouco.
b) A presença maciça, em nossas telas, de tantas ficções, não nos devem fazer crer que sejamos capazes de sonhar mais do que as gerações passadas.
c) Se aos jovens de hoje coubesse sonhar no ritmo das ficções projetadas em nossas telas, múltiplos e ágeis devaneios se processariam.
d) Ficaram como versões melhoradas da nossa vida acomodada de hoje o vestígio dos nossos sonhos de ontem.
e) Ao pretender que se mobilize os estudantes para as exigências do mercado de trabalho, o professor de nossas escolas impede-os de sonhar.
12. (FCC – TRF 3ª Região – Analista Judiciário) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente a lacuna da frase:
a) Para que não ...... (restringir) o sonho de um jovem, as imposições do mercado de trabalho devem ter sua importância relativizada.
b) Seria essencial que nunca ...... (faltar) aos adolescentes, mesmo em nossos dias pragmáticos, a liberdade inclusa nos sonhos.
c) Entre as duas hipóteses que ...... (examinar), considera o autor que o elemento comum é redução da capacidade de sonhar.
d) Não se ...... (delegar) às escolas a missão exclusiva de preparar os jovens para sua inserção no mercado de trabalho.
e) É pena que ...... (faltar) aos jovens a referência dos sonhos que seus pais já tenham alimentado em sua época de adolescentes.
13. (ESAF – AFRFB) Os trechos abaixo constituem um texto adaptado de O Globo. Assinale a opção que apresenta erro de concordância.
a) Para sustentar um crescimento duradouro nos moldes do registrado no ano passado, a economia brasileira precisa se preparar, multiplicando seus investimentos, que, aliás, parecem deslanchar. Mas leva algum tempo até que atinjam a fase de maturação.
b) Nesse período, seria preferível que a economia crescesse em ritmo moderado, na faixa de 4% a 5% ao ano, para evitar pressões indesejáveis sobre os preços ou uma demanda explosiva por importações, o que poderia comprometer em futuro próximo as contas externas do país.
c) O Brasil felizmente tem uma economia de mercado, na qual controles artificiais não funcionam ou causam enormes distorções. As iniciativas de política econômica para se buscar um equilíbrio conjuntural deve, então, se basear nos conhecidos mecanismos de mercado.
d) No caso do Banco Central, o instrumento que tem mais impacto sobre as expectativas de curto prazo, sem dúvida, é a taxa básica de juros, que estabelece um piso para a remuneração dos títulos públicos e, em consequência, para as demais aplicações financeiras e operações de crédito não subsidiado.
e) Se a taxa de juros precisa agir sozinha na busca desse equilíbrio conjuntural, o aperto monetário pode levar os agentes econômicos a reverem seus planos de investimento, e com isso o ajuste se torna mais moroso, sacrificando emprego e renda.
14. (FCC – TRF 3ª Região– Analista Judiciário) Considerando-se as normas de concordância verbal, há uma incorreção na frase:
a) Tão rápidos quanto os “cliques” das mágicas maquininhas são o prazer e o enfado que caracterizam as modernas sessões de fotografia.
b) Não é de se crer que todos os produtos com alta tecnologia cheguem a se banalizar, já que a banalidade está nas circunstâncias em que se venham a utilizá-los.
c) Não compete nem aos cientistas nem aos produtores responsabilizar-se pelas consequências da utilização do que nos oferecem.
d) Quantos mais inventos haja, mais impulsivos hão de ser nossos desejos de os consumir, como vem sucedendo no caso dos engenhos eletrônicos.
e) Seria de se esperar que se associassem à moderna tecnologia apenas os benefícios reais, que a ela se tributassem tão somente vantagens inequívocas.
15. (Fatec-SP) Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.
a) Devem haver outras razões para ele ter desistido.
b) Foi então que começou a chegar um pessoal estranho.
c) Queria voltar a estudar, mas faltava-lhe recursos.
d) Não se admitirá exceções.
e) Basta-lhe dois ou três dias para resolver isso.
16. (FCC – Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados) A forma verbal de singular que também poderia ter sido empregada corretamente no plural está grifada na frase
a) ... a ordem social era imutável...
b) ... e a Igreja, junto com o poder absolutista, tinha o monopólio da informação.
c) ... num processo que também gerou a onda de inovação ...
d) ... quando isso vai de encontro aos interesses da comunidade...
e) ... em que ela está inserida.
17. (UFCE-CE) Complete as seguintes frases observando a concordância verbal e, depois, assinale a opção certa.
1. Como ... haver pessoas tão generosas. (poder – imperf. do ind.)
2. ...-se, muito longe, os sinos da igreja. (ouvir – imperf. do ind.)
3. ... muitos anos que ela não vai a festas. (fazer – pres. do ind.)
4. Eles sempre se ... com dignidade. (haver – perf. do ind.)
5. ...-se muitas pessoas dirigindo-se à matriz. (ver – pres. do ind.)
a) podia, ouviam, faz, houveram, veem.
b) podiam, ouvem, fazem, houveram, vêm.
c) podia, ouvia, faz, havia, veem.
d) pôde, ouve, fazem, houveram, veem.
e) n.d.a.
18. (FCC – Metrô/SP – Supervisor de Linha) Tendo em vista as normas de concordância verbal, é preciso corrigir a seguinte frase:
a) Podiam-se assistir com prazer às danças das chamas na lareira.
b) Mal haviam decorrido alguns minutos, o líder foi para junto da lareira.
c) Na lareira queimavam-se as achas e produzia-se a dança das chamas.
d) Nenhum dos gestos do líder deixava de ser analisado pelo dono da casa.
e) Não escapava ao liderado o sentido dos gestos produzidos pelo líder.
19. (Unibero-SP) Em todas as alternativas, exceto em uma, o verbo pode ir para o plural ou ficar no singular:
a) Mais de uma pessoa (atingir) a meta.
b) Um bando de andorinhas (pousar) no varal.
c) Pequena parte dos cantores (dar) um agudo.
d) Um grande número de maritacas (grasnar).
20. (FCC – PBGÁS/PB) As normas de concordância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas na frase:
a) Diante das imagens que na tela se sucede, o usuário de um computador parece hipnotizado.
b) Principais responsáveis pelos primeiros meios de transporte, a tração animal veio a ser substituída pela dos motores.
c) Se fossem mais intensos por serem mais velozes, nossa reflexão e nossa emoção estariam hoje num invejável patamar.
d) Uma vez que passe a atrair toda a nossa atenção, bons romances e belas peças musicais afastam nossa obsessão pela velocidade.
e) Aos meninos diante das telas não costuma ocorrer que a velocidade que os preocupa acelera também a passagem da infância.
Concordância Verbal
Deixamos para trás a concordância entre o verbo e o seu sujeito. A partir de agora, nossa preocupação será identificar o substantivo e os termos que a ele se referem. Mais uma vez receba meu apoio. Este assunto, à exceção de uma ou outra regra, é bastante fácil. É preciso, entretanto, ficar bastante atento para perceber a quem o termo está se referindo. Nosso sucesso dependerá desse conhecimento. Bons estudos!!
Observe atentamente o exemplo abaixo:
Perceba que os dois substantivos (amigos e regiões) encontram-se cercados por outros termos que se flexionam no gênero e no número dos substantivos. Estamos, portanto, diante da regra geral da concordância nominal:
O adjetivo, o artigo, o numeral e o pronome adjetivo concordam em gênero e número com o nome a que se referem.
Antes, porém, de iniciarmos as demais regras, convém relembrar:
Não se esqueça também da seguinte orientação:
Veja:
Logo, nosso cuidado daqui para frente será não confundir um advérbio – classe de palavra invariável – com as classes morfológicas que concordam com o substantivo. Para tanto, observe a quem o termo se refere. Se ele fizer referência a um substantivo, deverá concordar com este; se, por outro lado, ele se referir a um adjetivo, a um verbo ou mesmo a um advérbio, o termo em questão será um advérbio, portanto invariável.
Estudaremos agora as demais regras da concordância nominal. Você perceberá que boa parte das regras diz respeito à concordância do adjetivo. Lembre-se, portanto, de que o adjetivo exerce, basicamente, duas funções sintáticas: adjunto adnominal e predicativo.
1. Com os adjetivos compostos, somente o último elemento varia para concordar com o substantivo a que se refere.
Ele fez duas intervenções médico-cirúrgicas.
Firmaram dois grandes acordos sino-franco-lusitanos.
As condições sociopolítico-econômicas do país não condiziam com os princípios da cultura greco-latina.
Observações:
Lembre-se de que os adjetivos “azul-celeste” e “azul-marinho” são invariáveis.
Já com o adjetivo “surdo-mudo” ambos os elementos variam.
Não se esqueça também de que os adjetivos referentes a cor formados por adjetivo mais um substantivo são invariáveis.
Compramos duas blusas azul-celeste.
Falamos com dois surdos-mudos.
Na formatura, usou duas blusas amarelo-canário.
2. Quando um único adjetivo, na função de adjunto adnominal, refere-se a mais de um substantivo, hão de se observar duas vertentes para a concordância:
a) Se o adjetivo vier anteposto, concordará obrigatoriamente com o substantivo mais próximo:
Ele possuía monstruosas mãos e braços.
O bufê servia maravilhosas tortas e salgados.
Em sua viagem, passou muitas horas admirando as magníficas montanhas e mares do sul.
Recuperada a saúde e o ânimo, ele voltou imediatamente ao seu posto de trabalho.
b) Se o adjetivo vier posposto, poderá concordar tanto com o substantivo mais próximo quanto com os dois substantivos no plural. Neste último caso, se os gêneros dos substantivos forem diferentes, prevalecerá o masculino plural para o adjetivo:
Observações:
Se, pela lógica, o adjetivo só puder se referir a um substantivo, será com este substantivo que se efetuará a concordância:
Em sua viagem, alimentou-se de peixe, ovos, saladas e carne bovina.
A cidade sofria por causa do frio e da chuva torrencial.
Se o adjetivo, anteposto ou posposto, estiver se referindo a pessoas, obrigatoriamente deverá concordar no plural com ambos os substantivos:
Ontem assistimos ao show dos ilustres Caetano Veloso e Gilberto Gil.
3. Quando, por outro lado, dois ou mais adjetivos estiverem se referindo a um único substantivo, admitem-se três possibilidades de concordância:
Observação:
Perceba que, no primeiro caso, o substantivo vai para o plural e omite-se o artigo antes dos adjetivos. No segundo exemplo, o substantivo permanece no singular e coloca-se o artigo a partir do segundo adjetivo. No último exemplo, o substantivo fica no singular e omite-se o artigo dos adjetivos.
4. Quando o adjetivo estiver na função de predicativo de um sujeito composto, há duas possibilidades de concordância:
a) Se vier posposto, o adjetivo concordará obrigatoriamente no plural, prevalecendo o masculino se os gêneros dos substantivos forem diferentes:
A ideia e o pensamento tornaram-se obsoletos em virtude dos novos paradigmas.
Quase todas as moças e todas as professoras mantiveram-se caladas ao longo da apresentação dos meninos.
Se os prisioneiros e as sentinelas fossem mais abertos ao diálogo, os problemas do sistema prisional diminuiriam.
b) Se vier anteposto, o predicativo do sujeito poderá concordar com ambos os núcleos ou com o mais próximo.
Jogadas ao vento estavam as cartas e todos os documentos do escritório.
OU
Jogados ao vento estavam as cartas e todos os documentos do escritório.
Satisfeita com o a situação saiu da sala a secretária e o seu auxiliar.
OU
Satisfeitos com a situação saíram da sala a secretária e o seu auxiliar.
Constrangido por causa do vexame ficou o presidente da empresa e dois dos seus secretários.
OU
Constrangidos por causa do vexame ficaram o presidente da empresa e dois dos seus secretários.
Observação:
Perceba que a concordância do adjetivo com o núcleo mais próximo exige, se este núcleo estiver no singular, que a concordância verbal também seja feita no singular.
5. Quando o adjetivo estiver na função de predicativo do objeto, devem-se observar as seguintes orientações:
a) O adjetivo predicativo concordará normalmente em gênero e número com o objeto quando este for simples:
Encontraram todos os documentos do escritório revirados pelos bandidos.
Abandonadas à própria sorte, os parentes mais próximos deixaram as filhas de D. Elza.
Julgaram as moças incapazes de exercer o cargo para o qual elas se candidataram.
b) Quando posposto, o adjetivo predicativo concordará no plural e no gênero prevalente com o objeto formado por mais de um núcleo.
Achou o monarca e a sua esposa simpáticos.
Encontramos o pórtico e a antessala totalmente sujos pela poeira do desabamento do prédio vizinho.
Os funcionários consideram o chefe-de-seção e a sua comitiva incompetentes.
Dois dos reclamantes acusaram a advogada da empresa e o preposto de omissos e parciais.
Observação:
Para facilitar a concordância, transforme os núcleos do objeto direto em um pronome oblíquo átono (o, a, os, as) – observe o gênero de prevalência. Veja:
Achou o monarca e a sua esposa simpáticos. = Achou-os simpáticos.
Encontramos o pórtico e a antessala totalmente sujos pela poeira do desabamento do prédio vizinho. = Encontramo-los totalmente sujos pela poeira do desabamento do prédio vizinho.
Os funcionários consideram o chefe-de-seção e a sua comitiva incompetentes. = Os funcionários consideram-nos incompetentes.
Dois dos reclamantes acusaram a advogada da empresa e o preposto de omissos e parciais. = Dois dos reclamantes acusaram-nos de omissos e parciais.
c) Quando anteposto, o adjetivo predicativo do objeto poderá concordar tanto com o núcleo mais próximo quanto com todos os núcleos do objeto direto. Neste último caso, deve-se observar, é claro, o gênero prevalente.
6. Quando o substantivo vem acompanhado de numerais ordinais, ele pode ficar tanto no singular quanto no plural desde que os numerais venham acompanhados de artigo.
Observação:
Se os numerais ordinais vierem desacompanhados de artigo ou se estiverem pospostos, o substantivo obrigatoriamente irá para o plural.
A empresa ocupava terceiro, quarto e quinto andares do edifício.
A empresa ocupava os andares terceiro, quarto e quinto do edifício.
7. O particípio passivo concorda com o seu sujeito passivo em gênero e número.
Foram postas em discussão todas as propostas do novo diretor.
Novas bolas e alguns enfeites haviam sido comprados antecipadamente.
Passadas duas semanas do acidente, eles ainda não estavam recuperados.
As novas ideias do grupo foram imediatamente rejeitadas pelo líder da excursão.
1. As palavras “MESMO, PRÓPRIO, LESO, QUITE, OBRIGADO, INCLUSO, ANEXO, QUALQUER” concordam com a palavra a que se referem.
Elas próprias irão resolver o conflito.
As flores, elas mesmas desabrocham para si próprias.
A moça respondeu muito obrigada.
Seguem anexas ao processo todas as cópias dos relatórios solicitados.
Em suas ações, ele cometeu um crime de lesa-pátria.
Todos estavam quites com o serviço militar.
Iam inclusas as radiografias que ele tirara numa clínica do interior.
Quaisquer que sejam as suas intenções, nós as rejeitamos antecipadamente.
Observação:
A expressão “em anexo” é invariável.
2. As palavras “MEIO, BASTANTE, CARO, BARATO, MUITO, POUCO, LONGE” ora funcionam como advérbios – invariáveis, portanto –, ora funcionam como adjetivos, numeral – no caso da palavra “meio” – ou pronomes adjetivos, concordando com o termo a que se referem.
3. As palavras “MENOS, ALERTA e PSEUDO” são invariáveis. Veja:
Todos os soldados permaneceram alerta.
Havia menos pessoas do que se esperava.
No exame, encontraram-se bactérias pseudofilamentadas.
Não confunda a palavra ALERTA invariável com o substantivo ALERTA. Quando invariável, a palavra ALERTA denota modo, posição, situação. Observe:
4. A palavra “SÓ” ora funciona como advérbio – invariável – na acepção de “somente, apenas”, ora funciona como adjetivo, significando “sozinho”. Como adjetivo, concorda com o termo a que se refere.
Observação:
A expressão “a sós” é invariável. Significa “sozinho(s), sozinha(s).
5. Expressões formadas pelo verbo SER mais um ADJETIVO (é bom, é preciso, é proibido, é permitido, é necessário etc.), obedecem às seguintes regras:
a) Quando o substantivo está empregado em sentido geral, abstrato, não específico – sempre aparece sem artigo, sem determinante – a expressão formada pelo verbo “ser” seguido de um adjetivo permanece invariável.
b) Quando o substantivo vem acompanhado por artigo ou por qualquer outro determinante, empregado em sentido específico, não geral, o adjetivo predicativo concorda com o seu sujeito.
6. Com as expressões “O MAIS POSSÍVEL / OS MAIS POSSÍVEIS, O MENOS POSSÍVEL / OS MENOS POSSÍVEIS, O PIOR POSSÍVEL / OS PIORES POSSÍVEIS”, pode-se deixar o adjetivo e o artigo no singular ou flexionar-se no plural, simultaneamente, o artigo e o adjetivo.
Eles trouxeram as mais geladas cervejas possíveis.
Os argumentos apresentados eram o mais inverídicos possível.
Sempre nos recebia com pratos os mais requintados possíveis.
Em nossa viagem, passamos por ruas o mais esburacadas possível.
Observação:
Há uma terceira possibilidade de concordância em que se deixa apenas a palavra “possível” invariável. O artigo acompanhará o substantivo e o advérbio “mais” ficará posposto a este substantivo. Esta construção é, entretanto, pouco encontrada nos grandes escritores.
Nós vimos os carros mais belos possível na última feira do automóvel.
Na casa do tio João, podem-se colher as frutas mais saborosas possível.
7. Com as expressões ALGO DE / NADA DE / POUCO DE / MUITO DE/ UM QUÊ DE / QUE DE o adjetivo que as acompanha poderá tanto concordar com o sujeito quanto ficar invariável.
Que de tão sedutor / sedutoras tinham aquelas garotas?
As músicas tocadas tinham um quê de melancólico / melancólicas.
Nossa vida nada tem de trágico / trágica.
Os móveis adquiridos em um brechó pouco tinham de antigo / antigos.
8. Com a locução pronominal “tal qual”, o “tal” concordará com o termo que o antecede enquanto o “qual” concordará com o termo que o sucede.
Os filhos eram tais qual o pai.
Os gramados da cidade pareciam tais qual um grande rio verde.
1. (UM-SP)
I. Os brasileiros somos todos eternos sonhadores.
II. Muito obrigadas! Disseram as moças.
III. Sr. Deputado, V. Ex.ª está enganado.
IV. A pobre senhora ficou meia confusa.
V. São muito estudiosos os alunos e as alunas deste curso.
Há uma concordância inaceitável, de acordo com a gramática normativa:
a) em I e II.
b) em II, III e V.
c) apenas em II.
d) apenas em III.
e) apenas em IV.
2. (F. Cásper Liberto-SP) Faça a concordância.
“V.A. ... hoje, pois ... demais, caro Príncipe.”
a) estais cansada, andou.
b) está cansado, andou.
c) estais cansado, andaste.
d) está cansado, andaste.
3. (FMIT-MG) Em todas as frases a concordância se fez corretamente, exceto em:
a) Os soldados, agora, estão todos atentos.
b) Ela possuía bastante recursos para viajar.
c) As roupas das moças eram as mais belas possíveis.
d) Rosa recebeu o livro e disse: “Muito obrigada”.
e) Sairei de São Paulo hoje, ao meio-dia e meia.
4. (UFV-MG) Todas as alternativas abaixo estão corretas quanto à concordância nominal, exceto:
a) Foi acusado de crime de lesa-justiça.
b) As declarações devem seguir anexas ao processo.
c) Eram rapazes os mais elegantes possível.
d) É necessário cautela com os pseudolíderes.
e) Seguiram automóveis, cereais e geladeiras exportados.
5. (UEL-PR) “Ao esforço e à seriedade ... ao estudo é que ... os louvores que ele tem recebido ultimamente.”
a) consagrado, devem ser atribuídos.
b) consagrada, deve ser atribuído.
c) consagrados, devem ser atribuídos.
d) consagradas, deve ser atribuído.
e) consagrados, deve ser atribuído.
6. (UFS-SE) “Já ... 8 horas quando se ... os debates sobre cinema e literatura...”
a) seria – iniciou – brasileira.
b) seria – iniciaram – brasileiras.
c) seria – iniciou – brasileiros.
d) seriam – iniciaram – brasileira.
7. (FCC-SP) Assinale a alternativa em que a concordância verbal e nominal está correta.
a) Já é meio-dia e meia; faltam poucos minutos para começar a reunião.
b) Comprei um óculos escuro nesta loja. Consegue-se bons descontos aqui.
c) Vão fazer dez anos que trabalho aqui e ainda é proibido a minha entrada na sala da Diretoria!
d) Duzentas gramas de queijo são demais para fazer torta.
e) A gente fomos ao cinema no domingo e lá haviam amigos nossos na fila.
8. (FFCLBH-MG) Em todas as alternativas há problemas de concordância segundo a norma culta da linguagem, exceto:
a) “O embarque de June surpreendeu a maioria das pessoas (aproximadamente 100) que foram ao Aeroporto Internacional do Rio, para a despedida do presidente.” (Folha de S. Paulo)
b) Compra-se lotes e casas.
c) “... mesmo assim, ali está a vergonha escancarada da guerra, no quintal de todos que fazem questão de virar o rosto para o outro lado. O problema é este: não há o outro lado quando se domina as novas tecnologias.” (Folha de S. Paulo)
d) É proibido a entrada de menores de 18 anos em motéis.
9. (Unisinos-RS) O caso de concordância nominal inaceitável aparece em:
a) Nunca houve divergências entre mim e ti.
b) Ela tinha o corpo e o rosto arranhados.
c) Recebeu o cravo e a rosa perfumado.
d) Tinha vãs esperanças e temores.
e) É necessário certeza.
10. (UFPel-RS) A alternativa em que são atendidas as normas de concordância da língua culta é:
a) Precisamos ser benevolentes para com nós mesmos.
b) Já tinham bastante motivos para voltar para casa.
c) Que houvesse ou não existido opiniões contraditórias não nos interessava naquele momento.
d) Sr. Ministro, V. Ex.ª sereis recebido com grande entusiasmo pela população.
e) Surgiu, na escuridão da noite, dois vultos enormes.
11. (UCS-RS)
a) Já fazem tantos anos assim?
b) Acho que devem fazer uns dez anos.
c) Vossas Excelências já podeis considerar o projeto aprovado.
d) Escolhe tu mesmo o que julgas ser melhor para teu futuro.
e) Escolhe você mesmo o que julgas ser melhor para o teu futuro.
12. (FEI-SP) Em qual declaração proibitória ocorre incorreção gramatical?
a) É proibida a entrada.
b) Proíbe-se a entrada de estranhos.
c) É proibido entrar.
d) A eles, foi-lhes proibida a entrada.
e) Proibir-se-á, fora do expediente, as entradas de todos os funcionários.
13. (UCS-RS) Nas questões que seguem, assinale a alternativa correta.
a) Às vezes era solicitado alguns trabalhos extraclasse.
b) Às vezes era solicitados alguns trabalhos extraclasse.
c) Às vezes eram solicitados alguns trabalhos extraclasse.
d) Às vezes eram solicitados alguns trabalhos extraclasse.
e) Às vezes era solicitado alguns trabalhos extraclasse.
14. (UFSCar-SP) Aponte a alternativa em que a concordância nominal não é adequada.
a) Obrigava sua corpulência e exercício e evolução forçada.
b) Obrigava sua corpulência a exercício e evolução forçados.
c) Obrigava sua corpulência a exercício e evolução forçadas.
d) Obrigava sua corpulência a forçado exercício e evolução.
e) Obrigava sua corpulência a forçada evolução e exercício.
15. (PUCC-SP) Assinale a alternativa em que meio funciona como advérbio.
a) Fica no meio do quarto.
b) Quero meio quilo.
c) Está meio triste.
d) Achei o meio de encontrar-te.
e) n.d.a.
16. (PUC-SP) Apenas uma alternativa preenche corretamente os espaços existentes na sentença abaixo.
“Não foi ... a pesada suspensão que lhe deram, porque você foi o que ... falhas apresentou; podiam ter pensado em outras penalidades mais ...”.
a) justo, menas, cabível.
b) justa, menos, cabível.
c) justa, menos, cabíveis.
d) justo, menos, cabível.
e) justo, menas, cabíveis.
17. (ITA-SP) Assinale a alternativa correta.
“... muitos anos que compramos um compêndio e uma gramática ... para estudar a língua e a literatura ...”.
a) Faz – volumoso – luso-brasileiras.
b) Deve fazer – volumosos – portuguesa.
c) Fazem – volumosos – portuguesa.
d) Devem fazer – volumosa – portuguesa.
e) Faz – volumosas – luso-brasileira.
18. (Fameca-SP) Observe a concordância:
1. Entrada proibida.
2. É proibido entrada.
3. A entrada é proibida.
4. Entrada é proibido.
5. Para quem a entrada é proibido?
a) A número 5 está incorreta.
b) A 4 e 5 estão erradas.
c) A 2 está errada.
d) Todas estão certas.
e) A 2 e 5 estão erradas.
19. (F. Objetivo-SP) Assinale a alternativa gramaticalmente correta.
a) O povo brasileiro anseia por uma constituição digna.
b) Era necessário a permanência do médico no hospital.
c) Aconteceu, durante a discussão do processo, graves distúrbios entre os parlamentares.
d) Sua discrição era digna de elogios, pois todos estavam ao par das dificuldades de se manter secreta a negociação.
e) Não mais se lê bons autores naquela escola.
20. (ITA-SP) Dadas as sentenças:
1. Reparem no que o conferencista está dizendo.
2. Devem haver muitas pessoas revoltadas naquele país.
3. Depois do que você me fez, acho que estamos quite.
Deduzimos que:
a) apenas a sentença n.º 1 está correta.
b) apenas a sentença n.º 2 está correta.
c) apenas a sentença n.º 3 está correta.
d) todas estão corretas.
e) n.d.a.
Concordância Nominal
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