XXIV

LEO

AFROS PARECIA COM O IRMÃO, exceto por ter a pele azul em vez de verde e ser muito, mas muito maior. Tinha músculos abdominais e braços como os do Exterminador do Futuro e uma cabeça quadrada e bruta. Uma imensa espada digna do Conan estava presa às suas costas. Até seu cabelo era maior — um globo de fios crespos preto-azulados tão volumoso que os chifres de garras de lagosta pareciam estar se afogando ao tentar abrir caminho até a superfície.

— É por isso que você se chama Afros? — perguntou Leo enquanto seguiam pelo caminho que saía da caverna. — Por causa do penteado afro?

Afros franziu o cenho.

— Como assim?

— Deixa para lá — disse Leo rapidamente. Pelo menos ele não teria dificuldade em distinguir quem era quem com aqueles homens-peixes. — Então, o que vocês são exatamente?

— Ictiocentauros — falou Afro, como se aquela fosse uma pergunta que ele já estava cansado de responder.

— Hã, icti o quê?

— Peixes-centauros. Somos meios-irmãos de Quíron.

— Ah, ele é meu amigo!

Afros o olhou com suspeita.

— A que se chama Hazel nos disse isso, mas vamos averiguar a verdade. Venha.

Leo não gostou de como aquele averiguar a verdade soou. Aquilo o fez pensar em instrumentos de tortura e atiçadores incandescentes.

Ele seguiu o peixe-centauro através de uma densa floresta de algas marinhas. Leo podia ter disparado para um dos lados e se escondido em meio às plantas com facilidade, mas não tentou. No mínimo, deduziu ele, Afros podia se locomover com muito mais facilidade na água e talvez tivesse o poder de interromper a magia que permitia a Leo se mover e respirar. Dentro ou fora da caverna, ele ainda era um prisioneiro.

Além disso, Leo não tinha a menor ideia de onde estava.

Eles atravessaram fileiras de algas altas como prédios. As plantas verdes e amarelas oscilavam, sem peso, como balões de gás. Lá no alto, Leo avistou uma mancha branca que poderia ser o sol.

Ele supôs que isso significava que haviam passado a noite ali. Será que estava tudo bem com o Argo II? Seus amigos ainda estavam procurando por eles ou teriam seguido viagem?

Leo não sabia nem a que profundidade eles estavam. Plantas cresciam ali — então não deviam estar tão fundo, certo? Ainda assim, não podia simplesmente nadar até a superfície. Ele ouvira falar de mergulhadores que emergiam muito rápido e acabavam formando bolhas de nitrogênio no sangue. Leo não queria que seu sangue ficasse gaseificado.

Eles seguiram flutuando por cerca de um quilômetro e meio. Leo ficou tentado a perguntar para onde Afros o estava levando, mas a grande espada presa nas costas do centauro não estimulava muito a conversa.

Finalmente a floresta de algas marinhas terminou. Leo perdeu o fôlego. Eles se encontravam de pé (nadando, que seja) no topo de uma alta colina. Abaixo deles estendia-se uma cidade submarina com construções em estilo grego.

Os telhados eram de madrepérola. Os jardins estavam repletos de corais e anêmonas-do-mar. Hipocampos pastavam em um campo de algas. Um grupo de ciclopes colocava o domo em um templo recém-construído, usando uma baleia-azul como guindaste. E nadando pelas ruas, passando o tempo nos pátios, praticando combate com tridentes e espadas na arena, viam-se dezenas de tritões e sereias — pessoas-peixes de verdade.

Leo já vira muitas coisas malucas, mas sempre pensara que sereias e tritões eram criaturas fictícias bobinhas, como os Smurfs ou os Muppets.

No entanto, não havia nada de bobo ou fofinho naquelas criaturas. Mesmo a distância, elas pareciam ferozes e, nem um pouco parecidas com os humanos. Seus olhos possuíam um brilho amarelado. Tinham dentes afiados como os de um tubarão e pele semelhante a couro, em cores que iam do vermelho coral ao negro.

— É um campo de treinamento — murmurou Leo. Ele olhou para Afros com certo receio. — Você treina heróis, assim como Quíron?

Afros assentiu, com um brilho de orgulho nos olhos.

— Fomos nós quem treinamos todos os heróis do mar famosos! Pense em um tritão ou sereia conhecidos... Foi treinado por nós!

— Ah, claro — falou Leo. — Tipo... hã, a Pequena Sereia?

Afros franziu a testa.

— Quem? Não! Tipo Tritão, Glauco, Weissmuller e Bill!

— Ah. — Leo não fazia ideia de quem eram aquelas pessoas. — Você treinou Bill? Fascinante.

— De fato! — Afros bateu no peito. — Eu mesmo treinei Bill. Um grande tritão.

— Suponho que você ensine combate.

Afros ergueu as mãos, exasperado.

— Por que todo mundo acha isso?

Leo olhou para a imensa espada nas costas do homem-peixe.

— Hã, não sei.

— Ensino música e poesia! — falou Afros. — Competências domésticas! Elas também são importantes para a formação de um herói.

— Certamente. — Leo tentava manter-se sério. — Costurar? Assar cookies?

— Isso. Que bom que você entende. Talvez mais tarde, se não precisar matá-lo, eu possa lhe mostrar minha receita de brownie. — Afros fez um gesto desdenhoso para trás. — Meu irmão Bitos... ele ensina combate.

Leo não sabia ao certo se se sentia aliviado ou insultado pelo treinador de combate estar interrogando Frank enquanto ele ficava com o professor de economia doméstica.

— Ah, ótimo. Este é o Acampamento... como vocês o chamam? Acampamento Sangue-de-Peixe?

Afros franziu o cenho.

— Espero que tenha sido uma piada. Este é o Acampamento _________. — Ele emitiu uma série de sibilos e assovios parecidos com os dos golfinhos.

— Que idiota que eu sou — disse Leo. — E, sabe, eu iria gostar muito desses brownies! Então, o que temos que fazer para chegar ao estágio de não precisar me matar?

— Me conte sua história — falou Afros.

Leo hesitou, mas não por muito tempo. De alguma forma ele pressentiu que devia contar a verdade. Então começou pelo início: de quando Hera fora sua babá e o colocara nas chamas; da morte de sua mãe por culpa de Gaia, que identificara Leo como um futuro inimigo. Ele contou como passara a infância indo de lar adotivo para lar adotivo, até que ele, Jason e Piper foram levados para o Acampamento Meio-Sangue. Explicou a Profecia dos Sete, a construção do Argo II e sua missão de ir à Grécia e derrotar os gigantes antes que Gaia despertasse.

Enquanto ele falava, Afros tirou do cinto algumas agulhas compridas de metal de aspecto perverso. Leo receou ter dito algo errado, mas Afros pegou também um pouco de fios de alga de sua bolsa e começou a tricotar.

— Continue — instou ele. — Não pare.

Quando Leo terminou de explicar os eidolons, a rixa com os romanos e todos os problemas com que o Argo II havia se deparado tentando cruzar os Estados Unidos desde que embarcaram em Charleston, Afros já havia tricotado um capuz de bebê.

Leo esperou enquanto o peixe-centauro guardava suas coisas. Os chifres de garras de lagosta continuavam a nadar em meio à sua cabeleira, e Leo precisou resistir ao impulso de tentar resgatá-los.

— Muito bem — disse Afros. — Acredito em você.

— Simples assim?

— Sou muito bom em identificar mentiras. Não percebi nenhuma na história que você narrou. E ela também combina com o que Hazel Levesque nos contou.

— Ela está...?

— É claro — disse Afros. — Ela está bem. — Ele levou os dedos à boca e assoviou, o que soava bastante estranho debaixo d’água. — Meus companheiros vão trazê-la para cá em breve. Você precisa entender... nossa localização é um segredo muito bem guardado. Você e seus amigos apareceram em um navio de guerra, perseguidos por um dos monstros marinhos de Ceto. Não sabíamos de que lado vocês estavam.

— Está tudo certo com o navio?

— Avariado — disse Afros —, mas não terrivelmente. A escolopendra fugiu depois de engolir um bocado de fogo. Belo truque.

— Obrigado. Escolopendra? Nunca ouvi falar.

— Considere-se uma pessoa de sorte. São criaturas abomináveis. Ceto deve odiar vocês de verdade. Seja como for, resgatamos você e os outros dois dos tentáculos da criatura quando ela se retirava para as profundezas. Seus amigos ainda estão lá em cima, procurando vocês, mas nós obscurecemos a visão deles. Precisávamos ter certeza de que vocês não eram uma ameaça. Caso contrário, teríamos que... tomar algumas providências.

Leo engoliu em seco. Ele estava mais do que certo de que tomar algumas providências não significava assar um tabuleiro extra de brownies. E, se esses caras eram tão poderosos que podiam manter o acampamento oculto aos olhos de Percy, que tinha todos aqueles poderes aquáticos concedidos por Poseidon, no que lhes dizia respeito, aquele mar não estava para peixes.

— Então... podemos ir?

— Em breve — prometeu Afros. — Preciso verificar com Bitos. Quando ele tiver terminado de falar com seu amigo Gank...

— Frank.

— Frank. Quando tiverem terminado, vamos mandar vocês de volta ao navio. E talvez tenhamos alguns avisos para vocês.

— Avisos?

— Ah. — Afros apontou. Hazel emergiu da floresta de algas, escoltada por duas sereias de aspecto cruel, que arreganhavam as presas e sibilavam. Leo pensou que Hazel talvez estivesse em perigo. Mas logo viu que ela parecia completamente à vontade, sorrindo e conversando com suas escoltas, e Leo se deu conta de que as sereias estavam rindo.

— Leo! — Hazel nadou em sua direção. — Este lugar não é incrível?

* * *

Eles foram deixados sozinhos na colina, o que devia significar que Afros realmente confiava neles. Enquanto o centauro e as sereias foram buscar Frank, Leo e Hazel ficaram flutuando pelo lugar, observando o acampamento submarino.

Hazel contou a ele como as sereias haviam sido bem amigáveis. Afros e Bitos ficaram fascinados com sua história, pois nunca tinham conhecido um descendente de Plutão. Além disso, ouviram muitas lendas sobre o cavalo Arion e ficaram impressionados por Hazel ser amiga dele.

Hazel havia prometido visitá-los novamente com Arion. As sereias tinham escrito os números de seus telefones com tinta à prova d’água no braço de Hazel, para que ela pudesse manter contato. Leo não queria nem perguntar como elas tinham sinal de celular no meio do Atlântico.

Enquanto a garota falava, seu cabelo flutuava em torno do rosto em uma nuvem — como terra misturada a pó de ouro na bateia de um garimpeiro. Ela parecia muito segura de si e muito bonita — em nada lembrava a menina tímida e nervosa no pátio daquela escola em Nova Orleans com a lancheira esmagada aos seus pés.

— Não tivemos chance de conversar — disse Leo. Ele relutava em tocar no assunto, mas sabia que essa podia ser a única chance de ficarem sozinhos. — Sobre Sammy.

O sorriso dela desapareceu.

— Eu sei... Só preciso de um tempo para me acostumar. É estranho pensar que você e ele...

Ela não precisava concluir o pensamento. Leo sabia exatamente o quanto era estranho.

— Não tenho certeza de que posso explicar isso a Frank — acrescentou ela. — Sobre nós estarmos de mãos dadas.

Ela evitava encarar Leo. Lá embaixo, no vale, a equipe de trabalhadores ciclopes comemorou quando conseguiu colocar o domo no lugar.

— Já conversei com ele — contou Leo. — Disse que não estava tentando... você sabe. Criar problemas entre vocês dois.

— Ah. Ótimo.

Teria ela soado desapontada? Leo não tinha certeza, e também não sabia ao certo se queria saber.

— Frank, hum, pareceu muito apavorado quando invoquei o fogo. — Leo explicou o que havia acontecido na caverna.

Hazel pareceu atordoada.

— Ah, não. Isso deve tê-lo deixado aterrorizado.

Ela levou a mão à jaqueta jeans, como se estivesse conferindo alguma coisa no bolso interno. Hazel sempre usava aquela jaqueta ou uma camiseta por cima da roupa, mesmo quando estava quente. Leo presumira que o motivo era recato ou talvez porque fosse melhor para cavalgar, como uma jaqueta de motoqueiro. Agora ele se perguntava qual era o real motivo.

Seu cérebro começou a trabalhar em alta velocidade. Ele lembrou-se do que Frank dissera sobre seu ponto fraco... um graveto. Pensou em por que esse garoto teria medo de fogo e por que Hazel compreenderia tanto esses sentimentos. Leo pensou em algumas das histórias que ouvira no Acampamento Meio-Sangue. Por razões óbvias, ele tendia a prestar atenção em lendas sobre fogo. Então lembrou-se de uma na qual não pensava havia meses.

— Existe uma antiga lenda sobre um herói — recordou ele. — cuja vida estava atada a um pedaço de madeira em uma lareira, e quando aquele graveto queimasse...

A expressão de Hazel tornou-se sombria. Leo sabia que havia descoberto a verdade.

— Frank tem esse mesmo problema — adivinhou ele. — E o graveto... — Ele apontou para a jaqueta de Hazel. — Ele o deu a você para que o guardasse em segurança?

— Leo, por favor, não... Eu não posso falar sobre isso.

Os instintos de Leo como mecânico entraram em ação. Ele começou a pensar nas propriedades da madeira e na corrosividade da água salgada.

— A madeira não estraga se ficar no oceano assim? A camada de ar à sua volta o protege?

— Está tudo bem — disse Hazel. — O graveto nem se molhou. Além disso, está enrolado em várias camadas de tecido, plástico e... — Ela mordeu o lábio, frustrada. — E eu não devo falar sobre isso! Leo, a questão é que se Frank parece ter medo de você ou fica apreensivo na sua presença, você tem que entender...

Leo ficou feliz por estar flutuando, porque provavelmente sentiria-se tonto demais para se manter de pé. Imaginou-se no lugar de Frank, sua vida tão frágil que literalmente poderia se consumir a qualquer momento. Imaginou a confiança que seria necessária para entregar sua vida — todo o seu futuro — a outra pessoa.

Frank obviamente escolhera Hazel. Assim, quando vira Leo — um cara que podia invocar fogo quando quisesse — dando em cima da sua namorada...

Leo estremeceu. Não era de admirar que Frank não gostasse dele. E de repente a habilidade de Frank de se transformar em vários animais diferentes não parecia tão incrível assim, não se viesse com esse tipo de desvantagem.

Leo pensou no verso que menos gostava da Profecia dos Sete: Em tempestade ou fogo o mundo terá acabado. Por muito tempo, imaginara que Jason ou Percy representavam a tempestade — talvez os dois juntos. Leo era o cara do fogo. Ninguém disse isso, mas estava bastante claro. Leo era um dos curingas. Se fizesse a coisa errada, o mundo poderia acabar. Não... o mundo iria acabar. Leo se perguntou se Frank e seu graveto teriam algo a ver com aquele verso. Leo já cometera alguns erros épicos. Seria tão fácil para ele acidentalmente atear fogo em Frank Zhang.

— Aí estão vocês!

A voz de Bitos fez Leo se encolher. Ele e Afros aproximaram-se com Frank entre os dois, pálido, mas bem. Frank observou Hazel e Leo com atenção, como se tentasse descobrir sobre o que estiveram conversando.

— Vocês estão livres — disse Bitos. Então abriu seu alforje e devolveu os objetos confiscados. Leo nunca se sentira tão feliz em prender o cinto de ferramentas na cintura.

— Diga a Percy Jackson para não se preocupar — afirmou Afros. — Compreendemos sua história sobre as criaturas marinhas aprisionadas em Atlanta. Ceto e Fórcis precisam ser detidos. Vamos mandar um de nossos heróis em uma missão para derrotá-los e libertar os prisioneiros. Talvez Cyrus?

— Ou Bill — sugeriu Bitos.

— Isso! Bill seria perfeito — concordou Afros. — De qualquer forma, estamos gratos por Percy ter nos informado sobre isso.

— Vocês deviam agradecê-lo pessoalmente — sugeriu Leo. — Quer dizer, ele é filho de Poseidon, e tudo mais.

Ambos os peixes-centauros balançaram a cabeça solenemente.

— Às vezes é melhor não interagir com a prole de Poseidon — falou Afros. — Somos amigos do deus do mar, é claro, mas a política das deidades submarinas é... complicada. E nós valorizamos nossa independência. No entanto, agradeça a Percy. Faremos o possível para acelerar sua travessia pelo Atlântico e impedir mais interferências dos monstros de Ceto, mas fiquem avisados: no mar antigo, o Mare Nostrum, outros perigos os aguardam.

Frank suspirou.

— Como sempre.

Bitos deu um tapinha no ombro do grandalhão.

— Você vai ficar bem, Frank Zhang. Continue praticando se transformar em criaturas marinhas. A forma de carpa está boa, mas tente uma caravela-portuguesa. Lembre-se do que lhe mostrei. O segredo está na respiração.

Frank pareceu muito constrangido. Leo mordeu o lábio, tentando segurar o riso.

— E você, Hazel — disse Afros —, venha nos visitar de novo e traga aquele seu cavalo! Sei que está apreensiva com o tempo que perderam em nossos domínios. Você está preocupada com seu irmão, Nico...

Hazel agarrou sua espada de cavalaria.

— Ele está... vocês sabem onde ele está?

Afros balançou a cabeça.

— Não exatamente. Mas, quando estiver próxima, você deverá ser capaz de sentir a presença dele. Não tema! Vocês têm até depois de amanhã para chegar a Roma se quiserem salvá-lo, mas ainda há tempo. E vocês precisam salvá-lo.

— Sim — concordou Bitos. — Ele será essencial para sua jornada. Não sei como, mas pressinto que seja assim.

Afros pousou a mão no ombro de Leo.

— Quanto a você, Leo Valdez, fique perto de Hazel e Frank quando chegarem a Roma. Pressinto que eles enfrentarão... hã, dificuldades técnicas que só você poderá superar.

— Dificuldades técnicas? — perguntou Leo.

Afros sorriu, como se isso fosse uma ótima notícia.

— E tenho alguns presentes para você, o bravo navegador do Argo II!

— Gosto de pensar em mim como capitão — admitiu Leo. — Ou comandante supremo.

— Brownies! — disse Afros, orgulhoso, enfiando uma cesta de piquenique antiga nos braços de Leo. Ela estava cercada por uma bolha de ar, a qual Leo esperava que evitasse que os brownies se transformassem em lama salgada. — Também coloquei a receita aí dentro. Não ponha manteiga demais! Esse é o truque. E estou lhe entregando uma carta de apresentação para Tiberino, o deus do Rio Tibre. Assim que chegar a Roma, sua amiga, a filha de Atena, vai precisar disso.

— Annabeth... — falou Leo. — O.k., mas por quê?

Bitos riu.

— Ela está buscando a Marca de Atena, não é? Tiberino pode guiá-la nessa missão. Ele é um deus antigo e orgulhoso, que pode ser... difícil, mas espíritos romanos adoram cartas de recomendação. Isso convencerá Tiberino a ajudá-la. Espero.

— Também espero — replicou Leo.

Bitos tirou três pequenas pérolas cor-de-rosa de seu alforje.

— Adeus, semideuses! Boa viagem!

Ele atirou uma pérola em cada um deles, e bolhas cintilantes de energia cor-de-rosa formaram-se em torno dos três.

Eles começaram a subir na água. Leo só teve tempo de pensar: Um elevador de bola para hamster? Então ganhou velocidade e disparou como um foguete na direção do brilho distante do sol lá no alto.