Ser Feliz

Ser Feliz faz uma sátira da mitologia da realização pessoal e de seus exploradores comerciais, com um humor sarcástico e cruelmente revelador. Will Ferguson usa vertentes narrativas diversas - policial, romântica, fantástica, aventuresca - para criar uma trama envolvente, marcada pela paródia e pela ironia.

O protagonista é o editor Edwin de Valu, que não agüenta mais ver as pilhas de originais se erguendo sobre a mesa na editora onde trabalha, em Nova York. Definitivamente, ele não está de bem com a vida: não suporta mais a esposa, adepta de todo e qualquer método de auto-conhecimento, tampouco o chefe cinqüentão metido a adolescente e os demais colegas de trabalho.

Pressionado pelo chefe, Edwin decide editar o livro de auto-ajuda definitivo. Escolhe entre os seus originais o título O que aprendi na montanha, de um misterioso Tupak Soirée. Para surpresa do editor, o lançamento estoura na lista de mais vendidos, e uma epidemia de felicidade se espalha pela Terra. De uma hora para outra todos encontram paz interior, descobrem as maravilhas do sexo tântrico, largam cigarro, bebida, drogas e fast-food. Milhares de pessoas vão meditar nas montanhas. Outros percorrem as ruas em paz e harmonia com o Universo, alheios ao consumismo e ao ambiente competitivo da velha civilização capitalista.

Ser Feliz é o primeiro romance do canadense Will Ferguson. Destilando um humor cínico, o autor faz um retrato cruel do mercado editorial e da obsessão pela felicidade. Fergusson é autor de vários livros, entre os quais o aclamado relato diário de viagem, Hokkaido Highway Blues, The Hitchhiker's Guide to Japan (O guia da carona no Japão) e o controvertido e cultuado Why I Hate Canadians (Por que odeio os canadenses).