A Jangada
Cônego Climério Chaves
Límpido céu se ostenta majestoso!
Manhã serena, clara e deslumbrante...
A natureza torna-se elegante,
O mar se agita manso e amoroso!
Com rugido festivo e bonançoso
Nas águas geme o vento sussurrante
Enfunando a velinha doidejante
Que tremula num sopro caprichoso.
É a jangadinha branca que desliza
Pela azul superfície do oceano
Aos embates puríssimos da brisa!...
E ao longe... muito ao longe – o alvo pano
Como estranha cortina se divisa
No esplêndido horizonte americano!