Regulamenta a Lei n. 9.790, de 23 de março de 1999, que dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, institui e disciplina o Termo de Parceria, e dá outras providências.
O Presidente da República, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, IV e VI, da Constituição, decreta:
Art. 1.º O pedido de qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público será dirigido, pela pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos que preencha os requisitos dos arts. 1.º, 2.º, 3.º e 4.º da Lei n. 9.790, de 23 de março de 1999, ao Ministério da Justiça por meio do preenchimento de requerimento escrito e apresentação de cópia autenticada dos seguintes documentos:
I - estatuto registrado em Cartório;
II - ata de eleição de sua atual diretoria;
III - balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício;
IV - declaração de isenção do imposto de renda;
•• Inciso IV com redação determinada pelo Decreto n. 8.726, de 27-4-2016.
V - inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes/Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CGC/CNPJ; e
•• Inciso V com redação determinada pelo Decreto n. 8.726, de 27-4-2016.
VI - declaração de estar em regular funcionamento há, no mínimo, três anos, de acordo com as finalidades estatutárias.
•• Inciso VI acrescentado pelo Decreto n. 8.726, de 27-4-2016.
Art. 2.º O responsável pela outorga da qualificação deverá verificar a adequação dos documentos citados no artigo anterior com o disposto nos arts. 2.º, 3.º e 4.º da Lei n. 9.790, de 1999, devendo observar:
I - se a entidade tem finalidade pertencente à lista do art. 3.º daquela Lei;
II - se a entidade está excluída da qualificação de acordo com o art. 2.º daquela Lei;
III - se o estatuto obedece aos requisitos do art. 4.º daquela Lei;
IV - na ata de eleição da diretoria, se é a autoridade competente que está solicitando a qualificação;
V - se foi apresentado o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício;
VI - se a entidade apresentou a declaração de isenção do imposto de renda à Secretaria da Receita Federal; e
•• A Secretaria da Receita Federal passa a denominar-se Secretaria da Receita Federal do Brasil, por força da Lei n. 11.457, de 16-3-2007.
VII - se foi apresentado o CGC/CNPJ.
Art. 3.º O Ministério da Justiça, após o recebimento do requerimento, terá o prazo de 30 (trinta) dias para deferir ou não o pedido de qualificação, ato que será publicado no Diário Oficial da União no prazo máximo de 15 (quinze) dias da decisão.
§ 1.º No caso de deferimento, o Ministério da Justiça emitirá, no prazo de 15 (quinze) dias da decisão, o certificado da requerente como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
§ 2.º Deverão constar da publicação do indeferimento as razões pelas quais foi denegado o pedido.
§ 3.º A pessoa jurídica sem fins lucrativos que tiver seu pedido de qualificação indeferido poderá reapresentá-lo a qualquer tempo.
Art. 4.º Qualquer cidadão, vedado o anonimato e respeitadas as prerrogativas do Ministério Público, desde que amparado por evidências de erro ou fraude, é parte legítima para requerer, judicial ou administrativamente, a perda da qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
Parágrafo único. A perda da qualificação dar-se-á mediante decisão proferida em processo administrativo, instaurado no Ministério da Justiça, de ofício ou a pedido do interessado, ou judicial, de iniciativa popular ou do Ministério Público, nos quais serão assegurados a ampla defesa e o contraditório.
Art. 5.º Qualquer alteração da finalidade ou do regime de funcionamento da organização, que implique mudança das condições que instruíram sua qualificação, deverá ser comunicada ao Ministério da Justiça, acompanhada de justificativa, sob pena de cancelamento da qualificação.
Art. 6.º Para fins do art. 3.º da Lei n. 9.790, de 1999, entende-se:
I - como Assistência Social, o desenvolvimento das atividades previstas no art. 3.º da Lei Orgânica da Assistência Social;
• Lei Orgânica da Assistência Social: Lei n. 8.742, de 7-12-1993.
II - por promoção gratuita da saúde e educação, a prestação destes serviços realizada pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público mediante financiamento com seus próprios recursos.
§ 1.º Não são considerados recursos próprios aqueles gerados pela cobrança de serviços de qualquer pessoa física ou jurídica, ou obtidos em virtude de repasse ou arrecadação compulsória.
§ 2.º O condicionamento da prestação de serviço ao recebimento de doação, contrapartida ou equivalente não pode ser considerado como promoção gratuita do serviço.
Art. 7.º Entende-se como benefícios ou vantagens pessoais, nos termos do inciso II do art. 4.º da Lei n. 9.790, de 1999, os obtidos:
I - pelos dirigentes da entidade e seus cônjuges, companheiros e parentes colaterais ou afins até o terceiro grau;
II - pelas pessoas jurídicas das quais os mencionados acima sejam controladores ou detenham mais de 10% (dez por cento) das participações societárias.
Art. 8.º Será firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, Termo de Parceria destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3.º da Lei n. 9.790, de 1999.
Parágrafo único. O órgão estatal firmará o Termo de Parceria mediante modelo padrão próprio, do qual constarão os direitos, as responsabilidades e as obrigações das partes e as cláusulas essenciais descritas no art. 10, § 2.º, da Lei n. 9.790, de 1999.
Art. 9.º O órgão estatal responsável pela celebração do Termo de Parceria verificará previamente:
•• Caput com redação determinada pelo Decreto n. 7.568, de 16-9-2011.

I - a validade do certificado de qualificação expedida pelo Ministério da Justiça, na forma do regulamento;
•• Inciso I com redação determinada pelo Decreto n. 8.726, de 27-4-2016.
II - o regular funcionamento da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público; e
•• Inciso II acrescentado pelo Decreto n. 7.568, de 16-9-2011.
III - o exercício pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público de atividades referentes à matéria objeto do Termo de Parceria nos últimos três anos.
•• Inciso III acrescentado pelo Decreto n. 7.568, de 16-9-2011.
Art. 9.º-A. É vedada a celebração de Termo de Parceria com Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público que tenham, em suas relações anteriores com a União, incorrido em pelo menos uma das seguintes condutas:
•• Caput acrescentado pelo Decreto n. 7.568, de 16-9-2011.
I - omissão no dever de prestar contas;
•• Inciso I acrescentado pelo Decreto n. 7.568, de 16-9-2011.
II - descumprimento injustificado do objeto de convênios, contratos de repasse ou termos de parceria;
•• Inciso II acrescentado pelo Decreto n. 7.568, de 16-9-2011.
III - desvio de finalidade na aplicação dos recursos transferidos;
•• Inciso III acrescentado pelo Decreto n. 7.568, de 16-9-2011.
IV - ocorrência de dano ao Erário; ou
•• Inciso IV acrescentado pelo Decreto n. 7.568, de 16-9-2011.
V - prática de outros atos ilícitos na execução de convênios, contratos de repasse ou termos de parceria.
•• Inciso V acrescentado pelo Decreto n. 7.568, de 16-9-2011.
Art. 10. Para efeitos da consulta mencionada no art. 10, § 1.º, da Lei n. 9.790, de 1999, o modelo a que se refere o parágrafo único do art. 8.º deverá ser preenchido e remetido ao Conselho de Política Pública competente.
§ 1.º A manifestação do Conselho de Política Pública será considerada para a tomada de decisão final em relação ao Termo de Parceria.
§ 2.º Caso não exista Conselho de Política Pública da área de atuação correspondente, o órgão estatal parceiro fica dispensado de realizar a consulta, não podendo haver substituição por outro Conselho.
§ 3.º O Conselho de Política Pública terá o prazo de 30 (trinta dias), contado a partir da data de recebimento da consulta, para se manifestar sobre o Termo de Parceria, cabendo ao órgão estatal responsável, em última instância, a decisão final sobre a celebração do respectivo Termo de Parceria.
§ 4.º O extrato do Termo de Parceria, conforme modelo constante do Anexo I deste Decreto, deverá ser publicado pelo órgão estatal parceiro no Diário Oficial, no prazo máximo de 15 (quinze) dias após a sua assinatura.
Art. 11. Para efeito do disposto no art. 4.º, inciso VII, c e d, da Lei n. 9.790, de 1999, entende-se por prestação de contas a comprovação da correta aplicação dos recursos repassados à Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
§ 1.º As prestações de contas anuais serão realizadas sobre a totalidade das operações patrimoniais e resultados das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público.
§ 2.º A prestação de contas será instruída com os seguintes documentos:
I - relatório anual de execução de atividades;
II - demonstração de resultados do exercício;
III - balanço patrimonial;
IV - demonstração das origens e aplicações de recursos;
V - demonstração das mutações do patrimônio social;
VI - notas explicativas das demonstrações contábeis, caso necessário; e
VII - parecer e relatório de auditoria nos termos do art. 19 deste Decreto, se for o caso.
Art. 12. Para efeito do disposto no § 2.º, V, do art. 10 da Lei n. 9.790, de 1999, entende-se por prestação de contas relativa à execução do Termo de Parceria a comprovação, perante o órgão estatal parceiro, da correta aplicação dos recursos públicos recebidos e do adimplemento do objeto do Termo de Parceria, mediante a apresentação dos seguintes documentos:
I - relatório anual de execução de atividades, contendo especificamente relatório sobre a execução do objeto do Termo de Parceria e comparativo entre as metas propostas e os resultados alcançados;
•• Inciso I com redação determinada pelo Decreto n. 8.726, de 27-4-2016.
II - demonstrativo integral da receita e despesa realizadas na execução;
III - extrato da execução física e financeira;
•• Inciso III com redação determinada pelo Decreto n. 8.726, de 27-4-2016.
IV - demonstração de resultados do exercício;
•• Inciso IV com redação determinada pelo Decreto n. 8.726, de 27-4-2016.
V - balanço patrimonial;
•• Inciso V acrescentado pelo Decreto n. 8.726, de 27-4-2016.
VI - demonstração das origens e das aplicações de recursos;
•• Inciso VI acrescentado pelo Decreto n. 8.726, de 27-4-2016.
VII - demonstração das mutações do patrimônio social;
•• Inciso VII acrescentado pelo Decreto n. 8.726, de 27-4-2016.
VIII - notas explicativas das demonstrações contábeis, caso necessário; e
•• Inciso VIII acrescentado pelo Decreto n. 8.726, de 27-4-2016.
IX - parecer e relatório de auditoria, na hipótese do art. 19.
•• Inciso X acrescentado pelo Decreto n. 8.726, de 27-4-2016.
Art. 13. O Termo de Parceria poderá ser celebrado por período superior ao do exercício fiscal.
§ 1.º Caso expire a vigência do Termo de Parceria sem o adimplemento total do seu objeto pelo órgão parceiro ou havendo excedentes financeiros disponíveis com a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, o referido Termo poderá ser prorrogado.
§ 2.º As despesas previstas no Termo de Parceria e realizadas no período compreendido entre a data original de encerramento e a formalização de nova data de término serão consideradas como legítimas, desde que cobertas pelo respectivo empenho.
Art. 14. A liberação de recursos financeiros necessários à execução do Termo de Parceria far-se-á em conta bancária específica, a ser aberta em banco a ser indicado pelo órgão estatal parceiro.
Art. 15. A liberação de recursos para a implementação do Termo de Parceria obedecerá ao respectivo cronograma, salvo se autorizada sua liberação em parcela única.
Art. 16. É possível a vigência simultânea de um ou mais Termos de Parceria, ainda que com o mesmo órgão estatal, de acordo com a capacidade operacional da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
Art. 17. O acompanhamento e a fiscalização por parte do Conselho de Política Pública de que trata o art. 11 da Lei n. 9.790, de 1999, não pode introduzir nem induzir modificação das obrigações estabelecidas pelo Termo de Parceria celebrado.
§ 1.º Eventuais recomendações ou sugestões do Conselho sobre o acompanhamento dos Termos de Parceria deverão ser encaminhadas ao órgão estatal parceiro, para adoção de providências que entender cabíveis.
§ 2.º O órgão estatal parceiro informará ao Conselho sobre suas atividades de acompanhamento.
Art. 18. O extrato da execução física e financeira, referido no art. 10, § 2.º, VI, da Lei n. 9.790, de 1999, deverá ser preenchido pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público e publicado na imprensa oficial da área de abrangência do projeto, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias após o término de cada exercício financeiro, de acordo com o modelo constante do Anexo II deste Decreto.
Art. 19. A Organização da Sociedade Civil de Interesse Público deverá realizar auditoria independente da aplicação dos recursos objeto do Termo de Parceria, de acordo com a alínea c, VII, do art. 4.º da Lei n. 9.790, de 1999, nos casos em que o montante de recursos for maior ou igual a R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais).
§ 1.º O disposto no caput aplica-se também aos casos onde a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público celebre concomitantemente vários Termos de Parceria com um ou vários órgãos estatais e cuja soma ultrapasse aquele valor.
§ 2.º A auditoria independente deverá ser realizada por pessoa física ou jurídica habilitada pelos Conselhos Regionais de Contabilidade.
§ 3.º Os dispêndios decorrentes dos serviços de auditoria independente deverão ser incluídos no orçamento do projeto como item de despesa.
§ 4.º Na hipótese do § 1.º, poderão ser celebrados aditivos para efeito do disposto no parágrafo anterior.
Art. 20. A comissão de avaliação de que trata o art. 11, § 1.º, da Lei n. 9.790, de 1999, deverá ser composta por 2 (dois) membros do respectivo Poder Executivo, um da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público e um membro indicado pelo Conselho de Política Pública da área de atuação correspondente, quando houver.
Parágrafo único. Competirá à comissão de avaliação monitorar a execução do Termo de Parceria.
Art. 21. A Organização da Sociedade Civil de Interesse Público fará publicar na imprensa oficial da União, do Estado ou do Município, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contado a partir da assinatura do Termo de Parceria, o regulamento próprio a que se refere o art. 14 da Lei n. 9.790, de 1999, remetendo cópia para conhecimento do órgão estatal parceiro.
Art. 22. Para os fins dos arts. 12 e 13 da Lei n. 9.790, de 1999, a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público indicará, para cada Termo de Parceria, pelo menos um dirigente, que será responsável pela boa administração dos recursos recebidos.
Parágrafo único. O nome do dirigente ou dos dirigentes indicados será publicado no extrato do Termo de Parceria.
Art. 23. A escolha da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, para a celebração do Termo de Parceria, deverá ser feita por meio de publicação de edital de concursos de projetos pelo órgão estatal parceiro para obtenção de bens e serviços e para a realização de atividades, eventos, consultoria, cooperação técnica e assessoria.
•• Caput com redação determinada pelo Decreto n. 7.568, de 16-9-2011.
§ 1.º Deverá ser dada publicidade ao concurso de projetos, especialmente por intermédio da divulgação na primeira página do sítio oficial do órgão estatal responsável pelo Termo de Parceria, bem como no Portal dos Convênios a que se refere o art. 13 do Decreto n. 6.170, de 25 de julho de 2007.
•• § 1.º acrescentado pelo Decreto n. 7.568, de 16-9-2011.
§ 2.º O titular do órgão estatal responsável pelo Termo de Parceria poderá, mediante decisão fundamentada, excepcionar a exigência prevista no caput nas seguintes situações:
•• § 2.º, caput, acrescentado pelo Decreto n. 7.568, de 16-9-2011.
I - nos casos de emergência ou calamidade pública, quando caracterizada situação que demande a realização ou manutenção de Termo de Parceria pelo prazo máximo de cento e oitenta dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação do instrumento;
•• Inciso I acrescentado pelo Decreto n. 7.568, de 16-9-2011.
II - para a realização de programas de proteção a pessoas ameaçadas ou em situação que possa comprometer a sua segurança; ou
•• Inciso II acrescentado pelo Decreto n. 7.568, de 16-9-2011.
III - nos casos em que o projeto, atividade ou serviço objeto do Termo de Parceria já venha sendo realizado adequadamente com a mesma entidade há pelo menos cinco anos e que as respectivas prestações de contas tenham sido devidamente aprovadas.
•• Inciso III acrescentado pelo Decreto n. 7.568, de 16-9-2011.
§ 3.º Instaurado o processo de seleção por concurso, é vedado ao Poder Público celebrar Termo de Parceria para o mesmo objeto, fora do concurso iniciado.
•• § 3.º acrescentado pelo Decreto n. 7.568, de 16-9-2011.
Art. 24. Para a realização de concurso, o órgão estatal parceiro deverá preparar, com clareza, objetividade e detalhamento, a especificação técnica do bem, do projeto, da obra ou do serviço a ser obtido ou realizado por meio do Termo de Parceria.
Art. 25. Do edital do concurso deverá constar, no mínimo, informações sobre:
I - prazos, condições e forma de apresentação das propostas;
II - especificações técnicas do objeto do Termo de Parceria;
III - critérios de seleção e julgamento das propostas;
IV - datas para apresentação de propostas;
V - local de apresentação de propostas;
VI - datas do julgamento e data provável de celebração do Termo de Parceria; e
VII - valor máximo a ser desembolsado.
Art. 26. A Organização da Sociedade Civil de Interesse Público deverá apresentar seu projeto técnico e o detalhamento dos custos a serem realizados na sua implementação ao órgão estatal parceiro.
Art. 27. Na seleção e no julgamento dos projetos, levar-se-ão em conta:
I - o mérito intrínseco e adequação ao edital do projeto apresentado;
II - a capacidade técnica e operacional da candidata;
III - a adequação entre os meios sugeridos, seus custos, cronogramas e resultados;
IV - o ajustamento da proposta às especificações técnicas;
V - a regularidade jurídica e institucional da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público; e
VI - a análise dos documentos referidos no art. 11, § 2.º, deste Decreto.
Art. 28. Obedecidos aos princípios da administração pública, são inaceitáveis como critério de seleção, de desqualificação ou pontuação:
I - o local do domicílio da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público ou a exigência de experiência de trabalho da organização no local de domicílio do órgão parceiro estatal;
II - a obrigatoriedade de consórcio ou associação com entidades sediadas na localidade onde deverá ser celebrado o Termo de Parceria;
III - o volume de contrapartida ou qualquer outro benefício oferecido pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
Art. 29. O julgamento será realizado sobre o conjunto das propostas das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, não sendo aceitos como critérios de julgamento os aspectos jurídicos, administrativos, técnicos ou operacionais não estipulados no edital do concurso.
Art. 30. O órgão estatal parceiro designará a comissão julgadora do concurso, que será composta, no mínimo, por um membro do Poder Executivo, um especialista no tema do concurso e um membro do Conselho de Política Pública da área de competência, quando houver.
§ 1.º O trabalho dessa comissão não será remunerado.
§ 2.º O órgão estatal deverá instruir a comissão julgadora sobre a pontuação pertinente a cada item da proposta ou projeto e zelará para que a identificação da organização proponente seja omitida.
§ 3.º A comissão pode solicitar ao órgão estatal parceiro informações adicionais sobre os projetos.
§ 4.º A comissão classificará as propostas das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público obedecidos aos critérios estabelecidos neste Decreto e no edital.
Art. 31. Após o julgamento definitivo das propostas, a comissão apresentará, na presença dos concorrentes, os resultados de seu trabalho, indicando os aprovados.
§ 1.º O órgão estatal parceiro:
I - não examinará recursos administrativos contra as decisões da comissão julgadora;
II - não poderá anular ou suspender administrativamente o resultado do concurso nem celebrar outros Termos de Parceria, com o mesmo objeto, sem antes finalizar o processo iniciado pelo concurso.
§ 2.º Após o anúncio público do resultado do concurso, o órgão estatal parceiro o homologará, sendo imediata a celebração dos Termos de Parceria pela ordem de classificação dos aprovados.
Art. 31-A. O Termo de Parceria deverá ser assinado pelo titular do órgão estatal responsável por sua celebração, vedada a delegação de competência para esse fim.
•• Artigo acrescentado pelo Decreto n. 7.568, de 16-9-2011.
Art. 31-B. As exigências previstas no inciso III do caput do art. 9.º e no art. 23 não se aplicam aos termos de parceria firmados pelo Ministério da Saúde voltados ao fomento e à realização de serviços de saúde integrantes do Sistema Único de Saúde - SUS.
•• Artigo acrescentado pelo Decreto n. 7.568, de 16-9-2011.
Art. 32. O Ministro de Estado da Justiça baixará portaria no prazo de 15 (quinze) dias, a partir da publicação deste Decreto, regulamentando os procedimentos para a qualificação.
Art. 33. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 30 de junho de 1999; 178.º da Independência e 111.º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
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: : (Nome do Órgão Público) : :
: : ..................................................................................... : :
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: : Extrato de Termo de Parceria : :
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: : Custo do Projeto: ................................................................... : :
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: : Local de realização do projeto: ..................................................... : :
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: : Data de assinatura do TP: ../../.. Início do projeto: ../../.. Término: ../../.. : :
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: : Objeto do Termo de Parceria (descrição sucinta do projeto): : :
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: : Nome da OSCIP: ...................................................................... : :
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: : ..................................................................................... : :
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: : Endereço: ........................................................................... : :
: : ..................................................................................... : :
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: : Cidade: ................................. UF: ............ CEP: ..................... : :
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: : Tel.: .............. Fax: ................... E-mail: ............................... : :
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: : Nome do responsável pelo projeto: ....................................................: :
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: : Cargo/Função: ........................................................................: :
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: : (Nome do Órgão Público) : :
: :.......................................................................................: :
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: : Extrato de Relatório de Execução Física e Financeira de : :
: : Termo de Parceria : :
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: : Custo do projeto: ....................................................................: :
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: : Local de realização do projeto: ......................................................: :
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: : Data de assinatura do TP: ../../.. Início do projeto: ../../.. Término: ../../.. : :
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: : Objetivos do projeto: : :
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: : Resultados alcançados: : :
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: : Custos de Implementação do Projeto : :
: : Categorias de despesa Previsto Realizado Diferença : :
: : ................... ...... ...... ...... : :
: : ................... ...... ...... ...... : :
: : ................... ...... ...... ...... : :
: : ................... ...... ...... ...... : :
: : TOTAIS: ...... ...... ...... : :
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: : Nome da OSCIP: .......................................................................: :
: .---------------------------------------------------------------------------------------. :
: : Endereço: ............................................................................: :
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: : Cidade: ...........................UF: ....... CEP: ..................................: :
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: : Tel.: ............... Fax: ................ E-mail: ..................................: :
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: : Nome do responsável pelo projeto: ....................................................: :
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: : Cargo/Função: ........................................................................: :
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(*) Publicado no Diário Oficial da União, de 1-7-1999. Republicado em 13-7-1999.