Notas
uma síntese
1. Nome que se dava às comunidades de negros fugidos da escravidão em alguns países da América do Sul.
2. Mazombo: filho de estrangeiro que nasce no Brasil.
3. Uma proposta mais filosófica que literária, a “antropofagia”, introduzida pelo modernismo paulista em 1928, levantava-se contra a cultura europeia e postulava uma “devoração” das técnicas dos países desenvolvidos, para reelaborá-las com autonomia.
um olhar sul-americano
1. Joaquim Nabuco, op. cit.
2. Id., ibid., p. 135.
3. Id., ibid.
joaquim nabuco democrata
1. “O lugar de Camões na literatura”, proferida em 14 de maio de 1908, traduzida para o português em 1911 por Arthur Bomilcar e, em 1940, por sua filha, Carolina Nabuco.
2. Joaquim Nabuco, O abolicionismo. Ed. fac-sim. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 1988.
3. Ernest Renan (1823-92), escritor e historiador das religiões.
4. Joaquim Nabuco, op. cit., p. 20.
5. Id., ibid.
6. José Murilo de Carvalho, Pontos e bordados. Belo Horizonte: Editora ufmg, 1999.
7. Marco Aurélio Nogueira, O encontro de Joaquim Nabuco com a política. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
8. Vamireh Chacon, Joaquim Nabuco: revolucionário conservador. Brasília: Senado Federal, 2000.
9. José Murilo de Carvalho, op. cit., p. 59.
10. “Representação à Assembleia Geral Constituinte e Legislativa do Império do Brasil sobre a escravatura”. In: Jorge Caldeira, José Bonifácio de Andrada e Silva. São Paulo: Ed. 34, 2002, p. 207.
11. Joaquim Nabuco, Minha formação. Pref. de Evaldo Cabral de Mello. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999.
12. Id., O abolicionismo, op. cit., p. 19.
13. Id., ibid., pp. 19-20.
14. Id., Minha formação, op. cit., p. 63.
15. Id., ibid., p. 3.
16. Luiz Meyer, Rumor na escuta: Ensaios de psicanálise. São Paulo: Ed. 34, 2010.
17. Joaquim Nabuco, Minha formação, op. cit., pp. 159-61.
18. Id., ibid., p. 162.
19. Id., ibid.
20. Apud Luiz Meyer, op. cit., pp. 277-8.
21. Joaquim Nabuco, Minha formação, op. cit., p. 166.
22. Id., ibid., pp. 166-7.
23. Id., ibid., p. 45.
24. Id., ibid., p. 230.
25. Id., ibid., p. 218.
26. Id., ibid., p. 57.
27. Id., ibid.
28. Id., ibid., p. 190.
29. Id., ibid., p. 146.
30. Id., Pensamentos soltos. Rio de Janeiro: A. N. Editora, [s.d.], p. 155.
31. Alexis de Tocqueville, A democracia na América. Trad. de J. A. G. de Albuquerque. Coleção Os Pensadores, v. 29. São Paulo: Abril, 1973.
32. Id., Lembranças de 1848. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.
33. Joaquim Nabuco, Minha formação, op. cit., pp. 99-100.
34. Alexis de Tocqueville, Lembranças de 1848, op. cit., p. 204.
35. Id., ibid., p. 205.
36. Id., ibid., p. 121.
37. Id., ibid., p. 149.
38. Marco Aurélio Nogueira, op. cit., p. 100.
39. Joaquim Nabuco, Minha formação, op. cit., pp. 60-1.
40. Id., ibid., p. 61.
41. Id., ibid., p. 99.
42. Walter Bagehot (1826-77), empresário inglês, economista renomado no que diz respeito à questão das crises financeiras e jornalista, principal editor do jornal The Economist por dezessete anos.
43. Alexis de Tocqueville, A democracia na América, op. cit., p. 309.
44. Id., ibid., p. 288.
45. Id., ibid., p. 310.
46. Id., ibid., p. 312.
47. Id., ibid., p. 313.
48. Joaquim Nabuco, Minha formação, op. cit., p. 130.
49. Id., ibid., p. 131.
50. Id., ibid.
51. Id., ibid.
52. Id., ibid., p. 129.
53. Id., ibid., p. 136.
54. Id., ibid.
55. Id., ibid., p. 130.
56. Id., ibid.
57. Id., Cartas II, p. 200, apud Marco Aurélio Nogueira, op. cit., p. 278.
canudos: o outro brasil
1. Walnice Nogueira Galvão, No calor da hora: A Guerra de Canudos nos jornais. São Paulo: Ática, 1974.
fotógrafo amador
1. Ver página 65 deste livro.
2. Paulo Prado, Retrato do Brasil: Ensaio sobre a tristeza brasileira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1962.
casa-grande & senzala, clássico
1 Ricardo Benzaquen de Araújo, Guerra e paz: Casa-grande e senzala e a obra de Gilberto Freyre nos anos 30. São Paulo: Ed. 34, 1994.
2. Gilberto Freyre, Casa-grande & senzala. Rio de Janeiro: Maia & Schmidt Ltda., 1933, pp. 376-7.
3. Diplomata, assessor internacional do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (2003 e 2004).
gilberto freyre, perene
1. In: Lourenço Dantas Mota (org.). Introdução ao Brasil: Um banquete no trópico. 2. ed. São Paulo: Senac, 2002.
2. Casa-grande & senzala. Rio de Janeiro: Maia & Schmidt Ltda., 1933, p. 48.
3. Roger Bastide, Brasil, terra de contrastes. São Paulo: Difel, 1959, p. 62.
4. Gilberto Freyre, Ordem e progresso. Rio de Janeiro: José Olympio, 1959, p. 58.
5. Id., ibid., p. 54.
6. Jorge Caldeira, História do Brasil com empreendedores. São Paulo: Mameluco, 2009.
7. Casa-grande & senzala, op. cit., p. 81.
8. Id., ibid., p. 322.
9. Id., ibid., p. 323.
10. Id., ibid., p. 79.
11. Id., ibid., p. 80.
12. Id., ibid., pp. 266-7.
13. Id., ibid., p. 116.
14. Id., ibid., pp. 114-5.
15. Id., ibid., p. 115.
16. Id., ibid.
17. Id., ibid., p. 69.
18. Id., ibid., p. 231.
19. Id., ibid., p. 131.
20. Id., ibid., p. 225.
21. Id., ibid., pp. 223-4.
22. Id., ibid., p. 178.
23. Id., ibid., p. 217.
24. Id., ibid.
25. Id., ibid., p. 180.
26. Id., ibid., p. 381.
27. Id., ibid., p. 379.
28. Id., ibid., p. 387.
29. Id., ibid., pp. 391-3.
30. Id., ibid., p. 393.
31. Id., ibid., p. 397.
32. Id., ibid., p. 398.
33. Id., ibid., p. 405.
34. Id., ibid., p. 418.
35. Id., ibid., p. 438.
36. Id., ibid., p. 503.
37. Id., ibid.
38. Id., ibid., p. 505.
39. Id., ibid., p. 507.
40. Id., ibid., p. 515.
41. Id., ibid., p. 537.
42. Id., ibid., p. 535.
43. Silvia Cortez Silva, Tempos de Casa-Grande (1930-1940). São Paulo: Perspectiva, 2010.
44. Sobrados e mucambos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1951, p. 270.
45. In: Lourenço Dantas Mota (org.), op. cit., p. 332.
46 Id., ibid., p. 353.
47. Ordem e progresso, op. cit., p. 215.
48. Id., ibid., p. 207.
49. Id., ibid., p. 208.
50. Id., ibid., p. 255.
51. Id., ibid., p. 256.
52. Elide Rugai Bastos, “Sobrados e mucambos”. In: Lourenço Dantas Mota (org.), op. cit., p. 360.
53. Id., ibid., p. 384.
54. Claude Lévi-Strauss, Histoire de Lynx. In: Oeuvres. Paris: Gallimard, 2009, p. 1429.
“Em primeiro lugar, cada mitologia local, confrontada com determinada história e com um meio, nos ensina muito sobre a sociedade de onde provém, revela seus mecanismos, ilumina o funcionamento, o sentido e a origem das crenças e dos costumes, dos quais alguns colocavam enigmas insolúveis às vezes por séculos. Isto, porém, com uma condição: nunca se afastar dos fatos. [...] Voltar aos mitos, sem dúvida; mas sobretudo às práticas e às crenças de determinada sociedade, pois somente elas podem nos informar a respeito dessas relações qualitativas.”
um ex-aluno
1. Ver texto na página 157 deste livro.
a fome e a crença: sobre os parceiros do rio bonito
1. Antonio Candido, Os parceiros do Rio Bonito: Estudo sobre o caipira paulista e a transformação dos seus meios de vida. Rio de Janeiro: José Olympio, 1964.
2. Id., ibid., p. 13.
3. Id., ibid., p. 30.
4. Id., ibid., p. 44.
5. Id., ibid., p. 54.
6. Id., ibid., p. 61.
7. Id., ibid., p. 65.
8. Id., ibid., p. 112.
9. Id., ibid., p. 125.
10. Id., ibid., p. 175.
11. O grande paradigma antropológico desse tipo de enfoque foi provavelmente o livro de E. E. Evans-Pritchard, The Nuer (Oxford: Clarendon Press, 1940). Embora não haja referência explícita dele em Os parceiros do Rio Bonito, tanto Antonio Candido como Florestan Fernandes (assim como Gioconda Mussolini ou Egon Schaden) liam com admiração a obra de Pritchard. Como aluno de todos eles, eu e meus colegas do início dos anos 1950 éramos obrigados a dissecar pelo menos os Nuer. O sentido de que a cultura é um produto histórico e que as categorias antropológicas também devem ser historicamente constituídas era nítido em Pritchard. Não se tratava da versão empobrecida do funcionalismo, nem se precisaria recorrer à fundamentação marxista para justificar a necessidade de compreender as sociedades e suas culturas como um processo que se desenvolve historicamente. Tal como se vê em Os parceiros do Rio Bonito.
12. Por aí se vê como seria precipitado avaliar os efeitos do funcionalismo no pensamento antropológico da usp dos anos 1950 opondo-o ao marxismo pura e simplesmente. Tanto para Antonio Candido como para Florestan Fernandes, pelo menos, havia uma comunidade possível e não ruptura entre as preocupações de Marx e os estudos antropológicos da escola de Oxford ou de Cambridge. Por certo no funcionalismo teórico à la Merton ou no pior Malinowski da teoria da cultura — e ambos influenciaram nossos autores — a ruptura era já completa.
13. A título exemplificativo quanto a boas análises nesta tradição, cito os trabalhos de José de Souza Martins, publicados em Capitalismo e tradicionalismo (São Paulo: Biblioteca Pioneira de Ciências Sociais, 1975). O capítulo sobre “Música sertaneja: a dissimulação na linguagem dos humilhados” lida de novo com aspectos culturais relevantes. Na análise de Martins o sociólogo torna mais abrangente as explicações estruturais; em outras contribuições recentes — também importantes — a preocupação pelas características estruturais socioeconômicas relega as outras preocupações a plano secundário. Ver especialmente: Juarez Rubens Brandão Lopes, “Do latifúndio à empresa: Unidade e diversidade do capitalismo no campo”, Cadernos Cebrap n. 26, São Paulo, 1977; “Empresas e pequenos produtores no desenvolvimento do capitalismo agrário em S. Paulo (1940-1970)”, Estudos Cebrap n. 22, São Paulo, 1978; e Vinícius Caldeira Brant, “Do colono ao boia-fria”, Estudos Cebrap n. 19, São Paulo, 1977.
14. Antonio Candido, Os parceiros do Rio Bonito, p. 76.
15. Ver Maria Conceição D’Incao e Mello, O boia-fria: Acumulação e miséria. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1976.
16. Eric Wolf, Sociedades camponesas. Rio de Janeiro: Zahar, 1970 (ed. em inglês, 1966), p. 16.
17. Id., ibid., p. 31.
18. Sidney W. Mintz, “The rural proletariat and the problem of rural proletarian consciousness”, The Journal of Peasant Studies, vol. 1, n. 3, abr. 1974, p. 305. Ver ainda, do mesmo autor: “A note on the definition of peasantries”, The Journal of Peasant Studies, vol. 1, n. 2, out. 1973, especialmente p. 97.
19. Mesmo em trabalhos sólidos sobre o campesinato brasileiro, parece-me que a dimensão antropológica e a paixão do concreto que a caracteriza às vezes estão ausentes. Darei, a título de exemplo, apenas um trabalho que reputo dos melhores, que trata da formação do operariado do açúcar no Nordeste: José Sérgio Leite Lopes, O vapor do diabo: O trabalho dos operários do açúcar (Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976). A categoria marxista do fetichismo é a chave na obra para interpretar o ajustamento dos operários de origem rural ao modo do trabalho da usina. Não obstante, seu emprego é algo abstrato (geral). Apesar desse reparo, são os antropólogos originários do Museu Nacional do Rio de Janeiro os que mais têm desenvolvido estudos capazes de permitir um entendimento totalizante das transformações ocorridas nos grupos agrários. Ver, por exemplo, a dissertação de mestrado de Lygia Sigaud: A nação dos homens, em manuscrito.
a paixão pelo saber
1. Centro de Sociologia Industrial e do Trabalho — Cesit, anexo ao Departamento de Sociologia da fflch da usp, criado em 1961 por Florestan Fernandes e Alain Touraine.
2. Criado em 1965 por David Rockefeller para re unir um grupo de empresários liberais.
florestan, cientista
1. Florestan Fernandes, A revolução burguesa no Brasil: Ensaio de interpretação sociológica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987. 413 pp. Nova publicação da obra na Coleção Intérpretes do Brasil, Ministério da Cultura, 2000.
2. Id., ibid.
3. Id., Fundamentos empíricos da explicação sociológica. 4. ed. São Paulo: T.A. Queiroz, 1980.
4. Id., A revolução burguesa no Brasil, op. cit., p. 36.
5. Id., ibid., p. 68.
6. Id., ibid., p. 75.
7. Id., ibid., p. 224.
8. Id., ibid., p. 237.
9. Id., ibid., p. 260.
uma pesquisa impactante
1. Roger Bastide, 1898-1974; Florestan Fernandes, 1920-95, Brancos e negros em São Paulo: Ensaio sociológico sobre aspectos da formação, manifestações atuais e efeitos do preconceito de cor na sociedade paulistana. 4. ed. rev. São Paulo: Global, 2008, p. 274.
2. Id., ibid., p. 11.
3. Id., ibid., p. 80.
4. Id., ibid., p. 132.
5. Id., ibid., p. 143.
6. Id., ibid., p. 188.
7. Id., ibid., p. 227.
8. Id., ibid., p. 161.
9. Id., ibid., p. 162.
o descobrimento da economia
1. Celso Furtado, Formação econômica do Brasil. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1959.
2. Na época em que escrevi esse texto, era o Banco Central quem fornecia recursos ao Banco do Brasil, para serem utilizados discricionariamente como se fosse um orçamento paralelo, sem controle do Congresso (conta-movimento).
um crítico do estado: raymundo faoro
1. Raymundo Faoro, Os donos do poder, a formação do patronato brasileiro. Porto Alegre: Globo, 1958, p. 45.
2. Id., ibid., p. 52.
3 Id., ibid., p. 63.
4. Id., ibid., p. 75.
5. Id., ibid., p. 79.
6. Id., ibid., p. 110.
7. Id., ibid., p. 128.
8. Id., ibid., p. 135.
9. Id., ibid., p. 145.
10. Id., ibid., p. 156.
11. Id., ibid., p. 158.
12. Joaquim Nabuco, Discursos parlamentares (1879-1889), apud Raymundo Faoro, op. cit., p. 197.
13. Raymundo Faoro, op. cit., p. 187.
14. Id., ibid.
15. Id., ibid.
16. Id., ibid., p. 198.
17. Id., ibid.
18. Id., ibid.
19. Id., ibid., p. 191.
20. Id., ibid., p. 192.
21. Id., ibid., p. 195.
22. Id., ibid., p. 206.
23. Id., ibid., p. 209.
24. Id., ibid., p. 210.
25. Apud Raymundo Faoro, op. cit., p. 226.
26. Raymundo Faoro, op. cit., p. 234.
27. Id., ibid., p. 238.
28. Id., ibid., p. 249.
29. Id., ibid., p. 256.
30. Raymundo Faoro, Os donos do poder, a formação do patronato brasileiro. Ed. rev. e aum. Porto Alegre: Globo; São Paulo: Edusp, 1975, p. 667.
31. Id., ibid., pp. 667-8.
32. Id., ibid., p. 677.
33. Id., ibid., p. 257.
34. Raymundo Faoro, Os donos do poder, a formação do patronato brasileiro. Porto Alegre: Globo, 1958, p. 267.
35. Ver Fernando Henrique Cardoso, “Implantação do sistema oligárquico (Dos governos militares a Prudente-Campos Sales)”. In: Boris Fausto (dir.). O Brasil republicano. Tomo iii da História geral da civilização brasileira. São Paulo: Difel, 1977, pp. 15-50.