Un viejo calzón de baño
Un día para vaguear
El mar como sin tamaño
Y un arco iris allá...
Después, en Plaza Caymmi
Sentir el cuerpo algo fofo
Y en una silla de mimbre
Beber un agua de coco
¡Qué bien!
Ir por la tarde a Itapuã
Al sol que enciende Itapuã
Oír tu mar, Itapuã
Hablar de amor, Itapuã.
Mientras el mar inaugura
Un novedoso color
Discutimos con ternura
Y con cachaça y licor
Y con la vista perdida
Entre los cielos y el mar
Bien despacito sentimos
Toda la tierra girar
¡Qué bien!
Ir por la tarde a Itapuã
Al sol que enciende Itapuã
Oír tu mar, Itapuã
Hablar de amor, Itapuã.
Después el escalofrío
Del viento al anochecer
Los cocoteros tan finos
Que ni se quieren mover...
Y en los espacios serenos
Sin tiempo y sin ansiedad
Sentir tus brazos morenos
Oh, luna de Itapuã
¡Qué bien!
Ir por la tarde a Itapuã
Al sol que enciende Itapuã
Oír tu mar, Itapuã
Hablar de amor, Itapuã.
Tarde em Itapuã
Um velho calção de banho
Um dia prá vadiar
O mar que não tem tamanho
E um arco-íris no ar...
Depois, na Praça Caymmi
Sentir preguiça no corpo
E numa esteira de vime
Beber uma água de côco
É bom!
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã.
Enquanto o mar inaugura
Um verde novinho em folha
Argumentar com doçura
Com uma cachaça de rolha...
E com olhar esquecido
No encontro de céu e mar
Bem devagar ir sentindo
A terra toda rodar
É bom!
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã.
Depois sentir o arrepio
Do vento que a noite traz
E o diz-que-diz-que macio
Que brota dos coqueirais...
E nos espaços serenos
Sem ontem nem amanhã
Dormir nos braços morenos
Da lua de Itapuã
É bom!
Passar uma tarde em Itapuã
Ao sol que arde em Itapuã
Ouvindo o mar de Itapuã
Falar de amor em Itapuã.