As Horas

Em As Horas, Michael Cunningham, considerado um dos melhores escritores americanos (Richard Eder, Los Angeles Times), inspira-se com grande imaginação na vida e obra de Virginia Woolf para contar a história de um grupo de personalidades contemporâneas em luta com as reivindicações contraditórias do amor e do passado, da esperança e do desespero.

O romance começa com uma evocação dos últimos dias de Virginia Woolf antes do seu suicídio e passa daí para as histórias de duas mulheres americanas modernas que se esforçam para construir vidas compensadoras apesar das exigências de amigos, amantes e família.

Clarissa Vaughan é uma editora literária que vive na Greenwich Village do nosso tempo. Quando a conhecemos, vai comprar flores para alegrar uma festa em honra do amigo Richard, um poeta doente a quem acaba de ser atribuido um importante prémio literário. Laura Brown é uma dona de casa da Califórnia do pós-guerra que busca a sua verdadeira vida fora do seu asfixiante casamento.

Com rara facilidade e segurança, Cunningham faz as vidas das duas mulheres convergirem com a de Virginia Woolf de um modo inesperado e doloroso. Enquanto o enredo transita entre períodos diferentes do século XX, a voz contemporânea clara, forte e surpreendentemente lírica de Cunningham ecoa em cada linha.

Apaixonado, profundo e intensamente comovedor, As Horas é uma obra literária admirável.