Benedetto Croce, Storia d’Europa nel secolo cecimonono, Bari, Laterza, 1932, p. 299. |
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George W. F. Hollgarten, Imperialismus vor 1914, Munique, C. H. Beck’sche Verlagsbuchhandlug, 1o vol., 1963, p. 18. |
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Tratando então da retirada do gabinete da Maioridade, dissera Antônio Carlos: “Nestas circunstâncias os cinco ministros que eram de outra opinião eram obrigados a retirar-se e ser vencidos. Não foi Sua Majestade que decidiu, porque o imperador reina e não governa”. Logo depois ainda retoma a fórmula: “os soberanos não governam, reinam; governam os ministros”. |
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Uma exceção é fornecida pela obra de Braz Florentino Henriques de Sousa, que se inspirou sobretudo nos teóricos da Contrarrevolução ou da ditadura, especialmente Joseph de Maistre e Donoso Cortez. Em seu livro Do Poder Moderador, esse lente da Faculdade de Direito do Recife tenta mostrar, em 1864, que o imperador “resume o Estado em sua pessoa”, é “a Constituição encarnada” (p. 38). É da justiça notar que Pedro II sempre esteve longe de pensar assim, e acreditava poder ver algum dia aproximar-se o país do sistema britânico. |
F. Stuart Chapin, Cultural change, Nova York, 1928, p. 261. |
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Knight Dunlap, Civilized life: The principles and applications of social psychology, Baltimore, 1935, p. 189. |
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Margaret Mead, Ruth Shoule Cavan, John Dollard e Eleanor Wembridge, “The adolescent world: Culture and personality”, The American Journal of Sociology (jul. 1936), pp. 84 ss. |
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“A perda da mãe na infância”, diz ainda, “é um acontecimento fundamental na vida, dos que transformam o homem, mesmo quando ele não tem consciência do abalo. Desde esse dia ficava decidido que Nabuco pertenceria à forte família dos que se fazem asperamente por si mesmos, dos que anseiam por deixar o estreito conchego da casa e procurar abrigo no vasto deserto do mundo, em oposição aos que contraem na intimidade materna o instinto doméstico predominante. Hércules não se preocupava de deixar os filhos na orfandade, diz-nos Epicteto, porque sabia que não há órfãos no mundo.” Joaquim Nabuco, Um estadista do Império, I (São Paulo, 1936), p. 5. |
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Max Weber, Wirtschaft und Gesellschaft, II (Tübingen, 1925), pp. 795 ss. |
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A expressão é do escritor Ribeiro Couto, em carta dirigida a Alfonso Reyes e por este inserta em sua publicação Monterey. Não pareceria necessário reiterar o que já está implícito no texto, isto é, que a palavra “cordial” há de ser tomada, neste caso, em seu sentido exato e estritamente etimológico, se não tivesse sido contrariamente interpretada em obra recente de autoria do sr. Cassiano Ricardo onde se fala no homem cordial dos aperitivos e das “cordiais saudações”, “que são fechos de cartas tanto amáveis como agressivas”, e se antepõe à cordialidade assim entendida o “capital sentimento” dos brasileiros, que será a bondade e até mesmo certa “técnica da bondade”, “uma bondade mais envolvente, mais política, mais assimiladora”. |
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Feito este esclarecimento e para melhor frisar a diferença, em verdade fundamental, entre as ideias sustentadas na referida obra e as sugestões que propõe o presente trabalho, cabe dizer que, pela expressão “cordialidade”, se eliminam aqui, deliberadamente, os juízos éticos e as intenções apologéticas a que parece inclinar-se o sr. Cassiano Ricardo, quando prefere falar em “bondade” ou em “homem bom”. Cumpre ainda acrescentar que essa cordialidade, estranha, por um lado, a todo formalismo e convencionalismo social, não abrange, por outro, apenas e obrigatoriamente, sentimentos positivos e de concórdia. A inimizade bem pode ser tão cordial como a amizade, nisto que uma e outra nascem do coração, procedem, assim, da esfera do íntimo, do familiar, do privado. Pertencem, efetivamente, para recorrer a termo consagrado pela moderna sociologia, ao domínio dos “grupos primários”, cuja unidade, segundo observa o próprio elaborador do conceito, “não é somente de harmonia e amor”. A amizade, desde que abandona o âmbito circunscrito pelos sentimentos privados ou íntimos, passa a ser, quando muito, benevolência, posto que a imprecisão vocabular admita maior extensão do conceito. Assim como a inimizade, sendo pública ou política, não cordial, se chamará mais precisamente hostilidade. A distinção entre inimizade e hostilidade, formulou-a de modo claro Carl Schmitt recorrendo ao léxico latino: “Hostis is est cum quo publice bellum habemus […] in quo ab inimico differt, qui est is, quocum habemus privata odia…”. Carl Schmitt, Der Begriff des Politischen (Hamburgo, [1933]), p. 11, n. |
Friedrich Nietzsche, Werke, Alfred Köner Verlag, IV (Leipzig, s.d.), p. 65. |
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O mesmo apego aos diminutivos foi notado por folcloristas, gramáticos e dialetólogos em terras de língua espanhola, especialmente da América, e até em várias regiões da Espanha (Andaluzia, Salamanca, Aragão…). Com razão observa Amado Alonso que a abundância de testemunhos semelhantes e relativos às zonas mais distintas prejudica o intento de se interpretar o abuso de diminutivos como particularismo de cada uma. Resta admitir, contudo, que esse abuso seja um traço do regional, da linguagem das regiões enquanto oposta à geral. E como a oposição é maior nos campos do que nas cidades, o diminutivo representaria sobretudo um traço da fala rural. “A profusão destas formas”, diz Alonso, “denuncia um caráter cultural, uma forma socialmente plasmada de comportamento nas relações coloquiais, que é a reiterada manifestação do tom amistoso em quem fala e sua petição de reciprocidade. Os ambientes rurais e dialetais que criaram e cultivam essas maneiras sociais costumam ser avessos aos tipos de relações interpessoais mais disciplinadas das cidades ou das classes cultas, porque os julgam mais convencionais e mais insinceros e inexpressivos do que os seus.” Cf. Amado Alonso, “Noción, emoción, acción y fantasia en los diminutivos”, Volkstum und Kultur der Romanen, VIII, 1o (Hamburgo, 1935), pp. 117-8. No Brasil, onde esse traço persiste, mesmo nos meios mais fortemente atingidos pela urbanização progressiva, sua presença pode denotar uma lembrança e um survival, entre tantos outros, dos estilos de convivência humana plasmados pelo ambiente rural e patriarcal, cuja marca o cosmopolitismo dos nossos dias ainda não conseguiu apagar. Pode-se dizer que é um traço nítido da atitude “cordial”, indiferente ou, de algum modo, oposta às regras chamadas, e não por acaso, de civilidade e urbanidade. Uma tentativa de estudo da influência exercida sobre nossas formas sintáxicas por motivos psicológicos semelhantes encontra-se em João Ribeiro, Língua nacional (São Paulo, 1933), p. 11. |
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Ou sejam as categorias: 1) de parentesco; 2) de vizinhança; 3) de amizade. |
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André Siegfried, Amérique Latine (Paris, 1934), p. 148. |
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Prof. dr. Alfred von Martin, “Kultursoziologie des Mittelalters”, Hand-wörterbuch der Soziologie (Stuttgart, 1931), p. 383. |
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Fernão Cardim, Tratados da terra e gente do Brasil (Rio de Janeiro, 1925), p. 334. |
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Auguste de Saint-Hilaire, Voyage au Rio Grande do Sul (Orléans, 1887), p. 587. |
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Reverendo Daniel P. Kidder, Sketches of residence and travels in Brazil, I (Londres, 1845), p. 157. |
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Thomas Ewbank, Life in Brazil or a Journal of a visit to the land of the cocoa and the palm (Nova York, 1856), p. 239. |
Atas da Câmara Municipal da Vila de São Paulo, I (São Paulo, 1914), p. 214. |
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Garcia de Resende, Cancioneiro geral, v (Coimbra, 1917), p. 326. |
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Livro dos Regimentos dos Officiaes Mechanicos da Mui Nobre e Sêpre Cidade de Lixboa 1572, publicado pelo dr. Virgílio Correia (Coimbra, 1926), p. 84. |
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Gabriel Soares de Souza, Tratado descriptivo do Brasil em 1587, 3a ed. (São Paulo, 1938), p. 285. |
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Bernardo de Vargas Machuca, Milicia y descripción de Las Indias, II (Madri, 1892), p. 134. |
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Diálogos das grandezas do Brasil (Rio de Janeiro, 1930), p. 24. |
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Inventários e testamentos, I (São Paulo, 1920), pp. 205 e 227; idem, III, p. 86; idem, VIII, p. 148. |
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Frei Vicente do Salvador, História do Brasil, 3a ed. (São Paulo, s.d.), p. 41. |
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Spix & Martius, Reise in Brasilien, I (Munique, 1823), pp. 233 ss. |
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Martius & Veloso de Oliveira, Sistema de matéria médica vegetal brasileira (Rio de Janeiro, 1854), pp. 21 ss. |
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José Rodrigues de Abreu, Histologia médica, I (Lisboa Ocidental, 1733), p. 600. |
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“Livro que contém o que fez o exmo. sr. governador d. Rodrigo César de Meneses (Do que ha em heste sertam sem se fazer caso nem estimação do que vale!)”, Ms. do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, liv. 89, ms. 1509, fl. 269. |
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Pero de Magalhães Gandavo, Tratado da terra do Brasil (Rio de Janeiro, 1924), p. 42. |
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Manuel Cardoso de Abreu, “Divertimento admirável”, Revista do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo, VI (São Paulo, 1902), p. 275. |
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F. C. Hoehne, O que vendem os ervanários de S. Paulo (São Paulo, 1920), p. 217. O autor assinala igualmente dentes de jacaré, indicados “contra várias coisas, principalmente contra o mau-olhado”. Sobre a popularidade desse amuleto entre paulistas, no século xvii, ver Manuel Cardoso de Abreu, op. cit., p. 257. Sobre a atribuição, entre índios, de poderes mágicos aos dentes de jacaré e às unhas de tamanduá, cf. respectivamente Theodor Koch-Grünberg, Zwei Jahre unter den Indianern (Stuttgart, 1909), i, p. 67; e Carl von den Steinen, Unter den Naturvölkern Zentral-Brasiliens (Berlim, 1894), p. 479. |
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Vargas Machuca, op. cit., II, pp. 134 e 137; Pedro Lozano, Historia de la conquista del Paraguay, Rio de la Plata y Tucumán, i (Buenos Aires, 1874), pp. 291 e 307. |
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Frei Vicente do Salvador, op. cit., p. 41; Gabriel Soares de Souza, op. cit., p. 185; F. C. Hoehne, op. cit., pp. 215-6. |
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Pero de Magalhães Gandavo, op. cit., p. 101. |
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Simão de Vasconcelos, Vida do pe. João de Almeida (Lisboa, 1658), p. 116. |
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Fernão Cardim, Tratados da terra e gente do Brasil (Rio de Janeiro, 1925), p. 56. |
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Couto de Magalhães, Viagem ao Araguaia, 3a ed. (São Paulo, 1934), p. 165. |
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Martius, Natureza, doenças, medicina e remédios dos índios brasileiros (São Paulo, 1939), p. 224. |
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Manuel da Silva Leitão, Arte com vida ou vida com arte, 1738, apud Fernando São Paulo, Linguagem médica popular no Brasil, II (Rio de Janeiro, 1936), pp. 23-4. |
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Mário de Andrade, Namoros com a medicina (Porto Alegre, 1939), p. 66. |
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“A bandeira de Anhanguera a Goiás, segundo José Peixoto da Silva Braga”, Gazeta Literária, I, 3 (Rio de Janeiro, 1/9/1883), p. 64. |
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José Rodrigues de Abreu, op. cit., II, p. 431. |
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Manuel da Fonseca, Vida do venerável padre Belchior de Pontes (São Paulo, 1913), p. 33. |
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Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo, III, 3a ed. (São Paulo, 1913), p. 58. |
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Em 1857, falando à Assembleia Legislativa de São Paulo, a mais alta autoridade da província, depois de explicar que, embora tivessem aumentado em número os crimes de morte, estes na verdade não revelaram grande perversidade em quem os praticava, pondera o seguinte: “Além disso houve uma diminuição de 54 outros crimes, tais como o roubo, o furto, o estelionato, o estupro, cuja prática demonstra muito mais imoralidade e depravação de costumes que o homicídio — quase sempre resultante da falta de civilização e de vinganças particulares devido a pouca regularidade na administração da justiça”. Discurso com que o ilustríssimo e excelentíssimo sr. senador José Joaquim Fernandes Tôrres, presidente da província de São Paulo, abriu a Assembleia Legislativa Provincial no ano de 1858 (São Paulo, 1858), p. 5. |
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Carlos Teschauer, História do Rio Grande do Sul dos dois primeiros séculos, I (Porto Alegre, 1918), p. 179. |
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Domingos J. B. Jaquaribe Filho, O sul de São Paulo (São Paulo, 1886), pp. 59-60. |
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Theodor Koch-Grünberg, Vom Roroima zum Orinoco, III (Stuttgart, 1923), p. 223. |
Cf. Heirinch Wölfflin, Classic art, pp. 222 ss. Sobre o senso de unidade introduzido pela arte renascentista em contraste com a dos fins da Idade Média, veja-se do mesmo autor os Kunstgeschichtliche Grundbegriffe às pp. 180 ss. e passim, em particular toda a quarta seção, onde são examinadas, segundo um critério estilístico, as “categorias” antitéticas de Multiplicidade e Unidade. |
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G. Pico della Mirandola, Disputationes Adversus Astrologiam Divinatricem, I, pp. 13 ss. |
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Bem típica da argumentação quinhentista sobre o problema é a tese sustentada por Brocardo, nos diálogos de S. Speroni, de que, no plano “histórico”, não se oferece lugar para as verdades absolutas das ciências demonstrativas, mas só para os conhecimentos aproximativos. Achando-se o homem colocado em um meio-termo entre os animais e as inteligências puras, é de modo mediano que ele se conhece. “O qual modo”, diz, “não é senão a opinião gerada pela retórica […].” Convém, pois, que “as nossas repúblicas sejam prudentemente governadas, não pelas ciências demonstrativas, verdadeiras e certas para todos os tempos, mas pelas retóricas opiniões, variáveis e transmutáveis (como o são as nossas obras e leis)”, apud Eugênio Garin, Medioevo e Rinascimento, p. 135, e L’umanesimo italiano, p. 225. |
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Cf. Walter J. Ong, S. J., “Ramus and the pre-newtonian mind”, English Institute essays, p. 169. A influência de Ramus seria sensível na França e, ainda mais, em terras protestantes, como a Alemanha e a Grã-Bretanha, ou mesmo nas colônias inglesas da América do Norte, terras essas em que o seu sistema, segundo a observação de um historiador das ideias, se tornaria rapidamente um sério rival da lógica aristotélica nas escolas, Paul Oskar Kristeller, The classic and Renaissance thought, p. 41. Ver também Perry Miller, The New England mind: The Seventeenth Century (Boston, 1961), pp. 116-78 e 493-501. Tentou-se recentemente, em obra de cerrada erudição e análise, mostrar a influência decisiva do ramismo sobre toda a poética de John Donne e dos chamados “metafísicos” ingleses do século xvii: Rosemond Tuve, Elisabethan and metaphysical imagery; Renaissance and Twentieth Century critics (Chicago, 1947). |
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Da Antonii Goueani pro Aristotele respõsio, aduersus Petri Rami calunias há reprodução fac-similar moderna, seguida de tradução portuguesa de autoria de Aquilino Ribeiro: Antônio de Gouveia, Em prol de Aristóteles (Lisboa, 1940). |
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Lynn Thorndike, “The attitude of Francis Bacon and Descartes towards magic and occult sciences”, Science, Medicine and History, I, pp. 451-4. |
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Duarte Pacheco Pereira, Esmeraldo De Situ Orbis, p. 20. |
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“Les hommes de 1541 ne disaient pas: impossible. Ils ne savaient pas douter de la possibilité d’un fait. Aucune notion tyrannique, absolue, contraignante de loi ne limitait pour eux la puissance illimitée d’une nature créatrice et productrice sans frein. La critique du fait ne commencera, précisement, que le jour où cette notion de loi entrera en vigueur universellement — le jour où, par là même, la notion d’impossible, si féconde en dépit de ses apparences négatives, prendra un sens; le jour où, pour tous les esprits, le non posse engendra le non esse. Au xvie siècle, ce jour n’est pas venu”, L. Febvre, Le problème de l’incroyance, pp. 476 ss. |
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Leo Bagrow, Die Geschichte der Kartographie, pp. 90 ss. |
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Pantagruel, Liv. V, cap. XXXI. |
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Lembrou o sr. Afonso Arinos de Melo Franco, a outro propósito, como, publicada primeiramente em italiano, a relação do “Piloto Anônimo” saiu em latim, em versão impressa por Grineu no ano de 1512, em que também se redigiu o livro segundo de Pantagruel, o mesmo que anuncia a viagem projetada para o herói à Índia — onde se iria casar com a filha do Preste João — com escala no país dos canibais, inspirada possivelmente na rota cabralina. Aludindo ainda à relação, escreve Melo Franco: “Rabelais leu-a seguramente, uma vez que cita nominalmente Pedro Álvares, cujo nome figura no texto da narrativa, o que lhe valeu, ainda recentemente, passar por autor da última”, A. Arinos de Melo Franco, O índio brasileiro e a Revolução Francesa, p. 132. |
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“Delle Navigationi di Messer Alvise Da Ca Da Mosto Gentilhuomo Veneziano”, Ramúsio, Primo volume, & Seconda editione Delle Navigationi et Viaggi, p. 109: “questo fiume, secondo che dicono gli uomini sauij, è vn ramo del fiume Gion che vien dei paradiso terrestre et questo ramo fu chiamato da gli antichi Niger che vien bagnando tutta l’Ethiopia & appressandosi al mare oceano verso ponente doue sbocca, fa molti altrirami & fiumi oltra questo di Senega, & un altro ramo dal detto fiume Gion è il Nilo qual passa l’Egito, & mette capo nel mare nostro mediterraneo, & questa è la oppenione di quelli che hanno cercato il mondo”. |
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Sêneca, Nat. Quaest, lib. IV — A 11. |
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Dr. Richard Hennig, Terrae Incognitae, I, p. 67. |
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Howard Rollin Patch, The other world according to descriptions in medieval literature, p. 144. |
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Le navigationi atlantiche de Alvise Da Ca Da Mosto, p. 207, n. |
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Dr. Richard Hennig, Terrae Incognitae, i, p. 102. |
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“Delle navigazioni di Messer Alvise Da Ca Da Mosto…”, in Ramúsio, op. cit., I, p. 118. |
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João de Barros, Décadas, i, Liv. IV, C. VII. |
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Duarte Pacheco Pereira, Esmeraldo De Situ Orbis, liv. I, cap. 27. Não é evidente como ao visconde de Santarém quis parecer, que existisse alusão à localidade do Paraíso em certa passagem de Zurara onde, em resposta a Gomes Pires, capitão de uma caravela de el-rei que se propunha descer ao longo da costa da África até a terra dos negros, especialmente ao rio Nilo, isto é, o Níger, assim lhe teria dito Álvaro de Freitas: “nem eu nom sou homem pera me afastar de tal companhya, mas vaamos hu quiserdes siquer ataa o Paraíso Terreal”, cf. Gomes Eanes de Zurara, Crônica do descobrimento e conquista de Guiné, ed. anotada pelo visconde de Santarém, pp. 272 ss., n. Justifica-se mal, entretanto, a ênfase com que tal interpretação é repelida por um anotador recente da mesma Crônica, onde escreve: “Ao contrário do que diz Santarém, em nota, esta frase de Álvaro de Freitas mostra mais desprezo pela geografia da Idade Média, que crença nos seus erros. Aquele valente navegador exprime assim, risonho, que está disposto a ir desinteressadamente até ao fim do mundo, só para ver como ele é de fato. Isto não quer dizer que acredita que, continuando a navegar, possa chegar ao Paraíso dos teólogos e do poema de Dante”, Gomes Eanes de Zurara, Crônica do descobrimento e conquista da Guiné, ed. da Livraria Civilização, II, p. 63, nota de José de Bragança. |
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Dom Eduarte, Leal conselheiro, p. 15. |
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Os lusíadas, X, 150. |
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Aubrey Bell, A literatura portuguesa, p. 294. |
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Joaquim de Carvalho, Estudos sobre a cultura portuguesa do século XVI, I, p. 55. |
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Leonardo Olschki, Storia Letteraria delle Scoperte Geografiche, pp. 34 ss. Tornam-se inevitáveis, contudo, alguns reparos às circunstâncias históricas que se relatam nesse trecho. Assim é que o descobrimento e consequente posse do Cabo Branco pelos portugueses data, segundo as melhores probabilidades, de 1441, não de 1445. E foi devido a Nuno Tristão, não a Dinis Dias: a ação deste último anda associada ao descobrimento do Cabo Verde, no continente, não ao do Branco. Nada autoriza a crer, além disso, que Álvaro Fernandes tivesse atingido o rio Grande, ou seja, o Geba atual, célebre pelo fenômeno do macaréu. Finalmente não parece muito exato, no caso de Vasco da Gama, relacionar-se o aproveitamento do imenso mercado indiano, em nome do soberano português, com o fato de o grande navegador ter sido feito vizo-rei da Índia. A verdade é que o Gama só exerceu esse posto durante os últimos três meses, mal contados, de 1524, quando pouco tempo lhe sobraria para enfrentar a oposição dos muçulmanos do Malabar. |
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“[…] y agora entre tanto que vengam à noticia desto destas terras que agora nuevamente tengo asentado en el ánima que alli es el Paraiso terrenal, irá el adelantado con tres navios bien ataviados para ello á ver más adelante, y descobrirlo todo hácia aquellas partes”, Navarrete, Colección de los viajes y descubrimientos que hicieron por mar los españoles, I, pp. 386 ss. |
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Samuel Eliot Morison, Christopher Columbus, Mariner, p. 82. A esse respeito observa ainda o mesmo historiador que sendo os coqueiros uma planta hoje tão característica da costa do mar das Antilhas, muitos se esquecem de que foram introduzidos ali pelos espanhóis. |
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D. Martin Fernandez Navarrete, Collección de los viajes y descubrimientos, I, p. 428: “Josefo quiere que este oro se hobiese en la Aurea: si así fuese digo que aquellas minas de la Aurea son unas y se convienen con estas de Veragua, que como yo dije arriba se alarga al Poniente 20 jornadas, y son en una distancia lejos del polo y de la linea. Salomon compró todo aquello, oro, piedras y plata, alli le pueden mandar á coger si les aplace”. |
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D. Martin Fernandez Navarrete, Colección de los viajes y descubrimientos, I, pp. 427 ss.: “el oro es excelentísimo: del oro se hace tesoro y con él, quien lo tiene, hace quanto quiere en el mundo, y llega à que echa las almas al paraiso”. |