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Um mês depois da partida do Ilford, o último navio imigrante, o Mongolia, partiu rumo ao Havaí, transportando duzentos e oitenta e oito passageiros. O Ato de Proteção à Imigração, lei criada sob pressão japonesa, proibia os coreanos de viajarem ao exterior; o Japão não desejava que as pessoas que deixariam a Coreia aos montes competissem com os imigrantes japoneses. As companhias de imigração foram obrigadas a fecharem as portas. Foi negada a reentrada no país de investidores como John Meyers. A breve história da imigração que os trabalhadores das plantações de cana-de-açúcar havaianas haviam começado a escrever em 1902 estava virando a última página três anos depois. Então veio o Tratado do Protetorado, de 1905. A autoridade diplomática do império coreano foi transferida para o Japão, enquanto as legações diplomáticas dos Estados Unidos, Alemanha e França se retiravam de Seul. Em julho daquele ano, o secretário de guerra norte-americano William Howard Taft e o primeiro-ministro japonês Katsura Taro trocaram memorandos secretos, transferindo o governo da Coreia para o Japão e o das Filipinas para os Estados Unidos.
O país que o Ilford havia deixado para trás aos poucos estava desaparecendo, como uma gota de tinta que cai nas águas.