Borralheiro - Minha Viagem Pela Casa

- Authors
- Carpinejar, Fabrício
- Publisher
- Bertrand Brasil
- Tags
- 1. crônica brasileira.
- ISBN
- 9788528614978
- Date
- 2011-01-01T00:00:00+00:00
- Size
- 0.45 MB
- Lang
- pt
Uma revolução silenciosa tomou conta dos hábitos. Começou, de modo discreto, com uma maior participação na paternidade, seguiu para a cozinha, a lavanderia, e já se pode dizer que não há como contê-la.
O homem é o novo dono do lar. O novo romântico. O novo casamenteiro. Não tem vergonha de chorar, lembra a data do primeiro beijo e conhece de cor e salteado onde ficam as toalhas e quais estão secas.
Depois dos sucessos de Canalha! e Mulher perdigueira, Carpinejar retrata a mudança do comportamento masculino. Descobre agora o Borralheiro, personagem que não se sente menosprezado por cuidar das tarefas domésticas.
Em altas doses de lirismo e humor, Carpinejar embarca em uma viagem sem volta pela residência. Passeia por cada cômodo, brincando com as diferenças do comportamento entre marido e mulher e destruindo condicionamentos do sexo e do amor. O escritor não foge de uma boa discussão de relacionamento, tanto que acha que a briga deveria ser profissionalizada com O Dia da DR.
Em 100 crônicas, o escritor confidencia as estratégias divertidas de sedução e faz advertências saborosas para a rapaziada, como nunca mexer no umbigo da namorada ou apertar suas bochechas.
Os segredos revelados são perigosos e com efeitos colaterais imediatos. Preocupado com uma possível epidemia carpinejariana, Luis Fernando Verissimo deflagra uma mobilização nacional:
"Protesto, em nome da classe. O Carpinejar não se contentou em ser o melhor dos novos poetas, também invadiu a nossa área com a mesma originalidade e já é um dos melhores cronistas do país. Ninguém sabe do que ele será capaz, no futuro, se não for detido... É preciso detê-lo. Não o encorajem. Falem mal dele. E, em hipótese alguma, comprem este livro!"
Borralheiro converte o mais ínfimo cotidiano em teorias de sensibilidade, explorando o perfil dos tipos familiares como sogro, o tio, a mãe e os irmãos.
O autor convida cada um a repensar a rotina e se apaixonar novamente pelo casamento. Se em Canalha!, ele indicava a importância dos bicos da caixa de leite, aqui divide com a mulher copos de requeijão e iogurte.
Quando o leitor terminar a obra, estará varrendo a sala, limpando a vida, preparando a comida e as conversas, arrumando a cama e os pensamentos, colocando a roupa e a fragilidade no varal e atendendo aos caprichos insanos do outro.