Capítulo 7
Dizer boa-noite definitivamente e pela última vez era algo terrivelmente difícil para a sra. Aldwinkle. Com aquelas palavras fatais ela anunciava a sentença de morte de mais um dia (e mais outro, e os dias era tão poucos agora, tão agonizantemente breves!); e ela o fazia também, ao menos temporariamente, para si mesma. Porque, uma vez pronunciada a fórmula, não lhe restava mais nada senão arrastar-se para longe da luz e enterrar-se na inconsciência negra do sono. Seis, oito horas lhe seriam roubadas e jamais recuperadas. E quantas coisas encantadoras não estariam acontecendo enquanto ela estava lá, desfalecida entre os lençóis! Extraordinárias felicidades poderiam se apresentar e, encontrando-a adormecida e surda ao chamado, seguiriam adiante. Talvez alguém pudesse dizer algo de suprema importância, algo revelador e apocalíptico pelo qual ela esperara a vida inteira. “Ei-lo!”, podia imaginar alguém concluindo, “é o segredo do universo! Que pena a pobre Lilian ter ido dormir! Ela teria adorado ouvir isso.” Boa noite — era como ter de se separar de um amor tímido que ainda não encontrara a coragem de se declarar. Mais um minuto e ele teria dito, teria se revelado uma rara alma gêmea. Boa noite, e ele permaneceria para sempre o acanhado e insignificante mr. Jones. Deveria a sra. Aldwinkle separar-se de mais esse dia, antes que ele se transfigurasse?
Boa noite. Todos os dias ela retardava essa sentença ao máximo. Em geral passava de uma e meia ou duas da madrugada quando ela se permitia retirar-se ao quarto de dormir. Mesmo assim as palavras não eram pronunciadas de forma definitiva. Porque na soleira da porta do quarto ela parava e renovava desesperadamente a conversa com qualquer hóspede que porventura a acompanhasse ao andar superior. Quem podia garantir? Talvez nesses últimos minutos, na intimidade do silêncio noturno, algo da máxima imponência seria dito. Os cinco minutos finais em geral transformavam-se em quarenta, e a sra. Aldwinkle permanecia lá, adiando desesperadamente o momento de pronunciar a sentença de morte.
Quando não havia ninguém para conversar, ela tinha de se contentar com a companhia de Irene, que sempre, depois de se trocar, voltava de camisola e ajudava a tia — já que seria injusto manter uma criada acordada até altas horas — a se preparar para dormir. Não que a pequena Irene fosse capaz de pronunciar a palavra mais significativa ou de ter pensamentos apocalípticos. Embora não se possa afirmar com certeza, pois da boca das crianças e dos inocentes... De qualquer maneira, conversar com Irene, uma criança tão querida e devotada, era melhor do que se condenar definitivamente ao leito.
Nessa noite, já passava de uma hora quando a sra. Aldwinkle começou a se deslocar em direção à porta. A srta. Thriplow e o mr. Falx, afirmando que também tinham sono, acompanharam-na. Como uma sombra, Irene também se levantou e em silêncio seguiu os movimentos da tia. A meio caminho da porta, a sra. Aldwinkle parou. Impressionante, como uma rainha trágica envolta em veludo vermelho-coral. Sua pequena sombra em musselina branca também parou. Menos pacientes, o mr. Falx e a srta. Thriplow seguiram em frente.
— Vocês também devem ir logo para a cama — disse a sra. Aldwinkle aos três homens que permaneciam no ponto mais distante do salão, num tom ao mesmo tempo imperioso e brincalhão. — Não permitirei que você, Cardan, mantenha esses jovens acordados a noite inteira. O pobre Calamy viajou o dia todo. E Hovenden, com a idade que tem, precisa aproveitar todas as horas de sono que puder. — A sra. Aldwinkle não admitia que qualquer de seus hóspedes continuasse de pé enquanto ela jazia morta na tumba do sono. — Pobre Calamy! — exclamou pateticamente, como se fosse um caso de crueldade contra os animais. Ela se sentia imensamente solícita em relação a esse jovem.
— Sim, pobre Calamy! — repetiu o mr. Cardan, dando uma piscadela. — Foi pensando exatamente nisso que sugeri um ou dois dedos de vinho antes de irmos dormir. Não há nada melhor para um bom sono.
A sra. Aldwinkle pousou seus brilhantes olhos azuis em Calamy e sorriu de maneira mais doce e penetrante.
— Venha — disse ela —, venha — e estendeu a mão num gesto deselegante e inexpressivo. — Você também, Hovenden — acrescentou, quase em desespero.
Hovenden olhou com desconforto para o mr. Cardan e depois para Calamy, esperando que algum deles respondesse em seu lugar.
— Não vamos nos demorar — disse Calamy. — Só o tempo de tomarmos uma taça de vinho, nada mais. Não posso resistir à sugestão de Cardan para um Chianti.
— Ah, bom... — retorquiu a sra. Aldwinkle. — Se você prefere assim... — e virou-se indignada, varrendo o chão com a cauda do vestido de veludo. O mr. Falx e a srta. Thriplow, que esperavam à porta com impaciência, afastaram-se para que ela fizesse sua saída majestosa. Com uma expressão muito aborrecida no rosto entrevisto por trás da franja metálica, Irene a seguiu. A porta se fechou atrás deles.
— Se eu prefiro assim? — repetiu Calamy em tom de pergunta ao mr. Cardan. — Mas preferir a quê? Ela diz isso como se eu tivesse que fazer uma escolha grave e definitiva entre ela e um dedo de Chianti, e escolhesse o Chianti. Isso está muito além da minha compreensão.
— Ah, mas então você não conhece Lilian tão bem como eu — disse o mr. Cardan. — Agora vamos achar aquela garrafa e pegar os copos na sala de jantar.
Já no meio da escada — havia uma grandiosa e solene escadaria para o andar superior, inclinada sob um túnel de abóbada côncava — a sra. Aldwinkle parou extasiada.
— Sempre os imagino subindo, descendo... Que espetáculo!
— Quem? — perguntou o mr. Falx.
— Os gloriosos antepassados.
— Ah, os tiranos.
A sra. Aldwinkle sorriu com desprezo.
— E os poetas, os eruditos, os filósofos, os pintores, os músicos, as belas mulheres. Você se esqueceu deles. — Ela ergueu a mão como se conjurasse os espíritos do fundo de um abismo. Olhos psíquicos poderiam ter visto um príncipe coberto de joias, com o nariz semelhante à tromba de um tamanduá, descendo para o nível dos obsequiosos humanos. Atrás dele, um séquito de bufões e anões corcundas passava cuidadosamente, um atrás do outro, degrau por degrau.
— Não me esqueci de nada — disse o mr. Falx. — E acho que os tiranos têm de pagar um preço muito alto.
A sra. Aldwinkle suspirou e apressou a subida.
— Que homem estranho é esse Calamy, não acha? — disse ela à srta. Thriplow. A sra. Aldwinkle gostava de discutir o caráter de outras pessoas e se orgulhava de sua perspicácia e intuição psicológicas. Considerava quase todo mundo “estranho”, inclusive, quando achava que valia a pena discuti-la, a pequena Irene. Preferia pensar que todos os seus conhecidos eram pessoas tremendamente complicadas; tinham motivos estranhos e improváveis para os mais simples atos; eram movidos por paixões obscuras e avassaladoras; cultivavam vícios secretos. Em resumo, eram superiores e bem mais interessantes que a própria vida. — O que acha dele, Mary?
— Muito inteligente — disse a srta. Thriplow.
— Claro, claro — concordou a sra. Aldwinkle, quase com impaciência; não havia muito a discutir sobre isso. — Mas ouvem-se histórias fantásticas sobre suas preferências amorosas, sabia? — A reunião acontecia à porta do quarto da sra. Aldwinkle. — Talvez por isso ele viaje tanto, para tão longe da civilização — continuou ela, misteriosa. Com um tema como esse a conversa certamente se prolongaria indefinidamente; e o momento de proferir o derradeiro e fatal boa-noite ainda não havia chegado.
Lá embaixo, os três homens estavam reunidos em torno do vinho. O mr. Cardan já enchera sua taça duas vezes. Calamy terminava a primeira; o jovem lorde Hovenden tinha a dele pela metade. Não era um bom bebedor e temia não se sentir bem se abusasse daquele vinho jovem e generoso.
— Você está entediado, só isso — dizia o mr. Cardan. Olhou para Calamy por cima da taça e bebeu um gole, como se à saúde dele. — Ainda não encontrou ninguém que corresponda às suas fantasias. A menos, é claro, que seja um caso de catarro nos dutos biliais.
— Também não é — disse Calamy, rindo.
— Talvez seja o início do grande climatério. Você ainda não tem trinta e cinco anos, não é? Cinco vezes sete, é a idade mais difícil de ser enfrentada. Embora não tão séria quanto sessenta e três. É esse o grande climatério — o mr. Cardan balançou a cabeça. — Graças a Deus, passei por ele sem morrer, sem converter-me à Igreja de Roma ou me casar. Graças a Deus! E você?
— Tenho trinta e três — disse Calamy.
— É a idade mais inofensiva da vida. Portanto, trata-se apenas de tédio. Arrume alguma paixão e seu ânimo voltará.
O jovem lord Hovenden riu de tal modo que parecia um ventríloquo, acostumado a rir das coisas mais mundanas.
Calamy meneou a cabeça negativamente.
— Não estou realmente interessado em que volte. Não quero mais sucumbir a pequenos encantos. É estúpido demais; é muito infantil. Sempre achei que havia algo muito admirável e desejável em ser um homme à bonnes fortunes. Don Juan ocupa um lugar de honra na literatura. Sempre se considerou natural que um Casanova se vangloriasse complacentemente de seus sucessos. Aceitei essa visão corrente, e quando estava apaixonado, e deploravelmente sempre tive muita sorte, pensava estar em minha melhor forma.
— Nós todos pensamos da mesma maneira — comentou o mr. Cardan. — A fraqueza é perdoável.
Lorde Hovenden assentiu e bebeu um gole de vinho para demonstrar que concordava inteiramente com o que ouvia.
— Sem dúvida, é perdoável — disse Calamy. — Mas, quando se pensa sobre isso, não é muito razoável. Afinal, não há realmente nada de que se orgulhar ou se vangloriar. Pense em todos os heróis que tiveram esse mesmo tipo de sucesso, mais notáveis e provavelmente mais numerosos que os nossos. Pense neles. E o que se vê? Fileiras de cavalariços e pugilistas insolentes; rufiões mascarados e velhos sátiros repugnantes; idiotas de cabelos encaracolados e sem cérebro; pequenos proxenetas velhacos como doninhas; jovens efeminados com gestos delicados e gladiadores peludos; um grande exército composto dos espécimes mais odiosos da humanidade. Quem se orgulharia de pertencer a essas fileiras?
— E por que não? — perguntou o mr. Cardan. — Deve-se sempre agradecer a Deus pelos talentos inatos que se possui. Se acontecer de o seu talento o orientar para a alta matemática, dê graças a Deus; se apontar na direção da sedução, agradeça da mesma maneira. E, quando se examina o processo um pouco mais de perto, agradecer a Deus é exatamente o mesmo que se vangloriar ou se orgulhar. Não há nada de mais em que Casanova se gabe de suas capacidades. Vocês, jovens, são muito intolerantes. Não permitem que alguém vá para o céu, o inferno ou qualquer outro lugar por uma via diferente daquela que vocês aprovam... Deviam dar uma olhada nos livros hindus. Eles calculam que existem oitenta e quatro mil tipos humanos, cada um com uma maneira própria de viver. Acho até que subestimaram.
Calamy riu.
— Só posso falar pelo tipo a que pertenço — disse.
— Ah, sim, sim, é claro — manifestou-se lorde Hovenden, enrubescendo.
— Prossiga — disse o mr. Cardan, completando sua taça de vinho.
— Bem — continuou Calamy —, pertencendo, então, a esta espécie a que pertenço, tais sucessos não me satisfazem muito. Ainda mais se se levar em conta sua natureza. Porque ou se está apaixonado por uma mulher ou não se está; o indivíduo deixa se levar pela própria imaginação inflamada, afinal, aquela a quem ele ama tão violentamente é sempre uma invenção, a mais louca das fantasias, pelos sentidos e pela curiosidade intelectual. Se ele não ama, trata-se de uma mera experiência em psicologia aplicada, com algumas investigações psicológicas para tornar a experiência um pouco mais interessante. Mas, se ele ama, significa que se escravizou, que se deixou envolver e se tornou dependente de outro ser humano de uma maneira decididamente vergonhosa; e quanto mais vergonhosa for, mais ele se escraviza e se envolve.
— Essa não era a opinião de Browning — disse o mr. Cardan.
A mulher distante, de nada serve a vida
senão para possuí-la.
— Browning era um tolo — disse Calamy.
Lorde Hovenden ponderou em silêncio e concluiu que Browning estava muito certo. Pensou no rosto de Irene a espiar por trás da pequena janela no cabelo em forma de sino.
— Browning pertencia a outra espécie — corrigiu o mr. Cardan.
— Uma espécie de tolos, insisto — disse Calamy.
— Bem, para falar a verdade — admitiu o mr. Cardan, estreitando um pouco mais o olho que piscava —, concordo secretamente com você. Não sou tão tolerante quanto deveria ser.
Calamy pensava seriamente em seus casos amorosos, e, sem discutir o maior ou menor grau de tolerância do mr. Cardan, continuou:
— No final das contas, a questão é: qual é a saída? O que fazer diante disso? Porque é óbvio que, como o senhor diz, as pequenas seduções acontecerão outras vezes. O apetite cresce com o jejum. E a filosofia, que sabe lidar tão bem com as tentações passadas e futuras, parece sempre fracassar diante das presentes, das imediatas.
— Melhor assim — disse o mr. Cardan. — Porque, afinal de contas, existe um esporte de salão melhor? Seja franco: existe?
— É possível que não — disse Calamy, enquanto o jovem lorde Hovenden ria do último comentário do mr. Cardan, sem muito entusiasmo, numa penosa indecisão entre o divertimento e o horror. — Mas a questão é: será que não existem ocupações mais interessantes para um homem sensato além dos esportes de salão, mesmo o melhor deles?
— Não — disse o mr. Cardan com firmeza.
— Para o senhor talvez não existam — continuou Calamy. — Mas parece que estou começando a me cansar desse esporte. Gostaria de encontrar ocupações mais sérias.
— Isso é mais fácil dizer do que fazer — o mr. Cardan balançava a cabeça. — Para os membros da nossa espécie é muito difícil encontrar uma ocupação que seja inteiramente séria. Estou certo?
— É verdade — disse Calamy, rindo, quase num sussurro. — Mas parece que esse esporte começa a se tornar quase ultrajante à dignidade da pessoa. Eu diria quase imoral, se essa palavra não fosse tão absurda.
— Asseguro-lhe que não é tão absurda quando usada dessa maneira. — O mr. Cardan piscava de modo cada vez mais estimulante, por cima dos óculos. — Desde que não se fale em leis morais e coisas desse tipo, não há nenhum absurdo. Porque certamente não existem tais leis. O que há são costumes sociais de um lado e indivíduos com sentimentos próprios e reações moralistas de outro. O que é imoral para um pode não ter importância para outro. Para mim, por exemplo, quase nada é imoral. Decididamente posso fazer qualquer coisa e permanecer respeitável aos meus próprios olhos; aos olhos dos outros, não apenas encantadoramente decente, mas até mesmo nobre.
Ah, de que valeram os dados viciados?
Ah, e todos os tonéis de vinho?
E todas as fraquezas, todos os vícios?
Tom Cardan, tudo era teu.
— Não quero aborrecê-los com o restante desse epitáfio que compus para mim mesmo há pouco tempo. Basta dizer que chamo a atenção, nas duas estrofes subsequentes, para o fato de que tudo isso valeu absolutamente nada e que, malgré tout, permaneci o homem honesto, sóbrio, puro e brilhante que todos instintivamente reconhecem em mim. — O mr. Cardan esvaziou sua taça e mais uma vez levou a mão à garrafa.
— O senhor tem sorte — disse Calamy. — Não são todos que possuem uma personalidade com um aroma de santidade tão natural e que podem sanar suas sépticas ações, tornando-as moralmente inofensivas. Quando faço algo estúpido ou malfeito, não posso deixar de reconhecê-lo. Minha alma carece de virtudes que possam tornar o ato sério ou puro. Também não consigo me dissociar do que faço. Gostaria de poder. Cometo um número absurdo de atos estúpidos que não quero cometer. Se eu pudesse seria um hedonista e só faria aquilo que gosto. Mas para isso é preciso ser inteiramente racional; não existe um hedonista genuíno e nunca existiu. Em vez de fazer o que querem ou o que lhes dá prazer, as pessoas vagueiam por toda a existência fazendo exatamente o oposto; a maior parte do tempo, fazem somente aquilo que não desejam, além de seguir impulsos insanos, que inconscientemente as levam a todo tipo de desconforto, miséria, aborrecimento e remorso. Às vezes — Calamy soltou um suspiro — sinto falta do tempo em que estive no Exército durante a guerra. Lá não se tratava de fazer o que se gostava; não havia liberdade nem escolha. Cumpriam-se ordens e nada mais. Agora sou livre; tenho todas as chances de fazer o que gosto e frequentemente faço o que não gosto.
— Mas você sabe exatamente do que gosta? — perguntou o mr. Cardan.
Calamy encolheu os ombros.
— Não exatamente — disse. — Talvez possa dizer que gosto de ler, de satisfazer minha curiosidade sobre as coisas, de pensar. Mas, sobre o quê, não tenho muita certeza. Não gosto de correr atrás de mulheres, não gosto de perder tempo com fúteis relações sociais ou na perseguição do que é conhecido tecnicamente como prazer. Mesmo assim, por alguma razão e contra a minha vontade, descubro-me passando a maior parte do tempo imerso exatamente nessas ocupações. É uma espécie de insanidade obscura.
O jovem lorde Hovenden, que gostava de dançar e desejava Irene mais que tudo no mundo, achou isso um pouco incompreensível.
— Não vejo o que possa impedir um homem de fazer o que ele quer. Exceto — acrescentou, lembrando-se do que aprendera com o mr. Falx — a necessidade econômica.
— E ele próprio — completou o mr. Cardan.
— E o mais deprimente — continuou Calamy, sem dar muita atenção à interrupção — é a sensação de que se continuará agindo sempre assim, por maiores que sejam os esforços para parar. Às vezes eu desejaria não ser tão livre. Pelo menos restaria alguma coisa para amaldiçoar, algo que se interpusesse no meu caminho, algo que estivesse além de mim. Sim, decididamente às vezes gostaria de ser um simples operário.
— Você não gostaria, se já tivesse sido um — disse lorde Hovenden seriamente, com ar de quem falava por experiência própria.
Calamy riu.
— Você está absolutamente certo — disse, esvaziando a taça. — Não será melhor irmos dormir?