Clangorem lavas, pois que os vesúvios estrugem,
Ribombem os canhões e haja gritos nas chagas;
Arfe o oceano, rangindo as escamas das vagas,
no lançar contra o espaço o labéu da salsugem!...
5 Empine-se o corisco entre as nuvens presagas,
Pois que a chuva borbota a diluvial babugem,
E – aos cem mil – os trovões acachoeirados rugem.
Os trocaicos do poema horrífico das pragas!...
Esbraveje o simum por sobre as caravanas,
10 Apagando, ao vozear, tantas vozes humanas,
Fazendo o chão subir junto aos leques da palma!...
Ruja, rouqueje todo som e todo arruído:
Mas que eu não ouça mais o tremendo estampido,
O infernal estridor das tempestades d’alma!