Tampa

Os republicanos convergiram para Tampa no final de agosto, junto com o furacão Isaac, o que obrigou a cancelar o primeiro dia de sua convenção. Na última hora, a tempestade desviou para oeste, na direção do Golfo do México, deixando a cidade encharcada, mas ilesa. Enquanto isso, 50 mil republicanos, jornalistas, manifestantes, agentes de segurança e gente em busca de emoção desembarcaram no centro de Tampa. O comitê de recepção preparou a cidade, limitando o acesso ao novo corredor comercial à beira do rio, desviando o trânsito para longe do centro de convenções e fechando suas grades com cercas de arame preto, barreiras de concreto e caminhões basculantes do condado de Hillsborough. A população local deixou a cidade ou manteve distância, e na segunda-feira do cancelamento os edifícios de escritórios e os estacionamentos de superfície do centro estavam quase vazios. Apesar da diminuição do tráfego de automóveis, a cidade se parecia ainda menos com o céu de Jane Jacobs, as calçadas ainda mais desertas do que o habitual, os únicos olhos na rua eram os dos agentes de segurança agrupados em cada esquina — policiais de Tampa montados em motos pretas, subdelegados de condados de toda a Flórida, policiais estaduais, guardas nacionais em uniformes militares, seguranças privados, negros contratados temporariamente vestindo camisetas brancas tamanho XXL que diziam, sem outra explicação, STAFF. Esquifes armados patrulhavam o rio Hillsborough, helicópteros passavam continuamente a poucas centenas de metros de altura. Todas as lixeiras públicas foram retiradas. Tampa nunca esteve mais segura, ou mais morta.

Depois da violência na convenção republicana de 2008, em Minneapolis, do fenômeno do Ocupem Wall Street e suas réplicas e presságios, das previsões de que Tampa 2012 ia ser equivalente a Chicago 1968, a cidade preparou-se para um tumulto. Nos dias que antecederam a convenção, o blog de Matt Weidner escalou novos picos retóricos:

 

[…] você não está preparado de verdade para que sua cidade se transforme em uma zona de guerra fortificada até que se veja no meio dela. E, ao me dirigir para o trabalho, percebi que estou no Marco Zero da Convenção Nacional Republicana aqui em Tampa/St. Petersburg. […] Então é esse o ponto a que esta democracia fracassada chegou? O edifício do Departamento de Polícia de St. Pete, localizado a poucos passos do meu escritório, está sendo transformado em um bunker, mas, fileira após fileira, dezenas de quilômetros de barreiras de concreto e cercas são o que realmente chamam a atenção e fazem meu coração gelar. Trata-se de um comentário verdadeiramente perturbador sobre nossa política nacional o fato de ser preciso tanto esforço para proteger a classe dirigente dos camponeses e proletários.

 

O radicalismo de Weidner não era natural na política americana. Apesar de sua crença no repúdio em massa da dívida em todo o mundo, ele era libertário o suficiente para se tornar um entusiástico defensor de Ron Paul. Quando os delegados de Paul foram proibidos de levar seus cartazes para o salão da convenção em Tampa, vinte de seus delegados do Maine foram despojados de suas credenciais, Paul não teve permissão para falar porque não havia endossado o candidato indicado, Weidner anunciou que estava abandonando sua velha filiação ao Partido Republicano. Mas não se tornaria democrata — o partido de Obama, o “estatista em chefe” —, “então estou optando por mudar meu registro eleitoral para ‘nenhuma filiação partidária’!”. Ele instou seus leitores a fazer o mesmo. Depois, saiu com sua nova esposa e seu bebê de quatro semanas de idade da zona de guerra e foi para a Flórida rural, onde esperou que acabasse “esse espetáculo que monopoliza todas as atenções”.

 

* * *

 

Mike Van Sickler estava cobrindo a convenção para o St. Petersburg Times, que no primeiro dia do ano passou a se chamar Tampa Bay Times. Sua missão era acompanhar a delegação da Flórida. O Partido Republicano da Flórida estava sendo punido pela direção nacional por precipitar-se na agenda da primária, e fazia parte da punição o exílio de seus delegados no Innisbrook Golf and Spa Resort, em Palm Harbor, distante uma hora de carro do local da convenção. Uma noite, devido ao congestionamento de ônibus e ao mau funcionamento do trânsito, os delegados chegaram aos seus quartos de hotel às três da manhã, e Van Sickler escreveu um artigo irônico imaginando como as coisas poderiam ser diferentes se Tampa Bay tivesse trens urbanos, como Charlotte, onde se realizaria a convenção democrata na semana seguinte.

Após as convenções, Van Sickler iria para a sucursal de Tallahassee do jornal, onde ficaria no setor encarregado do governador Rick Scott. Ele passara sua carreira cobrindo prefeituras e comissões de condados, fazendo buscas de títulos e mapeando execuções de hipotecas, matérias em que não havia estrategistas de comunicação e ataques da imprensa, apenas os fatos obscuros de loucura e corrupção, que ele sabia desenterrar tão bem quanto qualquer repórter do pedaço. Jamais fizera cobertura da verdadeira política e estava nervoso como o diabo, adorando a ação, movido a adrenalina e medo, tentando imaginar o que perguntar.

Por exemplo, o que deveria dizer à mãe do governador Scott? Lá estava ela, na segunda noite da convenção, com uma grande saia preta e blusa florida, sentada com os delegados da Flórida bem na frente do palco, ouvindo Janine Turner, do seriado Northern Exposure (falsa loira, como a maioria das mulheres presentes), à espera da fala da esposa do candidato. Deveria fazer à sra. Scott uma pergunta tipo pegadinha? Para quê? As chances de conseguir alguma notícia quente eram pequenas. Ela provavelmente nem sequer responderia. Decidiu deixá-la ouvir os discursos.

Van Sickler preocupava-se por não ter a rapidez e a fluência dos grandes profissionais. Ele sabia que teria de jogar com Rick Scott, prestar atenção às nuances, ser um crítico de teatro depois de um discurso sobre o Estado do Estado, negociar com seus assessores para ficar no jogo e conseguir que atendessem aos seus telefonemas. Era assim que a política era coberta nos níveis mais altos, e isso não lhe era uma coisa natural. Ele era muito melhor agindo a céu aberto — fazendo-os falar porque havia desenterrado fatos. Os fatos eram a força de Van Sickler, e ele decidiu se ater a isso, tanto quanto possível, nessa nova fase de sua carreira.

 

 

A convenção era em Tampa, mas dentro do salão era raro ouvir alguém mencionar a crise imobiliária, os loteamentos fantasmas, robo-signing, fraudes em hipotecas, falências ou falta de moradia. Nenhum orador contou a história de como Wall Street e os credores, empreiteiros e autoridades locais criaram as condições para uma catástrofe ainda presente na baía de Tampa. Ninguém falou por Usha Patel ou Mike Ross, ou pelo falecido Jack Hamersma, ou pelos Hartzell. Em vez disso, os líderes republicanos subiram ao palco um após o outro para louvar o empresário bem-sucedido e o investidor que assume riscos.

Os republicanos não estavam entusiasmados com seu candidato. Eles o haviam escolhido segundo o critério que os democratas usaram em relação a John Kerry, na esperança de que os outros gostassem dele mais do que eles mesmos. O cabeça da chapa não representava nenhum alívio para a febre, era incapaz de enobrecer o ódio escaldante contra o presidente e sua América, que havia provocado o ressurgimento das bases republicanas desde 2009. O coração pulsante do partido não se encontrava no frio salão de convenções, onde apenas os delegados fiéis e visitantes com as credenciais certas podiam entrar, trazidos de ônibus por uma única via de acesso obstruído, conduzidos a pé através de um único ponto de controle, entrando com brilhantes vestidos vermelhos e saltos altos entre barreiras de concreto, suando nas axilas enfiadas em paletós esportivos, enquanto caminhavam na escuridão sob a Crosstown Expressway e olhavam ao redor em busca uma loja que vendesse água mineral.

Quatro décadas depois de sua primeira candidatura ao Congresso, Newt Gingrich estava em Tampa, posando para fotos com Callista, com o paletó abotoado que enfatizava sua largura, falando em sua “Universidade Newt” móvel duas horas por dia, diariamente, inclusive no dia do evento cancelado, arengando no Royal Palm Ballroom do Wyndham Tampa Westshore sobre a questão do futuro energético dos Estados Unidos para quem quisesse ouvir. Joe Scarborough ouviu por alguns minutos, depois fez uma entrevista rápida com Gingrich no corredor. Todo mundo sabia que Gingrich e o candidato se detestavam. Morning Joe perguntou por que Newt estava em Tampa para emprestar seu apoio. “Como você evita tornar isso pessoal?”

“Temos um entendimento mais amplo de que, no fim da contas, somos todos americanos”, respondeu Gingrich. “Isso é o que nos torna tão poderosos, porque podemos nos aliar de uma forma que Adolf Hitler, Tojo ou Khruschóv jamais poderiam.” Aquecendo-se para seu tema da unidade cívica mais elevada do que a política, ele abriu um sorriso que o fez parecer um menino que pensou numa resposta inteligente. “Acho que foi uma coisa notável que eu tenha podido concorrer. É uma coisa notável que eu possa estar no seu programa. Amo muito ser um cidadão.”

Morning Joe fez algumas piadas com Gingrich, agradeceu e correu para fora do hotel. Gingrich voltou-se para uma câmera de TV francesa e foi perguntado sobre as razões para votar no candidato indicado. Gingrich parou de sorrir, seu rosto se fechou, os cantos de sua boca voltaram-se para baixo em sulcos profundos e, sob o capacete de cabelos brancos, seus olhos se estreitaram em um olhar duro e sério. “Obama representa valores fundamentalmente radicais que transformarão os Estados Unidos”, respondeu de forma rápida e automática, pela milésima vez, demasiadas vezes para que se soubesse se de fato queria dizer isso, ou se na verdade o que importava era que no fim das contas somos todos americanos, ou se estava, ainda que subliminarmente, consciente da contradição, mas isso não importava, porque ele já estava a caminho de volta para o Royal Palm Ballroom, onde havia mais discursos a fazer, sempre mais, pois não falar seria morrer.

 

 

Gingrich era um dos heróis pessoais de Karen Jaroch. Ela o apoiara nas primárias da Flórida depois que sua primeira escolha, Herman Cain (cuja campanha dirigira no condado), desistiu. Uma noite, durante a semana da convenção, ela participou do comício Fé e Liberdade no Teatro Tampa e ouviu Gingrich falar, com outros de seus heróis, entre eles Phyllis Schlafly, que tinha 88 anos de idade, mas ainda parecia a dona de casa agitadora (assim como Karen Jaroch) da campanha de Goldwater em 1964. Karen se conformara com o candidato indicado pelo partido para 2012 — “qualquer um, menos Obama” —, mas não se interessou muito pela própria convenção, o tipo de evento do establishment que a mantivera longe da política durante a maior parte de sua vida. De certa forma, Karen não precisava estar lá, porque em Tampa os radicais estavam na plateia, no palco e na plataforma. Havia até mesmo uma placa que condenava a Agenda 21, a resolução da ONU de vinte anos antes que obcecava os adversários do trem urbano.

Karen estava trabalhando em tempo integral em um novo emprego. No início do ano, tornara-se diretora de campo dos Americanos pela Prosperidade no condado de Hillsboroug, o grupo a favor da livre-iniciativa financiado pelos bilionários irmãos Koch. Na semana anterior à convenção, ela abriu o escritório de campo num pequeno centro comercial de North Tampa, ao lado de uma casa de massagem terapêutica sérvia e no andar de baixo de uma imobiliária. Karen estava fazendo milhares de telefonemas, tentando identificar potenciais simpatizantes e encaminhá-los para o site do grupo. No escritório, havia mesas vazias à espera de telefones, computadores e voluntários. Uma noite, um grupo viera assistir a uma exibição de Quem é John Galt?, segunda parte de uma versão cinematográfica de Atlas Shrugged [A revolta de Atlas], de Ayn Rand. Jaroch não lera o romance — não era uma grande leitora de livros —, mas concordava completamente com os seus princípios. Ela havia encontrado um propósito na vida, entrara para uma organização nacional com aportes infinitos de dinheiro e dedicava-se com a energia incansável de um adepto cuja visão de mundo não pode ser perturbada por nenhum argumento ou fato. Sob sua postura política estava um sentimento elementar de que ela e o marido sempre jogaram de acordo com as regras, sem nunca pegar atalhos ou pedir ajuda.

Aquele trabalho era o primeiro de Karen em anos e, embora tivesse jurado não fazer uma carreira da política quando iniciou o Projeto Tampa 12/9, sua família precisava do salário. Mas ela o faria, mesmo sem o dinheiro. “É aqui que está meu coração.”

 

 

Os Hartzell passaram algum tempo assistindo à convenção, mas não tanto quanto passaram vendo “Sexy and I Know It”, um videoclipe do INFAO,* um duo de eletropop, enquanto Brent e Danielle dançavam na sala. Não tanto tempo quanto Ronale gastou no laptop alugado participando de concursos da Disney World e em bolões. Nem perto do tempo que Danny passou jogando on-line League of Legends, nível 30.

Não que Danny e Ronale não se interessassem por política. Eles andavam pensando e falando sobre a política mais do que costumavam. O trabalho no Wal-Mart jogava o assunto na sua cara. Danny ganhava 8,50 dólares por hora — Dennis ainda ganhava 8,60 depois de dois anos — e odiava o emprego. Odiava a atitude de superioridade dos gerentes, a forma como empurravam as batatas e cebolas velhas para o fundo da caixa, os clientes que o interrompiam quando estava guardando mercadorias na prateleira para perguntar onde estavam as malditas bananas, o fato de que era um “associado” em vez de um “empregado” realmente, o falso carro da polícia de Tampa que a loja alugava por 30 mil por mês e ficava estacionado na frente, como um dissuasivo para furtos. Em sua pausa para descanso, Danny saía para o estacionamento e ficava lá, com seu uniforme de calças cáqui e camisa azul, fumando 305 — pegara o hábito trabalhando no Wal-Mart — e pensava em seu antigo emprego de soldador. Gostava de trabalhos sujos, nos quais se fazia alguma coisa e se tinha uma sensação de realização. Ele era um operário, e se de alguma forma conseguisse um empréstimo e abrisse seu próprio negócio de solda, se sentiria como um rei, mas isso não ia acontecer. Havia lido que 47% dos americanos estavam pobres demais para pagar imposto de renda. Quarenta e sete por cento! Como isso aconteceu? Ganância. Simplesmente ganância empresarial. Às vezes, pensava que seria melhor se livrar do dinheiro e voltar para o sistema de escambo, trigo em troca de leite e ovos. Ali estava Danny, o cara baixinho fazendo trabalho pesado e ajudando a clientes — a espinha dorsal da força de trabalho —, ganhando 10 mil por ano, enquanto o sujeito que estava sentado atrás de uma mesa e não fazia nada, exceto olhar o baixinho, ganhava 8 ou 9 milhões. Por que isso era justo? Os ricos ficavam mais ricos, os pobres, mais pobres. Você nunca avançaria. Você simplesmente se acostumava com isso — assim era a vida. Àquela altura, ele estava seguindo em frente pelos filhos, na esperança de que teriam uma situação melhor.

A única pessoa rica que Danny respeitava era Bill Gates, porque ganhou seu dinheiro de forma honesta e depois o gastou salvando países do Terceiro Mundo. Sam Walton parecia ser um homem bastante decente, mas depois que morreu seus filhos ficaram gananciosos. Ronale queria apertar a mão de Warren Buffett, e também de Oprah, e de Michelle Obama porque ela era muito sincera, pulava corda com as filhas e as fazia comer coisas saudáveis. Ronale gostava de ver Secret Millionaire porque toda semana uma pessoa rica tinha de viver como pobre, e no final do programa mudava seu coração e dava centenas de milhares de dólares para uma instituição de caridade. Mas ela também tinha uma visão perturbadora da ganância que está por trás de tudo: “No fundo, há um pesadelo horrível que está por trás do bem, ficando cada vez maior, e é como uma nuvem negra e está consumindo tudo e na realidade tirando a vida das pessoas”.

Ao mesmo tempo, Ronale comprava tudo no Wal-Mart, porque seus preços eram imbatíveis. A não ser a carne, porque Danny e Dennis lhe contaram que deixavam as prateleiras de alimentos fora do refrigerador por horas. Mas todo o resto. Você era obrigado a se render. Danny começava a pensar que o Wal-Mart e grandes petrolíferas mandavam no mundo todo e, quando a família ia fazer compras, ficava no carro.

Então, numa manhã, não muito tempo antes da convenção, ele contou a alguns colegas de trabalho durante o descanso o quanto odiava o seu trabalho, e a conversa chegou ao gerente, que confrontou Danny na seção dos produtos agrícolas e o humilhou na frente dos clientes. No dia seguinte, Danny acordou com as palavras do gerente queimando em seus ouvidos e não aguentou, seu orgulho impotente se enfureceu e ele não foi ao trabalho. Assim eles voltaram ao ponto onde haviam começado.

No último dia da convenção, Danny, Ronale, Dennis, Brent e Danielle estavam sentados em sua sala. A televisão estava ligada na HGTV. Brent tinha o cabelo cortado curto — estava no nono ano e entrara para o Junior ROTC.** Danielle estava no computador fazendo sua lição de casa. A família não conseguira inscrevê-la numa escola decente, por isso estava matriculada no sexto ano da Escola Virtual de Hillsborough (o que funcionou bem até que eles não puderam mais pagar pela internet e perderam o serviço). Danny tomava uma Pepsi Diet e ajudava Danielle na lição. Ele já lamentava a cabeça quente que lhe custara o emprego.

Ronale ainda estava furiosa com o discurso da esposa do candidato. “Ela estava fazendo o maior teatro, e eu não entendo como não notaram a falsidade. ‘Eu tive câncer de mama, tive esclerose múltipla’— mas querem acabar com o Planned Parenthood. É assistência para as mulheres que não podiam pagar por mamografias, exames de Papanicolau, câncer preventivo. Se uma mulher é diagnosticada com câncer de mama, o que ela vai fazer se não tiver dinheiro?”

Danny disse: “Meu ponto de vista sobre tudo — se você quer mudar este país, tem de colocar uma pessoa no poder que nunca tenha estado lá. Ponham um cara comum como eu, alguém que viveu a vida e nunca fez outra coisa senão vivê-la”. Ele tomou um gole de Pepsi Diet. “Nós estamos lutando, mas não estamos morrendo de fome. Não há vida, mas há um teto sobre sua cabeça.”

“É o preço da liberdade”, disse Dennis. “Eu posso voltar para casa, tenho uma cama para dormir, tenho comida, um refrigerante para beber, ou chá — eu estou bem. Gostaria de poder ter mais, como todo mundo, mas nunca vai ser perfeito, desde que o mundo funciona do jeito que funciona e as pessoas tomam as decisões que tomam.”

Era o penúltimo dia de agosto. Enquanto os republicanos concluíam sua convenção de 123 milhões de dólares a quinze minutos de distância, os Hartzell, depois de pagar todas as suas contas, tinham cinco dólares até o dia 1o de setembro.

 

 

 

 


* Acrônimo de Laughing my Fucking Ass Off, que pode ser traduzido por “Rindo pra caralho”. O grupo teve vida efêmera. (N. T.)

** Corpo de Treinamento de Oficiais da Reserva. (N. T.)