Notas

Vida da madre Teresa de Jesus escrita por sua própria mão, com uma aprovação do padre M. Fr. Domingo Báñez, seu confessor e catedrático em Salamanca.

1 Título adicionado ao manuscrito de Santa Teresa, que não pôs nenhum título em sua obra.

2 O padre García de Toledo.

3 Título da primeira edição, de 1588, preparada por frei Luis de León e editada por Guillermo Foquel.

CAPÍTULO 1

1 Alonso Sánchez de Cepeda.

2 A segunda mulher de Sánchez, Beatriz de Ahumada.

3 Rodrigo, na verdade quatro anos mais velho do que ela.

4 Beatriz de Ahumada morreu poucos meses depois de novembro de 1528, data de seu testamento. Santa Teresa nasceu em 28 de março de 1515 e tinha, portanto, treze ou catorze anos.

CAPÍTULO 2

1 María de Cepeda, filha do primeiro casamento de Alonso de Cepeda com Catalina del Peso y Henao, nascida em 1506.

2 O mosteiro de monjas agostinianas Santa María de Gracia, fora dos muros da cidade de Ávila.

3 María, meia-irmã de Santa Teresa, casada com Martín de Guzmán y Barrientos em 1531.

4 María de Briceño y Contreras (1498-1584), à época mestra das moças de piso, como se chamavam as leigas que viviam no convento, como Santa Teresa.

CAPÍTULO 3

1 Evangelho segundo São Mateus, capítulo 20, versículo 16.

2 Juana Suárez ou Juárez, monja do Convento das Carmelitas da Encarnação de Ávila.

3 María, casada com Martín de Guzmán y Barrientos, morava em Castellanos de la Cañada.

4 Pedro Sánchez de Cepeda, morador da aldeia de Hortigosa.

5 Havia uma tradução em espanhol, de Juan de Molina, editada em 1532.

CAPÍTULO 4

1 Antonio de Ahumada, que foi frade dominicano por algum tempo, ou o meio-irmão Juan de Ahumada (segundo a BAC).

2 Em 2 de novembro de 1536, aos 21 anos, no Mosteiro da Encarnação de Ávila. Santa Teresa havia entrado no convento, depois de fugir de casa, exatamente um ano antes.

3 A solução para esse período inteiro que traduzimos é a de frei Luis de León para a primeira edição do Livro da vida, de 1588, seguida pela maioria dos editores posteriores. Apenas pusemos como última sentença do período o que Luis de León pôs entre parênteses no meio da frase anterior. O sentido parece ser: quando se quer fazer alguma coisa que seja ligada a Deus, Ele põe um pouco de medo na pessoa antes de ela começar para que, começando e levando a cabo aquilo a que se propôs, o prêmio dado por Deus seja maior e mais pleno de gozo.

4 Becedas, um lugarejo da província de Ávila a cerca de quinze quilômetros da capital.

5 Isto é, professa, e não noviça, como Santa Teresa.

6 Na verdade, Tercera parte del libro llamado abecedario espiritual, do franciscano Francisco de Osuna, publicado pela primeira vez em 1527.

7 Da Paixão de Cristo.

CAPÍTULO 5

1 Chamava-se Pedro Hernández.

2 Padre Vicente Barrón, teólogo dominicano que foi confessor do pai de Santa Teresa.

3 O padre Hernández.

4 Los morales de san Gregorio, papa, doctor de la Iglesia; tradução espanhola de Alonso Álvarez de Toledo, publicada em Sevilha em 1514 e 1527.

CAPÍTULO 6

1 No léxico médico espanhol do século XVI, febres quartãs duplas eram as que se repetiam dois dias com um de intervalo.

2 Murmuração, no sentido de reclamar ou se queixar em voz quase inaudível, para si mesmo, tem um significado religioso profundo. É um pecado contra a Providência Divina porque revela insatisfação com as situações dadas por Deus. A fonte é Números, capítulo 14, versículo 27, trecho em que D us, falando a Moisés sobre os judeus que se queixam das condições duras da travessia do deserto, diz: "Até quando murmurará contra mim essa péssima multidão?".

3 Santa Teresa usa normalmente a forma culta espanhola amicísima, mas usa também esse e vários outros vulgarismos ao longo do livro.

4 Epístola de São Paulo aos gálatas, capítulo 2, versículo 20.

CAPÍTULO 7

1 Antiga no mosteiro, isto é, já com os votos perpétuos.

2 Alonso de Ahumada morreu em 24 de dezembro de 1543.

3 O padre Vicente Barrón.

4 O padre García de Toledo, a quem se dirigia o manuscrito em um dos estágios de sua redação.

CAPÍTULO 8

1 "Que Ele não pagasse" (que no se lo pagase, no original espanhol) foi acrescentado por frei Luis de León para a primeira edição (1588). Há quem acredite que a frase teria um sentido sem o acréscimo. Significaria algo como: "Ninguém toma Deus como amigo, mas há que se aproximar dele com a oração e a perseverança".

2 O padre Domingo Báñez adicionou um "no" (não) nessa frase, que ficou: "Como é certo que suportais aqueles que não suportam que estejais com eles!". Vários editores adotam a interpolação do padre Báñez, mas a primeira frase é plenamente compreensível e não há por que pensar que Santa Teresa não tenha querido dizer o que disse nela.

CAPÍTULO 9

1 Santa Teresa alude à tradição popular do catolicismo que identifica Maria Madalena à mulher anônima que lava os pés de Jesus com suas lágrimas no Evangelho segundo São Lucas, capítulo 7, versículos 36 a 50, e no Evangelho segundo São Mateus, capítulo 26, versículos 6 a 13.

2 Santa Teresa alude à cena dos Evangelhos em que Jesus reza solitário no Horto das Oliveiras, local em que foi preso dando início à sua Paixão.

CAPÍTULO 10

1 O padre García de Toledo.

CAPÍTULO 11

1 O padre Pedro Ibáñez, segundo anotação do padre Gracián à margem de seu exemplar do livro. A maioria dos estudiosos contemporâneos, no entanto, crê que Santa Teresa se refere aqui ao padre García de Toledo, seu confessor.

2 Santa Teresa usa nessa frase a segunda pessoa do singular, forma coloquial de tratamento em sua época. Não se dirige, portanto, a nenhum dos padres aos quais endereçou o manuscrito, a quem trata sempre de "vuestra merced", tratamento formal equivalente ao "senhor" do português do Brasil de hoje.

3 Refere-se à epístola no 22 de São Jerônimo, a Eustóquio, em que o santo recorda seus sofrimentos ao lembrar dos prazeres da vida em sua solidão no deserto. Santa Teresa pode ter lido a edição das cartas de São Jerônimo feita em Sevilha em 1532.

4 Segundo a tradição dos padres da Igreja, interpretando Isaías, capítulo 14, versículos 12 a 14, Lúcifer, criado por Deus na forma de anjo, foi precipitado do céu e se tornou o príncipe dos demônios por se recusar, orgulhoso de sua natureza superior de anjo, a servir ao homem por ordem de Deus.

5 Evangelho segundo são Mateus, capítulo 11, versículo 30.

CAPÍTULO 12

1 Do franciscano Alonso de Madri, publicado pela primeira vez em Sevilha em 1521.

CAPÍTULO 13

1 Epístola de São Paulo aos filipenses, capítulo 4, versículo 13.

2 Santo Agostinho, Confissões, capítulo XXIX.

3 Evangelho segundo São Mateus, capítulo 14, versículo 30.

4 María de San Pablo, Ana de los Angeles e María de Cepeda, segundo anotação do padre Gracián.

CAPÍTULO 14

1 O Convento de São José de Ávila, cuja fundação, em 24 de agosto de 1562, será narrada mais adiante.

2 Provérbios, capítulo 8, versículo 31.

3 Salmo 88, versículo 1.

CAPÍTULO 15

1 Evangelho segundo São Mateus, capítulo 17, versículo 4.

2 Êxodo, capítulo 16, versículo 3: "Os filhos de Israel disseram-lhe: 'Antes fôssemos mortos pela mão de Iaweh na terra do Egito, quando estávamos sentados junto à panela de carne e comíamos pão com fartura'" (trad. Bíblia de Jerusalém).

3 Evangelho segundo São Lucas, capítulo 18, versículo 13.

CAPÍTULO 16

1 Refere-se às parábolas em que se conta da mulher que achou uma ovelha perdida e chama as amigas para celebrar, e outra que encontra uma moeda que perdera e chama as vizinhas para comemorar. Evangelho segundo São Lucas, capítulo 15, versículos 6 e 9.

2 Provável alusão a ela mesma e talvez também a São João da Cruz.

3 Santa Teresa, os padres Domingo Báñez, Gaspar Daza, Francisco de Salcedo, mais uma de três pessoas: o padre García de Toledo, o padre Ibáñez ou Guiomar de Ulloa.

CAPÍTULO 17

1 Santa Teresa dirige-se aos padres a quem endereça seu manuscrito.

2 Referência à passagem evangélica sobre Maria e Marta, irmãs de Lázaro que Jesus visita. Maria fica junto de Jesus escutando-o, enquanto Marta cuida dos afazeres que a recepção de seu hóspede acarreta.

3 Santa Teresa alude à história de Jacó que, para se casar com Raquel, serviu Labão, pai dela, por sete anos. Ao cabo do tempo combinado, foi-lhe dada a mão de Lia. Jacó teve que prometer trabalhar mais sete anos para se casar com Raquel. Gênesis, capítulo 29, versículos 15 a 30.

4 As concordâncias de Santa Teresa são idiossincráticas e muito frequentemente desrespeitam a gramática. A maior parte delas foi regularizada na tradução em benefício da fluência da leitura. Neste caso, no entanto, o pronome singular aplicado a "gozo e deleite" parece claramente indicar que Santa Teresa está usando os dois substantivos para designar uma única sensação que seria um misto dos dois.

CAPÍTULO 18

1 Referência ao Salmo 91, versículo 6, e Salmo 103, versículo 24.

2 O padre Vicente Barrón, segundo nota do padre Gracián.

CAPÍTULO 19

1 Referência ao Salmo 118, versículo 137: "Justus es, Domine, et rectum iudicium tuum" (Sois justo, Senhor, e retos, os vossos juízos).

2 Frei Vicente Barrón.

CAPÍTULO 20

1 Esta frase está escrita à margem do manuscrito. Frei Luis de León não a incluiu em sua edição.

2 Novamente Santa Teresa não se dirige ao confessor a quem endereçou o manuscrito, a quem chama sempre de senhor.

3 Festa do santo a que estava dedicado o convento, são José.

4 O rei David, autor de salmos.

5 Salmo 101, versículo 8. O texto correto em latim é: "Vigilavi et factus sum sicut passer solitarius in tecto" (Velei e me tornei como o pardal solitário no telhado).

6 Salmo 41, versículo 4.

7 Gálatas, capítulo 6, versículo 14.

8 Ávila.

9 São Vicente Ferrer, Tractatus de Vita Spirituali, editado em tradução espanhola em 1510.

10 Salmo 54, versículo 7.

11 Salmo 142, versículo 2.

CAPÍTULO 21

1 Na morte de Filipe, o Belo, em 1506, viram-se esses sinais em Tudela, segundo relatos bem conhecidos na época de Santa Teresa.

2 Epístola aos romanos, capítulo 7, versículo 24.

3 O original espanhol asistentemente é, a partir do uso de Santa Teresa, uma palavra com sentido preciso no vocabulário místico e significa algo como "com o auxílio divino direto".

CAPÍTULO 22

1 Evangelho segundo São João, capítulo 16, versículo 7.

2 Evangelho segundo São Lucas, capítulo 10, versículo 42.

3 Evangelho segundo São Lucas, capítulo 5, versículo 8.

4 Alusão ao Evangelho segundo São Marcos, capítulo 10, versículos 29 e 30.

CAPÍTULO 23

1 Muitos casos de falsas visionárias haviam sido investigados pela Inquisição no tempo de Santa Teresa. O mais notável foi o de Magdalena de la Cruz, abadessa das clarissas de Córdoba, condenada por deliberadamente se fazer passar por visionária em 1541.

2 Mestre Gaspar Daza, padre de Ávila morto em 1592.

3 Francisco de Salcedo.

4 Mencia del Águila, parente distante de Santa Teresa.

5 Alonso Álvarez Dávila, casado com Mencia de Salazar.

6 Subida del monte Sión, do frei Bernardino de Laredo, de 1535.

7 Primeira epístola de São Paulo aos Coríntios, capítulo 10, versículo 13.

8 Padre Diego de Cetina (1531-72).

CAPÍTULO 24

1 São Francisco de Borja, comissário da Companhia de Jesus na Espanha. Propõem-se as datas de 1554 ou 1555 para a visita citada por Santa Teresa. São Francisco de Borja e são Pedro de Alcântara são os únicos contemporâneos de Santa Teresa que ela cita nominalmente.

2 Guiomar de Ulloa. Conheceu Santa Teresa por intermédio de uma irmã e de duas de suas filhas, professas no Convento da Encarnação de Ávila. Guiomar de Ulloa teve como diretor espiritual São João da Cruz e ajudou Santa Teresa em suas fundações. Também escreveu uma memória sobre Santa Teresa que serviu de base para a primeira biografia da santa, escrita pelo padre Francisco de Ribera em 1590.

3 Padre Juan de Prádanos (1528-97).

4 Hino da missa do dia de Pentecostes que pede a vinda e o auxílio do Espírito Santo.

CAPÍTULO 25

1 O confessor a quem Santa Teresa se refere parece ser o padre Prádanos, ou o padre Baltazar Álvarez. Os demais seriam Gonzalo de Aranda, Alonso Álvarez Dávila, o mestre Daza e Francisco Salcedo.

2 A expressão "Eu sou", nessa ordem, alude à maneira como Jesus falava de si e ecoa a expressão "Eu sou Aquele que Sou" usada por Deus ao responder a Moisés que nome devia usar para identificá-lo, em Gênesis, capítulo 3, versículo 14.

3 Evangelho segundo São Mateus, capítulo 8, versículo 26.

CAPÍTULO 26

1 O padre jesuíta Baltazar Álvarez (1533-80).

CAPÍTULO 27

1 Essa frase é um dos muitos exemplos de anacolutos de Santa Teresa. Frei Luis de León, em sua edição princeps, alterou a frase para: "Então, voltando ao relato de minha vida, estava com grande aflição…", acrescentando o verbo "estava". As boas edições modernas são fiéis ao manuscrito.

2 Essa visão deve ter se dado em 29 de junho, dia de são Pedro de 1560.

3 São Pedro de Alcântara (1499-1562) foi um reformador da Ordem de São Francisco. Orientou Santa Teresa na fundação do Convento de São José de Ávila.

4 Cantar dos Cantares, capítulo 6, versículo 9.

5 Alusão a Simão Cireneu, forçado pelos soldados romanos a carregar a cruz de Jesus, e às mulheres que choravam à passagem de Jesus rumo ao Calvário, como narrado no Evangelho de São Lucas, capítulo 23, versículos 26 a 28.

6 Dirige-se ao padre García de Toledo.

7 María Díaz, órfã que vivia na casa de Guiomar de Ulloa, onde conheceu Santa Teresa. Era discípula de São Pedro de Alcântara.

8 Laetatus sum in his qui dicta sunt mihi (Alegrei-me no que me foi dito), Salmo 121, versículo 1.

CAPÍTULO 28

1 Isto é, por meio de imagens.

2 Padre Baltazar Álvarez (1533-80). Foi confessor de Santa Teresa de 1559 a 1564.

CAPÍTULO 29

1 No capítulo 20.

2 Salmo 42, versículo 1: "Quemadmodum desiderat cervus ad fontes aquarum" (Como o cervo deseja as fontes das águas).

3 No capítulo 20.

CAPÍTULO 30

1 Guiomar de Ulloa, de quem se falou no capítulo 24.

2 Livro de Jó, capítulos 1 e 2.

3 Domine, da mihi aquam (Senhor, dá-me água). Evangelho segundo São João, capítulo 10, versículo 45.

CAPÍTULO 31

1 Atos no sentido de oração em que o fiel declara sua fé, seu arrependimento etc.

2 Festa de Finados.

3 Livro de orações que os religiosos têm que rezar em horas determinadas do dia.

4 Isto é, a festa da Santíssima Trindade, celebrada na liturgia católica no primeiro domingo depois de Pentecostes.

5 Possivelmente o Mosteiro da Encarnação, em Valência, fundado em 1502.

6 Parece tratar-se de sua irmã mais nova, Juana de Ahumada, que, com seu marido Juan de Ovalle, ajudou muito a Santa Teresa na fundação do Convento de São José de Ávila.

CAPÍTULO 32

1 O papa Eugênio IV deu a bula relaxando a regra da Ordem das Carmelitas em 15 de fevereiro de 1432.

2 María de Ocampo, filha de Diego de Cepeda, primo de Santa Teresa, e Beatriz de la Cruz. María de Ocampo tornou-se monja no Mosteiro de São José.

3 As integrantes do grupo de discípulas de Santa Teresa com quem ela conversava em sua cela no Mosteiro da Encarnação. Conhecem-se várias delas, como Beatriz e Leonor de Cepeda, Inés de Tapia, Juana Juárez e outras. As descalças de que se fala seriam as Descalças Reais de Madri.

4 O padre Ángel de Salazar.

5 Padre Pedro Ibáñez.

6 Gaspar Daza, de quem Santa Teresa falou no capítulo 23.

CAPÍTULO 33

1 A cadeia era uma cela escura que ainda existe no Mosteiro de Encarnação em Ávila.

2 Padre Pedro Ibáñez.

3 O Convento de Trianos, em León, de dominicanos contemplativos.

4 O reitor que deixou Ávila foi o padre Dionisio Vásquez, substituído pelo padre Gaspar de Salazar.

5 Juana de Ahumada, que vivia com o marido, Juan de Ovalle, em Alba de Tormes.

6 Documento papal necessário para a fundação de um mosteiro ou ordem religiosa.

7 Lorenzo de Cepeda, irmão de Santa Teresa, foi quem ajudou com seu dinheiro na construção do Mosteiro de São José.

8 O convento das clarissas de Ávila, conhecido popularmente à época como "das gordinhas".

9 Foram necessários três documentos papais para que se estabelecesse definitivamente, de acordo com os planos de Santa Teresa, o Convento de São José. O primeiro foi um breve dado em 7 de fevereiro de 1562. Em dezembro do mesmo ano foi dado um segundo documento, e o terceiro, uma bula que deu caráter definitivo aos anteriores, é de 17 de julho de 1565.

10 Santo Tomás de Ávila.

11 Momento da liturgia em que o sacerdote ergue a hóstia consagrada.

12 Dom Álvaro de Mendoza.

CAPÍTULO 34

1 Toledo.

2 Luisa de la Cerda, viúva de Antonio Arias Pardo e filha do duque de Medinaceli, que, depois, apoiou decisivamente a reforma de Santa Teresa.

3 Padre García de Toledo, dominicano, neto dos condes de Oropesa e sobrinho do vice-rei do Peru.

4 O padre Pedro Ibáñez.

5 São Pedro de Alcântara, morto em 18 de outubro de 1562, e o padre Pedro Ibáñez, morto em 13 de junho de 1565.

6 O padre Pedro Ibáñez ou, talvez, o padre Domingo Báñez.

7 Martín de Guzmán y Barrientos, casado com María de Cepeda.

8 Castellanos de Cañadas.

CAPÍTULO 35

1 Trata-se de María de Jesús Yepes. Depois de ficar viúva muito jovem, entrou para a Ordem das Carmelitas e, mais tarde, fundou, em Alcalá, o Convento da Imagem.

2 A Regra dizia: "Nenhum irmão tenha nada em propriedade, mas todas as coisas sejam comuns a todos". O papa Gregório IX, em 1229, estabeleceu a interpretação de que a proibição de ter propriedades valia também para o mosteiro e assim foi aplicada a regra até o seu relaxamento no século XV.

3 Ibáñez.

4 Presentado é o título que se dá aos licenciados em teologia entre os dominicanos.

5 Padre Pedro Domenech, reitor da Companhia de Jesus em Toledo.

6 Citações não literais do Salmo 93, versículo 20, e do Evangelho segundo São Mateus, capítulo 7, versículo 14.

CAPÍTULO 36

1 Juan Velázquez Dávila.

2 Dom Álvaro de Mendoza.

3 São Pedro de Alcântara morreu no dia 18 de outubro de 1562 em Arenas, Ávila.

4 Juan de Ovalle.

5 Antonia Henao, que passou a se chamar Antonia del Espiritu Santo; María de la Paz, que se tornou María de la Cruz; Ursula de Revilla, que passou a ser Ursula de los Santos, e María de Ávila, desde então María de San José. A profissão se deu no dia 24 de agosto de 1562.

6 Inés e Ana de Tapia, primas de Santa Teresa. No novo mosteiro passariam a se chamar Inés de Jesús e Ana de la Encarnación.

7 "Levantar coisas novas" era o termo usual na Espanha com o qual a Inquisição acusava os "iluminados" espanhóis, assim como a luteranos e membros de outras igrejas da reforma.

8 O padre Domingo Báñez que, no manuscrito do livro de Santa Teresa, lido a mando da Santa Inquisição, escreveu: "Isso foi no ano de 1562. Eu estive presente e dei esse parecer. E quando escrevo isso é o ano de 1575, 2 de maio, e essa madre fundou nove mosteiros com grande observância religiosa".

9 Gaspar Daza.

CAPÍTULO 38

1 Uma interpretação de Isaías, capítulo 14, versículos 12 a 15, deu origem à tradição católica segundo a qual Lúcifer, criado como um anjo, foi expulso do céu e se tornou o príncipe dos demônios por se recusar, movido pelo orgulho, a obedecer a Deus e servir ao homem.

2 Véspera de Pentecostes.

3 Ludolfo da Saxônia, monge cartuxo. O livro era Vida de Cristo, cuja primeira edição foi feita em 1503 em Alcalá.

4 Seria o padre Pedro Ibáñez.

5 Ibáñez morreu em 2 de fevereiro de 1565.

6 Gaspar de Salazar ou Baltasar Álvarez.

7 Isto é, na hóstia.

8 Gregorio Fernández, que morreu provincial da Andaluzia em 1561.

9 Segundo a tradição, à morte de Clemente V (1314), no conclave que durou dois anos e três meses, a Santíssima Virgem apareceu ao cardeal Jaime Duesa, muito devoto a ela, e anunciou-lhe que seria papa com o nome de João XXII, e acrescentou: "Quero que anuncie aos carmelitas e a seus confrades: os que usarem o escapulário, guardarem a castidade conforme seu estado, e rezarem o ofício divino — ou os que não saibam ler se abstenham de comer carnes nas quartas-feiras e sábados —, se forem ao purgatório Eu farei que o quanto antes, especialmente no sábado seguinte à sua morte, tenham suas almas levadas para o céu".

CAPÍTULO 39

1 O padre Gracián afirma que era o primo-irmão de Santa Teresa, Pedro Mejía.

2 Essa ermida fora construída num pombal da propriedade em que se fez o Mosteiro de São José de Ávila. Na ermida, Santa Teresa mandou pintar a imagem de Jesus sendo flagelado dando as instruções de como devia ser representada a figura de Cristo.

3 Os padres García de Toledo e Pedro Báñez.

4 Isabel de San Pablo, María Bautista e María de San Jerónimo eram muito jovens quando entraram para o Mosteiro de São José de Ávila.

5 Santa Teresa recebeu em 5 de dezembro de 1562 um Breve de pobreza. Em 17 de julho 1565 uma bula do papa Pio IV concedia definitivamente ao Mosteiro de São José de Ávila o direito de viver sem renda.

6 O maravedi era a unidade monetária da Espanha no século XVI. Um ducado, uma moeda de ouro de cerca de três gramas, valia 375 maravedis (Charles P. Kindleberger, A financial history of Western Europe).

7 Evangelho segundo São Mateus, capítulo 20, versículo 12.

8 Oração ao Espírito Santo atribuída a Santo Atanásio, que começa, em latim, com a expressão "Quicumque vult" (quem quer que queira).

9 San Gil de Ávila.

CAPÍTULO 40

1 Santa Teresa se refere a uma compilação apócrifa atribuída a Santo Agostinho publicada em Valladollid em 1511 pela primeira vez sob o título Meditaciones, soliloquio y manual.

2 Segundo o padre Gracián, que anotou o manuscrito, trata-se da Ordem de São Domingos. Para o padre Ribera, biógrafo de Santa Teresa, ela se refere à Companhia de Jesus. Essa passagem foi uma das examinadas pela Inquisição por suspeita de heterodoxia.

3 São Domingos, segundo o padre Gracián.

4 Segundo o padre carmelita Jerónimo de San José (1587-1654), cronista de sua ordem, Santa Teresa não se referia nessas passagens à Ordem de São Domingos, mas sim à dos próprios carmelitas que ela começara a reformar. O santo que apareceu em visão a ela não seria, portanto, São Domingos, mas santo Alberto da Sicília. Isso teria sido dito pela própria Santa Teresa ao frei Ángel de San Miguel, um dos discípulos da santa depois da reforma da ordem carmelita masculina.

5 Tratar-se-ia do inquisidor Francisco de Soto y Salazar, mais tarde bispo de Salamanca.

EPÍLOGO

1 Este epílogo-carta está endereçado ao padre García de Toledo ou, segundo alguns autores, ao mestre de Daza.

2 São João de Ávila (1500-69), padre, pregador e místico que examinou o manuscrito de Santa Teresa.

3 A nota de Báñez refere-se à numeração de folhas do manuscrito. Depois dessa nota, Báñez acrescentou ao manuscrito seu parecer destinado à Santa Inquisição aprovando o livro de Santa Teresa. A data desse parecer é 1575.