O Castle está caído.
Tem o maxilar descaído. Os braços pendem-lhe de cada lado, os seus olhos arregalam-se com preocupação e espanto e com uma pontada de intimidação enquanto move os lábios sem conseguir produzir qualquer som.
Sinto que o momento poderá ser adequado para me atirar de um penhasco.
O Kenji toca-me no braço e viro-me para ele, percebendo que estou aterrada. Espero sempre que ele, o Adam e o Castle percebam que serem simpáticos comigo é um erro, que acabará mal, que não valho a pena, que não sou mais do que uma ferramenta, uma arma, uma assassina no armário.
Mas pega-me no pulso direito com tanta delicadeza. Tem o cuidado de não tocar na minha pele enquanto descalça a luva de couro esfarrapada e suga ar entre os dentes quando vê os meus nós dos dedos. A pele está ferida e há sangue por toda a parte e não consigo mexer os dedos.
Percebo que sofro.
Pestanejo sem parar, explodem estrelas e uma nova agonia desce-me pelos meus braços e pernas com tal sofreguidão que deixo de conseguir falar.
Engasgo-me
e
o
mundo
desa p a r e c e