A última entrevista do casal John Lennon e Yoko Ono

“Um lampejo fascinante e detalhado da obra de um gênio musical... Um trabalho valioso.” — The New York Times

“As perguntas delicadas de David Sheff evocam tantas histórias e lembranças de seu passado de beatle e do passado e do presente intelectuais de Lennon, assim como seus planos futuros, que a entrevista dificilmente teria ficado menos envolvente e importante, ainda que não tivesse sido ilustrada pela tragédia.” — Los Angeles Times

“A entrevista é uma prova viva de que o melhor da arte de Lennon/Ono foi a sua própria vida.” — Time

“Mahatma Gandhi e Martin Luther King são grandes exemplos de fantásticas personalidades não violentas que morreram de forma violenta. Não consigo entender isso. Somos pacifistas, mas não sei o que significa ser tão pacifista a ponto de levar um tiro. Jamais conseguirei entender uma coisa dessas.” — John Lennon

Em meados de 1980, o jornalista David Sheff, com apenas 24 anos, recebeu a missão que poderia mudar sua carreira: obter uma entrevista com John Lennon e Yoko Ono para a revista Playboy. O jovem jornalista empreendeu uma odisseia de conversas, telefonemas e mensagens para se aproximar do casal. Quando finalmente chegou, conseguindo um encontro com Yoko, ainda teve de passar por uma “avaliação astrológica”. Depois de todo o trabalho, o zodíaco resolveu ficar do seu lado, e ele foi “aprovado” pela artista plástica.

Sheff passou três semanas com o casal. O gravador, sempre ligado, perseguia Lennon e Ono onde quer que estivessem: no belo apartamento no prédio Dakota, no estúdio de gravação, nas limusines, nos cafés, no banheiro, em todos os lugares. E, da mesma forma que as locações, os assuntos foram os mais variados possíveis: desde detalhes prosaicos de um casamento que beirava a simbiose, até a rememoração da carreira de uma banda que transformou para sempre a cultura mundial.

Música a música, Lennon vai dissecando a carreira dos Beatles, discutindo sobre as contribuições de cada integrante nas canções. Com sinceridade incisiva (embora não surpreendente), Lennon disparava comentários ácidos ou reverentes sobre Paul McCartney.

No entanto, mesmo abrindo sua casa, despejando suas memórias e cedendo seu tempo para falar dos Beatles, John Lennon sabia que a história não tinha mais volta:

“Falar da volta dos Beatles é uma ilusão. Isso foi há dez anos. Os Beatles só existem em filmes e discos, e na cabeça das pessoas. Você não pode reunir o que não existe mais. Não somos mais aquelas quatro pessoas.”

Ao ler este livro, uma questão se torna óbvia: o astro do rock finalmente alcançara alguma satisfação. Mas, justamente quando começou a dar cabo das angústias, sua vida foi cruelmente interrompida. A última entrevista do casal John Lennon e Yoko Ono revela a essência de um ídolo meses antes de ela se tornar indelével.